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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional
FERNANDA LOUISE VILHENA AMORIM
MACAPÁ-AP
2016.2
FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional sob a orientação do Professor Esp. Rildo Nascimento.
 Curso: Pedagogia
MACAPÁ-AP
2016.2
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao corpo técnico-pedagógico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial AP por permitir a realização do estágio supervisionado, oferecendo todo o suporte necessário durante o período em que permaneci na instituição. Agradeço ao professor Aristeu Campos pela ótima recepção em sua turma e aos queridos alunos pela amizade construída em pouco tempo.
“A meta de vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento”
(John Dewey)
SUMÁRIO
1.0 Introdução....................................................................................................06
2.0 Caracterização da Escola............................................................................08
2.1 Caracterização da Turma e do Professor....................................................10
3.0 Desenvolvimento e Análise das Atividades Observadas e Realizadas........11
3.1 Período de Observação................................................................................11
3.2 Análise Crítica das Atividades Observadas..................................................13
3.3 Atividade de Intervenção...............................................................................16
4.0 Considerações Finais....................................................................................18
5.0 Referências....................................................................................................20
6.0 Anexos...........................................................................................................21
1.0 INTRODUÇÃO
Obedecendo a proposta da disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional, do sexto semestre do curso de Pedagogia da Faculdade Estácio do Amapá, o presente relatório tem por finalidade o relato das experiências vivenciadas na instituição Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), integrante do “Sistema S”, de forma a atrelar aos conteúdos provenientes da disciplina. A escolha da instituição se deu a partir do interesse em pesquisar mais afundo a respeito dos cursos profissionalizantes ofertados, bem como, o trabalho desenvolvido pelo corpo técnico e pedagógico da escola.
O estágio supervisionado foi desenvolvido utilizando como fonte de pesquisa o relatório, para o registro da observação e execução da atividade de intervenção, respectivamente. O corpo do trabalho é composto pela caracterização da escola, que apresenta o cenário onde o estágio foi executado, trazendo o seu histórico, contexto socioeconômico, infraestrutura, bem como, aspectos físicos e materiais da instituição.
A caracterização da turma e do professor também é parte integrante do relatório, consiste em relatar sobre o perfil dos alunos da turma, além da formação profissional do docente, tempo de atuação na área que leciona e quanto à sua formação continuada. A caracterização também englobará o fazer da coordenação pedagógica da instituição, de forma a descrever quanto a formação profissional do coordenador, tanto para atuar na esfera pedagógica, quanto para o ensino profissionalizante.
O desenvolvimento e análise das atividades observadas e realizadas constitui-se como a parte substancial do trabalho, compreende a descrição, a análise crítica e a fundamentação, baseada em autores da disciplina Educação Profissional, de forma a relacionar teoria e prática.
Considerando a vivência de estágios supervisionados anteriores em Educação Infantil e Ensino Fundamental, respectivamente, foi possível constatar o progresso do entendimento acerca do sentido do estágio, bem como, a realidade existente no ambiente escolar e o trabalho exercido pela coordenação pedagógica e pelo docente, este inserido na sala de aula. 
Tal progresso proporcionou expectativas positivas para o início do estágio supervisionado em Educação Profissional, o melhor preparo e os conhecimentos adquiridos serviram de subsídio para a nova vivência no campo do ensino profissionalizante.
2.0 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial foi criado em 1942, com o objetivo de formar e qualificar a mão-de-obra no Brasil. Em 09 de março de 1978 foi criado o “Centro de Formação Profissional de Macapá” subordinado ao Departamento Regional do Pará, sua aula inaugural se deu em 23 de outubro de 1978, com oferta dos cursos de Qualificação Profissional e Aprendizagem, concluídas em 1981. Os primeiros aprendizes foram selecionados em fevereiro de 1982, com cursos de Qualificação Profissional para a empresa Indústria e Comercio de Mineiros S/A – ICOMI.
