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INSTITUTO EDUCACIONAL SUPERIOR MÚLTIPLO – IESM
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
	ISABEL CRISTINA DE JESUS ANDRADE	
A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
TIMON-MA
2017
ISABEL CRISTINA DE JESUS ANDRADE
A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
Artigo científico apresentado ao Instituto de Ensino Superior- IESM, como pré-requisito para obtenção do Grau de Licenciado em Pedagogia.
Orientadora: Profª Esp. Layane Rodrigues dos Santos.
TIMON- MA
2017
ISABEL CRISTINA DE JESUS ANDRADE
A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
Artigo cientifico apresentado ao Instituto de Ensino Superior- IESM, como pré-requisito para obtenção do Grau de Licenciado em Pedagogia.
Aprovado em______/_______/_________
_______________________________________________
Profª Esp. Layane Rodrigues dos Santos- IESM
Orientadora
_______________________________________________
Profª : Rita De Cássia
EXAMINADOR 1
_______________________________________________
Profª :
EXAMINADOR 2
A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
ISABEL CRISTINA DE JESUS ANDRADE�
LAYANE RODRIGUES DOS SANTOS�
RESUMO
O presente trabalho apresenta uma abordagem acerca da “Importância dos contos de fadas no processo de ensino aprendizagem”, para a efetivação do artigo aqui delineado traçou-se como finalidade compreender a importância dos contos de fadas no processo de ensino aprendizagem da criança. Assim, a pesquisa foi desenvolvida em dois momentos. No primeiro realizou-se o estudo bibliográfico, que buscou embasamento nas ideias acerca das definições de Literatura Infantil bem como as concepções de crianças ao longo dos séculos, para tanto nos embasamos nos estudos de teóricos como Ligia Cademartori (2010), Regina Zilberman (2005), Cunha (2006). No segundo momento foi realizada uma pesquisa de campo, cuja análise dos dados coletados é de cunho qualitativo, para tanto aplicou-se um questionário com professores que atuam na Educação Infantil. A partir desses dois momentos da pesquisa constatou-se que os contos de fadas são importantes para a formação e a aprendizagem das crianças, pois escutar histórias é uma forma significativa para o início da aprendizagem e para que o indivíduo seja um bom ouvinte e um bom leitor, mostrando um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.
Palavras- Chave: Contos de fadas. Ensino. Aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
Ouvir histórias é sempre agradável, e quando estas são os contos de fadas tornam-se ainda encantadores, pois são os contos que levam as crianças a mergulhar na imaginação e contribuir assim, para o desenvolvimento cognitivo da criança. É nesse sentido que o presente artigo tem como tema “A importância dos contos de fadas no processo de ensino aprendizagem”.
Assim, a investigação tem como problema central: Qual a importância dos contos de fadas no processo de ensino aprendizagem? Nesse sentido temos como questão norteadora: como os contos de fadas se fazem importantes no processo de ensino aprendizagem? Para tanto, traçamos como objetivo geral: Constatar a importância dos contos de fadas no processo de ensino aprendizagem. E especificamente temos: Investigar os aspectos dos contos de fadas; compreender a relação entre os contos de fadas e a educação; e reconhecer os contos de como suporte didático.
A pesquisa acerca dessa temática se faz relevante pelo fato de os contos desencadearem aspectos imaginativos, como também proporcionarem uma reflexão acerca do real. Nesse sentido, o estudo dos contos pelas crianças desperta não apenas a imaginação, mas leva esta também a associar o mundo dos contos à realidade circundante.
É de suma importância salientar que a metodologia a ser utilizada para o desenvolvimento deste trabalho se dá por meio de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, que tem como principal foco entender e interpretar as causas em detrimento aos fenômenos aqui desenvolvidos, possibilitando os aprimoramentos das ideias contidas neste trabalho. 
Dessa forma, o trabalho aqui delineado apresenta uma visão panorâmica do que trata a pesquisa, por se tratar da Introdução. Também apresenta as concepções de Literatura Infantil, se valendo dos estudos de Lígia Cademartori (2010), Regina Zilberman (2005), Cunha (2006). Assim a pesquisa esta divindade em três momentos, o primeiro com a introdução, onde se apresenta o trabalho, em segundo se faz uma abordagem da literatura infantil ao longo dos séculos bem como a história da literatura infantil brasileira, bem como a contribuição dos contos de fadas para educação infantil e por terceiro e último vem análise do questionário bem como as considerações finais e as referências. 
