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Interesses difusos e coletivos

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nQuais as principais diferenças entre as ações individuais e as ações
Quais as principais diferenças entre as ações individuais e as ações coletivas?
As ações individuais se diferem do modelo coletivo, pelo objeto da lide e a quantidade de pessoas que irão se submeter ao poder jurisdicional do Estado. As ações individuais partem de uma noção egoística processual, numa ação individual, teremos em regra, duas pessoas litigando acerca de um direito material que é narrado na petição inicial do autor e que se submeterá à prolação de uma futura sentença ou acórdão proferido pelos órgãos jurisdicional, bem como ao trânsito em julgado e os efeitos da coisa material, também há de salientar que no processo individual, as partes têm a legitimação de se representarem por seus causídicos em juízo. 
As ações coletivas por sua vez, partem de uma litigância entre um objeto indivisível para fins de fruição, ou seja, diferentemente do processo civil comum, onde figuram direitos que dizem respeito somente aos litigantes de ações individuais, o processo coletivo, trata de bens indivisíveis para fins de fruição, aqueles que no caso, não podem ser divididos, pois se fossem, perderiam seus efeitos, como por exemplo, o patrimônio público, que é bem indivisível e pertence a todos os cidadãos de determinado Estado, ou, por exemplo, a moralidade administrativa, o meio-ambiente etc. A tutela jurisdicional em ações coletivas o efeito da sentença é erga omnes, que vincula todas as pessoas que são interessadas naquele interesse transindividual, diferentemente dos efeitos da sentença inter-partes, que é a regra das ações individuais. 
Diferem-se também, no sistema de legitimação, as leis que tratam de interesse coletivo, como por exemplo, o Código de Defesa do Consumidor, Lei de Improbidade administrativa, Ação Civil Pública, etc, estabelecem rols de pessoas que estão legitimadas à propositura de uma ação pública, não podendo, em regra, o particular tutelar o direito de todos, como um representante do povo. O sistema de legitimação, decorre de uma construção no qual o nosso legislador, inspirou-se no sistema de “class action” americano, hipótese esta que decorre de tal ordenamento jurídico, onde um órgão que prova indoneidade tem a possibilidade de demandar em juízo ação coletiva que tutela tais interesses.
Quais as principais diferenças entre a pluralidade de partes em ações individuais e a tutela dos interesses individuais homogêneos? 
O que representam direitos ou interesses difusos, os interesses coletivos em sentido estrito e os direitos ou interesses individuais homogêneos?
Direitos difusos são direitos transindividuais indivisíveis, com indeterminabilidade absoluta de seus titulares, reclamados, para tanto, uma solução uniforme para todos os prejudicados oriundos do mesmo fato que gerou a ofensa ao direito dos respectivos tutelados. 
Os direitos coletivos, por sua vez, também são interesses transindividuais, entretanto, a identificação dos titulares é relativa, pois em situações fáticas que envolvam ofensas a direitos coletivos, sempre nos depararemos com fatos que criaram vínculos jurídicos entre aqueles que tiveram seus direitos metaindividuais de alguma forma desrespeitados, criando-se assim, uma classe, grupo ou categoria classe decorrente da ofensa, portanto, diferentemente dos direitos difusos, o número de pessoas envolvidas é quantificável e o vínculo que gerou a ofensa a tais direitos decorre de uma situação fática entre os ofendidos, em grupo, categoria ou classe. 
Para finalizarmos, discorremos agora, em relação aos direitos individuais homogêneos, estes serão decorrentes a uma situação fática, que cria vínculos jurídicos entre os ofendidos, entretanto, se difere dos direitos coletivos em sentido estrito, pois os direitos que serão tutelados no âmbito judicial, não dirão respeito a direitos indivisíveis, mas sim, direitos individuais que podem ser quantificados individualmente, entretanto, o ordenamento jurídico pátrio insculpe a possibilidade de que haja a tutela de tal direito de maneira coletiva, para fins de se assegurar a segurança jurídica, evitando a prolação de sentenças conflitantes para as demandas individuais. 
Quem são os legitimados para ações coletivas?
O Ministério Público, quando as ações versarem de direitos indisponíveis; 
Associações civis, desde que a lide verse sobre algum tema que tal associação tem por finalidade proteger; 
Defensoria Pública será legitimada quando nas ações civis públicas existir o “pobre na acepção jurídica do termo”, ou seja, quem não pode adimplir com as custas processuais; 
Autarquias, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista poderão legitimar coletivamente as competências que forem estabelecidas a elas por lei;
As pessoas jurídicas de direito privado que integrarem os quadros da Federação também poderão propor tais ações dentro de suas competências e de suas conscrições territoriais.
