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Aula 20

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CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
1
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II 
Disciplina: Direito Penal 
Prof. Rogério Sanches 
Aula nº 20 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO – MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações da Aula 
II. Jurisprudência Correlata 
2.1. STJ – HC 226.854/RN 
2.2. STJ – HC 161.635/RJ 
III. Simulados 
 
 
I. ANOTAÇÕES DA AULA 
 
CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA 
 
Art. 288 
 
Quadrilha ou bando 
Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, 
para o fim de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de um a três anos. (Vide Lei 8.072, de 25.7.1990) 
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é 
armado. 
 
Infração de médio potencial ofensivo, admitindo suspensão condicional do processo. 
 
Não cabe preventiva para o agente primário. 
 
Bem jurídico tutelado 
 
É a paz pública 
 
Sujeitos do crime 
 
Suj. ativo: É comum pode ser praticado por qualquer pessoa.É crime plurissubjetivo, de concurso 
necessário. 
 
 Plurissubjetivo de condutas paralelas – quadrilha ou bando. 
 Plurissubjetico de condutas contraposta- Rixa. 
 Plurissubjetivo de condutas convergentes – Bigamia. 
 
Atenção: no número mínimo de quatro pessoas computam-se agentes não identificados ou eventuais 
inimputáveis. 
 
Suj. passivo: A coletividade, é crime vago. 
 
 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
2
 
Conduta 
 
A formação da quadrilha ou bando: 
 
� 1ªC – Quadrilha bando são termos sinônimos. 
� 2ª C – Quadrilha (associação organizada – em regra cometida na forma de organização criminosa), 
e o bando ( associação não organizada). 
� 3ªC - A quadrilha é urbana e o bando é uma associação criminosa rural. 
 
Elementos estruturais 
 
Associação- reunir-se em sociedade. Vinculação sólida( estrutura), e tempo durável. 
 
Pergunta: É possível agente pertencer a mais de uma quadrilha? 
R: Se o agente integra diversas associações criminosas, viola por diversas vezes a lei, caracterizando 
concurso material de delitos. O que a lei pune é associar-se e se ele mais de uma vez se associa, 
caracteriza pluralidade de crimes. 
 
Pluralidade de pessoas 
 
 Dispensa ordem; 
 Dispensa hierarquia; 
 Os vários associados não precisa conhecer uns aos outros; 
 
No número de quatro pessoas deve se computar o agente infiltrado? 
R: “A”-“B”-“C” – atuam reunidos praticando crimes. A polícia infiltra o agente “D”, configura uma 
quadrilha? 
 
� 1ªC - Da mesma forma que se admite a formação de quadrilha ou bando com a presença de menor 
de 18 anos, embora não seja culpável, é de se considerar válida, para a caracterização do tipo do 
art. 288, a presença do agente infiltrado. Nucci 
� 2ªC - O policial infiltrado não deve ser computado, pois não age com "animus" associativo. 
 
Para o fim de praticar uma série indeterminada de crimes 
 
São crimes dolosos, não importa a espécie. Não abrange contravenção penal. 
 
 
Atenção: é imprescindível que a reunião seja efetivada antes da deliberação dos delitos. 
 
 Concurso de pessoas: reunião de pessoas para a prática de um crime já deliberado - CRIMES 
DETERMINADOS. 
 
 Quadrilha ou bando: reunião de pessoas, sem crimes deliberados – CRIMES INDETERMINADOS. 
 
Voluntariedade 
 
Punido a título de dolo. O dolo + fim especial (cometer crimes). 
 
 
 
Esse delito exige finalidade de lucro? 
R: Atenção – a busca por lucro é dispensável. 
 
 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
3
 
Consumação 
 
A consumação se diferencia entre os fundadores e os demais que aderem a ela. 
 
Em relação aos fundadores, o crime se consuma no momento em que aperfeiçoada a convergência de 
vontades entre mais de três pessoas. 
 
Em relação aos agentes que integram a quadrilha ou bando já formado, o crime se consuma com a 
adesão de cada qual. 
 
Cuidado: O crime se consuma independente da prática de crime pelo grupo criminoso. Se cometerem um 
roubo teremos mais um delito, em concurso material. Art. 288 + art. 157 em concurso material. 
 
O crime de quadrilha ou bando é permanente, atenção para: 
 
 Flagrante a qualquer tempo da permanência 
 Inicio do prazo prescricional 
 Súmula 711 do STF – sucessão de leis no tempo - aplica-se a última lei mesmo que mais grave. 
 
