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FATORES PREDISPONENTES CANDIDIASE

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Universidade Federal de Pernambuco 
Departamento de Medicina Tropical 
Microbiologia e Imunologia 
Profa. Dra. Rafaela Ferraz 
Fatores predisponentes das 
infecções fúngicas: Candidíase 
Distribuição da microbiota fúngica 
Grupo de microrganismos que 
colonizam, em frequência 
variável, uma ou mais regiões 
Anatômicas de um hospedeiro 
saudável sem Produzir a 
doença. 
 
-Competição por sítios de 
ligação; 
 
-Competição por nutrientes; 
 
- Secreção de mucina; 
 
-Secreção de substâncias 
tóxicas 
Conceito: micose 
Micose é o nome genérico dado a 
várias infecções causadas por fungos 
Existem cerca de 230 mil 
tipos de fungos, mas apenas 
100 tipos aproximadamente 
que causam infecção. 
Causas: micose 
O processo infeccioso não é decorrente diretamente da 
virulência do fungo, mas sim do comprometimento do 
hospedeiro e sua interação com o meio ambiente. 
Fatores relacionados a Virulência do fungo: 
 Podem não apresentar Virulência Clássica 
 
 Virulência Nula 
 
Ex: Coccidioides immitis 
Ex: Sacccharomyces cerevisae 
Fatores predisponentes das micose 
A patogenicidade ou virulência de um microrganismo é 
definida como sua capacidade de determinar doença, que 
é mediada por múltiplos fatores. 
Aderência; Hidrofobicidade de superfície celular;produção de exoenzimas e 
Switching fenotípico 
Fatores Externos Fatores Internos 
Fatores relacionados ao Hospedeiro 
Fatores predisponentes das micose 
Profissão 
Indumentária/hábito 
Idade 
Gravidez 
Lesões preexistentes 
Estados patológicos 
Antibióticoterapia 
Corticóidoterapia 
Quimioterapia 
Radioterapia 
Dispositivos invasivos 
Ciclo de interação desnutrição, infecção e imunidade 
Suscetibilidade 
Desnutrição 
Imunodeficiência Infecção 
fúngica 
Fatores predisponentes das micose 
Classificação das micoses 
Podem ser classificadas de acordo com o grau de 
desenvolvimento no tecido e modo de entrada no hospedeiro 
 Superficiais: Camadas mais superficiais da pele, lipofilicos, 
microbiota ou ambiente (Ex. Piedra negra, Tinea nigra) 
 
 Cutâneas: Pele, pelos e unhas, transmissível, queratinofilicos (Ex. 
Tínea ou dermatofitoses) 
 
 Subcutâneas: Pele e tecidos subcutâneos, traumatismo, saprófitas. 
(Ex. Esporotricose, zigomicose) 
 
 Sistêmicas: Órgãos internos, vísceras outros tecidos, fungos de 
solos, inalação (Ex. Histoplasmose, paracoccidioidomicose, 
coccidioidomicose) 
 
 Oportunistas: Indivíduos imunocomprometidos, ambiental ou 
microbiota endógena (Ex. Candidiase, Criptococose) 
Micoses oportunistas 
Ocasionada por fungos pouco patogênico ou não patogênico 
ao hospedeiro normal, aproveitando situações que consistem 
em déficit imunitário para expressar seu poder patogênico. 
Parasita 
Hospedeiro 
Gênero 
Candida 
C. albicans 
C. tropicalis 
C. parapsilosis 
C. krusei 
C. glabrata 
Existem 17 espécies de Candida causadoras de candidíases 
invasivas em humanos 
Micoses oportunistas 
Ocupam diversos nichos corporais, como orofaringe, cavidade 
bucal, dobras da pele, secreções brônquicas, vagina, urina e 
fezes. 
Microrganismos 
sapróbios Habitat 
Maioria proveniente do 
meio externo 
Alguns Comensais 
do tubo digestivo 
Candida albicans 
Micoses oportunistas 
Candidíase 
Dimorfismo: Temperatura/pH 
Regulação gênica 
 Poder Patogênico das leveduras 
Temperatura de 
crescimento: 37°C 
Formação de 
estruturas 
filamentosas 
 
 
Variação fenotípica e 
Aderência 
Metabólitos 
Reações alérgicas 
 
 
Infecções severas 
Depressão da Imunidade 
Celular 
 
 
Produção de enzimas 
(lipases e proteases) 
 CANDIDÍASE 
1. Cutâneo Mucosa: 
 a) Intertriginosa 
b) Onicomicose 
c) Candidíase Oral 
• Pseudomembranosa 
• Artrófica aguda 
• Queilite angular 
• Língua negra pilosa 
d) Vulvovaginite 
e) Balanopostite/ balanite 
f) Mucocutãnea Crônica 
 Mudança na hidratação 
 Mudança no pH 
 Concentração de Nutrientes 
 Alteração da Microbiota da pele e 
mucosa 
2. Sistêmica ou Visceral 
 