Atualmente está localizado na Av. Padre Júlio Maria Lombaerd, no bairro Santa Rita, na cidade de Macapá, ofertando à comunidade e às empresas cursos de Aprendizagem Industrial, cursos de Qualificação e cursos Técnicos, visando contribuir para o desenvolvimento local, regional e nacional, ampliando as oportunidades de mercado do trabalho através da formação especializada de profissionais e atividades empreendedoras.
Com relação à infraestrutura existente, a escola conta com um número de 14 salas de aula climatizadas que comportam até 30 alunos, equipadas com quadro branco, Datashow e computador para uso do docente, além de 12 laboratórios para atividades práticas, sala de professores, sala para a Coordenação Pedagógica, sala para a secretaria escolar, auditório, sendo este compartilhado com o prédio da Casa da Indústria que funciona ao lado, biblioteca, 1 banheiro, 1 bebedouro industrial, lanchonete e copa.
As instalações da instituição, em sua maioria, são adequadas e permitem o andamento dos cursos, o mobiliário é suficiente e os laboratórios oferecem a estrutura necessária para as aulas práticas ministradas, com equipamentos e maquinários completos e modernizados, proporcionando ao aluno o máximo de aproveitamento oferecido pela infraestrutura.
A escola funciona nos três turnos, sendo o matutino destinado aos cursos de Aprendizagem Industrial, Qualificação Profissional, Formação Inicial e Continuada e PRONATEC, já o turno vespertino abarca os cursos de Aprendizagem Industrial, Qualificação Profissional e cursos Técnicos, por fim, o turno noturno conta apenas com o funcionamento dos cursos Técnicos. 
A modalidade de Aprendizagem Industrial possui 12 turmas ao todo, sendo 1 turma do curso de Costureiro Industrial, funcionando no turno matutino, 1 turma do curso Torneiro Industrial, 1 turma do curso Construtor de Edificações, 1 uma turma do curso Padeiro e Confeiteiro, 1 turma do curso Mecânica Automotiva, essas funcionando no turno vespertino, além de 2 turmas para os turnos matutino e vespertino do curso Eletricista de Manutenção Industrial e Administrador de Redes de Computadores, contendo também, 3 turmas do curso Assistente Administrativo para os dois turnos, uma delas destinada especificamente às empresas contribuintes e funciona somente pela parte da manhã.
O Centro de Formação Profissional de Macapá conta com Interventor, Superintendente, Cooperativo do SESI/SENAI, Diretor de Operações SENAI/AP e Gerente de Educação e Tecnologia,Coordenação de Unidade, Supervisão do Núcleo e tecnologia PRONATEC, Secretaria Escolar, bibliotecário, serviços gerais, 3 Coordenadores Pedagógicos para cada modalidade, incluindo 3 colaboradoras destinadas ao apoio pedagógico de suas respectivas esferas e 4 estagiárias que auxiliam nos trabalhos da Coordenação.
A escola possui Projeto Político e Pedagógico, que norteia de acordo com o Regimento Interno do Centro, toda a filosofia de trabalho dos cursos Técnicos, Aprendizagem Industrial, Qualificação, e outros que possam vir a ser implantados, de acordo com os princípios de empreendedorismo e cidadania, fundamentado na LDB nº 9394/96 e a Resolução CNE/CEB nº 06 de 20 de dezembro de 2012.
Nesse sentido, os conteúdos curriculares e metodologias de trabalho se caracterizam como interdisciplinares, visando a construção de uma educação crítica, questionadora e construtiva. Assim, o Projeto Político e Pedagógico da escola está fundamentado na tendência Progressista Crítico-Social dos Conteúdos e sua estruturação se deu através de planejamentos periódicos realizados apenas pela equipe pedagógica, sem a presença do corpo docente, sendo coordenados pela Coordenadora de Unidade Iracema Tavares ou pela Supervisora de Educação Elaine Pereira.
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DO PROFESSOR
O curso escolhido para a observação foi Torneiro Mecânico e inicialmente contava com 22 alunos, todavia, o quantitativo diminuiu extremadamente e no momento atual a turma fecha com 8 alunos frequentando as aulas, somente metade de forma assídua. A faixa etária exigida para o curso é de 14 a 24 anos, as vagas são destinadas primeiramente às empresas contribuintes, após encerramento da matrícula dos primeiros alunos, as vagas remanescentes são abertas à comunidade. 