Exemplo: 
 
“A”, “B” , “C” e “D” – integram uma associação criminosa, se “B” deixa o grupo, o que acontece? 
R: Cessa a permanência, mas não interfere na existência do crime já consumado para todos. 
 
 
Pergunta: É possível a tentativa? 
R: A doutrina não tem admitido a tentativa. 
 
A manutenção da associação criminosa após a condenação ou mesmo a denúncia constitui novo crime de 
quadrilha ou bando, não se cogitando de "bis in idem". 
 
 
Art. 288, P. único - Majorante 
 
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é 
armado. 
 
Quantidade de membros armados para caracterizar a majorante: 
 
 1ªC - basta um estar armado (Hungria). 
 2ªC – A maioria dos membros devem estar armados (Bento de Faria); 
 3ªC – Considerando a quantidade de membros e a quantidade de armas o juiz analisando o caso 
concreto decide se a associação é mais perigosa (Fragoso). 
 
Art. 8º, Lei 8.072/90 – Qualificadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 288 CP 
 
• Associação; 
• Pluralidade de agentes; 
• Para o fim de cometer crimes; 
• Pena de 01 a 03 anos; 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Associação criminosa: Princípio da especialidade 
 
São formas especiais de associação criminosa 
 
 Art. 288-A (formação de organização paramilitar, milícia e grupo de extermínio); 
 Art. 2º da lei 2889/56 
 Art. 16 e 24 da lei 7170/76 
 Art. 35 e 36 da lei 11434/06 
 
Atenção: Quadrilha ou bando não se confunde com organização criminosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 35 da lei 11.343/06 
 
• Associação; 
• 02 ou mais pessoas; 
• Com o fim de comercializar drogas; 
• Pena de 03 a 10 anos; 
 
Quadrilha ou Bando 
 
• É crime previsto no art. 288 CP; 
• Tem Pena; Associação de mais de três pessoas; 
• Dispensa organização, sendo indiferente a posição ocupada por cada 
associado; 
• Finalidade a prática de crimes, sendo dispensável objetivo de lucro. 
Art. 288 CP + art. 8º d lei 8.072/90 
 
• Associação; 
• Pluralidade de agentes; 
• Para o fim de cometer crimes hediondos, tortura e 
terrorismo; 
• Pena de 03 a 06 anos. 
 
Organização Criminosa 
 
• Não é crime, mas forma de praticar crime; 
• Não tem pena, mas conseqüências; 
• Associação de três ou mais pessoas; 
• É estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas; 
• Finalidade é obter vantagem de qualquer natureza mediante a prática 
de crimes. 
• (Nacional – 04 ou mais anos) 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
5
 
 
1 - é possível praticar crime na forma de organização criminosa, dispensando a existência de quadrilha. 
Ex: três pessoas, reunidas de forma estável e permanente, estruturalmente ordenada e caracterizada pela 
divisão de tarefas, pratica roubos a bancos. 
 
2 - é possível quadrilha ou bando, sem implicar a existência de organização criminosa. 
Ex: quatro pessoas reunidas de forma estável e permanente, mas sem ordem e divisão de tarefas, 
praticam roubos. 
 
3 - é possível quadrilha ou bando, na formade organização criminosa. 
Ex: quatro pessoas, reunidas de forma estável e permanente, estruturalmente ordenada e com divisão de 
tarefas. 
 
 
Constituição de milícia privada 
 
Art. 288-A 
 
Art. 288-A.Constituir, organizar, integrar, manter ou custear 
organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a 
finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste Código: 
(Incluído dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído dada pela 
Lei nº 12.720, de 2012) 
 
Infração de grande potencial ofensivo. 
 
Cuidado: Grupo de extermínio = art. 288-A � não é crime hediondo. 
 
Homicídio praticado em grupo de extermínio � è crime hediondo. 
 
Bem jurídico 
 
A Paz Pública 
 
� O fundamento internacional da lei 12.720/12 está na Res.44/162 da assembléia geral das Nações 
Unidas- exige maior rigor no combate as execuções extralenais, arbitrárias e sumárias. 
 
Sujeitos do crime 
 
Suj. ativo – comum, pode ser praticado por qualquer pessoa.É crime plurissubjetivo de concurso 
necessário e condutas paralelas. 
 
Pergunta: Quantas pessoas devem integrar a organização paramilitar, a milícia ou o grupo de extermínio? 
R: Temos divergências doutrinárias: 
 
� 1ªC - o novo tipo penal deve ser interpretado de acordo com o art. 288 do CP, exigindo também 
04 pessoas (Bitencourt). 
� 2ªC - pode-se constituir milícia ou grupo de extermínio ou paramilitar com apenas 02 pessoas 
(Nucci). 
� 3ªC - com funda-mento do art. 2º da lei 12.694/12 (organizações criminosas), bastam 03 pessoas. 
 
