INQUERITO POLICIAL TEXTO

Prévia do material em texto

Alunas : Adriana Meireles, Rafaela Soares, Ozamir Ferreira
NATUREZA JURICA E CARACTERISTICAS DO INQUERITO POLICIAL
SÃO LUÍS-MA
2017
ALUNAS: Adriana Meireles, Ozamir Ferreira, Rafaela Soares
	
NATUREZA JURÍDICA E CARACTERISTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
Trabalho apresentado à disciplina Direito Processual Penal I do Curso de Direito da Faculdade Estácio São São Luis, apresentado como requisito parcial para obtenção de pontos extras para à adição da nota da AV2.
Orientador: Prof. Marco Aurélio de Jesus Pio.
SÃO LUÍS- MA
2017
NATUREZA JURÍDICA E CARACTERISTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
 
 De acordo com o entendimento de Norbeto Avena, compreende-se que o inquérito policial é um conjunto de diligencias que são realizadas pela autoridade policial, cujo o seu objetivo é obter elementos que apontem a autoria e comprovar a materialidade dos crimes investigados, para que permitam ao Ministério Público e ao ofendido o oferecimento da denuncia e da queixa crime. Vale ressaltar que esse oferecimento da denuncia ou queixa crime, depende do tipo de ação, quando esta for Ação penal Publica a competência é do MP, e quando a for o caso de Ação Penal Privada, compete ao ofendido oferecer denuncia ou queixa crime.
 O Inquérito policial possui natureza administrativa uma vez em que é instaurado pela autoridade policial. 
 
 CARACTERISTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
 
 O procedimento escrito, a oficiosidade, oficialidade, discricionariedade, inquisitorial, indisponibilidade e sigilo.
ESCRITO: como o nome já diz, o procedimento deve ser escrito, ou seja todos os seus atos durante as investigações devem ser formais, de acordo com o que aduz o art. 9º do CPP; 
OFISIOSIDADE: Salvo na hipótese de crimes de ação Penal Pública Condicionada à representação e dos delitos de ação penal privada, nestes casos o Inquérito Policial deve ser instaurado ex ofício pela autoridade policial assim que este tiver conhecimento da pratica de um delito, segundo Art. 5º, I/CPP, independente de provocação.
OFICIALIDADE: onde a investigação deve ser realizada por autoridades e agentes integrantes do quadro público. Ou seja, particulares não podem delegar atividades investigatórias. Disposto no Art. 144, parágrafo 4º da Constituição Federal, com exceções da policia militar, salvo em exceções legais (por exemplo Inquérito Policial Militar) .
DISCRICIONARIEDADE: Este ato concentra-se na figura do delegado, pois só cabe a ele efetuar todas as diligencias que forem necessárias para que sejam esclarecidos todos os fatos.
INQUISITORIAL: Entende-se por um procedimento inquisitivo que é voltado para obtenção de elementos que possam servir de suporte para que a acusação seja formalizada através de uma denuncia ou queixa crime.
 INDISPONIBILIDADE: esta característica define que uma vez instaurado o inquérito a autoridade policial não pode por iniciativa própria promover seu arquivamento, mesmo que consiste eventual atipicidade do fato apurado, segundo Art. 17 do CPP.
SIGILO: Esta característica impede o livre acesso aos autos do inquérito. Esse sigilo tem como objetivo assegurar a efetividade das investigações, bem como a honra dos investigados. Essa característica esta prevista no Art. 20 do CPP.
 CONCLUSÃO
 A importância do inquérito policial se materializa do ponto de vista de uma garantia contra apressados juízos, formados quando ainda não há exata visão do conjunto de todas as circunstâncias de determinado fato. Daí a denominação de instituto pré-processual, que de certa forma, protege o acusado de ser jogado aos braços de uma Justiça apressada e talvez, equivocada. O erro faz parte da essência humana e nem mesmo a autoridade policial, por mais competente que seja, está isenta de equívocos e falsos juízos. Delegados e advogados devem trabalhar em prol de um bom comum, qual seja, a efetivação da justiça. Imprescindível a participação do advogado, dentro dos limites estabelecidos pela lei, na participação da defesa de seu cliente. Diante disso, é de imensa importância que o inquérito policial seja desenvolvido sob a égide constitucional, respeitando os direitos, garantias fundamentais do acusado e, principalmente, o princípio da dignidade da pessoa humana, norteador do ordenamento jurídico brasileiro.