No estudo da legitimação para as ações coletivas, qual a importância do conceito de representação adequada? 
A Lei nº 8.078/90, em seu art. 81, parágrafo único, inciso II, prevê, em relação aos interesses coletivos em sentido estrito: "II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base". Portanto, de acordo com a lei, os interesses coletivos em sentido estrito seriam indivisíveis. Caso um indivíduo, pertencente a um grupo, categoria, ou classe de pessoas, venha a suportar prejuízo plenamente identificável, decorrente do ato praticado e que venha a lesar o grupo, a categoria ou classe de pessoas, poderia ajuizar individualmente uma ação? (**) Nesse caso, os interesses seriam mesmo indivisíveis, considerando a possibilidade de ajuizamento de ação individual?
Segundo o fato narrado acima, o caso em tela não suporta os interesses coletivos, tendo em vista que estes são “transindividuais”, ou seja, eles são indivisíveis para fins de fruição, em outras palavras, com os interesses coletivos, não há a possibilidade da quantificação do valor individual, pois se assim houvesse, estaríamos diante de direitos individuais homogêneos, pois nestes casos existe a possibilidade de quantificar o dano sofrido de maneira individual, diferentemente dos direitos coletivos, que são transindividuais e não há a possibilidade de quantificar de maneira determinada o prejuízo causado individualmente. 
Como dito anteriormente, em casos idênticos ou análogos deste supracitado acima, como o interesse é divisível, existe a possibilidade do ajuizamento de ação individual, assim como é lição de ZAVASCKI “entre nós vigora o princípio da integral liberdade de adesão ou não ao processo coletivo, que, em caso positivo, deve ser expressa e inequívoca por parte do titular do direito”, entende-se tal liberdade como “a liberdade de promover ou prosseguir a ação individual, simultânea à ação coletiva”.
A professora Ada Pellegrini Grinover, entende que há a possibilidade das ações serem propostas de maneira individual, entretanto, nas concepções da Douta Jurista, o processo, nos termos do artigo 265, VI “b” do antigo CPC (atual artigo 313, V, “b”) deveriam as demandas individuais ficarem sobrestadas por um ano, de acordo com o parágrafo 4 e 5 dos respectivos diplomas, com a finalidade de se resguardar a segurança jurídica e evitar decisões conflitantes, entretanto, se no lapso temporal de 01 (um) ano não se resolvesse a demanda coletiva, as partes deveriam ser intimadas para prosseguirem com as demandas individuais.
É mera liberalidade da parte autora, dar ensejo à demanda individual, ou proceder à demanda coletiva, devendo ser feito de maneira expressa aos autos, entretanto, se assim for o desejo do autor, este não ficará vinculado ao trânsito em julgado da ação coletiva, tendo procedência ou não. Entretanto, pode o Juízo mediante provocaçãoda requerida, à luz do critério da prevenção decretar a litispendência ou conexão, assim como preceitua o artigo 337 do CPC/15, poderá a parte autora escusar-se de tal pedido da parte contrária e continuar o processo cognitivo individual ou abdicar a demanda individual, tendo a possibilidade de assistir litisconsorcialmente o legitimado adequado na demanda coletiva e vinculando-se ao transito em julgado da ação proposta coletivamente pelo legitimado adequado.
Nas hipóteses em que o autor anuir com o litisconsórcio e figurar como parte ativa na ação coletiva, não haverá em se falar de suspensão do processo por um ano, pois este deverá ser “suspenso” até o trânsito em julgado da ação onde é assistente litisconsorcial. Se restar-se improcedente a ação coletiva, não obstará a continuidade do processo onde ajuizou individualmente até o trânsito em julgado deste, por outro lado, nas hipóteses onde houver o trânsito julgado e a ação restar-se procedente, fará coisa julgada com efeitos erga omnes, onde cada autor de cada demanda individual possuirá um “titulo executivo judicial”, onde estes poderão ajuizá-lo com uma ação de execução, somente discutindo o quanto se dará o prejuízo causado que foi oriundo do dano causado anteriormente.
