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Ação declaratória de Constitucionalidade (Caso 8)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
 O Partido Político PXY, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ xxxx, com sede na (endereço completo), vem representado por seu advogado, devidamente qualificado na procuração anexa a inicial, propor com fulcro no art.103, VIII da CF/88
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
 Para que seja declarada constitucional a lei complementar 135/2010, no que tange a aplicação das inelegibilidades a atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei.
I - DO DISPOSITIVO LEGAL CUJA CONSTITUCIONALIDADE SE PRETENDE VER DECLARADA
 O autor informa que a Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010 que altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.
II – DO CABIMENTO DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
 A legitimidade para a propositura da presente ação encontra-se fundada no art.103, VIII, da Constituição Federal.
 Além disso, cabe demonstrar a controvérsia judicial sobre a aplicação da norma, uma vez que a ação declaratória de constitucionalidade visa resguardar a ordem jurídica constitucional, de modo a afastar o estado de incerteza ou insegurança jurídica sobre a constitucionalidade da lei ou ato normativo federal, nos termos do art. 14, III, da lei nº 9.868/99.
 Cabe salientar, que os tribunais estão divergindo, aplicando decisões contraditórias face à interpretação de possível inconstitucionalidade da supracitada lei, vislumbrando possível violação do princípio da irretroatividade da lei para norma posterior mais gravosa, e violação a segurança jurídica. 
II. DA CONTROVÉRSIA JUDICIAL RELEVANTE
 Ocorre que há controvérsia no TRE de Sergipe, pois o mesmo adotou entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade para lei mais gravosa, maculando a segurança jurídica, enquanto o TRE de Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às condenações anteriores.
 A Lei complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da segurança jurídica.
 Ressaltando ainda, que há existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novo diploma de inelegibilidades. 
III - DOS FUNDAMENTOS 
 
 A norma em análise deve ser declarada constitucional, porque ela não viola o princípio da irretroatividade da lei prevista no art. 5º XL da CRFB/88, uma vez que ela não atinge eleições passadas, muito menos os respectivos mandatos.
 No entanto com relação a fatos pretéritos dos próximos candidatos, portanto não vai violar o princípio da segurança jurídica, uma vez que as eleições anteriores ficaram conservadas por seus legítimos eleitos. 
 A declaração de constitucionalidade da supracitada lei vai privilegiar a moralidade administrativa uma vez que irá resguardar a população, quanto aos futuros mandatos eletivos, obteremos previamente as informações imprescindíveis para eleger candidatos aptos para o exercício da vida pública. 
IV - DOS PEDIDOS
 Diante o exposto, requer:
1 – A declaração de constitucionalidade da lei complementar 135/2010, sendo seus efeitos aplicados a todos que se enquadrem nos seus artigos, independente da data que o ato foi praticado;
2 – Requerendo ainda a suspensão dos efeitos de quaisquer decisões que, direta ou indiretamente, neguem vigência a lei;
3 – Requer a oitiva do Procurador Geral da República, realizada a oitiva, seja declarada a constitucionalidade da lei 135/2010.
Nesses termos, pede deferimento.
Local, data
OAB/ RJ xxxx

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