 
Suj. passivo – a coletividade- é crime vago. 
 
Conduta 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
6
 
Formar para concorrer par a formação: 
 
a) Organização paramilitar? 
b) Milícia particular? 
c) Grupo de extermínio? 
 
 
� Quantas pessoas integram esses grupos, qual a finalidade de que animam cada grupo, no que se 
diferenciam? 
 
Atenção: Não se desconsidera doutrina criticando o novo tipo penal entendendo violar o princípio da 
taxatividade, desdobramento do princípio da legalidade. 
 
 Organização paramilitar: são associações civis, armadas e com estrutura semelhante à militar. 
Possuem as características de uma força militar, tem a estrutura e a organização de uma tropa ou 
exército, sem sê-lo. 
 
 Milícia Particular: grupo de pessoas, civis ou não, tendo como finalidade devolver a segurança 
retirada das comunidades mais carentes. Para tanto, mediante coação, os agentes ocupam 
determinado espaço territorial. A proteção oferecida ignora o monopólio estatal de controle social, 
valendo-se de violência e grave ameaça. 
 
 Grupo de extermínio: reunião de pessoas, matadores, justiceiros que atuam na ausência ou inércia 
do poder público, tendo como finalidade a matança generalizada, chacina de pessoas 
supostamente rotuladas como marginais ou perigosas. 
 
Voluntariedade 
 
Praticar qualquer dos crimes previstos no CP. 
 
Obs1: Para não se confundir com concurso de pessoas, deve visar série indeterminada de crimes. 
Obs2: Somente crimes previstos no CP. 
Obs3: Os crimes devem ter nexo com a finalidade do grupo. Grupo de extermínio para praticar crimes 
contra a pessoa. 
 
Consumação 
 
O crime se consuma com a prática de qualquer dos núcleos. 
 
• É crime permanente; 
• A doutrina não admite a tentativa; 
• Cuida-se de infração autônoma que não independe da prática de delitos pelam associação; 
 
Suponhamos um grupo de extermínio ( art. 288 –A do CP) executa menor infrator (art. 121, §6º, CP). Os 
executores respondem por qual(is crimes? 
 
� 1ªC – Bitencourt – respondem pelo art. 121,§6º CP – não cumulando com o art. 288-A CP, para 
evitar “bis in idem”.) 
� 2ªC – Responderia pelo art. 121,§6º do CP + art. 288-A do CP – são infrações autônomas e 
independentes protegendo bens jurídicos distintos. 
� 
 
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
Art. 297 CP 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
7
Infração de grande potencial ofensivo não admite qualquer benefício da çlei 9.099/95 e é possível a 
preventiva para agente primário. 
 
Bem jurídico tutelado 
 
 A fé pública, no que tange a autenticidade dos documentos.Emanados da administração pública (ou 
equiparados). 
 
� Falsidade material (não se confunde com falso ideal). Temos documento falso armazenando idéias 
falsas ou verdadeiras. No falso ideal- temos uma idéia falsa armazenada num documento 
verdadeiro. 
 
Sujeitos do crime 
 
Suj. ativo – crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa. 
 
Atenção: quando funcionário público pode incidir aumento de pena. 
 
Suj. passivo: 
 
Primário – Estado – administração. 
Secundário – eventual terceiro prejudicado com a falsificação. 
 
 
Conduta 
Falsificação(em sentido amplo) material de documento público 
 
Falsificar: 
 
No topo – o documento é inteiramente criado 
Em parte - a falsificação aproveita os espaços em branco do documento 
 
Alterar: 
 
O agente modifica o documento existente, substituindo ou alterando dizeres. 
 
Objeto material: documento público 
Documento : peça escrita que condensa graficamente o pensamento de alguém, podendo provar um fato 
ou a realização de algum ato dotado de relevância jurídica. 
 
“Documento Público” – abrange: 
 
a) Documento formal e substancialmente público. 
 
b) Documento formalmente público mas substancialmente privado ( interesse de natureza privada). 
 
 
 
Pergunta: Copias reprográficas são objetos do art. 297 do CP? 
R: 
 
 
� 1ªC - Para Bitencourt, não são documentos as cópias reprográficas, pois não possuem a natureza 
jurídica de documentos, sendo meras reproduções. 
� 2ªC - Quando autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório, com os 
respectivos originais, assumem a condição de documento, podendo provar deter-minada 
situação jurídica (art. 365, III CPC). 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
8
 
 
Atenção: a falsidade deve ser apta a iludir. 
 
