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oração dos moços 2

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O tema principal da obra é a ética profissional e a credibilidade que o autor dá a esse principio.
obra trata-se de uma carta que tem como tema central a ética profissional. Nela se vê uma espécie de pedido insistente e humilde extremamente bem arquitetado. A princípio há o manifesto do autor em relação à esperança depositada por ele naqueles moços, iniciantes na carreira jurídica, a continuarem o trabalho o qual ele estaria prestes a cessar. Em tom emocionante, o mesmo explica o fato de não poder estar em presença naquele momento, depositando a responsabilidade em Deus. Pois o mesmo não pode comparecer por problemas de saúde. 
Não quis Deus que os meus cinquenta anos de consagração ao direito viessem receber no templo do seu ensino em São Paulo o selo de uma grande bênção, associando-se hoje com a vossa admissão ao nosso sacerdócio, na solenidade imponente dos votos, em que o ides esposar. (p.21)
Rui Barbosa representa em seu texto uma figura paterna, que faz de suas palavras conselhos e daqueles formandos da Faculdade de Direito de São Paulo, seus filhos, sem que perdesse, sua energia de político e brilhantismo de jurista.
Exteriorizando a ideia de que não há limites para o ser humano, que não é uma verdade dizer que o que está longe da vista também está longe do coração, o autor propõe um estreitamento de laços entre ele e os apadrinhados, pedindo-os licença para chamá-los de filhos. Fala do coração como algo não tão trivial e carnal, mas como um órgão sublime, fundamental para se enxergar com os olhos da alma. Apela aos moços para que mantenham seus corações limpos, incontaminados.
Entre vós, porém, moços, que me estais escutando, ainda brilha em toda a sua rutilância o clarão da lâmpada sagrada, ainda arde em toda a usa energia o centro de calor, a que se aquece a essência d'alma. Vosso coração, pois, ainda estará incontaminado; e Deus assim o preserve. (p.23)
O autor faz, então, uma exposição em relação ao trabalho prestado por ele à nação, ao meio século de carreira. Sente-se consolado em ter dado ao seu país tudo aquilo que poderia estar ao seu alcance.
Coloca-se ao inteiro dispor dos apadrinhados, se expondo de maneira categórica e clara, mostrando muito desejo de passar para os jovens bacharéis o peso, a dedicação e a honra com que se deve empenhar na construção de uma pátria mais digna, peso esse que ele também sente sobre seus "ombros". Ele compara sua vida com um livro aberto, totalmente acessível.
Para entender o Direito como um sistema, repetitivo na importância do conhecimento de mundo, deu a seus afilhados a lição de humildade, quando os ensinava o grande paradoxo que se revelava: a necessidade da existência dos adversários.
Incentiva os bacharéis, para que permaneçam em estudo constante. Distingue o saber aparente do saber real, tendo em vista que este advém da leitura reflexiva.
Atenta para o cuidado que se deve tomar, acerca da interpretação hermenêutica das leis, pois diferentemente do que apresentado por algumas normas, cujos critérios elitistas são presentes, trazendo uma concepção desviada. Sendo assim concluído, que a vontade que deverá sempre prevalecer não é do legislador, mas sim da lei.
É feita uma admirável comparação entre bem e mal tomando como exemplo Jesus Cristo, sendo este reconhecido, com todo respeito, como filho de Deus, receptivo e amoroso, mas como homem que era, também se irava.
Os maus só lhe inspiram tristeza e piedade. Só o mal é o que o inflama em ódio. Porque o ódio ao mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino. Vede Jesus despejando os vendilhões do tempo, ou Jesus provando a esponja amarga no Gólgota. Não são o mesmo Cristo, esse ensanguentado Jesus do Calvário e aqueloutro, o Jesus iroso, o Jesus armado, o Jesus do látego inexorável? Não serão um só Jesus, o que morre pelos bons, e o que açoita os maus? (p.27)
Para ele a ira se torna necessária às vezes. Em algumas ocasiões utilizá-la significará pecar, em outras, a sua ausência é que levará ao pecado. Devendo assim ter sabedoria para poder usá-la.
Esclarece sobre a importância dos inimigos em nossa jornada, ao benefício que eles podem nos proporcionar e que as verdadeiras amizades não podem nos oferecer.
 “Que seria, hoje,de mim, se o veto dos meus adversários, sistemático e pertinaz, me não houvesse poupado aos tremendos riscos dessas alturas [...]" (p.31). "Amigos e inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem bem. Outros nos almejam o bem, e nos trazem o mal.”(p.31)
Relata sobre as noites de sono que perdeu para que alcançasse o seu exímio saber intelectual, alertando para o fato de que nada digno de memória se consegue nessa vida sem se esforçar. Mas ressalva de que é necessário não se trocar o dia pela noite. É importante zelar as noites de sono para se ter um dia de trabalho 
satisfatório.
Há o incentivo para que os bacharéis permaneçam em estudo constante. Distingue o saber aparente do saber real, tendo em vista que este advém da leitura reflexiva e é o saber que propõe o autor que aconteça. 
"O saber da realidade, quanto mais real, mais desconfia, assim do que vai aprendendo, como do que elabora." (p. 39)
Coloca como último conselho, o ensinamento que para ele tenha sido o mais valioso em toda a sua experiência de vida. “Não há justiça, onde não haja Deus.” (p.52).
Finalizando, o autor reitera a necessidade de se pautar a carreira por vias sempre éticas mediante uma postura cívica, depositando, assim, mais uma vez, sua esperança entusiasta na bancada acadêmica que colara grau naquele dia.
dizer que o que está longe da vista também está longe do coração, o autor propõe um

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