2 LITERATURA INFANTIL AO LONGO DOS SÉCULOS 
A Literatura Infantil, assim como a concebemos hoje, tem início com os textos do francês Charles Perrault, clássico dos contos de fadas, que surge no século XVII. Naturalmente, segundo Carvalho (1982) o consagrado escritor francês não poderia prever, em sua época que tais histórias, por sua natureza e estrutura, viessem constituir um novo estilo dentro da Literatura, e elegê-lo o criador da Literatura da Criança.
Segundo Cunha (1987, p. 20), “no Brasil, como não poderia deixar de ser, a literatura infantil tem início com obras pedagógicas e, sobretudo, adaptadas de produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das colônias”.
Justamente com a função de educar moralmente as crianças. As histórias tinham uma estrutura maniqueísta, a fim de demarcar claramente o bem a ser aprendido e o mal a ser desprezado. A maioria dos contos de fadas, fábulas e mesmo muitos textos contemporâneos incluem-se nessa tradição
O autor assevera ainda que Perrault retratava a sociedade da sua época em suas histórias, animado pela influência do folclore, considerado o fundamento principal da Literatura Infantil daquele tempo. Consoante Carvalho (1982) Perrault foi também o responsável por estabelecer embasamento para um novo modelo literário, o conto de fadas, além de ter sido o primeiro a dar aperfeiçoamento a esse tipo de Literatura. Para o teórico dentre suas diversas obras, 06 merecem destaques: Chapeuzinho Vermelho, a Bela Adormecida, o Gato de Botas, Cinderela, Barba Azul e o Pequeno Polegar. 
O hábito de contar história vem de muitos tempos, grupos de pessoas juntava-se em rodas e começavam a contar várias Historias e não era para as crianças, foi no decorrer dos tempos que essas histórias ganharam adaptações. Segundo a autora Zilberman (2005), foram os escritores como Charles Perrault (1628-1703), na França, e Jacob (1785-1863), Wilhelm (1786-1859) Grimm, na Alemanha foram responsáveis por transcreverem e publicarem histórias voltadas para o público infantil foi o ponto de partida para surgir milhares de versões diferente de obras literária infantil. 
2.1 A Percepção de Criança
Muito tempo se passou para que a criança fosse considerada como parte integrante da sociedade e que suas relações com família e escola fossem investigadas. Antes do século XVI a existência da infância era concebida de forma bastante diferente da que se vê hoje. Conforme Barros (2013), em tempos remotos a existência social da infância era apresentada como uma categoria diferenciada do gênero humano e logo que se tornavam independentes de sua mãe eram incorporados ao mundo dos adultos. 
Assim, a criança participava junto com o adulto de tradições populares tais como escutar narrativas dos contadores de histórias. Consoante Barros (2013), a criança da nobreza ouvia trechos de clássicos, enquanto a criança da aldeia ouvia lendas. Nesse período, crianças e adultos compartilhavam os mesmos lugares em diferentes situações, inclusive na educação escolar. 
Em tempos passados a criança era vista como um adulto em miniatura, nãohavia preocupação com as mesmas. Dessa forma a infância não existia como se conhece hoje. Com o decorrer dos tempos, no século XVlll, a criança passou a ser vista de outra forma, é então que surge uma preocupação com a infância proporcionando aos pequenos a liberdade de crescer no seu próprio tempo. Os contos de fadas sempre existiram, mas não voltados para as crianças. Com decorrer dos anos foram ganhando espaço e se moldando em formas infantis. As histórias dos contos de fadas têm fortes ligação com as histórias reais, facilitando o ensino para as crianças.
Em tempos em que a criança era forçada a ser adulto, ainda sendo criança, surge um novo período de valorização pela infância, e é nesse período início do século XVIII, que a criança ganha espaço no seu mundo infantil. E com essa mudança, era preciso moldar a literatura para que fosse adequada para crianças. E seria impossível falar de literatura infantil e não mencionar Charles Perrault e os irmãos Grimm, pois foram eles que adaptaram seus contos para o público infantil.
