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Processo do Trabalho

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Processo do Trabalho
Princípios do Processo do Trabalho
Princípio do Devido Processo Legal: Observância clara e integral das normas do processo, sob pena de nulidade de todos os atos;
Princípio da Legalidade: Observância da forma. (Competência para ditar);
Princípio do Contraditória e da Ampla Defesa: Para existir o processo, há partes e há a ampla defesa – ambas têm a mesma oportunidade;
Princípio da Boa-fé (art.187,CC): Agir dentro dos limites daquilo que é aceitável/razoável; lealdade processual;
Princípio da Razoável duração do Processo: O princípio da celeridade decorre deste;
Princípio da Oralidade: Todos os atos podem ser realizados de forma oral, bastando apenas serem reduzidos à termo;
Princípio da Simplicidade;
O PROCESSO NADA MAIS É QUE UM CONJUNTO DE ATOS PRÉ-ORDENADOS; ANIMADOS PELA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL. (PÓLVORA, RITO)
Princípios próprios do Processo do Trabalho:
Princípio do Ius Postulandi: Independentemente da presença de advogado pode o empregado postular na Justiça do Trabalho. (art.791,CC) – SÚMULA 425, TST: Nos dá o limite pra o Ius Postulandi.
Princípio da Extrapetição: Poderá o juiz, em determinados casos, quando autorizado pela norma, julgar de forma diversa daquilo que foi pedido. (art.496, CLT)
O PROCESSO É UM INSTRUMENTO! NÃO TEM VIDA PRÓPRIA.
Competência da Justiça do Trabalho (art.114, CF/88)
I – Compete a Justiça do Trabalho julgar os casos que tenham por matéria relação de trabalho.
OBS1: Relação de trabalho é gênero do qual decorre a relação de emprego. (5 requisitos)
OBS2: O advogado tem relação de trabalho como autônomo, diante disso, discute-se se é competente a Justiça do Trabalho para conhecer as causas que versem sobre tal relação, havendo discussão sobre o tema.
São duas posições:
Que entende não ser competente a Justiça do Trabalho, vez que a relação advogado x cliente é regulada pela Lei 8906, cabendo, assim, observância à regra de competência residual.
Com a Emenda Complementar 45/2004
OBS3: Imunidade dos entes de Direito Público Externo possuem imunidade decorrente da soberania não sendo obrigados a aceitar as decisões da justiça brasileira, assim mesmo sendo competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar a causa envolvendo ente de Direito Público Externo e seu empregado em solo nacional, não há como obrigar tal ente ao cumprimento da decisão.
RELAÇÃO DE TRABALHO É DIFERENTE DE RELAÇÃO DE EMPREGO. (Lei 8906)
OBS4: Somente o empregado público ou celetista poderá litigar contra o ente público na Justiça do Trabalho. 
Relação de Trabalho (art.109, I, CF/88)
Empregado x Autarquia (art.109, I, CF) – Justiça Estadual
Empregado x Empregador (art.114, I, CF) – Justiça do Trabalho
Autarquia x Empregador (art.109, I, CF) – Justiça Federal
Não pode haver “knock out” pelo empregador! (Fechada de portas)
No caso de dissídios coletivos entre sindicatos patronal ou dos empregados/obreiros, em razão até mesmo do alcance da decisão, a competência será do TRT. (arts. 114, II, CF e art. 678, CLT) 
Conflito de competência (arts.803 e seguintes da CLT)
Por certo, há duas formas de conflito:
Conflito Positivo: Quando dois ou mais juízes se declararem competentes.
Conflito Negativo: Quando dois ou mais juízes se declararem incompetentes.
Como solucionar o conflito de competência?
Vara do Trabalho x Vara do Trabalho – Competência do TRT (havendo juiz estadual investido de jurisdição trabalhista, o conflito será solucionado pelo próprio TRT.)
Vara do Trabalho x Vara Cível/Federais – Competência do STJ (arts. 102, I, o c/c art.105, I, d, CF)
TRT x TRT (distintos) – Competência do TST
OBS1: O conflito de competência, se provocado pela parte, deveria ser instaurado mediante exceção de competência, no caso de competência relativa (território e valor) ou por preliminar de contestação, no caso de competência absoluta (matéria e hierarquia funcional). Ocorre que o CPC e seu art.337, II, alterou tal regra de tal forma que a competência absoluta ou relativa deverá ser alegada em preliminar de contestação, o que é integralmente aplicável ao processo do trabalho, conforme disposto no art. 796, CLT c/c Resolução Normativa nº 25 de Março de 2016, TST>
OBS2: Não está no art.114, VIII (...exceder..ex ofício,...) Na Justiça do Trabalho pode ocorrer ex-ofício.