3. Alérgica 
 
 Imunossupressão 
 Câncer, leucemia 
 UTI e antibioticoterapia 
 CANDIDÍASE 
a) Intertriginosa 
 Obesidade 
 Alcoolismo 
 Diabetes 
 Má higienização 
 Atividade Ocupacional 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
Regiões intertriginosas 
Palmares e plantares 
(Associada a profissão) 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
b) Onicomicose 
 Atividade Ocupacional 
 Candidíase Oral ou Vaginal 
c) Candidíase Oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
 Lesão micótica mais comum da boca 
 Lesão do tipo branco-amarelada não epitelial, podendo ulcerar 
 Apresentam diferentes níveis de gravidade 
 Presente na flora normal (boca, trato digestivo, respiratório e 
vaginal) 
 Fatores predisponentes: Umidade e Maceração da pele/mucosa 
por fatores físicos ou químicos 
c) Candidíase Oral - Pseudomembranosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
“Sapinho” 
c) Candidíase Oral – Atrófica aguda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
As áreas avermelhadas na língua 
representam a candidíase eritematosa 
Não apresenta aspecto clínico clássico o que dificulta 
o diagnóstico. 
Geralmente resulta da persistência da forma 
pseudomembranosa (PM), mas com a perda da 
pseudomembrana e a apresentação de uma lesão 
vermelha mais generalizada. Pode ocorrer 
independente ou simultaneamente a forma PM. Lesão 
SINTOMÁTICAS, sensibilidade intensa devido às 
numerosas erosões na mucosa e a inflamação presente. 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
Candidose bucal multifocal- atrofia papilar 
central de língua e outras áreas de 
envolvimento 
Candidose envolvendo o palato 
duro 
Candidíase crônica, a mucosa apresenta-se eritematosa ou 
com uma placa branca FIRMEMENTE aderida 
c) Candidíase Oral – multifocal crônica 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
c) Candidíase Oral – Queilite angular 
Queilite angular – alterações fissuradas 
eritematosas 
Queilocandidose- lesões exfoliativas do vermelhão e 
da pele perioral- devem-se a infecção por Candida 
Sinal clínico comum a todas as variantes de candidiase bucal, podendo, 
então, estar associada com a afta ou candidiase crônica. Aspecto clinico: 
ulceração, fissura e hiperplasia na região da comissura labial. Dor, 
desconforto ou sangramento. 
“Boqueira” 
d) Vulvovaginite 
 Período pré-menstrual 
 Gravidez 
 Puberdade 
 Antibioticoterapia 
 Contraceptivos orais 
 Terapia de reposição estrogênica 
 
Imunossupressores 
 Leveduras encontradas nas fezes 
 Água 
 Vestimenta Inadequada 
 
e) Balanopostite 
 Bolsa escrotal 
 Glande 
 Pregas 
Inguinais 
pH 
 
Imunossupressão 
Teor de glicogênio nas 
células da mucosa 
vaginal 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
f) Mucocutânea Crônica 
 
• Pele 
• Unha 
• Mucosa 
 
 Resistência ao tratamento 
 Associada a outras infecções 
 Idade: até 3 anos 
 Fraldas 
 Recolonização microbiota fecal 
Alterações Imunológicas 
Primárias 
Displasia do TIMO 
Hipoparatireoidismo 
Diabetes 
Hipocoticismo 
Simultânea 
Alterações endócrinas 
Diminuição da Imunidade Celular 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
 CANDIDÍASE – cutâneo mucoso 
Derivado 
Imidazólicos 
Uso Tópico Cutâneo Mucosa 
Reinfecção Via Oral 
+ Fluocitosina 
Tratamento da Candidíase sistêmica 
Fatores Predisponentes 
Anfotericina B 
Nistatina 
Cetoconazol 
Itraconazol 
Fluconazol 
 TRATAMENTO 
 
1. ESTEVES, J. A.; CABRITA, J. D.; NOBRE, G. N.. Micologia médica. 2. 
ed. Lisboa: FundaçãoCalouste Gulbenkian, 1990. 1058 p. (Manuais 
universitários) ISBN 9723105276 (broch.) 
 
2. LACAZ, Carlos da Silva; PORTO, Edward; MARTINS, José Eduardo 
Costa. Micologia médica: fungos, actinomicetos e algas de interesse 
médico. 8. ed. rev. ampl. São Paulo: Sarvier, 1991. 695 p. 
 
3. SIDRIM, José Júlio Costa; MOREIRA, Jose Luciano Bezerra.. 
Fundamentos clinicos e laboratoriais da micologia medica. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, c1999.. 287p. ISBN 8527704951 (broch.) 
 
4. SIDRIM, José Júlio Costa; ROCHA, Marcos Fábio Gadelha. Micologia 
médica à luz de autores contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2004. 388 p. ISBN 8527708663 (broch.) 
 Referência bibliográfica

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