A Lei nº 8.078/90, em seu art. 81, parágrafo único, inciso III, prevê, em relação aos interesses individuais homogêneos: " III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum". Pergunta-se: Os interesses individuais homogêneos são indivisíveis? Quantos deveriam ser os interessados para que se possa considerar a utilização da ação coletiva (própria para os interesses indivisíveis) para a defesa de interesses individuais homogêneos? Se considerarmos um determinado número de interessados; se cada um desses interessados propuser a sua própria ação individual, qual seria o elemento comum de cada uma dessas ações individuais, que viria a caracterizar a "origem comum" referida pela lei?
Os interesses individuais não são indivisíveis, tendo em vista que há a possibilidade de mensurar o dano sofrido individualmente, portanto, nestes casos não há de se falar em interesses indivisíveis. Em minhas concepções, para se ajuizar uma ação coletiva que verse acerca de interesses individuais homogêneos, o número de interessados deve ser a superior a um, ou seja, quando houver no mínimo dois ofendidos, nas quais seus direitos foram ofendidos por um mesmo fato, criando-se assim grupos categorias ou classes, há a possibilidade de tutelar os interesses individuais homogêneos. A origem comum decorre ao dano sofrido individualmente, que decorreria do mesmo fato, portanto, a origem comum e o elemento comum que deu ensejo à propositura da ação que tutela tais interesses, dá-se na origem do dano. 
O art. 82 da Lei nº 8.078/90 afirma que o Ministério Público é parte legítima para a propositura de ação coletiva que objetive a defesa dos interesses individuais homogêneos. Essa afirmativa está sempre correta? Por que? 
Esta afirmativa é relativa, pois nem sempre o Ministério Público terá legitimação à propositura de interesses individuais homogêneos. O MP terá legitimação desde que o interesse individual homogêneo verse acerca de direitos indivisíveis e indisponíveis, ou seja, o Ministério Público terá legitimação para ajuizar ações civis públicas nas hipóteses em que tais ações dizerem respeito acerca de direitos irrenunciáveis, como por exemplo, lides acerca da vida, segurança pública, saúde, etc.
Como deduzir o pedido numa ação coletiva, considerando que os interesses são individuais e o CPC/2015 prever que os pedidos devem ser certos e determinados? Qual a diferença entre um litisconsórcio inicial, ativo, facultativo e simples e uma ação coletiva que tutela interesses individuais homogêneos?
Considere um universo de (10.000) dez mil consumidores lesados de um serviço de TV a cabo. Fora prometida a inclusão de um determinado canal, que exibiria determinada série mas, iniciada a série o canal não foi disponibilizado aos consumidores. Considere que (250) duzentos e cinquenta desses consumidores tenham ajuizado ações no juizado especial cível. Considere que (122) cento e vinte e dois consumidores tenham ajuizado ação pelo procedimento comum do CPC/2015. Considere que outros (13) treze consumidores tenham formado um litisconsórcio, o que, igualmente, foi feito por mais (2) dois grupos de (20) vinte consumidores. Considere que o PROCON tenha ajuizado uma ação coletiva para a defesa de todos os consumidores lesados. Quantas foram as ações propostas?
250+122+13+40+1. Estaremos diante de 426 ações propostas. 
No exemplo acima, caso o Ministério Público tivesse proposto uma ação coletiva e, no mesmo sentido, outras (2) duas ações coletivas tivessem sido propostas por duas associações civis (com objeto estatutário compatível com a defesa de interesses dos consumidores), sendo que cada uma dessas ações tivessem sido distribuídas para (3) três varas distintas da mesma comarca, qual seria o provável destino de cada uma dessas ações?
O caso em tela trata-se de litispendência coletiva. As leis de ação civil pública e o CDC insculpem em seus artigos, de maneira recíproca, os legitimados adequados à propositura de ações que tutelam os interesses difusos. No caso em comento, estamos diante de uma litispendência, pois se trata de ação no mesmo sentido, que tutela a mesma coisa, com os mesmos legitimados (o povo) e com o mesmo pedido. Em casos como esses ou análogos, onde houver distribuição na mesma comarca ou em comarcas diferentes, deveremos observar o critério da prevenção. No caso em tela, os legitimados adequados são da mesma comarca, portanto, observando o critério da prevenção, para assegurarmos a segurança jurídica e evitarmos decisões conflitantes, será legitimado à propositura da ação, o legitimado que ajuizou primeiro a ação. As ações provavelmente serão julgadas conjuntamente, justamente evitarem-se decisões conflitantes.