O professor observado, Aristeu Campos, possui formação em Mecânica Industrial e adentrou ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial em xxx. Com relação à sua formação continuada, realizou diversos cursos para aperfeiçoamento profissional, além de, ter concluído no segundo semestre de 2016, sua graduação em Licenciatura em Pedagogia. Seu planejamento se dá junto à Coordenação Pedagógica, a partir de encontros periódicos e trabalhos individuais
No que diz respeito à Coordenação Pedagógica, a profissional observada foi a professora Maria das Graças Quintas, responsável pelo apoio pedagógico dentro da modalidade Aprendizagem Industrial, em decorrência da ausência do coordenador dos cursos, que encontrava-se viajando. A professora possui o Magistério ofertado pelo IETA e atua na profissão a 20 anos, sendo 16 deles dedicados ao SENAI.
Segundo a pedagoga, as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia da Coordenação Pedagógica são discutidas e solucionadas em conjunto com os demais profissionais da equipe, visando sempre o comum acordo entre os mesmos, assim como, com os professores, visando o aluno, a metodologia SENAI e o regimento interno da instituição.
3.0 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E REALIZADAS
3.1 PERÍODO DE OBSERVAÇÃO
A primeira semana do período de observação na instituição SENAI iniciou com o dia-a-dia da Coordenação Pedagógica. A recepção foi feita pela professora Maria Neuci Goes, que se mostrou prestativa e atenciosa, apresentou as demais professoras responsáveis pelo apoio pedagógico, e posteriormente à Supervisora Elaine Pereira e à Coordenadora de Unidade Iracema Tavares.
A Coordenação ofereceu todo o suporte necessário para a coleta de dados, disponibilizando cópias de alguns documentos como, o regimento interno da instituição, lista com o número de salas e laboratórios práticos, Projeto Político Pedagógico e Manual da Aprendizagem Industrial, bem como, a visita pelas dependências da escola e a apresentação dos professores no decorrer da primeira semana do estágio.
Com a aproximação do “Mundo SENAI”, evento em que são oferecidas Rodada de Negócios aos empresários, Situações de Aprendizagem e Projetos nas Oficinas realizadas nas Unidades Móveis e Fixas da instituição, dois dias da semana foram dedicados a idas em colégios particulares e públicos de Macapá, com o intuito de divulgar a programação que aconteceria, o traslado foi feito pelo motorista em carro oficial da instituição, com o acompanhamento de uma das estagiárias da Coordenação Pedagógica.
A segunda semana do estágio supervisionado iniciou com os três primeiros dias ainda na sala da Coordenação Pedagógica, esta possui reprografia, seu espaço físico é amplo, climatizado, devidamente equipado com cinco computadores e comporta dez profissionais, sendo três Coordenadores para cada modalidade (FIC, Aprendizagem Industrial e Cursos Técnicos), três professoras para o apoio pedagógico e quatro estagiárias, duas para o turno da manhã e duas para o turno da tarde.
Os dois últimos dias foram destinados à observação da turma do curso de Torneiro Mecânico, a professora Maria das Graças fez a minha apresentação para os alunos e para o professor, todos foram receptivos e solícitos, me conduziram pelo laboratório explicando sobre as máquinas e suas respectivas funções.
Os alunos recebem no início do ano uniforme e jaleco que são de uso pessoal e obrigatório no decorrer do curso, além de, equipamentos de segurança também obrigatórios nas aulas práticas, como óculos e protetor auricular. É terminantemente proibido o uso de cordões, fones de ouvido de aparelhos eletrônicos e qualquer outro acessório que possa oferecer risco durante o manuseio do maquinário, as meninas devem estar com o cabelo preso e todos os alunos devem usar sapato fechado.
Nesse sentido, o professor também necessita estar equipado para ministrar suas aulas, de forma a orientar os alunos caso perceba algo de errado. Ao iniciar a aula, alguns alunos foram distribuídos em diferentes funções dentro do laboratório, enquanto outros estudaram os conteúdos das apostilas para a realização das provas, o professor operava uma das máquinas, enquanto os aprendizes o observavam atentos e tentavam, um por vez, reproduzir a prática no maquinário.
