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Nathalia de Souza Rocha- 201307301861 - Semana 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA... DO ESTADO ...
Processo nº ...
		MATEUS ALESSANDRO, já qualificado na fls ... dos autos do processo cujo o número está em epígrafe, vem por meio de seu advogado abaixo assinado, com endereço profissional em ... (endereço completo), oferecer
RESPOSTA PRELIMINAR
promovida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO do Estado ..., com fulcro no artigo 396 do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos
DOS FATOS E DOS FUNDAMENTOS
	Em agosto de 2016, em dia não informado, o acusado foi até a casa de sua namorada, suposta vítima, para então assistir, pela televisão, um jogo de futebol como frequentemente ocorria. O relacionamento era conhecido de todos, inclusive por seus familiares. 
	O casal, como característica normal nos dias atuais, mantinha relacionamento sexual de forma habitual, o que levou a suposta vítima a engravidar, conforme se depreende do exame acostado. 
Contudo, em 18 de novembro de 2016, o réu foi surpreendido por um mandado de citação, onde tomou ciência de que contra ele, corre processo criminal, onde está sendo acusado pelo tipo penal estabelecido no artigo 217-A, §1º c/c artigo 234-A, III, ambos do Código Penal, praticado contra a suposta vítima. Tais dispositivos estabelecem o crime de estupro de vulnerável com o aumento de pena da metade se da conduta resultar a gravidez.
Na denúncia afirma que a suposta vítima é vulnerável por não possuir discernimento completo, por ser portadora de deficiência mental. Afirma ainda que muito embora possua 19 anos, a mesma foi constrangida a manter com o acusado conjunção carnal e que em virtude da deficiência foi incapaz de oferecer resistência aos propósitos libidinosos, assim como de exteriorizar o seu consentimento para tal ato, o que não está de acordo com a verdade.
Não deve ser acolhida a denúncia supra citada, uma vez que não há o que se falar em vulnerabilidade decorrente de deficiência metal, uma vez que o acusado já mantém esse relacionamento há algum tempo e que nunca soube e nem percebeu que a mesma era portadora de deficiência. Ademais, nos autos não encontra-se nenhum meio de prova que fundamente a denúncia em relação a deficiência e vulnerabilidade.
É importante mencionar que nem a suposta vítima e nem a sua família desejam dar ensejo a esta ação penal e que colocam-se a disposição deste juízo para então esclarecer e sanar eventuais dúvidas quanto aos fatos ocorridos.
O artigo 397, III do Código de Processo Penal, estabelece que o juiz deve absolver sumariamente o acusado sempre que o fato narrado evidentemente não constituir crime, o que caracteriza o caso concreto, já que não houve crime de estupro de vulnerável, mas sim um relacionamento habitual e consensual entre dois adultos, plenamente capazes, o que demonstra a atipicidade da conduta.
Já que o elemento subjetivo do tipo penal previsto no artigo 217-A, § 1º é a vulnerabilidade, não há o que se falar em crime, uma vez que a suposta ofendida não possui qualquer deficiência, o que caracteriza-o em fato atípico.
Ainda que houvesse algum grau de vulnerabilidade, não há percepção alguma, uma vez que a suposta vítima não demonstra e nunca demostrou ao acusado, ser portadora de deficiência mental, por talvez ser esta impossível de ser notada, o que exclui o dolo da conduta do acusado.
DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS
1. Em suma, requer a absolvição sumária do acusado com fulcro no artigo 397, III do Código de Processo Penal.
2. Caso Vossa Excelência não acolha o pedido, subsidiariamente requer a notificação das pessoas abaixo arroladas:
1. Nome: ...
 Endereço: ...
2. Nome: ...
 Endereço: ...
3. Nome: ...
 Endereço: ...
Nestes termos
Pede-se o deferimento
Local, 30/11/2016
Advogado
Nº OAB

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