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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO I- Prova Regimental (A1): valendo 5,0 pontos (data disponível no calendário acadêmico, marcada pela Cruzeiro do Sul); II- Provas Parciais (A2): 3 provas parciais valendo 1,0 ponto cada em datas a serem comunicadas durante o semestre; III- Trabalhos: no valor total de 2,0 pontos compreendendo exercícios em sala de aula e para casa. * Não serão recebidos trabalhos fora da data marcada. PLANO DE ENSINO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Profª. Drª. Regina H. Pires Carboidratos • Composição – São compostos ou moléculas orgânicas formados por C, H, O. • Fórmula Geral CnH2nOn Classificação (quanto ao número de monômeros) • Monossacarídeos – Açúcares Fundamentais (não necessitam de qualquer alteração para serem absorvidos) – Fórmula Geral: CnH2nOn n≥ 3 – Propriedades: • solúveis em água e insolúveis em solventes orgânicos • brancos e cristalinos • maioria com sabor doce • estão ligados à produção energética. Monossacarídeos O nome genérico do monossacarídeo é dado baseando- se no número de carbonos (n) mais a terminação “ose”. n = 3 (C3H6O3) trioses n = 4 (C4H8O4) tetroses n = 5 (C5H10O5) pentoses n = 6 (C6H12O6) hexoses n = 7 (C7H14O7) heptoses MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses MONOSSACARÍDEOS Séries das cetoses MONOSSACARÍDEO FUNÇÃO RIBOSE (PENTOSE) ESTRUTURAL (RNA) DESOXIRRIBOSE (PENTOSE) ESTRUTURAL (DNA) GLICOSE (HEXOSE) ENERGIA FRUTOSE (HEXOSE) ENERGIA GALACTOSE (HEXOSE) ENERGIA Carboidratos Os dissacarídeos são o resultado da ligação entre dois monossacarídeos. Na reação de formação de um dissacarídeo há formação de uma molécula de água, portanto se trata de uma síntese por desidratação para cada ligação. Um dos monossacarídeos perde um hidrogênio (H) e o outro perde a hidroxila (OH). Essa duas moléculas se unem, formando uma molécula de água (H2O). DISSACARÍDEOS CICLIZAÇÃO Os monossacárides com 5 ou mais átomos de carbono ocorrem na forma cíclica, através da reação entre o grupamento álcool (-OH) com o grupamento aldeído (originando hemiacetais) ou grupamento cetona (originando hemicetais). Polissacarídeos são moléculas de elevado peso molecular, cuja unidade fundamental são os monossacarídeos, principalmente a glicose. Como exemplos de polissacarídeos importantes na natureza podemos destacar o glicogênio, a celulose e o amido. A glicose é o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos, sendo imprescindível para algumas células e tecidos tais como hemácias e tecido nervoso. Apesar da dieta humana conter pouca glicose livre, proporções consideráveis deste açúcar são ingeridos sob a forma de amido, sacarose e lactose. METABOLISMO DA GLICOSE a)Glicólise – transforma a glicose em duas moléculas de piruvato; b)Glicogênese – forma de armazenamento da glicose no mamíferos (glicogênio); c)Glicogenólise - desdobra o glicogênio em glicose; d)Gliconeogênese: síntese de glicose a partir de precursores não carboidratos; e)Via das pentoses-fosfato: converte a glicose em ribose-5-fosfato. Nas células, a glicose é degradada ou armazenada por diferentes vias: DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS A absorção dos carboidratos pelas células do intestino delgado é realizada após hidrólise dos dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos em seus componentes monossacarídeos. As quebras ocorrem sequencialmente em diferentes segmentos do trato gastrintestinal por reações enzimáticas: a) amilase salivar ou ptialina que libera oligossacarídeos; b) amilase pancreática que produz maltose e dextrinas; c) enzimas da superfície intestinal (específicas mas em geral, produzem glicose como principal produto). DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS A captação de monossacarídeo do lúmen para a célula intestinal é efetuada por dois mecanismos: a)TRANSPORTE PASSIVO: O movimento da glicose está “a favor” do gradiente de concentração. Transporte acoplado As moléculas de açúcar aproveitam o ingresso de sódio e o “acompanham” para o meio intracelular. Esse transporte simultâneo, ocorre com a participação de uma proteína de membrana “co-transportadora” que, ao mesmo tempo em que favorece o retorno de íons de sódio (+) para a célula, também deixa entrar moléculas de açúcar cuja concentração na célula é elevada. A energia utilizada nesse tipo de transporte é indiretamente proveniente da que é gerada no transporte ativo de íons de sódio/potássio. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS Após a absorção, a glicose no sangue aumenta, e as células β das ilhotas pancreáticas secretam insulina que estimula a captação de glicose principalmente pelos tecidos adiposo e muscular. O fígado, o cérebro e os eritrócitos, não necessitam de insulina para a captação de glicose por suas células. Outros hormônios (glucagon e epinefrina) e enzimas, além de vários mecanismos de controle são importantes na regulação da glicemia. Efeito da insulina na absorção e metabolismo da glicose. A insulina liga-se ao seu receptor que por sua vez sinaliza para a translocação do transportador Glut-4 para a membrana plasmática e entrada de glicose e síntese de glicogênio. Efeito da insulina na captação de glicose https://www.youtube.com/watch?v=dQwSIW37DYY HOMEOSTASE DA GLICOSE A glicose, no interior da célula, será convertida em energia, em organelas denominadas mitocôndrias (do grego mito: filamento e chondrion: grânulo) que estão presentes no citoplasma das células eucarióticas, sendo caracterizadas por uma série de propriedades morfológicas, bioquímicas e funcionais. Possuem organização estrutural e composição lipoprotéica características, e contêm um grande número de enzimas e coenzimas que participam das reações de transformação da energia celular. I- GLICÓLISE a)Glicólise b)Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico c)Cadeia Respiratória ou Cadeia Transportadora de Elétrons. A metabolização da glicose, em presença de oxigênio, recebe a denominação de respiração oxidativa ou respiração aeróbica. Pode ser dividida em 3 etapas: RESPIRAÇÃO AERÓBICA GLICÓLISE Em uma sequência de 10 reações enzimáticas que ocorrem no citoplasma a glicose (6 C) será convertida em 2 moléculas de piruvato (3 C) com produção de energia sob a forma de ATP. Esse processo catabólico é acompanhado pela fosforilação de 2 moléculas de ADP (produzindo 2 ATP) e pela redução de 2 moléculas de NAD (2 NADH –Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo).. I- GLICÓLISE De maneira geral, na glicólise as nossas enzimas citoplasmáticas quebram inicialmente a glicose em duas moléculas de piruvato ou ácido pirúvico. Conte o números de carbonos e oxigênios que você verá que continuaram idênticos. Porém, 4 hidrogênios foram liberados. E hidrogênio livre num meio faz o que? Isso! Reduz o pH deixando o meio mais ácido. Para isso surgem os "NAD's“ (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) que são aceptores intermediários responsáveis por “pegar” os íons hidrogênio livres impedindo as variações de pH. I- GLICÓLISE As desidrogenases são enzimas (PROTEÍNAS – “tesouras biológicas”) que catalisam a desidrogenação (retirada de Hidrogênio) de substratos. São específicas para cada substrato e encontram-se sempre associadas a coenzimas (moléculas auxiliares), transportadoras de prótons. Entre as mais comuns, encontram-se o NAD (Nicotinamida Adenina Dinucleotideo), o FAD (Flavina Adenina Dinucleotideo), a FMN (Flavina Mononucleotideo). No caso do NAD, a componente interveniente é a nicotinamida,assinalada em fundo amarelo na imagem, onde o N se encontra, na realidade, sob forma catiónica (+). O NAD+ é reduzido fixando um elétron e um átomo de hidrogênio. TRANSPORTADORES DE ELETRONS Os elétrons e os prótons resultantes da oxidação por desidrogenação (perda ou retirada) são captados por NAD , tornando-os reduzidos (recebem ) a NADH. TRANSPORTADORES DE ELETRONS O FAD, outra das coenzimas das desidrogenases, pelo contrário, é capaz de fixar simultaneamente dois elétrons e dois prótons: FAD + 2H ---> FADH2 TRANSPORTADORES DE ELETRONS O PAPEL DOS FOSFATOS A energia livre proveniente do catabolismo (degradação/ quebra) de substâncias é utilizada nas sínteses de novas moléculas e nas demais atividades celulares. Para isso, há a síntese de uma classe especial de compostos intermediários que constituem o “combustível” para tais reações, ou seja, efetua-se a incorporação de um resíduo fosforilo ( -PO3H2) o qual, nas condições próprias do meio celular, se encontra sob a forma aniônica (carga residual negativa - forma B). O doador principal deste radical é a adenosina trifosfato ou ATP O PAPEL DOS FOSFATOS O ácido pirúvico sofre uma descarboxilação (perda da carboxila com liberação de CO2.). Com a participação de uma