OBS3: No Processo do Trabalho a competência em relação da pessoa estaa disposta no art.643, §3, CLT. A competência em razão da matéria está no art.114, CF;
Já a competência em razão do lugar, está no art.651, CLT c/c Enunciado 207, TST. (que foi cancelado)
O art.651 em seu caput traz a regra geral e os parágrados se referem às especificidades.
OBS4: Causas de modificação de competência. (A citação que determina)
A PREVENÇÃO RESOLVE O PROBLEMA DA CONTINÊNCIA. (ATENÇÃO AOS ARTS. 114, I, CF E ART.109,CF)
Método de solução de conflitos na Justiça do Trabalho
Autotutela: Agir em legitima defesa; Direito de greve.
Autocomposição: Acordo; As partes decidem entre si. (Mediador)
Heterocomposição: Terceiro que vem para solucionar sua vontade. (Árbitro/Conciliação)
	OBS1: Comissões de Conciliação Prévia (CCP)
O art.625, CLT c/c Lei 9958/00; De acordo com o art.625,a, as comissões de negociação previa serão sempre instituídas de forma facultativa no âmbito de uma só empresa, de um só sindicato ou de forma inter-empresarial/inter-sindical, quando se tratar de mais de uma empresa ou mais de um sindicato.
	Por certo, sendo facultativa sua criação a empresa que assim decidir criá-la deverá observar que todo e qualquer CCP é constituído de forma paritária, ou seja, com mesmo número de representantes dos empregados e empregador. (art.625, a, caput, CLT). Sendo paritária o mínimo de membros é de 2 e o máximo é de 10 membros. (art.625,b,CLT).
	Compete a CCP no âmbito empresarial/sindical solucionar os dissídios individuais decorrentes da relação de trabalho. Trata-se de forma de heterocomposição, pois os membros da CCP emitem a sua vontade.
	Mas o que é mais importante quando a CCP; sendo ela instituída no âmbito da empresa/sindicato será obrigatória a submissão da demanda trabalhista à CCP antes da justiça do trabalho?
A submissão às CCP tal como sua instituição é facultativa, isto ocorre do Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário. (art.5º, 35, CF)
Por outro lado, em franca oposição, parte da doutrina afirma que a CCP é obrigatória se instituída no âmbito da empresa ou sindicato, vez que propicia ao empregado e ao empregador a mais rápida solução da lide, que o privilegiaria o Princípio da Celeridade e Economia Processual.
OBS1: Independente da corrente adotada, se submetida a CCP, o dissídio individual somente poderá ser conhecido na Justiça do Trabalho após a emissão do termo de conciliação frustrada ou de conciliação parcial pela CCP.
OBS2: Por se tratar de ato negocial, caso haja algum vicio de consentimento poderá ser pleiteado junto à Justiça do Trabalho a anulação do acordo. (art.966,§4,CPC)
OBS3: O acordo celebrado na CCP tem força de titulo executivo extra judicial. (art.843, CC c/c art.625, e, CLT e 876, CLT).
O que é processo?
É um conjunto de atos (procedimento animado pela jurisdição jurídica processual) ordenados a consecução de um resultado (provimento jurisdicional; sentença de mérito). 
Procedimento é a forma dos atos; ordem dos atos.
TODO E QUALQUER ATO É ATO PROCESSUAL; (Acontecimento voluntário que ocorre no processo); depende da manifestação dos sujeitos do processo, podendo se dividir em atos jurídicos processuais unilaterais (petição inicial, citação, sentença...) ou bilaterais (acordo, transação, suspensão do processo, desistência...)
Atos Jurídicos (Lato Sensu);
Atos Jurídicos (Stricto Sensu); Lei impõe o resultado.
Negócios Jurídicos; Pode-se dispor quanto aos efeitos. Prazos podem ser alterados.
Ato- fato;
Ato Ilítcito;
	OBS1: O ato jurídico processual, em sua grande maioria, pode ser entendido como um ato jurídico stricto sensu, entretanto, há alguns atos processuais que só podem ser entendidoscomo negócios jurídicos e isto ganhou mais releva com a inserção do art.191, CPC.
	Contudo, tal dispositivo, até o presente momento é inaplicável ao Processo do Trabalho por ferir o Princípio da Celeridade e do Ius Postulandi.