As aulas práticas acontecem com frequência a partir do segundo semestre do ano, já que os alunos aprendem sobre o manuseio das máquinas industriais e fabricam peças para que possam ser avaliados. Os meninos demonstram um interesse maior pelo fazer do professor, enquanto que as meninas apenas fazem a limpeza do laboratório, conversando entre si.
No horário de intervalo, a coleta para o lanche é feita pelos próprios alunos e pelo professor, de acordo com os estudantes, a lanchonete da escola não consegue atender a demanda e os preços são elevados, por conta disso, a maioria dos alunos de todos os cursos opta pela compra do lanche fora da instituição, para isso, é necessário solicitar uma autorização de saída junto à Coordenação Pedagógica.
Após o intervalo, a professora Maria das Graças faz a visita às salas para a realização da chamada, importante para o controle junto às empresas e para o levantamento quanto à evasão de alunos, na turma observada, a professora permitiu que eu executasse tal função. Ao final da aula, o laboratório necessita estar limpo e todos os equipamentos devem ser armazenados em seus locais adequados, o professor é o responsável por trancá-lo e entregar a chave à Coordenação.
3.2 ANÁLISE CRÍTICA DAS ATIVIDADES OBSERVADAS
A Educação Profissional teve seu início datado no período Brasil Colônia com os povos indígenas nativos, em que as práticas educativas se davam a partir da observação cotidiana das atividades executadas pelos mais velhos. Com o passar do tempo, ela adequou-se ao contexto industrial, regido pelo Sistema Capitalista, tendo como principal objetivo, a formação para o exercício de uma determinada profissão, estando o seu aprendizado ligado a saberes diversos do exercício do trabalho.
Nesse sentido, de acordo com parágrafo único do art. 36-A da lei nº 11.741/08 para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio:
A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, e habilitação profissional poderão ser desenvolvidasnos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação profissional.
A instituição de ensino profissionalizante SENAI, busca criar no educando a visão empreendedora e cidadã, a partir dos conteúdos e práticas ministrados em seus cursos. Diante disso, a modalidade Aprendizagem Industrial, ofertada pela escola, é um programa técnico-profissional que prevê a execução de atividades teóricas e práticas, sob a orientação pedagógica de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica, e com atividades práticas coordenadas pelo empregador do aprendiz. 
A empresa inscreve o jovem colaborador em um dos cursos da instituição, contribuindo com a sua formação profissional, e este se compromete a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias à essa formação. O contrato de aprendizagem não pode ser superior a dois anos, o candidato necessita ter entre 14 e 24 anos, estar matriculado e frequentando a escola, caso não tenha concluído o Ensino Médio.
O curso Torneiro Mecânico, escolhido para a observação, está inserido no programa de Aprendizagem Industrial, tendo como competência geral, segundo o Plano de Curso Torneiro Mecânico-Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI/DR AP (2016, p. 10) “Executar os processos de usinagem em tornos mecânicos, respeitando procedimentos e normas técnicas, de qualidade, de saúde e segurança, e de meio ambiente”.
Nos dias que se seguiram a observação, a disciplina que estava em andamento se denominava “Manutenção de Máquinas e Equipamentos” e segundo o professor Aristeu Campos, tem como principal objetivo favorecer o desenvolvimento das capacidades técnicas, sociais, organizativas e metodológicas, necessárias para a produção de peças em máquinas ferramenta convencionais, segundo critérios técnicos, de qualidade, saúde e segurança, e meio ambiente.
A metodologia utilizada pelo docente favorecia em parte o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, uma vez que a participação e interesse dos mesmos não eram estimulados durante as aulas. Apenas metade dos aprendizes participavam da prática em laboratório, que acabava tornando-se a mera repetição da prática profissional rotineira.
