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Processo Penal II - Aula 2 (Provas em espécie)

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Data: 03/03/2015
Processo Penal II
Aula 2
Provas em Espécie
1 - Exame de Corpo de Delito e Outras Perícias (Arts. 158 a 184, CPP)
a) Conceito (art. 158, CPP) É a perícia destinada à comprovação da materialidade (sublinhar materialidade) das infrações que deixam vestígios.
 Exame de corpo de delito é prova pericial.
O exame de corpo de delito servirá para ajudar no convencimento do juiz
* Materialidade = Existência do crime.
Vestígios:
Materiais Rastros, sinais, pistas (exemplo: homicídio, quando deixa o corpo no local no crime).
Imateriais Se perdem ao final da conduta delitiva (exemplo: ameaça, injúrias).
Nos imateriais, os vestígios se perdem com o tempo, portanto não tem como fazer perícia. Já os materiais deixam rastros, pistas, onde os peritos utilizam esses rastros, pistas para saber como aconteceu o crime, quem cometeu o crime, etc.
b) Objetivo: corporificar o resultado da infração penal de forma a documentar o vestígio.
c) Classificação
- Direito: Análise pericial diretamente nos vestígios encontrados.
- Indireto: Análise pericial sobre laudos médicos, fotografias, filmes.
É indireto porque não há corpo para analisar. Neste caso, os peritos se utilizarão de laudos médicos, fotografias, filmes, testemunhas, etc., para concluir como aconteceu o crime.
OBS: Corpo de delito indireto (Artigo 158, CPP)
Corpo Prova pericial
 