Conclusão: É indispensável perícia. 
 
� Exceção: substituição de fotografia em documentos, dispensa perícia. 
 
Documentos Públicos por equiparação – próxima aula. 
 
 
II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
2.1. STJ – HC 226.854/RN 
 
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. 1. PRISÃO PREVENTIVA REVOGADA NO 
CURSO DA AÇÃO. SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. NOVA DECRETAÇÃO DA CUSTÓDIA 
CAUTELAR. DECISÃO FUNDAMENTADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CONFIGURADO. GARANTIA DA 
ORDEM PÚBLICA E CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. 2. ORDEM DENEGADA.1. A revogação da 
prisão preventiva no curso do processo não impede seja a custódia novamente decretada, mormente 
quando a aplicação da medida está alicerçada em elementos concretos, conforme demonstrado no quadro 
fático delineado nestes autos.2. O habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar 
constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável, que se mostra de plano ao julgador. Não se 
destina à correção de controvérsias ou de situações que, embora existentes, demandam para sua 
identificação, aprofundado exame de fatos e provas.3. No caso em exame, as instâncias ordinárias 
apresentaram fundamentação idônea para a decretação da prisão cautelar, enfatizando a existência de 
indícios, colhidos a partir de interceptações telefônicas realizadas no processo, de que os pacientes 
integram organização criminosa (grupo de extermínio).Portanto, a permanência de ambos em liberdade 
poderá acarretar prejuízos à realização do julgamento no Plenário do Júri, influindo no ânimo de juradose 
testemunhas. Assim, como medida tendente a resguardar a ordem pública e assegurar a instrução 
criminal, faz-se necessária a custódia preventiva diante da inadequação de outras medidas cautelares 
diversas da prisão para o resguardo da ordem social.4. Nesse contexto, a análise dos fundamentos 
indicados pelas instâncias ordinárias a fim de justificar a segregação preventiva deve ser feita com 
abstração das possibilidades, à luz dos elementos de convicção contidos no decreto de prisão. Em outras 
palavras, na via estreita do writ, a abordagem do julgador deve ser direcionada à verificação da 
compatibilidade entre a situação fática retratada na decisão e a providência jurídica adotada. Dessa 
forma, se os fatos mencionados na origem são compatíveis e legitimam a prisão preventiva, nos termos 
do art. 312 do Código de Processo Penal, não há ilegalidade a ser sanada nesta via excepcional.5. A 
existência de condições pessoais favoráveis não impede a manutenção da segregação cautelar, quando 
presentes os requisitos legais. Precedentes.6. Habeas corpus denegado. 
 
(HC 226.854/RN, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 
09/08/2012) 
 
2.2. STJ – HC 161.635/RJ 
 
HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA, ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO 
AUTOMOTOR E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. WRIT SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. NÃO 
CABIMENTO. VERIFICAÇÃO, DE OFÍCIO, DE EVENTUAL COAÇÃO ILEGAL À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. 
POSSIBILIDADE. PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO QUE DEU PROVIMENTO À CORREIÇÃO 
PARCIAL AJUIZADA PELO PARQUET. ALEGAÇÃO DE QUE O RECURSO CABÍVEL SERIA O EM SENTIDO 
ESTRITO. ATO EQUIVOCADO DO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU QUE INTERPRETOU EQUIVOCADAMENTE A 
REGRA PREVISTA NO ART. 366, CAPUT, DO CPP, APÓS AS ALTERAÇÕES REALIZADAS PELA LEI 
N.11.719/2008. INADEQUAÇÃO ÀS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 581 DO CPP.CORREIÇÃOPARCIAL. 
ADEQUABILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA.1. É inadmissível o emprego do 
habeas corpus em substituição a recurso especialmente previsto no texto constitucional 
(precedentes do STJ e do STF).2. Na esteira do que vem decidindo esta Corte Superior de 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
9
Justiça, é necessária uma racionalização do habeas corpus, a fim de preservar a coerência do sistema 
recursal e a própria função constitucional do writ, de prevenir ou remediar ilegalidade ou abuso de poder 
contra a liberdade de locomoção. O remédio constitucional tem suas hipóteses de cabimento restritas, não 
podendo ser utilizado em substituição a recursos processuais penais, a fim de discutir, na via estreita, 
temas afetos à apelação criminal, recurso especial, agravo em execução e até revisão criminal, de 
cognição mais ampla.3. Apesar de se ter solidificado o entendimento no sentido da impossibilidade de 
utilização do habeas corpus como substitutivo do recurso cabível, este Superior Tribunal analisa, com a 
devida atenção e caso a caso, a existência de coação manifesta ao direito de ir e vir, não tendo sido 
aplicado o referido entendimento de forma irrestrita, de modo a prejudicar eventual vítima de coação 
ilegal ou abuso de poder e convalidar ofensa à liberdade ambulatorial.4. Busca a impetração a anulação 
do acórdão que deu provimento à correição parcial ajuizada pelo Ministério Público contra a decisão que, 
com base em interpretação equivocada dos arts. 366 e 396, parágrafo único, do Código de Processo 
Penal, determinou o prosseguimento do prazo prescricional dos crimes imputados ao paciente, ao 
argumento de que o instrumento cabível seria o recurso em sentido estrito.5. A alteração realizada pelo 
advento da Lei n. 11.719/2008 no art.396, parágrafo único, do Código de Processo Penal não afastou a 
regra prevista no art. 366 do mesmo diploma processual, que deve ser aplicada sempre que o acusado, 
citado por edital, não comparece nem constitui defensor. Precedentes.6. Evidenciado que o Juízo de 
primeiro grau procedeu de forma equivocada, ao considerar esvaziado o conteúdo do art. 366, caput, do 
Código de Processo Penal, após o advento da Lei n. 11.719/2008, e que a situação não se enquadra nas 
hipótese de interposição de recurso em sentido estrito (art. 581 do CPP), mostra-se adequada a 
interposição da correição parcial, instrumento destinado à correção de equívocos adotados pelo 
magistrado singular no procedimento processual penal.7. Habeas corpus não conhecido. 
 