Classificação dos atos processuais
Adotada pelo CPC e também reconhecida na CLT é a seguinte:
Atos Postulatórios: Petição inicial; Contestação.
Atos de Desenvolvimento: Impulsionam o processo. (Juntada, despacho de ordem...)
Atos de Instrução: Alegações do curso do processo; laudo pericial. (Instruem o processo)
Atos de Provimento: Atos do Estado juiz consistente em sentenças, despachos e decisões interlocutórias. (art.203, CPC)
Há ainda quem classifique os atos por quem os realiza, assim sendo, poderiam ser classificados em:
Atos das Partes: Atos postulatórios em instrutórios.
Atos do Estado Juiz: Consubstanciam em atos de provimento.
Atos dos Auxiliares da Justiça: Podem ser entendidos como atos instrutórios e atos de desenvolvimento.
Formas de atos processuais:
Escrita ou Oral; Entretanto, mesmo que o ato seja realizado em sua forma oral, deverá ser redigido à termo. (escrita).
OBS1: Em razão do Princípio da Oralidade/Simplicidade/Ius Postulandi do trabalhador, os atos do Processo do Trabalho podem ser realizados de forma oral, contudo, necessária sua redução à termo, podendo, inclusive, no caso especifico da petição inicial gerar prejuízo inestimável à parte. (art.731, CLT c/c 786) – Perempção provisória; após 6 meses poderá postular novamente.
OBS2: Independentemente do tipo de ato fato é que todo ato deve ser fundamentado e assinado, mesmo que digitalmente por aquele que o praticar, sob pena de sua inexistência.
Outro sim, por força do art.93, IX, CF, todo ato deve ser público, ou seja, há que se dar publicidade aos atos processuais. (art.770, CLT)
Comunicação dos atos processuais:
Há duas formas:
Intimação: Destina-se a dar ciência à parte ou a um auxiliar da justiça para que pratique um ato sob pena de preclusão. Por sua vez, a citação além de ser uma comunicação para prática de um ato, possui também efeitos de ordem processual e de direito material. (art.240, CPC)
Citação: É o ato pelo qual se dá o conhecimento a um terceiro de que contra ele existe um processo. Por certo, a citação é um pressuposto processual de validade que possui efeitos de ordem processual e de ordem material. (art.240, CPC)
Ordem Processual: Tornar a coisa litigiosa e induzir a litispendência.
Ordem Material: Constituir em mora o devedor no caso das obrigações ex-persona. (ex: vicio do produto, art.18, CDC).
OBS1: No Processo do Trabalho, a CLT não utiliza terminologia (intimação e citação) colocando-as sob uma mesma rubrica: NOTIFICAÇÃO. (arts.770 a 782, CLT e 771 a 773, CLT); Termo Processual.
OBS2: Lei 9800; Ato Processual por meio de Faxímele; Todo e qualquer ato praticado por fax deverá ter a sua juntada em original no prazo máximo de 5 dias, a contar do termo final do prazo para prática daquele ato. (Súmula 387, TST)
Prazos Processuais
	Lapso temporal para prática de um determinado ato jurídico processual.
Classificação:
Quanto a Origem;
Judicial: Decidido pelo juiz; por omissão da lei ou atendimento de princípios constitucionais.
Legal: Aquele que a lei determina. (Prazo para contestar)
Convencional: Estipulados por convenção das partes.
Quanto ao Efeito;
Prazos próprios: Aqueles que sujeitam, caso não atendidos, à preclusão, ou seja, a impossibilidade da pratica do ato.
Prazos impróprios: São aqueles que não se sujeitam à preclusão e, quando muito, somente importam e em repreensão administrativa. Em outras palavras os prazos próprios são os destinados à prática de ato pelas partes que se não fizerem não poderão realiza-lo. São destinados ao Estado Juiz e aos auxiliares da justiça. 
OBS1: Perda da possibilidade da prática do ato em virtude de:
Preclusão Temporal: Deixa de praticar o ato no prazo estipulado para tal;
Preclusão Consumativa: Uma vez praticado o ato no prazo, não se pode refazê-lo; (no caso de apresentar o recurso mas esquecer de algo)
Preclusão Lógica: Não pode praticar um ato posterior em desconformidade ou contrariedade a um ato anterior. Decorre do Princípio da Boa Fé sob o especto da confiança. (ex: juiz no despacho sanedor inverte o ônus da prova por entender se tratar de relação de consumo. Quando da sentença julga improcedente o pedido afirmando que o autor deixou de provar o alegado como se vê o ato posterior; sentença é incompatível com o ato anterior. (despacho saneador) 
O QUE FERE A BOA FÉ É CAUSA INEGÁVEL DE NULIDADE DA SENTENÇA
Quanto a Natureza;
Dilatórios: Serão dilatórios os prazos que puderem ser alterados pelas partes;
Peremptórios: Não podem ser alterados; (Prazos judiciais e legais pois se sujeitam à preclusão)
Forma de contar prazo (art.775, CLT)
O primeiro dia não se conta; (intimação). Primeiro dia útil. 