 Tal fazer do docente, não condiz com o perfil que o mesmo necessita ter dentro da instituição:
A prática pedagógica do SENAI baseia-se em uma concepção educacional e metodológica que destaca o importante papel do docente. Espera-se que este, apoiado pela coordenação pedagógica, não se restrinja apenas a ser um “repassador” de conhecimentos ou um mero repetidor de práticas profissionais rotineiras, mas que atue como um líder de grupos, capaz de mediar os processos de aprendizagem e gerar atitudes transformadoras. (METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, 2015, p. 108)
O professor tem de ser o principal responsável pela contribuição da promoção da autonomia, criatividade e iniciativa em seu aluno, visto que, o está preparando para a inserção no mercado de trabalho. É primordial que o aprendiz seja visto como o protagonista do processo de ensino e aprendizagem, diante disso, é fundamental que a prática docente seja repensada, sem deixar de lado o alinhamento junto à Coordenação Pedagógica.
Assim como a metodologia adequada utilizada pelo professor em suas aulas, o planejamento também é uma questão a ser analisada. Constatou-se a ausência do plano de aula, somente uma apostila com os conteúdos é seguida à risca e as funções dos alunos no laboratório são delimitadas no início da aula. A importância de planejar é tão significante quanto a aula que será ministrada, pois, sem ele o docente não estará respaldado para responder questões ou situações que possam vir a emergir em sala de aula, não terá o controle de distribuir o tempo determinado para cada atividade, o que deixará seu trabalho com possíveis lacunas, que consequentemente tornarão esse fazer ineficaz.
A partir de informações coletadas com a professora Maria das Graças, verificou-se que os professores não participaram da construção do Projeto Político Pedagógico da instituição, apenas integrantes da equipe pedagógica contribuíram de alguma forma para a elaboração do referido, o que consequentemente acaba por não permitir que o professor possa expressar suas dúvidas, questionamentos, anseios e ideias.
As reuniões envolvendo docentes e Coordenação Pedagógica deveriam acontecer periodicamente, todavia, em decorrência de imprevistos que ocorrem de ambas as partes, esses encontros se tornam menos frequentes. É importante destacar que o planejamento escolar é de vital importância para o desenrolar das ações pedagógicas, deve ser pensado por todos aqueles que nele estão incluídos. Segundo Libâneo (1994, pg. 222):
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais.
Os alunos do curso Torneiro Mecânico também destacaram questões como a falha na refrigeração da sala de aula, o problema já foi levado ao Coordenador Pedagógico, porém, ainda não houve solução, enquanto isso, a turma muitas vezes permanece no calor, acarretando inclusive, dificuldades de aprendizagem durante as aulas ministradas nesse ambiente.
Mesmo com os obstáculos observados, a relação que estabeleci com os alunos foi significativa e construtiva para a formação de uma nova perspectiva acerca da realidade dos jovens atendidos pelo SENAI, a oportunidade de conhecer um pouco sobre a história de cada um, atribuiu um significado a mais para o sentido de minha prática pedagógica futura.
3.3. ATIVIDADE REALIZADA
Justificativa
Seguindo a proposta da disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência de Disciplinas Pedagógicas e Educação Profissional, a atividade de intervenção possui o intuito de proporcionar o momento de interação com a turma, no sentido de promover uma ação dinâmica voltada para a Educação Profissional, a partir do que foi observado e coletado durante o período de observação, em conjunto com o planejamento pensado para tal ação.
Objetivo Geral
Promover a interação dinamizada com a turma do curso Torneiro Mecânico através de atividade voltada para a Educação Profissional.
Objetivos Específicos
Discutir junto aos alunos acerca da formação profissional e a preparação para o mercado de trabalho;
Estimular a criatividade da turma através da realização da atividade;
Propor a interação entre os alunos;
Metodologia
A atividade de intervenção denominada “Quem sou eu? ” Aconteceu no dia 16 de novembro de 2016 na turma do curso Torneiro Mecânico. O local de execução da atividade foi o laboratório de Mecânica Industrial, e o tempo concedido pelo professor foi de uma hora de duração.