Conforme comenta Cunha (2006, p. 23) 
[...] os irmãos Grimm, colecionadores dessas histórias folclóricas, estão assim ligados a gêneses da literatura infantil. Tiveram seus contos republicados e adaptados uma infinidade de vezes - a tal que hoje tais relatos se apresentam demasiadamente modificados.
Dessa forma, compreende-se que foram eles que deram o ponto de partida para que os contos fossem voltados paras as crianças, dando ao universo pueril oportunidade na escolha do livro. 
E nessa corrida para oferecer livros, literalmente infantis, surgir Monteiro Lobato que dar início a verdadeira literatura infantil brasileira, como nos afirma a Cunha (1983, p.20): 
Com Monteiro Lobato é que tem início a verdadeira literatura brasileira. Com uma obra diversificada quanto a gêneros e orientação, cria esse autor uma literatura centralizada em algumas personagens, que percorrem e unificam seu universo ficcional.
A partir da percepção da criança com o meio em que vive, é possível estimulá-la, apresentando-a aos brinquedos educativos, livros-fantoches, livro, brinquedo, os quais poderão ser manuseados e nomeados pela criança com o auxilio de um adulto relacionando-os, promovendo assim, simples situações de leitura e descobertas de forma lúdica e prazerosa. 
A inclusão do leitor na literatura não depende apenas da sua faixa etária, mas primeiramente, segundo Coelho (2000, p. 33) da “inter-relação entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento biopsiquico, afetivo, intelectual e grau de conhecimento da leitura”. O pré-leitor faz parte da categoria inicial que envolve duas fases: primeira infância dos quinze meses aos dois anos, e a segunda infância, quando a criança está completando os três anos. 
Em suas considerações, Coelho (2000), enfatiza que a primeira infância é marcada pelo movimento e emotividade, a criança inicia o reconhecimento da realidade que a rodeia pelos contatos afetivos e pelo tato, é a chamada fase da “invenção da mão”, pois, através desse impulso, ela pega e toca em tudo que está ao seu alcance com muito interesse. 
Na segunda infância, é o início da fase egocêntrica, ou seja, a fase do “tudo é meu” acentua-se nessa fase, a fantasia e a imaginação. A criança já estar mais adaptada ao meio físico e daí, amplia-se a sua capacidade de interesse pela comunicação verbal e visual. É uma fase em que Coelho (2000, p. 33) concebe como lúdica, que tem como característica o pensamento mágico.
2.2 Literatura Infantil Brasileira 
A literatura infantil no Brasil chegou somente no final do século XIX. Embora, no início desse mesmo século, já se falava do surgimento de algumas obras voltadas para os pequenos leitores. O aparecimento da literatura infantil no Brasil foi iniciado pelo aceleramento da urbanização que ocorreu entre o fim do século XIX e o começo do século XX.
 Segundo Lajolo e Zilberman (2004), depois desse momento, passa a existir um grande contingente de consumidores de bens culturais e o conhecimento passa a ser importante para o novo modelo social. Inicialmente, essa literatura foi utilizada no campo escolar com o objetivo de ensinar conteúdo da língua portuguesa, ou seja, como um recurso especificamente didático, concedido para a população que possuía maior renda social. 
A esse respeito Sandroni (1998) salienta que até os fins do século XIX, a literatura voltada para crianças e jovens era importada e vendida no mercado disponível apenas para a elite brasileira, constituindo-se principalmente de traduções feitas em Portugal, pois, no Brasil ainda não havia editoras e os autores brasileiros tinham seus textos impressos na Europa.
Ainda de acordo com Sandroni (1998) no início do século XX, a sociedade brasileira sofria transformações e ao mesmo tempo, começava a se firmar no Brasil o desenvolvimento das traduções e adaptações de obras literárias para o público infantil e juvenil, surge então, à compreensão da necessidade de uma literatura nacional própria para a criança brasileira que precisava se instruir, pois, esse público estava ávido por consumir os produtos culturais dos novos tempos.
Consubstanciado em Coelho (2000, p. 30) e entende-se que “o caminho para a redescoberta da literatura infantil, foi aberto pela psicologia experimental, que considerava a inteligência um elemento construtivo do universo que cada pessoa constrói dentro de si”. Nessa época de valorização do saber, aparecem as primeiras manifestações de reforma pedagógica e literária que visava à formação de um novo modelo de geração brasileira.