Deve-se incluir o último dia e é contínuo (conta-se, também, o final de semana)
OBS1: O CPC não tem forma de aplicação subsidiária conforme disposto no art.769, CLT, mas sim aplicação supletiva (art.15, CPC). Portanto, aplica-se o CPC, caso não haja norma, por expressa determinação legal.
OBS2: A notificação se dá por A.R, desta forma, aplica-se na integralidade a Súmula 16, TST. 
O início da contagem se dá no primeiro dia útil após o recebimento; 
Dia não útil: considerar que a ação se deu no 1º dia útil subsequente, portanto, o início da contagem do prazo só se dará no dia posterior.
OBS3: (Súmula 100, TST) AÇÃO RESCISÓRIA; O prazo começará sempre no dia subsequente. No processo eletrônico os atos de meio expediente serão notificados via portal no tribunal, ou seja, no PJE não há notificação de todos os atos por via portal, cabendo ao interessado acessar o sítio eletrônico do portal.
(SÚMULA 425, TST; ART.103, CF; ART.9º LEI 9099/95)
OBS4: Vale ressaltar o art. 1º da Lei 11419 e o disposto no art. 4º da Instrução Normativa 30/07 do TST que nos garante que todo e qualquer ato (eletrônico ou não) deverá ser assinado pela parte de forma física ou de forma eletrônica por meio do ECPF.
INDEPENDENTE DO NÚMERO DE PROCURADORES O PRAZO É SEMPRE IGUAL (OJ. 310, TST)
Nulidades Processuais 
	Nulidade Absoluta: De ofício; prejuízo presumido. Não estão sujeitos à preclusão; pode ser alegado em qualquer tempo.
	Nulidade Relativa: Norma de Direito Público voltada ao interesse particular; Não é de ofício; prejuízo; preclusão.
	Anulabilidade: Norma de Direito Privado voltada ao interesse privado. (art.191, CPC)
	Irregularidade: Não observância da “irregularidade” dos atos. A irregularidade nunca causa nulidade dos atos.
Princípios:
Princípio da Transcendência: As nulidades absolutas, por não estarem sujeitas à preclusão, podem ser conhecidas em qualquer tempo ou grau de jurisdição.
Princípio do Prejuízo: Diferente do que ocorre no D. Civil onde a nulidade pressupõe prejuízo, no Processo do Trabalho, assim como nos demais ramos processuais, só se declarará a nulidade se demonstrado prejuízo, salvo em algumas hipóteses de nulidades absolutas.
Princípio da Instrumentalidade das Formas: Mesmo ato não preenchendo a forma desejada pela norma, se este alcançar o objetivo, não se declarará anulidade do ato. (citação)
Princípio da Contenção das nulidades e do máximo aproveitamento dos atos
Partes no Processo do Trabalho
Reclamante e reclamado; (Súmula 425, TST)
Menor de 16 anos representado e maior de 16/menor de 18, ,assistido;
O processo deve ser visto como meio democrático (art.6, CPC)
Como sabemos, o processo se desenvolve a partir de uma relação jurídica qualificada como processual onde três sujeitos atuam de forma cooperativa (Processo Cooperativo) para obtenção de uma sentença de mérito justa e eficaz. (Art.6, CPC).
No Processo do Trabalho, a relação jurídica é equivalente a do Cível, havendo somente a diferença de nomenclatura pois o autor se torna reclamante e o réu, reclamado.
A presença das partes de um órgão jurisdicional é pressupostoprocessuais de existência.
Capacidade Processual
Um processo para existir precisa de partes mas quando estiver existente precisa que essas part4es sejam capazes para que seja válido. No Processo do Trabalho, tal como ocorre no cível, a capacidade processual é definida pela lei substancial cível, arts. 3 e 4, CC, assim, ao absolutamente incapaz seria nomeado representante e ao relativamente incapaz, ser-lhe-á nomeado assistente no caso das pessoas físicas, porém, interessante notar que o maior de 16 e menor de 18 anos, que possui renda própria, poderá emancipar-se não necessitando de assistente para demandar na Justiça do Trabalho.