molécula complexa, designada por Coenzima A (CoA-SH) há uma oxidação (por desidrogenação), resultando acetil-coenzima A. É sob a forma de acetil-coenzima A que os dois carbonos restantes do ácido pirúvico, entram no ciclo de Krebs. Em presença de água, forma-se ácido cítrico e libera- se a Co A-SH. II- CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO A segunda fase do processo desenvolve-se no interior da mitocôndria. As moléculas de ácido pirúvico penetram na matriz mitocondrial e são processadas, nomeadamente por um complexo enzimático que compreende o conhecido Ciclo de Krebs. Basicamente, opera-se a cisão (oxidação) da molécula de triose em três moléculas de dióxido de carbono, com liberação de elétrons e de prótons, que são temporariamente capturados por transportadores específicos: os NAD e os FAD. II- CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. partindo de uma molécula com 4 carbonos, o ácido oxalo-acético, obtem- se, por adição com a acetil-coenzima A, uma molécula com 6 carbonos, o ácido cítrico; 2. após uma "volta" completa, regressa- se de novo a uma molécula com 4 carbonos, o ácido oxalo-acético. Os dois carbonos foram "perdidos" sob a forma de CO2; 2. no contexto das diversas reações que compõem o Ciclo, ocorreram 4 oxidações, das quais resultaram 3 NADH2 e 1 FADH2; 3. entre as diversas reações do Ciclo, conta-se ainda com a fosforilação de um ADP em ATP. II- CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO Produz-se: 2CO2 + 3NADH + 1 FADH2 Há Consumo de 2 ATP e Produção de 4ATP (RENDIMENTO ENERGÉTICO: 2 ATP) NO CICLO DE KREBS: Numa terceira fase, designada por fosforilação oxidativa, a membrana interna da mitocôndria desempenha o papel principal. A mitocôndria possui duas membranas limitantes: a membrana externa e a membrana interna. Esta última é fortemente pregueada, pelo que a sua superfície total é muito superior à da membrana externa. As referidas pregas são comumente designadas por cristas mitocondriais. Entre as duas existe um espaço, designado espaço intermembranar. O interior da mitocôndria encerra a matriz mitocondrial. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA A membrana interna da mitocôndria possui proteínas intrínsecas e extrínsecas. Dada a mobilidade que lhes assiste, em virtude da fluidez da membrana, elas podem contactar umas com as outras e operar as transferências de elétrons: a cadeia respiratória. Ao longo desta cadeia, os elétrons deslocam-se do NADH2 ou FADH2 até ao oxigênio (aceptor final) com uma grande variação de energia livre. Essa energia será utilizada para a síntese de ATP. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Os diferentes componentes da cadeia respiratória agrupam-se em 3 complexos, na membrana interna das mitocôndrias que operam seqüencialmente. O complexo III, ou complexo citocromo-oxidase, cede os elétrons ao oxigênio, havendo formação de água. FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Complexo I Complexo III Complexo II Sendo a membrana mitocondrial interna, impermeável aos ions, a contínua translocação de prótons para o espaço intermembranar, gera uma desigualdade de concentração. Os prótons regressam à matriz através de estruturas protéicas integradas na membrana, os ATPsomas, em cuja constituição se encontram ATPases, isto é, enzimas que catalisam a fosforilação de ADP em ATP. Através dos ATPsomas, a energia inerente ao gradiente iônico é convertida em ligações fosfato. ADP + Pi <--------------------> ATP FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Em resumo, os 10 NADH2 e os 2 FADH2 resultantes dos catabolismos ocorridos no citosol (glicólise) e na mitocôndria, são "regenerados" pela cadeia respiratória. A oxidação da glicólise libera elétrons e prótons. O transporte dos elétrons através de uma cadeia de componentes membranares libera energia que é utilizada na acumulação de prótons no espaço intermembranar e também é utilizada ao nível dos ATPsomas, para a síntese de ATP. O processo completo de respiração aeróbica, gera 38 ATP por molécula de glicose, sendo que 4 provêm da glicólise e do Ciclo de Krebs e 34, da cadeia respiratória (fosforilação oxidativa). RENDIMENTO ENERGÉTICO GLICÓLISE (CITOSOL) CICLO DE KREBS (MATRIZ MITOCONDRIAL) CADEIA RESPIRATÓRIA (CRISTAS MITOCONDRIAIS) 2 ATP 2 ATP 34 ATP Total = 38 ATP a partir de 1 glicose
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