Deste modo, só após a década de 1970 houve um grande desenvolvimento da literatura voltada para o público infantil com a entrada de grandes editoras no mercado. Conforme Coelho (2000, p.138), “a literatura infantil brasileira teve início com Monteiro Lobato, o autor escreve visivelmente didática e outras obras explorando principalmente o folclore ou a pura imaginação”. 
Dessa maneira, Lobato destaca-se com a publicação de sua grande obra, como aponta Sandroni (1998, p. 13): “Com a publicação de A menina do narizinho arrebitado, em 1921, Monteiro Lobato inaugura o que se convencionou chamar de fase literária da produção brasileira destinada especialmente às crianças e jovens”. 
Diante das considerações da autora, A menina do nariz arrebitado se tornou um sucesso nacional para as crianças, o grande crescimento da venda dessa obra para os pequenos leitores ocorreu, sem dúvida, pelo fato de Lobato utilizar em suas narrativas a realidade comum e familiar da criança de seu cotidiano nas histórias dos livros. Lobato acreditava na capacidade dos pequenos leitores em adquirir consciência crítica baseada na simplicidade das palavras que eram compreendidas com facilidade pelas crianças (SANTOS, 2009)
Assim compreende-se que, usando uma linguagem criativa e sedutora para a melhor compreensão do pequeno leitor, o autor rompeu o vínculo com o padrão culto e introduziu a oralidade tanto na fala das personagens como no discurso do narrador, o que possibilitou mais emoção durante a leitura e a escuta de suas histórias. Monteiro Lobato, foi também, o responsável por incorporar temas do folclore em suas obras através do Sitio do Pica-Pau-Amarelo.
3 A SIGNIFICATIVA CONTRIBUIÇÃO DOS CONTOS DE FADA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
Os contos de fadas sempre estiveram presentes nas sociedades e embora no começo não tenham sido criados especificamente para a criança, ao longo dos séculos as intervenções de grandes autores, esse contexto ao longo dos séculos começou a mudar e os contos de fadas começaram a uma contribuir de forma bastante satisfatória para a educação. Isso porque no interior dos contos de fadas é possível encontrar valores que se referem ao acontecimento da vida, mesmo que ao analisarmos sua linguagem fantasiosa possamos considerá-la mistificadora, como defendem alguns. De acordo com Bettelheim (1980), a linguagem do conto é encantadora, construída apropriadamente para falar ao interior da alma infantil,obedecendo apenas às leis da verossimilhança da ficção. Contudo, está ligada ao que realmente acontece no mundo.
Segundo Bettelheim (1980) os contos de fadas, melhor do que qualquer outra história infantil, ensinam a lidar com os problemas interiores e achar soluções certas em qualquer sociedade em que se esteja inserido. A criança, como ser participante e atuante da sociedade, aprenderá a enfrentar e aceitar sua condição, desde que seus recursos interiores lhe permitam.
O primeiro contado das crianças com o mundo da leitura são os livros, cujos com várias histórias infantis, é por meio deles que elas se encantam. É com os contos que as crianças irão desenvolver o imaginário, sendo assim é notório que os contos são de forte influência para as crianças no processo educacional.
Os contos são variados, tem histórias que envolvem inveja, vinganças, relação familiar, pois são nessas histórias que o educador deve usar para levar a criança a entender os seus sentimentos.
A linguagem é muito importante na contação das histórias, pois é traves dela que o educador ira explicar com clareza o que se passar, e a autora Cademartori (2010, pg. 58) “conforme a língua é transparente quando cumpre a função comunicativa de deixar claro o quer dizer”.
Nesse sentido, entende-se que o conto de fadas facilita o processo ensino aprendizagem das crianças, contudo se faz necessário a atuação eficaz do educador. Assim, a literatura será capaz de transformar as crianças, e os contos são essenciais para contribuir no processo de educação ajudando a construir a sua personalidade. Conforme menciona Abramovich (1991):
Os contos de fadas falam de autodescobertas e da descoberta da própria identidade, o que é fundamental para o crescimento das crianças, quantas histórias a ler e a compreender em vários desses contos de fadas. A autora traz como exemplo Hans Christian Andersen que ao escrever “O patinho feio” conta a história de um patinho feio que sempre foi maltratado, ridicularizado por ser feio, e após percorrer uma trajetória longa, difícil e muito sofrida, quando finalmente se aproxima de uma lagoa plácida, onde deslizam belos cisnes, que não só o conhecem como um dos seus, de imediato, como também o elegem o mais belo e formoso dentre eles (ABRAMOVICH, 1991, p.48). 