Suprimento da perícia (artigo 167, CPP)
Suprimento Prova testemunhal
Suprimento da perícia é uma prova testemunhal, uma vez que não houve a possibilidade de haver corpo de delito. Entretanto, a regra é a prova através do exame de corpo de delito, porém se não há como realizar o exame de corpo de delito, este poderá ser substituído, suprimido através do suprimento pericial, que é o suprimento por prova testemunhal.
* Regra: obrigatoriedade do exame de corpo de delito. Não havendo possibilidade, pode ser substituído por outros meios de prova.
(STJ-HC 283.318/RS)
d) Formalidades: art. 159, CPP
1 perito oficial ou 2 peritos não oficiais.
A regra é que tenha 1 perito oficial, entretanto quando não tiver perito oficial o parágrafo 1 diz que poderá haver a substituição deste por 2 peritos não oficiais, mas que precisam ter diploma superior.
e) Art. 182, CPP Não vincula o juiz.
 Por mais que o laudo pericial ateste que houve um crime grave, o juiz pode entender que o crime não foi tão grave. Portanto, o laudo pericial não vincula o juiz, ele pode não concordar com o laudo e decidir de maneira diferente do laudo, mas ele terá que fundamentar a decisão dele no sentido do porque ele divergiu do laudo pericial.
As partes poderão fazer a perícia por conta própria e o resultado deste ser analisado pelo juiz junto com o laudo dos peritos. Entretanto, o laudo dos peritos terá mais força que o laudo dos peritos escolhidos pelas partes.
2 - Interrogatório do acusado (Arts. 185 a 196, CPP)
a) Conceito: ato pelo qual o magistrado procede à oitiva do réu.
 Ato pelo qual o magistrado irá ouvir o réu.
b) Características:
- Obrigatoriedade: Princípio do contraditório e ampla defesa.
 Em inquérito policial não há contraditório e ampla defesa.
Haverá a necessidade da presença de um advogado junto com o réu no momento do interrogatório.
- Ato personalíssimo do acusado
 É o acusado que irá responder as perguntas do interrogatório.
- Oralidade - Exceção: art. 192, CPP
* Art. 188, CPP - Perguntas pela acusação e defesa.
 A vítima (autor da ação penal) também poderá fazer perguntas ao réu. No entanto, o juiz pode não concordar com algumas perguntas, ele que irá decidir quais perguntas feitas pela vítima que o réu irá responder. (Antes, somente o juiz que fazia perguntas ao réu).
c) Art. 185, parágrafo 5º, CPP - Direito de entrevista prévia com o advogado
 O réu tem direito de se reunir com o advogado antes do interrogatório.
d) Art. 186, CPP - Direito ao silêncio
 O silêncio não pode trazer prejuízo ao réu, uma vez que é um defesa permanecer calado. Portanto, não serve como prova da culpa.
e) Art. 187, CPP - Procedimento: 2 fases:
§1º - Versa sobre a pessoa do acusado.
Perguntas de ordem subjetivas. As perguntas subjetivas servem para o juiz majorar ou não na hora de aplicar a pena.
§2º - Versa sobre os fatos
Perguntas de ordem mais objetiva, ou seja, sobre os fatos em si. Exemplo: aonde o réu estava, etc.
Resumo:
1) Art. 185, CPP - Qualificação do acusado e possibilidade de entrevista.
2) Art. 186, CPP - Advertência quanto direito ao silêncio.
3) Art. 187, CPP - Perguntas pelo juiz.
Parágrafo 1º - Perguntas subjetivas
Parágrafo 2º - Perguntas objetivas
4) Art. 188, CPP - Juiz faculta às partes fazerem perguntas.
 Artigo 191, CPP.
3 - Da confissão (Artigo 197 a 200, CPP)
a) Conceito: Trata-se do reconhecimento pelo réu da imputação que lhe foi feita por meio da denúncia ou queixa.
b) Valoração (artigo 197, CPP): Não tem a confissão força probatória absoluta, havendo a necessidade de que seja confrontada e confirmada pelas demais provas existentes nos autos.
 A inquisição aqui terá o mesmo valor de qualquer outra prova.
Art. 198, CPP A primeira parte do artigo diz que o silêncio não irá importar em confissão. Já a segunda parte do artigo é inconstitucional, pois se o réu tem direito ao silêncio o juiz não poderá fundamentar sua decisão com base no silêncio do réu.
Art. 199, CPP A confissão pode se dar a qualquer momento, inclusive no curso do inquérito. No entanto, o juiz não irá encerrar o processo, não basta a parte confessar, o juiz terá que analisar todo o conjunto probatório.
c) Divisibilidade e Retratabilidade (art. 200, CPP)
Divisibilidade O juiz pode considerar verdadeira uma parte da confissão e inverídica a outra, não sendo obrigado a valorar a confissão como um todo.
O juiz pode utilizar para o seu convencimento, fundamentar sua decisão apenas uma parte da confissão.
O juiz pode não aceitar toda a confissão feita pela parte, ele pode aceitar só uma parte ou não aceitar nada.
Retratabilidade O réu pode se retratar da confissão feita e caberá ao magistrado confrontar a confissão e retratação que lhe se sucedeu com os demais meios de provas, verificando qual delas deve prevalecer.
A confissão não perde seu valor só porque a parte voltou atrás no que ela falou, confessou.
d) Confissão delatória: Consiste na afirmação realizada pelo acusado por ocasião de seu interrogatório de que além de seu próprio envolvimento uma terceira pessoa também concorreu para a prática delituosa.
* Delação premiada Benefício concedido ao criminoso que denunciar outros envolvidos na prática do mesmo crime que lhe está sendo imputado em troca de redução ou até mesmo isenção da pena imposta. (Art. 159, parágrafo 4, CP).
 Colaboração do criminoso com a justiça que fará ele ter esse benefício.
Correção caso concreto aula 1 (começo da gravação)
1 - Aplica-se o princípio da proporcionalidade, razoabilidade. Apesar da prova ser ilícita, o réu poderá se utilizar dela, pois os tribunais entendem que o réu pode utilizar essa prova ilícita para beneficiá-lo, mas para prejudicá-lo essa prova não poderá ser utilizada.
2 - c
(Sublinhar fundada dúvida).

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