Ademais, cumpre destacar que as associações civis e o Ministério Público serão litisconsortes na ação coletiva que foi distribuída primeiramente, com o intuito de resguardar a segurança jurídica, obter economia processual na lide e ter um processo mais célere e para acelerar a instrução probatória, segundo e deveremos observar as hipóteses do CPC.
Justifique a alternativa a seguir: “As ações individuais não ficam prejudicadas com o ajuizamento da ação coletiva”. 
As ações individuais não ficarão prejudicadas pelo ajuizamento da coletiva, entretanto, tendo em vista que ninguém ficará sem a apreciação do seu conflito pelo judiciário, assim como insculpe o artigo 5º, inciso XXXV da CF, poderá o particular quando o interesse puder ser quantificado no caso concreto ajuizar demanda individual, mesmo existindo ação coletiva versando sobre o mesmo assunto. 
Entretanto, cumpre destacar, segundo os ensinamentos da professora Ada Pellegrini Grinnover, poderá o juiz fixar lapso temporal para o sobrestamento dos feitos individuais em até 01 ano, fato pelo qual, para evitar decisões conflitantes, poderá o judiciário, de ofício ou a requerimento das partes deixar os processos individuais inertes pelo referido lapso temporal, com o intuito de que seja julgado o processo coletivo para que tal controvérsia seja sanada e julgada coletivamente.
Contudo, entendo que a possibilidade da parte optar ou não pelo sobrestamento do feito, cabe ao indivíduo e não ao juiz de ofício, pois somente ele irá se prejudicar pelo tempo despedindo em seu processo arquivado, mesmo que temporariamente.
Ademais, deve-se destacar o trânsito em julgado da sentença com e sem acolhimento do pedido inicial. Em questões onde a sentença for inconclusiva e improcedente na ação coletiva, não surtirá os efeitos do trânsito em julgado à demanda individual, não sendo vedado assim, ao particular em repropor a ação ou continuar com a ação de conhecimento individual, com o intuito de provar o seu direito em juízo, entretanto, nas hipóteses onde a sentença for procedente,cada indivíduo poderá executar o titulo e discutir somente o que é devido em fase de execução.
Insta destacar, que as ações individuais não ficam prejudicadas com o ajuizamento da ação coletiva, tendo a liberalidade, o autor da ação poderá ou não ser participante da demanda coletiva, se assim escolher, não ficará sujeito ao trânsito em julgado da ação coletiva, e, portanto, nem o ajuizamento e nem o trânsito em julgado da ação coletiva surtirão efeitos às ações individuais, bem como não a prejudicarão
Justifique a providência que os autores devem efetivar em ações individuais para que a afirmativa a seguir fique incorreta: “A ação coletiva não influencia o resultado das ações individuais”.
Para que a ação coletiva influencie o resultado das ações individuais, deverá o autor optar pelo julgamento da demanda individual juntamente à demanda coletiva em até trinta dias, entretanto, insta destacar que é mera liberalidade do autor optar entre a ação coletiva e a ação individual. 
Nos casos onde o autor optar pelo trâmite da ação coletiva, este estará sujeitando o seu processo à influência da ação coletiva, caso contrário, de fato, a ação coletiva não influenciará o resultado das ações individuais.
Entretanto, de forma sucinta, as ações coletivas influenciarão as individuais, nas hipóteses onde o autor escolher o julgamento conjunto e atuando como litisconsorte na ação coletiva.
Uma associação civil pode formar litisconsórcio com o MP, a fim de que a ação coletiva seja ajuizada? A defesa de inter1esses difusos e individuais homogêneos pode ser feita na mesma ação?
Quando houver mais de um legitimado adequado à propositura de uma ação e ambos legitimados ajuizarem as ações para tutelarem respectivamente o mesmo interesse difuso, decorrente de um mesmo evento danoso, é possível a instituição de um litisconsórcio entre ambos. O litisconsórcio é criado com o intuito de que não existam decisões conflitantes ao mesmo caso concreto, proporcionando às partes uma maior segurança jurídica. 
É importante destacar também, que nas hipóteses onde existirem tal litisconsórcio, deve-se observar o critério da prevenção. O juízo prevento ao julgamento de ações onde isto ocorrer, se em comarcas diferentes, será o juízo que citar a parte contrária antes no processo, entretanto, se os litisconsortes distribuírem ação na mesma comarca, o juízo no qual a petição inicial for distribuída antes, será o Juízo prevento ao julgamento. 
