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RESUMO AV1- ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Osteoblastos: células jovens, intensa atividade metabólica, responsáveis pela regeneração óssea. Osteoclastos: células multinucleadas, secretam ácidos e outras enzimas que atacam e liberam cálcio, são responsáveis pela remodelação do osso. Remodelação óssea: constante deposição e reabsorção (osteoblasto X osteoclastos), tem como fatores idade, exercício físico, mediações e condições patológicas. Fraturas Definição: ruptura de um osso, com ou sem desvio dos fragmentos. Mecanismos de lesão: Direto: fratura ocorre no local onde se deu o trauma, podendo haver lesões importantes. Indireto: quando a fratura ocorre a distancia do trauma, sendo mínimas as alterações dos tecidos moles adjacentes. Quanto ao número de fragmentos: Simples Dupla cominutiva ou fragmentada (mais de dois fragmentos). Quanto ao traço: Transversa: mecanismo de cisalhamento e instáveis rotacionalmente Espiral: mecanismo indireto, trauma rotacional e fácil consolidação Obliqua: mecanismo de flexão com ponto fixo, estáveis rotacionalmente e grande tendência a acavalamento Cominutiva: trauma direto, instáveis, grande prazo de consolidação Afundamento: segmentos forçados para o interior ex:crânio e faciais Compressão: esmagamento ex:vértebras Avulsão: fragmento ósseo é arrancado por tendão ou ligamento Quanto a integridade da pele: Fechada:fratura sem contato com o meio externo Aberta: fratura exposta Segmento/localização: Proximal Diáfise Distal Quanto a estabilidade: Estável: incompletas, sem deslocamento ósseo Instáveis: completas, com deslocamento ósseo Quanto ao deslocamento: Angular: deslocamento linha média ou lateral do corpo Rotacional: rotação do fragmento Cavalgamento/acavalgamento: espasmo muscular protetor Consolidação Características: Consolidação ou cura ocorre com a formação de calo ósseo ( restabelecer a integridade, rigidez, retorno a atividade) Fatores: Rede vascular preservada e favorável Idade Estado nutricional Enfermidades associadas Condicionamento físico Trofismo muscular Estágio da consolidação: 1ª estágio: hemorragia inflamatória (dois a três dias após a fratura) 2ª estágio: fase de calo mole ou fibroso (fibrocartilagem), proliferação de osteoblastoas e condroblastos ( de três dias a três semanas) 3ª estágio: fase de calo duro, mineralização (três a seis meses) 4ª estágio: remodelação, formação óssea (anos) Tratamento de fraturas Redução direta: Dispositivo de proteção contra estresse Não há formação de calo ósseo Ex: placas e parafusos de compressão Placas: Fixação rígida As fraturas com envolvimento articular são melhor abordadas Ponte- fixada somente os dois principais fragmentos, zona de fratura intocada Banda de tensão: estabilização da parte fraturada do osso, por compressão Redução indireta: Dispositivo de compartilhamento de stress Não tem acesso direto ao foco de fratura Consolidação indireta: inflamação, calo mole, calo duro e remodelação. Tração: Tratamento conservador Tratamento inicial de fratura Método mais agressivo Dispositivo de compartilhamento de carga A tração cutânea pode causar necrose da pele Complicações esqueléticas: encurtamento muscular, rigidez articular, desvio rotacional do membro, complicações pulmonares em pacientes politraumaticos e longa permanência hospitalar Encavilhamento intramedular: Haste intramedular Dispositivo de compartilhamento de carga, permite suporte de carga através do local da fratura Utilizada em fraturas diafisárias de fêmur e tíbia, podendo ser utilizada nas fraturas diafisárias do úmero Gesso e talas: A favor do stress Membro deve permanecer na posição funcional Fixadores externos A favor do stress Vantagens: menor lesão ao suprimento sanguíneo, interferência mínima com a cobertura de partes moles, estabilizar fraturas expostas, boa opção em situação de risco de infecção e bastante seguro em caso de infecções ósseas. Desvantagens: fios e pinos e partes moles, movimento articular restringido, incomodo nem sempre é tolerado e complicações na fixação externa duradoura. Enxertos/biomateriais: Material de origem sintética ou natural Pode ser colocado em contato com os tecidos Enxerto autógeno: disponibilidade limitada, risco de morbidade e qualidade óssea. Enxerto alógeno: disponibilidade limitada (doador/cadáver), risco mortalidade, risco de infecção. Enxerto sintético: sem risco de contaminação, injetáveis, facilita o crescimento ósseo e facilmente disponível. Complicações das fraturas