OBS1: Por outro lado, as pessoas jurídicas, dotando-se a Teoria da Realidade, art.46, CC, e da Teoria da Presentação de Pontes de Miranda, a “representação” dela em processo judicial será realizada por aquele que constar do ato constitutivo ou de sócios com poderes para tal. Podendo, todavia, na Justiça do Trabalho ocorrer pelo chamado preposto que DEVERÁ SER EMPPREGADO; salvo nos casos de microempresa, empresa de pequeno porte e empregado doméstico poderão ser representados por simples procurador.
Substituição Processual
Todos aqueles que, em nome próprio, pleiteiam direito alheio por expressa legislação. (Legitimação Extraordinária)
OBS1: Para Barbosa Moreira, Celso Agrícola Barbie, no Processo do Trabalho, entendem que substituição processual é diferente de legitimação extraordinária, entretanto, a diferença é tão tênue que não se justifica o rigor terminológico.
Capacidade Postulatória
	Princípio do Ius Postulandi; apesar disto o advogado quando contratado deverá apresentar o instrumento do mandato (procuração) que, diferentemente do que ocorre no cível, poderá citar de forma tácita ou expressa.
Tácita: Quando apresentar a procuração;
Expressa: Quando o advogado comparecer à audiência e praticar atos em nome do representado. (Mandato Tácito);
Sucessão Processual: É uma forma de substituição da parte no processo e pode se dar por ato intervivo ou mortis causa;
Na segunda hipótese, em se tratando de pessoa física, o ente formal espório ingressará no processo por meio de seu inventariante, já no caso de pessoa jurídica, terá que ser averiguada qual a hipótese:
Se desconstituição pela morte de um sócio caberá ao sócio remanescente manter a sociedade ou desconstituí-la (art.1011 c/c 1033,CC). No caso de falência declarado por sentença caberá ao administrador informar ao juízo estado de insolvência, existindo, a partir daquele momento, o ente formal massa falida o que importará na prioridade de transcrição do feito, uma vez que, a atividade jurisdicional estará limitada a declaração do direito sem possível execução. (art.83, I, Lei 11101)
Ocorrendo a hipótese de cisão, fusão ou transformação pelo Princípio da Continuidade, a empresa fundida assumirá o polo da demanda.
Dissídio Individual
Interesse sob a ótica da necessidade: A ação para se mostrar necessária deverá ser apresentada como um último recurso, ou seja, como a última rácio.
Interesse sob a ótica da utilidade: Visão de custo e benefício do processo; Não pode ser uma maneira leviana de se buscar o direito mínimo.
Das condições da ação: Para o regular exercício do Direito;
Pressupostos Processuais
Existente: Ter partes, ter um órgão jurisdicional; É necessária uma demanda.
Validade: As partes precisam ter capacidade (Súmula 435, TST); Se o órgão jurisdicional é competente, investido (conforme CF); Petição Inicial deve estar apta (art.319, CPC)
Negativo: Coisa julgada; Litispendência; Perempção Provisória (Duração de 6 meses) art.731 (Cláusula de arbitragem)
Teoria dos Provimentos Jurisdicionais Passíveis:
Segundo a classificação trinária são:
Provimento Declaratório: Declara a existência de um direito. (Declaração de validade ou não de um negócio jurídico).
Provimento Condenatório: Sentença que condena a uma das obrigações possíveis.
Provimento Desconstitutivo: Extingue uma relação.
Na Justiça do Trabalho não cabe o inciso III do art.319, CPC, pois não pode ser escolhido, haverá a audiência de conciliação e mediação.
Da Petição Trabalhista:
	A petição trabalhista deverá preencher requisitos para o seu regular processamento (pressuposto processual de validade) para tal deveremos observar o art. 840, CLT, o qual nos indica que a petição pode ser escrita ou oral, assim sendo:
	Oral: Realizada ou não pelo trabalhador, está deverá ser reduzida a termo após a sua distribuição no prazo máximo de 5 dias sob pena de perempção provisória conforme disposto no art. 731, CLT c/c art.849,§2º, CLT.
	Escrita: A petição deverá preencher os requisitos do art.840, §1º, CLT c/c art.319, CPC, à exceção do disposto no inciso VII, uma vez que, a resolução 25 do TST, expressamente a diz inaplicável.
A EMENDA DA PETIÇÃO INCIAL SÓ OCORRERÁ NA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO.