Nada impede que em um mesmo pedido, estejam presentes pretensões difusas e pretensões individuais homogêneas. Por exemplo, se houver o pedido em uma inicial do fechamento de uma fábrica e o ressarcimento dos prejudicados na medida de seu prejuízo, teremos ambos os tipos do artigo 81 CDC presentes na mesma ação, ou seja, o pedido de fechamento da fábrica se enquadra em um interesse difuso, pois afetará um número indeterminado de pessoas, enquanto o ressarcimento interessará aos prejudicados diretos e efetivos, o que torna esse pedido específico e individualizável, e, portanto, de cunho individual homogêneo.
LACP
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990)
V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).
VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de 2014)
VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei nº 13.004, de 2014)
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
 Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada pela Lei nº 13.004, de 2014)
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).
V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada pela Lei nº 13.004, de 2014)
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei.
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)
§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) 
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. (Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990) 
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis.
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informaçõesque julgar necessárias, a serem fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis.
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em que a ação poderá ser proposta desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los.
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente.
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público.
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as associações legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças de informação.
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento.
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público.
Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da atividade nociva, sob pena de execução específica, ou de cominação de multa diária, se esta for suficiente ou compatível, independentemente de requerimento do autor.
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo.
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, poderá o Presidente do Tribunal a que competir o conhecimento do respectivo recurso suspender a execução da liminar, em decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a partir da publicação do ato.
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento.
Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados. (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento)
§ 1o. Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em conta com correção monetária. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.288, de 2010)
§ 2o Havendo acordo ou condenação com fundamento em dano causado por ato de discriminação étnica nos termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em dinheiro reverterá diretamente ao fundo de que trata o caput e será utilizada para ações de promoção da igualdade étnica, conforme definição do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese de extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses de danos com extensão regional ou local, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010) (Vigência)
Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à parte.
Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado da sentença condenatória, sem que a associação autora lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa aos demais legitimados. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997)
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. (Renumerado do Parágrafo Único com nova redação pela Lei nº 8.078, de 1990)
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta Lei, o Código de Processo Civil, aprovado pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie suas disposições.
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será regulamentado pelo Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias. (Regulamento)
Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor. (Incluído Lei nº 8.078, de 1990)
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado do art. 21, pela Lei nº 8.078, de 1990)
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado do art. 22, pela Lei nº 8.078, de 1990)
CAPÍTULO II
Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Individuais Homogêneos
        Art 91. Os legitimados de que trata o art. 81 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes.
        Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes.            (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
        Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei.
        Parágrafo único. (Vetado).
        Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local:
        I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
        II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
        Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.
        Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.
        Art. 96. (Vetado).
        Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderãoser promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.
        Parágrafo único. (Vetado).
        Art 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 81, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiverem sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.
        Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções.            (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
        § 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou não do trânsito em julgado.
        § 2° É competente para a execução o juízo:
        I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso de execução individual;
        II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.
        Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão preferência no pagamento.          (Vide Decreto nº 407, de 1991)
        Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a destinação da importância recolhida ao fundo criado pela Lei n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto pendentes de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser manifestamente suficiente para responder pela integralidade das dívidas.
        Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e execução da indenização devida.          (Vide Decreto nº 407, de 1991)
        Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985.          (Vide Decreto nº 407, de 1991)
CAPÍTULO III
Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e Serviços
        Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:
        I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
        II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.
        Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão propor ação visando compelir o Poder Público competente a proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à incolumidade pessoal.
        § 1° (Vetado).
        § 2° (Vetado)
CAPÍTULO IV
Da Coisa Julgada
        Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
        I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
        II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
        III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
        § 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
        § 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.
        § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99.
        § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença penal condenatória.
        Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva.
A Lei nº 8.078/90, em seu art. 81, parágrafo único, inciso II, prevê, em
relação aos interesses coletivos em sentido estrito: "II - interesses ou
direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo,
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica base". Portanto, de acordo com a lei, os
interesses coletivos em sentido estrito seriam indivisíveis. Caso um
indivíduo, pertencente a um grupo, categoria, ou classe de pessoas,
venha a suportar prejuízo plenamente identificável, decorrente do ato
praticado e que venha a lesar o grupo, a categoria ou classe de pessoas,
poderia ajuizar individualmente uma ação? (**) Nesse caso, os
interesses seriam mesmo indivisíveis, considerando a possibilidade deA

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