Buscar

mixgenação indgena

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

·	os puris ,Botocudos lingua-tronco macro-gê 
Os índios Puris são identificados como descendentes dos Coropós e Coroados, ou muito parecidos, também em seus aspectos culturais, como descrevem os cientistas Von Spix e Von Martius nas expedições realizadas no início do século XIX. Estes indígenas como todos os de outras tribos em geral apresentavam os seguintes aspectos físicos: baixos ou de estatura mediana, robustos, largos, achatados, pescoço curto e grosso, formas arredondadas, pés largos e dedos grandes, pele macia de cor parda-escura, cabelo comprido liso de cor negra, sem cabelo nas axilas e peito, rosto largo, testa estreita, nariz curto, olhos pequenos, boca pequena e dentes claros.
O significado da palavra Puri, em tupi, pode ser "… gentinha ou povo miúdo ou comedor de carne humana”, contudo esta segunda não pode ser comprovada apenas pelos relatos dos viajantes da época. Também há relatos descrevendo os Puris como traiçoeiros e desumanos com os homens brancos, contudo esses atos podem ser tidos como resistência contra as agressões para defesa de seu território, sua família, sua tribo. O próprio nome Puri significava na língua deles gente mansa ou tímida."
Os Puris foram descritos como calmos e receptivos por alguns e valentes e armados, por outros, de fato, podemos perceber que o homem branco facilmente os combateu. Os brancos adentraram a mata fechada, favorecendo embates entre os exploradores e os índios. Com a exploração das terras, o índio também foi empregado. Sabe-se que leis tratavam de impor que não fossem exterminados, mas como em toda história brasileira e, nesta região não seria diferente, a extinção dos indígenas ocorreu. Os Puris sumiram da área sem deixar rastros não existindo sinais de quando partiram, mas sabe-se que a sua extinção se deu ainda no século XVIII.
·	 Goitacases expulsos, chegam os Tupis. lingua-tronco macro-gê 
 Como vimos, a região do Itabapoana era habitada e percorrida, no século XVI, pelos índios goitacases. No início do contato com os europeus, chegaram a trabalhar pacificamente na formação dos canaviais da região da atual cachoeira das Garças, em troca de bens manufaturados e mantimentos. Desentendidos com os forasteiros, fizeram contra eles duas guerras, e por fim os expulsaram do Itabapoana em 1546.
 Organizaram uma partida que correu pelo litoral, atingindo no mínino a região de Anchieta. Depois dessa correria, retornaram aos seus sítios no atual norte fluminense. Até 1594 impediram qualquer estabelecimento na região, e nesse ano foram batidos por uma expedição que os repeliu do litoral. Foi somente nessa data que o Itabapoana tornou-se relativamente "seguro" para se povoar novamente. Próximo ao ano de 1620, os Jesuítas construíram uma Capela (Nossa Senhora das Neves) e formaram uma Fazenda (Muribeca), deslocando para a região do Itabapoana índios tupis que estavam reduzidos em Anchieta, então chamada de Rerigtiba.
 Um pequeno grupo desses índios se estabeleceu na região da cachoeira das Garças, onde viviam em cultura de subsistência, com pequena lavoura de mantimentos e vivendo da atividade pesqueira. O nome dessa pequena aldeia era São Pedro Apóstolo, que passou à ser chamada coloquialmente de São Pedro do Norte, por causa da aldeia de São Pedro do Cabo Frio (atual São Pedro da Aldeia).
 Sem o perigo dos goitacases, expulsos da região, esses índios tupis semi-aculturados viveram tranquilos na aldeia de São Pedro por cerca de dois séculos, até que começaram à ser acossados pelos puris no final do século XVIII. A aldeia era pequenina, e não tinha mais que 50 moradores.
·	 os indios fdp traidores Várias vilas, e até cidades atuais, tiveram origem parecida à da aldeia de São Pedro - índios tupis aculturados ou semi-aculturados que foram formar pequenas roças de subsistência nas proximidades de algum Aldeamento, Fazenda ou Igreja/Capela Jesuíta, e passaram a se dedicar à pesca. Essa é a origem remota das atuais Piúma, Itaoca/Itaipava, Meaípe, Perocão, Santa Cruz, Riacho, dentre outras. Representam a chamada cultura maratimba, os nossos caboclos, tão celebrada por Rubem Braga em seus escritos. 
·	Debret afirmava: "Estas duas nações nada mais são que fragmentos da grande raça dos Tapuias, que se unem para fazer guerra aos Puris, que os perseguem sem cessar, embora sejam de origem comum."
Os Coroados , como já foi revelado, se localizavam na Gamboa, hoje "Bairro Coroados", onde chegaram os capuchinhos em 1781. Usavam como arma o arco e a flecha. As flechas não eram "envenenadas". Viviam da caça e da pesca.
Já com alto grau de civilização, prestavam excelentes trabalhos nas construções (inclusive na Igreja de São Fidélis, construída em 1809).
Debret, que visitou o Brasil em 1816, afirmou que "o nome genérico da nação Puri tem sua origem na língua dos Coroados e quer dizer audaz ou bandido, nomes dados pelos Coroados, por causa da guerra contínua que lhe moviam". Os índios Puris não usavam nenhuma vestimenta, nem mesmo em estado de civilização.
Alimentavam-se de caça e comiam carne assada bastante tostada.
Os Puris se localizavam à margem esquerda do rio Paraíba do Sul, na região do atual distrito denominado Ypuca (2.° distrito de São Fidélis).
 O primeiro contato do capuchinho frei Angello Maria de Lucca com os índios Puris aconteceu na fazenda do capitão Carneiro Leão no dia 30 de julho de 1788.
A última notícia que se teve dos Puris foi a presença dos mesmos às margens do rio Muriaé, após a epidemia de varíola, que dizimou quase toda tribo.