	Contestação é a Defesa do Reclamado; (Incompetência Relativa e suspeição e impedimento são as exceções) – Deve ser realizada em peça apartada.
	Preliminares: Defesa de Mérito. (Direta – negação do próprio fato; Indireta – Não nega o fato)
	OBS1: Prescrição é fato impeditivo pois impede o exercício da pretensão. Fatos extintivos são os fatos que extinguem o direito. (ex. pagamento). A decadência é um fato extintivo.
SÚMULA 39, TST – APLICABILIDADE DA RECONVENSAO NO DIREITO DO TRABALHO
A contestação no Processo do Trabalho pelos princípios próprios (celeridade e oralidade) será regida na forma do art. 337 e seguintes do CPC, tendo em vista que não se mostra incompatível com o processo. (art.337, II, CPC)
Do Direito Probatório (art.373, CPC)
Ônus da prova: Incumbe ao autor provar o fato constitutivo de seu direito e ao réu qualquer fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Tal distribuição do ônus é classificada pela doutrina de Teoria Estática do Onus probatório;
O §1º do art.337, CPC, prevê a chamada Teoria Dinâmica do ônus probatório a qual afirma que havendo dificuldades para realização da prova por uma das partes, poderá ele inverter o ônus da prova de tal forma que presumir-se-ão admitidos os fatos.
OBS1: Remissão ao art.818, CLT ao art. 373, CPC.
Da Prova: É direito da parte; a parte tem o direito de comprovar aquilo que alega, desta maneiro e com acento na CF, o direito à prova materializa e consubstancia o mais amplo contraditório. O CPC, assim como a CLT nos arts.219 e seguintes tipificam alguns meios de prova. É importante salientar é que todo meio de prova moralmente licito é admissível, ou seja, não precisa estar tipificado no código para ser aceito.
Dos meios de provas típicos: O CPC prevê como meios típicos a prova testemunhal, o depoimento pessoal, a perícia, a prova documental e a inspeção judicial.
Da prova testemunhal: Produção oral de relato fático acerca da causa de pedir da demanda. Por certo, a prova testemunhal não pode ser produzida por qualquer pessoa, isto porque aqueles que forem impedidos de realizar o juramento tal como ascendentes/descendentes/cônjuge/amigo ou inimigo das partes são consideradas como no máximo meros depoentes, art.447, CPC.
OBS1: O relativamente incapaz pode prestar compromisso e depor como testemunha sem assistência. (idade núbil)
OBS2: Crime de falso testemunho e classificação doutrinária: pode admitir, mesmo sendo crime de mão própria, o crime de coautoria, apenas pelo advogado.
OBS3: O numero limite de testemunhas no Processo do Trabalho é de:
Rito Comum: 3 testemunhas por parte
Rito Sumaríssimo: 2 testemunhas por parte
Inquérito par apuração de falta grave: 6 testemunhas por parte.
Depoimento Pessoal: Depoimento das partes do processo; não prestam compromisso. Só quando houver dúvidas o juiz os convoca.
Confissão Judicial: Realizado durante o depoimento. (Alegar um fato contrário ao seu próprio interesse – confessar) dentro do processo.
Pode ser provocada (a parte é levada a confessar por respostar) ou espontânea (quando a parte confessar o fato mediante petição).
Confissão Extrajudicial: Será sempreespontânea e é realizada fora do processo.
	OBS4: A CONFISSÃO NÃO PODE SER REALIZADA EM PARTE. (NÃO PODE SER FRAGMENTADA).
Prova Documental: Qualquer escrito particular ou público que apresente algum dado relevante (documento).
Uma vez arguida a falsidade documental será realizado procedimento apartado aos autos – para apurar a falsidade ou não daquele documento. Havendo a comprovação da falsidade o juiz determinará a retirada do documento falso dos autos do processo e do encaminhamento deste ao MP.
OBS5: Processo Eletrônico; os documentos ali apresentados serão sempre de responsabilidade daqueles que os juntou.
Prova Pericial: Realizada por um perito, pois demanda de conhecimento técnico especifico para assegurar o resultado. (Insalubridade) 
Se for pedido a audiência é suspensa para nomeação do perito.
É licito às partes nomear assistentes técnicos (eles acompanham a pericia para indicar falhas); O PERITO É NOMEADO PELO JUIZ.
Os quesitos devem ser apresentados junto com as respectivas peças; a quesitação pode ser realizada em audiência no Processo do Trabalho.
Da Inspeção Judicial: O próprio magistrado colhe a prova no local.

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