Choque: Hemorrágico ou hipovolêmico e choque não hemorrágico Sinais: diminuição de volume sanguíneo, taquicardia, taquipnéia, sudorese, palidez, hipoterminia, diminuição de PA Embolia gordurosa: Minúsculas gotas se prendem aos vasos, capilares Prevenção, cuidar ao mobilizar o membro fraturado Pode evoluir para uma SARA Tétano: Contração tônica dos músculos causada pelo clostridium tetani bastonete gram positivo anaeróbico Óbito ocorre por PCR com disfunção do diafragma Prevenida pela imunização apropriada Gangrena gasosa: Causada por uma bacilo Sinais: dor local, edema e exsudato Trombose venosa profunda: Mais comum e perigosa em pacientes com trauma esquelético e candidatos a cirurgia futura Três fatores necessários para a formação do trombo: tríade de Virchow – lesão endotelial, estase sanguínea e aumento da coagulação sanguínea. Sinal da bandeira- flexão de MMII- panturrilha (quente e doida) bomba metabólica Complicação mais importante: embolia pulmonar Lesões viscerais: Comuns em fratura de pelve, tórax, hemotórax, pneumotórax Bexiga, colo, reto.. Lesões vasculares: MS: artéria subclávia em clavícula, art. axilar em fratura/luxação de ombro, art. braquial em fratura supracondiliana do úmero MI: art. poplítea na fratura supracondiliana de fêmur e luxação de joelho, art. tibial posterior nas fraturas próximas a tíbia e pediosa em fraturas/luxações lisfrac Lesões neurológicas: Neuropraxia: bloqueio fisiológico transitório, a recuperação é espontânea, ocorre em poucas semanas. Axoniotmese: lesão predominantemente axonial, continuidade do nervo continua intacta, regeneração lenta. Neurotmese: tronco nervoso é seccionado e um segmento é substituído por tecido fibroso, a recuperação espontânea é impossível Síndrome compartimental: Fluídos intra e extravasculares se acumulam em compartimentos fechados (músculo-fascias) Retardo de consolidação: Quando a fratura não se consolida- pseudo artrose Comuns em pacientes com tração Ossos que consolidam com dificuldade: escafoide e tálus Necrose avascular ou osteonecrose: Ocorre quando a irrigação de um segmento ósseo é interrompida pela fratura causa mais comum de pseudoartrose Áreas mais comuns: cabeça femoral, talus e escafoide Consolidação viciosa: Deformidades angular, rotacional ou de discrepância Tratamento fisioterápico durante a imobilização Redução do edema é muito importante para evitar a formação de aderência, isso também ajuda no alívio da dor Exercícios ativos através da atividade muscular isométrica ou isotônica Manter um bom suprimento sanguíneo nos tecidos moles Manter a função muscular por contrações isométricas ou isotônicas Manter ou melhorar a ADM Ensinar o paciente como usar aparelhos especiais como: muletas, bengalas... e como cuidar dos mesmos Tratamento fisioterápico pós imobilização Redução do edema Redução do quadro álgico Ganho de ADM Ganho de força muscular isometria, isotônia e isocinética Treino proprioceptivo Alongamento muscular Treino de marcha Reeducação postural Retorno as AVD's Amputações e o enfoque fisioterapêutico Amputações- retirada, geralmente cirúrgica, total (não preserva a articulação) ou parcial de um membro Amputação traumática- acidente: automobilismo, trabalho, quedas de alturas ou objetos Amputação atraumática- sequelas: diabetes, infecções, trombose, isquemia, falha de consolidação Níveis de amputação Nível adequado para protetização Quanto mais distal o coto melhor a protetizaçãoEstado geral do coto Coto estável: sem deformidades Coto com deformidade: edema residual, flexão, abdução (má protetização) Bom estado da pele, circulação, ausência de espículas ósseas e cicatrização favorável Dor fantasma e sensação fantasma 100% dos casos Alteração de sensibilidade e alteração vascular Programa pós operatório Manutenção ou ganho de ADM Orientação postural Cinesioterapia, fortalecimento do membro amputado Eletroterapia: corrente russa (melhora da função muscular), estimulação transcutânea (diminui a dor fantasma) e ultra som (diminui a dor e auxilia na cicatrização) Estimulação proprioceptiva: estimulação com várias texturas e temperaturas diferentes Enfaixamento: se faz necessário para que haja uma adequada adaptação ao encaixe da prótese, redução do edema e produza um formato cilíndrico desejado Orientações Higiene correta do coto e cuidar com fricções exageradas Manter hidratado o local do coto para a prótese Adaptação no banheiro, sala, quarto, vaso sanitário Iluminação adequada Calçados antiderrapantes
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