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CASO CONCRETO AULA 03 PETIÇÃO RESPOSTA RÉU CORRIGIDA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA CRIMINAL DA COMARCA DE (XXXXXXXXXX)/(UF)
Processo nº (xxxxxxxxx)
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO
RÉU: MATEUS (sobrenome)
MATEUS (sobrenome), já qualificado na denúncia oferecida pelo digníssimo, membro do Ministério Público, por meio de seu advogado, que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência apresentar:
 RESPOSTA À ACUSAÇÃO
com fundamento nos artigos 396 e 396/A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
1. DOS FATOS
Alessandro foi denunciado pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, pela prática de crime de estupro de vulnerável, art.217, § 1do Código Penal, ocasionando gravidez, contra MAISA (sobrenome) de 19 anos de idade.
Segundo a acusação MATEUS dirigiu-se à residência da vítima para assistir, pela televisão um jogo de futebol, naquela ocasião, aproveitou-se do fato de estar a sós, com MAÍSA (sobrenome), o denunciado a constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou gravidez, atestado em exame de corpo de delito. 
Embora não se tenha valido de violência real ou grave ameaça para constranger a vítima com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de MAÍSA ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento.
Na denuncia oferecida, foi narrado que MAÍSA é deficiente mental, incapaz de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, pelo argumento de não poder responder pelos seus atos.
Acontece que MATEUS afirma não ter conhecimento de que a vítima é deficiente mental, e que não havia nenhuma prova que confirmasse sua debilidade mental. Afirma ainda, que já a namorava há algum tempo, o que era de conhecimento de sua avó materna, OLINDA e sua mãe, ALDA que moram com ela, e sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas.
Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima.
 2. PRELIMINARMENTE
Trata-se, EM TESE, da prática do crime de estupro, tipificado no artigo 217-A do CP. Acontece que tal crime é, via de regra, processado mediante Ação Penal Pública Condicionada à Representação do Ofendido ou do seu representante legal. 
Para os fins de configuração do delito de estupro previsto no artigo 217 A, são admitidos dois sentidos da palavra “vulnerável”: Menores de 14 anos ou pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não tenham o necessário discernimento para a prática do ato sexual ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
O delito previsto no artigo 217-A do CP, somente se consuma se houver violência física (real) ou grave ameaça, no intuito de ter a conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso. Como consta na própria denúncia feita pelo Ministério Público:
 “Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou grave ameaça para constranger à vítima a com ele manter conjunção carnal...”.
O Ministério Público não pode propor a ação penal, uma vez que esta é pública condicionada à representação em estupros praticados sem violência, como se observa no relato dos fatos.
Portanto, falta a representação como condição procedibilidade da Ação Penal, devendo, então o presente processo ser rejeitado por faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal, mediante o que nos apresenta o art. 225 do Código Penal, cominado com art. 38 do Código de Processo Penal.
3. ATIPICIDADE DO FATO:
Na observância da atuação do Ministério público, conforme o artigo 225 do CP cominado com art. 38 do CPP, e ainda na observância do Julgado do STF – RSTJ 104/436;
STJ: “Representação. A ação penal, dependente de representação, reclama manifestação do ofendido para atuação do Ministério Público. Sem essa iniciativa, a ação penal nasce com vício insanável”. (RSTJ 104/436) 
Obeserva-se, que o Ministério Público não é parte legítima para a propositura da ação em curso, pois, como foi narrado nos fatos, nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal.
Além da não apresentação de um laudo comprobatório sobre a deficiência mental da querelante, pelo douto membro do Ministério Público, corroborando assim a não configuração de delito expresso no art, 217-A, § 1º do Código Penal, inexistindo assim o delito descrito na inicial.
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
4. DO MÉRITO
Sendo certo que MAÍSA possui 19 anos e não há nenhum exame ou prova pericial que comprove sua deficiência mental, não há de se falar, portanto, em estupro de vulnerável, visto inexistência de prova de deficiência da vítima. 
A ação proposta pelo Ministério Público não tem sua legitimidade, pois a mesma é condicionada a representação, pressuposto este que não consta dos autos, tornando-o ILEGÍTIMO conforme já exposto.
Perante as inexistências de provas consistentes, que provem a conduta delituosa do réu, bem como a inexistência da sanidade mental alegada na inicial, não há de se falar em crime.
5. DO PEDIDO
Ante o exposto, REQUER:
a) Que seja aceita a preliminar argüida de ilegitimidade do Ministério Público nos termos do artigo 225, do Código Penal cominado com art. 38 do Código de Processo Penal, julgando a improcedência da denuncia;
b) Requer que seja o réu absolvido sumariamente conforme enseja o art. 397, inciso III do CPP. 
c) Caso o entendimento de Vossa Excelência seja diverso das preliminares argüidas, que seja decretada a absolvição sumária do delito, nos termos do artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal;
Por fim, se não aceita por Vossa Excelência, nenhuma das alegações e seu entendimento seja pelo prosseguimento do processo, pugna-se pela oitiva das testemunhas ao final arroladas, e a dilação probatória por todos os meios em direito admitidas.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, 18 de novembro de 2014.
_______________________________
Assinatura Advogado
(OAB nº)
ROL DE TESTEMUNHAS
1 – Testemunha, qualificação, endereço;
2 – Testemunha, qualificação, endereço;
3 – Testemunha, qualificação, endereço.
PROCURAÇÃO
MATEUS (SOBRENOME), 26 ANOS, (NACIONALIDADE), (ESTADO CIVIL), portador da Cédula de Identidade nº (xxxxxxxxx), inscrito no CPF nº (xxxxxxxxxx), residente e domiciliado no endereço sito á Rua (xxxxxxxxxxx), nº (xxx), Bairro (xxxxx), CEP (xxxxxx), Cidade (xxxx), Estado (xxxx), nomeia e constitui como seu procurador o advogado (NOME DO ADVOGADO), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº (OAB), com escritório profissional situado na Rua (xxxxxx), nº (xxx), Bairro (xxxx), CEP (xxxx), com telefone (xxxxxxx), a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO para o fim especial de defendê-lo no Processo Criminal sob n.º(xxxxxx), em trâmite na 2ª Vara Criminal do Estado (xxxxxx), que lhe move a Justiça Pública, dando-o como incurso nas penas do artigo 213 e 217ª, I, do Código Penal. Podendo, para tanto, em qualquer instancia ou tribunal, usar de todos os meios de recursos em direito admitidos, podendo ainda, requerer revogação de prisão preventiva, relaxamento de prisão, impetrar hábeas corpus, apresentar defesa previa, alegações finais, produzir provas e tudo o mais que for necessário ao fiel e cabal desempenho deste mandato, inclusive, substabelecer. 
(Cidade), (DIA/MÊS/ANO)
_____________________________
Querelante (assinatura)

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