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Materialismo e idealismo

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É comum utilizar a palavra materialismo para expressar o egoísmo, o apego às riquezas e outros vícios que tornam o homem incapaz de lutar por valores que estejam acima das necessidades materiais.
Na ideia marxista, materialismo refere-se ao pensamento filosófico e político que considera importante todos os seres objetivos como elementos da realidade. A dialética, por sua vez, consiste na arte do diálogo, do debate e da argumentação, provocando um choque de ideias para atingir o raciocínio mais eficaz em busca da verdade.
No contexto social, esses seres objetivos são constituídos de todas as coisas concretas e necessárias para a vida e que formam a base material da sociedade. Essa base material se desenvolve e garante a manutenção da existência de todos. Os bens materiais gerados e utilizados de forma dinâmica e dialética em benefício de toda sociedade, representa o materialismo defendido por Marx.
Além dessa base material, existe também na realidade uma parte imaterial, representada pelas ideias, sentimentos e a consciência sobre as coisas, que Marx denomina de superestrutura. Se a parte material da realidade é considerada mais importante em relação à parte imaterial, representada pelas ideias, significa o materialismo em contraposição ao idealismo.
O idealismo foi defendido por vários filósofos, entre eles Hegel, que é considerado o mais importante. Segundo ele, a dialética se constitui em três etapas: a tese, considerada a afirmação; a antítese, que é a negação da afirmação; a síntese, que representa a negação da negação, gerando uma nova afirmação. Aplicando a lógica desse pensamento na realidade, Hegel exemplifica a dialética entre as coisas, afirmando que o indivíduo é a tese, a antítese é o povo e a síntese é o Estado.
A filosofia idealista de Hegel atribui ao espírito a responsabilidade última pelo desenvolvimento da história humana. Esse espírito seria o criador do pensamento, da ideia. A ideia, por sua vez, seria o fator fundamental para determinar toda realidade existente.
Diferente de Hegel, o materialismo marxista sustenta que o pensamento, a consciência e a ideia se desenvolvem a partir da realidade material e da situação social em que a pessoa vive. O pensamento é um reflexo da vida real. A situação material do indivíduo influencia de maneira ativa e dialética as suas ideias, e, por sua vez, o sujeito consciente influencia a realidade. Esta relação do sujeito com a realidade demonstra na concepção do materialismo dialético, que o indivíduo é um ser histórico, diretamente influenciado por sua época, pelo seu meio geográfico e social, por isso, capaz de reagir perante o mundo em que vive.
Para explicar a capacidade de reação do indivíduo, Marx utiliza o termo práxis, considerado um dos conceitos centrais da visão marxista. A práxis depende da ação consciente do sujeito, que deve unir a interpretação da realidade, ou seja, passar da ideia e da teoria para a transformação do mundo, utilizando a prática, o trabalho a criatividade e as estratégias. A práxis consiste na atividade concreta pela qual os sujeitos se afirmam no mundo, modificando a si mesmos e a realidade. É a ação pensada, refletida, fundamentada no autoquestionamento, verificando erros e acertos, para enfrentar novos desafios.

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