Os contos de fadas fazem parte da literatura infantil, e através de suas narrações possibilitam que os pequenos ouvintes criem interesses pela leitura, é importante que ao realizar uma contação de histórias o objetivo principal seja o de levar as crianças a desenvolverem a própria expressividade verbal ou sua criatividade latente, e consequentemente haverá uma dinamização na sua capacidade de observação e reflexão em face do mundo que o rodeia conforme Coelho (2000) nos assevera.
Assim como obras de arte, os contos de fadas têm muitos aspectos dignos de serem explorados em acréscimo ao significado psicológico e impacto a que o livro está destinado. É nesse sentido que Bettelheim (1980), assevera que a herança cultural de um povo encontra comunicação com a mente infantil através deles. 
Os contos de fadas são importantes para a formação e a aprendizagem das crianças. Escutar histórias é uma forma significativa para o início da aprendizagem e para que o indivíduo seja um bom ouvinte e um bom leitor, mostrando um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.
3.1 A Utilização dos Contos de Fadas no Desenvolvimento da Leitura.
No mundo acontecem mudanças constantemente, e é preciso que o professor esteja inovando a todo o momento, com a educação não é diferente, e o professor é preciso está se renovando a cada instante, utilizando recursos pedagógicos a seu favor, e um desses recursos são os contos de fadas que proporcionam ao professor e ao aluno uma aprendizagem construtiva e valorizada. É impossível uma criança não gostar de histórias (contos), pois desde cedo as crianças ouvem histórias com diversidade temáticas ditas por alguém. Histórias fantásticas que através dessas histórias as crianças podem usar a imaginação, desenvolver habilidades, reconhecer novas culturas e se possível descobrir um novo mundo. É através dos contos que a criança desenvolve o prazer pela leitura. O prazer pela leitura deve ser iniciado pelos pais, e a escola tem o papel de dar continuidade a esse processo.
Os contos de fadas são grandes aliados para influenciar a criança pelo interesse pela leitura, favorecendo a criança um bom vocabulário e se tornar um leitor fluente. 
 Como afirma Cademartori (2010 pg. 9) “a criança que costuma ler, gosta de livros de história ou de poesia, geralmente escreve melhor e dispõe de um repertorio mais amplo de informações”. É muito importante que a criança adquira o hábito de leitura desde pequena, que seja influenciada pela família e que o professor trabalhe de forma dinâmica e criativa com as crianças. 
Nessa perspectiva, é importante que o professor desenvolva o papel de orientado, espertando na criança o gosto pela leitura, utilizado os contos como suporte utilizando a ilustração nas Histórias para facilitar a aprendizagem das crianças. Assim, compreende-se que o professor é mediador e, portanto, precisa desenvolver habilidades para narrar as histórias, se identificar com as mesmas, que não seja apenas o hábito de ler, mas que haja também uma interação com as narrativas apresentadas.
4 METODLOGIA
Segundo Gil (2007) pesquisa é definida como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. Assim, a pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.
Esse trabalho é de cunho qualitativo apoiado em fundamentos da pesquisa bibliográfica. A abordagem qualitativa é relevante nesse tipo de estudo, pois é necessário ir além das manifestações imediatas para captá-los e desvelar o sentido oculto das impressões imediatas. O sujeito precisa ultrapassar as aparências para alcançar a essência dos fenômenos. Nesse sentido há, então, a necessidade do processo indutivo para definir e delimitar o contexto social; utilizar a observação reiterada e participante e contatos duradouros com aqueles que conhecem e imitem juízo sobre o que se deseja desvelar (CHIZZOTTI, 1998).
Sobre a pesquisa bibliográfica Fonseca (2002) afirma que é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto.
Para a efetivação do trabalho também foi realizada uma pesquisa de campo que, Segundo Fonseca (2002), caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa. Assim foi aplicado um questionário com cinco perguntas abertas, direcionado a professores da Educação Infantil. a análise dos resultados obtidos é apresentada a seguir.