No primeiro momento, foi explanado a respeito da Educação Profissional e o seu sentido para a formação dos aprendizes, além do papel da instituição formadora em que estão inseridos e a ligação com a realidade de cada um. No segundo momento, foram distribuídas folhas de papel cartão em branco, pincéis atômicos, caneta hidrocor, lápis de cor e canetas esferográficas para cada aluno, após a distribuição de materiais foi explicado como funcionaria a dinâmica, a turma teria aproximadamente 40 segundos para desenhar ou escrever algo que os identificasse, levando em conta o que fora discutido no primeiro momento, ao final do tempo, a folha com o desenho não deveria ser mostrada aos colegas.
 A partir de então, cada aluno deveria apresentar seu desenho para os demais e esses, tentariam traçar o perfil profissional através da interpretação do que estava sendo exposto. Ao final das apresentações, questionamentos e contribuições, o objetivo da atividade foi explicado para o encerramento e a continuidade da aula normal.
Recursos
Humanos: Alunos do curso Torneiro Mecânico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial AP
Materiais: Laboratório de Mecânica Industrial, cadeiras, mesa de serrar, ventilador,10 folhas brancas de papel cartão recortadas, tesoura, régua, caneta hidrocor, pincéis atômicos, canetas esferográficas, lápis de cor e sacola plástica.
Cronograma
	Segunda-feira
14/11/2016
	Terça-feira
15/11/2016
	Quarta-feira
16/11/2016
	Quinta-feira
17/11/2016
	Sexta-feira
18/11/2016
	Facultado
	Feriado
	Atividade de Intervenção
	Dia letivo
	Dia letivo
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio supervisionado possibilita ao acadêmico a percepção da realidade existente em seu futuro campo de atuação, de forma a aguçar a visão investigativa, pesquisadora e crítica. Nessa perspectiva, as experiências vivenciadas na instituição SENAI, foram significativas para o aprendizado no que concerne à pratica do pedagogo como um profissional multifacetado. 
A atividade de intervenção proposta foi realizada com êxito, possibilitando aos aprendizes a compreensão sobre a Educação Profissional e a preparação para a inserção no mercado de trabalho nos dias atuais, atingindo assim, o objetivo estabelecido.
As expectativas iniciais foram alcançadas e o aprendizado para a vida pessoal também se faz presente ao término do trabalho. Participar do cotidiano da turma, foi imprescindível para o melhor entendimento acerca da realidade de cada educando, das suas capacidades, dificuldades, histórias de vida e o anseio em proporcionar para suas respectivas famílias a certeza de um futuro melhor, para o qual foi dado o primeiro passo, oportunizado pela instituição formadora SENAI.
Alguns pontos negativos foram detectados em relação a metodologia de ensino do professor. É fundamental para qualquer docente a análise de suas práticas em sala de aula, bem como, a formação continuada para o aperfeiçoamento em seu campo de atuação, seja promovida pela instituição de ensino, ou mesmo buscada pelo próprio profissional, dessa maneira, o processo de ensino e aprendizagem do aluno evoluirá, permitindo sua preparação adequada para o mundo do trabalho.
A problemática do planejamento necessita também de atenção, a equipe pedagógica é composta por profissionais competentes, que primam pelo desenvolvimento completo do aluno, porém, é preciso que se elaborem estratégias que proporcionem o maior envolvimento dos professores, para que possam participar e auxiliar o fazer da Coordenação Pedagógica.
Desse modo, novos desafios propostos foram enfrentados, levando em conta as capacidades técnicas, organizativas e metodológicas adquiridas não só no decorrer do curso de Pedagogia até o semestre atual, mas também, a partir das vivências de estágios realizadas anteriormente.
5.0 REFERÊNCIAS
MANFREDI, M. S. Educação Profissional no Brasil. 2002. p. 66.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Legislação Complementar: Lei nº 9.394, de 20.12.1996 (Lei Darcy Ribeiro) – Plano Nacional de Educação: Lei nº 10.172, de 10 de janeiro de 2001 e legislação complementar. São Paulo: EDIPRO, 2013. p. 39.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI/DR AP. Plano de Curso Torneiro Mecânico. Amapá, 2016. p. 10.
DEPARTAMENTO NACIONAL- SENAI. Metodologia SENAI de Educação Profissional. 2015. p. 108.
LIBÂNEO, C. J. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. p. 222.
6.0 ANEXOS

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