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Acao inexistencia de debito

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA CIDADE DE SÃO JOÃO DEL-REI, MG.
EVA DE FÁTIMA SANTOS DA PAIXÃO, brasileira, casada, doméstica, portadora do RG MG 9.084.403, CPF nº 092.820.396-41, residente e domiciliada na rua Benjamim Resende, 126, bairro Senhor dos Montes, São João del Rei-MG, CEP: 36.300-354, nascida em 25/05/1966, filha de Antônio dos Santos e Nilza Fernandes Santos,através de seus procuradores, legalmente constituídos e infra-assinados, conforme procuração inclusa (doc.01), com escritório no Núcleo de Práticas Jurídicas do IPTAN, à rua Luís Baccarini, 111 Centro, na cidade de São João Del Rei- MG , onde recebem as intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente: 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM PEDIDO DE LIMINAR 
em face de CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n.06.981.180/0001-16, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
GRATUIDADE JUDICIÁRIA
 	Inicialmente, afirma o autor sob as penas da Lei e de acordo com o art. 98 do atual Código de Processo Civil, ser juridicamente necessitado, não tendo condições financeiras para arcar com as despesas de custas processuais e honorárias advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, sendo, portanto, beneficiário da gratuidade de justiça, pelo que indicam para patrocinar a sua causa o Núcleo de Práticas Jurídicas do IPTAN. Requer os benefícios da justiça gratuita.
DOS FATOS
	A autora morava de aluguel na residência localizada à Rua Moacir M. Rabello, no bairro São Geraldo, em São João Del Rei, residindo nessa localidade apenas no período de janeiro de 2012 à janeiro de 2015, período o qual nunca deixou suas contas atrasadas.
 Contudo, a autora tem sido notificada a pagar contas de luz da CEMIG de sua antiga, porém a mesma não mora lá, conforme prova o documento assinado pela proprietária do imóvel ( doc ). O nome da autora não foi retirado da conta de luz e os atuais inquilinos não pagaram a referida conta, sendo, assim, a cobrança está no nome da autora, que nunca mais residiu no referido bem. 
Em face da inexistência do débito presume-se a cobrança indevida dos valores, devendo, portando, ser declarado nulo e inexistente por Vossa Excelência.
DA MEDIDA LIMINAR
Para que seja deferida uma medida liminar se faz necessário o preenchimento de dois requisitos fundamentais pela autora, ou seja, a fumaça do bom direito e o perigo da demora. 
Conforme se restou plenamente demonstrado no discorrer do presente petitório, não há qualquer dúvida sobre o direito que embasa a presente peça postulatória, porque se está comprovado que ela não residia mais nas datas do débito. 
O perigo da demora, do mesmo modo, é clarividente no presente caso, tendo em vista que a autora vem regularmente efetuando seus pagamentos na atual residência não tendo débito com a CEMIG, conforme se constata na documentação em anexo. 
Com efeito, a autora sempre quitou tempestivamente suas obrigações, se encontra em um dilema, ou seja, pagar um valor que não é devido ou sentir a humilhação de ver o seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito em virtude de inadimplência com a conta de energia. 
Para qualquer cidadão que sempre trilhou no limiar da legalidade, é humilhante e vexatório ver o seu nome no cadastro de inadimplentes, e principalmente, em virtude de um suposto débito, que na verdade não é devido.
DO DIREITO
Este ficou comprovado com o documento de cobrança de débito da CEMIG em anexo (doc...), porém essa cobrança não é referente ao momento em que ela viveu no imóvel.
Estabelece o art. 186 do Código Civil Brasileiro que aquele que, por ação ou omissão voluntária negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
E a consequência de cometer ato ilícito está estipulada no art. 927 do mesmo código que aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Portanto, fica obrigado aos atuais inquilinos arcar com as despesas atrasadas.	
O art. 6º do Código de Defesa do Consumidor nos ensina que são direitos básicos dos consumidores, entre outros, a efetiva reparação de danos sofridos, quer sejam materiais, quer sejam morais, bem como o acesso aos órgãos judiciários com o objetivo de resguardar os danos mencionados: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados.
É notório o direito no qual se fundamenta o pedido do autor, que deverá ser ressarcido por todo o dissabor sofrido.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) Se digne Vossa Excelência em deferir liminarmente na forma de antecipação da tutela de urgência prevista no art. 303 do CPC, determinando que a CEMIG se abstenha de cobrar os valores indevidos;
b) Seja concedido o benefício da JUSTIÇA GRATUITA para isenção das custas, por não ter a autora condição de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio e da família, nos termos da declaração inclusa.
c) Deferir a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, notadamente a documental inclusa, além de outras que se fizerem necessárias, com a Inversão do Ônus da Prova, com base no diploma consumerista;
d) Declarar a nulidade e inexistência do débito cobrado, como outros encargos sem qualquer previsão legal, haja vista a inexistência de qualquer serviço;
e) Requer ainda, se digne V. Exa. de julgar procedente a presente ação, com as cominações legais aplicáveis.
f) A condenação da Ré, ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações de estilo.
Dá-se à causa o valor de R$1.158,19 (um mil cento e cinquenta e oito e dezenove centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
São João Del Rei, MG, 20 de junho de 2017
 ______________________________________
BRUNO VIEGAS DOS SANTOS
OAB/MG 141.586
_________________________ __________________________
Ana Clara Resende (Estagiária) Thalita Paiva Viegas (Estagiária)
_____________________________
Vittoria Soares da Silva (Estagiária)

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