4.1 A contribuição dos contos de fadas no processo ensino aprendizagem na Educação Infantil: uma análise da perspectiva dos professores
Para enriquecer essa pesquisa foi realizado um questionário com professoras da educação infantil, com tudo foram realizadas cincos perguntas diretas para cada professora, tendo o seguinte resultado. Para manter o sigilo da identidade dos sujeitos investigados os mesmos serão identificados como P1 e P2.
Ao serem perguntados sobre de que maneira os contos de fadas podem contribuir para o desenvolvimento na aprendizagem, os sujeitos investigados apresentaram as seguintes respostas: 
P1: “Contribui para o desenvolvimento psicológico da criança, pois os contos de fadas instigam elas a passarem na mitologia, no irreal, aguça a mente e as faz entrar em um mundo imaginário cheio de surpresas. ”
P2: “Os contos de fadas sãoessenciais para as crianças da educação infantil pois faz um ambiente permeado de encontros e descobertas através de contos de fadas”.
A partir das respostas dos sujeitos investigados pode-se corroborá-las com as deias de Abramovich, (2006, p.17) que a criança que houve contos de fadas desde cedo, que tem contato direto com livros e que seja estimulada, terá um desenvolvimento favorável ao seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura
Ter acesso à boa literatura é dispor de uma informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. A intenção de fazer com que as crianças, desde cedo, apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor, como leitor, preocupe-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo à escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida. (BRASIL, 1998).
Ao serem perguntados como você utiliza os contos de fadas e quais os recursos didáticos, os sujeitos investigados responderam:
P1: “Em sala de aula, utilizo os contos de fadas de acordo com as vontades dos alunos, pois acredito que os alunos são o ponto importante, os recursos didáticos são, contos de fadas em livros, revistas, histórias em quadrinho, e em áudio, e através de figuras”.
P2: “Utilizo de forma dinâmica, a medida das necessidades de se encaixar os contos de fadas com as disciplinas, utilizo como recursos, DVD, livros e figuras”.
Fica claro que as professoras utilizam o diálogo com os alunos no que diz respeito aos contos de fadas sobre isso Marchand, (1985, p.19) explica que “na prática pedagógica, podem surgir entre professor e aluno, sentimentos de atração ou de repulsão”. Assim essas atitudes sentimentais têm o poder de influenciar a metodologia com risco de alterá-la, provocando no aluno, rudes transformações afetivas mais ou menos desfavoráveis ao ensino. O poder do professor é maior que o do livro, e a qualidade do diálogo estabelecido entre professor e aluno é importante para uni-los, criando um laço especial, ou para separá-los, criando obstáculos intransponíveis (MARCHAND, 1985).
É também o que bem entende-se nos estudos de Coelho (2000) ao se perceber que para que o convívio do leitor com a literatura resulte afetivo, nessa aventura espiritual que é a leitura, muitos são os fatores em jogo. Entre os mais importantes está a necessária adequação dos textos às diversas etapas do desenvolvimento infantil. 
As professoras ao serem perguntadas se percebe diferenças nas aulas em que você utiliza os contos de fadas, e quais são eles, responderam da seguinte forma:
P1: “A diferença é clara, as crianças ficam mais comunicativas, e cada uma delas tem uma forma de interpretar os contos, e se comunicam entre si, contando o que cada uma delas perceberam”.
P2: “Sim, a aula fica mais prazerosa, tanto para elas quanto para nós professores, pois elas ficam atentas, e fazem muitas perguntas”.
Assim percebe-se que enquanto diverte a criança, o conto de fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de sua personalidade. Oferece significado em tantos níveis diferentes, e enriquece a existência da criança de tantos modos que nenhum livro pode fazer justiça à multidão e diversidade de contribuições que esses contos dão à vida da criança (BETTELHEIM, 2004).
Os sujeitos investigados foram perguntando sobre quais contos mais despertam o interesse dos alunos, obtendo as seguintes respostas dos mesmos
P1: “Ao longo de minha vida profissional percebi que as crianças gostam de contos de fadas que mais se aproximam com a realidade delas, que as possam fazer pensar, e se imaginar dentro da história um dos contos de fadas que as crianças gostam são: João e o pé de feijão, cinderela, chapeuzinho vermelho e a famosa branca de neve”.
P2: “As crianças gostam de história de princesas, príncipes e história que as possam “sonhar alto”.