(HC 161.635/RJ, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 14/05/2013, DJe 
23/05/2013) 
 
 
III. SIMULADOS 
 
3.1. 64. (CESPE – PROMOTOR DE JUSTIÇA – RR - 2012) No que diz respeito aos crimes contra a paz 
pública, assinale a opção correta à luz do disposto no CP bem como do entendimento doutrinário e 
jurisprudencial. 
A Para a caracterização do crime de quadrilha ou bando armado, é indispensável que todos os integrantes 
estejam portando armas (próprias ou impróprias), sob pena da descaracterização do delito e da 
responsabilização individual dos integrantes do grupo. 
B Para a caracterização do crime de quadrilha ou bando, é indispensável a existência de mais de três 
pessoas associadas de forma permanente e estável e com o especial fim de agir para a prática de crimes, 
sendo, também, imprescindíveis a identificação e a capacidade dos agentes. 
C De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, é vedado, por configurar bis in idem, o 
concurso dos crimes de formação de quadrilha ou bando armado com delito de roubo qualificado pelo 
concurso de pessoas e uso de armas. 
D O crime de quadrilha, delito de perigo comum e abstrato, consuma-se com a simples associação de 
mais de três pessoas para a prática de crimes, não se exigindo que o grupo efetivamente pratique 
qualquer crime. 
E A forma qualificada do crime de formação de quadrilha ou bando é delito hediondo. 
 
3.2. (CESPE – PROMOTOR DE JUSTIÇA – PI - 2012) Com base no que dispõe o CP sobre a relevância 
da omissão, no que determina a LEP bem como no que estabelece a lei que trata das organizações 
criminosas, assinale a opção correta. 
A Crime vago é aquele cujo resultado naturalístico não é apenas irrelevante, mas, também, impossível, 
visto que não existe absolutamente resultado que provoque modificação no mundo concreto. 
B Aquele que deixar de prestar assistência quando dever e puderagir para evitar o crime deverá 
responder por omissão de socorro. 
C Os condenados por crimes decorrentes de organização criminosa devem iniciar o cumprimento da pena 
em regime fechado. 
D O preso provisório, sujeito a regime prisional análogo ao fechado, deve ser recolhido em 
penitenciária. 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
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E O agente que, na execução do crime, impede que o resultado se produza só responde pelos atos 
praticados, visto que, no caso, é configurado o arrependimento posterior. 
 
3.3. (FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho - Prova TIPO 4) Incorre nas penas 
cominadas ao delito de falsificação de documento público quem 
a) deixa de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas 
dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços. 
b) insere, em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da 
empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
c) omite, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais 
fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias. 
d) omite de folha de pagamento da empresa ou de documentos de informações previstos pela legislação 
previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a esteequiparado que lhe prestem serviços. 
e) insere, em documento particular, declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de 
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar verdade sobre 
fato juridicamente relevante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
 
3.1. D 
3.2. C 
3.3. B

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