A esse respeito Coelho (2003), afirma que através dos contos de fadas é possível despertar nas crianças o prazer em ouvi-las, e isso é importante para a formação de qualquer criança, pois estimula a criatividade, a imaginação, a brincadeira, a leitura, a escrita, a música, o querer ouvir novamente, desenvolvendo dessa forma a oralidade nas crianças dessa faixa etária, considero ser este um importante e significativo veículo de comunicação entre elas.
Os sujeitos investigados ao serem perguntados como os mesmos relacionaria os contos de fadas com o processo de ensino aprendizagem, responderam dizendo que:
P1: “Como uma importante ferramenta para o desenvolvimento da criança, sempre as colocando de acordo com os conteúdos dados”.
P2: “Relacionado com pensamento, a criatividade, a capacidade linguística e comunicativa das crianças”.
O professor precisa ter a preocupação de quando for ler um conto de fadas para as crianças não fazer de qualquer jeito pegando o primeiro volume que se vê na estante, não é algo positivo que no decorre da leitura, se demonstre que não está familiarizado com uma ou outra palavra (ou com várias), o professor não pode demonstrar empacar ao pronunciar o nome de um determinado personagem ou lugar, mostrar que não percebeu o jeito como o autor construiu suas frases e ir dando pausas nos lugares errados (ABRAMOVICH, 1991).
Dessa forma o processo de ensino aprendizagem utilizando os contos é possível, contudo requer habilidades para que o uso desse recurso didático não seja mero contar histórias, mas um meio para desenvolver habilidades diversas dos educandos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Fora visto no primeiro momento desta pesquisa que a importância da Literatura Infantil se dá no momento em que a criança toma contato oralmente com ela, e não somente quando se tornam leitores. Dessa forma, ouvir histórias tem uma importância que vai além do prazer. É através dela que a criança pode conhecer coisas novas, para que seja iniciada a construção da linguagem, da oralidade, de ideias, valores e sentimentos, os quais ajudarão na sua formação pessoal.
Portando através das respostas dos questionários feitos aos professores da educação infantil e através de contos de fadas lidos na sala de aula pelos próprios alunos ou contados pelos professores, que é possível perceber que as crianças experimentam estados afetivos diferentes daqueles que a vida real pode lhes proporcionar. Assim a presença da literatura infantil na escola representa um estimulo forte a aprendizagem da leitura. Adquirindo gosto pela leitura a criança passara a escrever melhor, e terá um repertorio amplo de informações. 
Por fim compreendesse que a criança precisa vivenciar o mundo do faz-de-conta, da ludicidade, da magia, do encantamento, e os contos de fadas proporcionam um momento lúdico movido de imaginação. Diante disso é possível desenvolver habilidades, por meio da observação que lhes possibilitem contar suas histórias de maneira mais elaborada, criando assim o hábito de ouvir histórias, como também o respeito á pessoa, que se dispõe a falar, estimulando o diálogo entre as próprias crianças e o adulto educador, encorajando-as a examinar e explicar suas opiniões.
ABSTRACT
The present work presents an approach about the "Importance of fairy tales in the process of teaching learning", for the accomplishment of the article outlined here was drawn as a purpose to understand the importance of fairy tales in the process of teaching children's learning. Thus, the research was developed in two moments. The first one was the bibliographical study, which sought to base the ideas on the definitions of Children's Literature as well as the conceptions of children throughout the centuries, for this we base ourselves in the studies of theorists such as Ligia Cademartori (2010), Regina Zilberman (2005) ), Cunha (2006). In the second moment, a field survey was carried out, whose analysis of the data collected was of a qualitative nature, for which a questionnaire was applied with teachers who work in Early Childhood Education. From thesetwo moments of the research it was found that fairy tales are important for the formation and learning of children, because listening to stories is a significant way to start learning and for the individual to be a good listener and a good Reader, showing an absolutely infinite path of discovery and understanding of the world.
Key- words: Fairy tales. Teaching. Learning.
REFERÊNCIAS
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BETTELEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978. 
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� Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto de Ensino Superior Múltiplo-IESM. Concludente do 8° Período.
� Orientador: Professora dos Cursos de Letras Português/Inglês da IESM. Pós-Graduada em Docência do Ensino Superior; Em Educação de Jovens, Adultos e Idosos pela UEMA; e Pós Graduanda em Gestão em Educação a Distância e Tecnologias pela IESM.

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