Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
CAIO CESAR SANTOS DA SILVA – RA: B299IH-9 CAIO CAMARGO P. OLIVEIRA – RA: T25965-7 EXPEDITO RAMOS BENTO – RA: T13164-2 MATHEUS CAMPIONI GOMES – RA: B77AFE-4 MATHEUS MORELLI RODRIGUES – RA: B731BG-9 ROBSON MASSARU SATOMI – RA: B82AIE-3 SAMUEL DE SOUSA FERNANDES – RA: B58278-2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: Amortecedor Regulável SÃO PAULO 2017 CAIO CESAR SANTOS DA SILVA – RA: B299IH-9 CAIO CAMARGO P. OLIVEIRA – RA: T25965-7 EXPEDITO RAMOS BENTO – RA: T13164-2 MATHEUS CAMPIONI GOMES – RA: B77AFE-4 MATHEUS MORELLI RODRIGUES – RA: B731BG-9 ROBSON MASSARU SATOMI – RA: B82AIE-3 SAMUEL DE SOUSA FERNANDES – RA: B58278-2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: Amortecedor Regulável Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Engenharia Mecânica apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. João Ricardo Auada SÃO PAULO 2017 Guia de normalização para apresentação de trabalhos acadêmicos da Universidade Paulista: ABNT / Biblioteca Universidade Paulista, UNIP. / Revisada e atualizada pelas bibliotecárias Alice Horiuchi e Bruna Orgler Schiavi. – 2017. 49 p.: il. color. 1. Normalização. 2. Trabalhos Acadêmicos. 3. ABNT. I. Biblioteca Universidade Paulista. CAIO CESAR SANTOS DA SILVA – RA: B299IH-9 CAIO CAMARGO P. OLIVEIRA – RA: T25965-7 EXPEDITO RAMOS BENTO – RA: T13164-2 MATHEUS CAMPIONI GOMES – RA: B77AFE-4 MATHEUS MORELLI RODRIGUES – RA: B731BG-9 ROBSON MASSARU SATOMI – RA: B82AIE-3 SAMUEL DE SOUSA FERNANDES – RA: B58278-2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: Amortecedor Regulável Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Engenharia Mecânica apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista UNIP DEDICATORIA A universidade Paulista (UNIP) e todo seu corpo docente que oportunizaram esta janela de estudos nos guiando a um horizonte superior Aos professores Auada, Isac e Alessandro, pelo suporte, correções e incentivos concedidos no pouco tempo que lhes coube. Ao Toninho Suspensões e Camilinho Amortecedores preparados pelos materiais e informações disponibilizadas. Ao Fernando pelo espaço da oficina concedido para montagens e testes. E a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte de nossa formação. Nosso muito obrigado! RESUMO O Amortecedor Regulável é um sistema onde a válvula consegue restringir ou liberar a passagem de óleo, fazendo com que haja uma variação da vazão do fluido, com isso mudando a pressão de trabalho do sistema. Foi detectado que não havia tal produto para carros populares ou com uma regulagem ampla de pressão então o objetivo do estudo foi de realizar um teste com válvulas industriais externas já que a maioria dos amortecedores reguláveis trabalha com um sistema de mola. Abrimos dois amortecedores comuns e adquirimos válvulas de amortecedores com regulagem para um estudo prático do funcionamento de todo o sistema. Após a montagem do conjunto concluiu-se que há a regulagem de pressão com bastante eficiência, porém o amortecedor não ficou esteticamente agradável e com pouca área de trabalho. ABSTRACT The adjustable bumper is a system where the valve can restrict or release the oil passage, causing a change in fluid flow, thereby changing the working pressure of the system. It was found that there was no such product for popular cars or with wide pressure regulation so the purpose of the study was to conduct a test with external industrial valves since most adjustable dampers work with a spring system. We opened two common shock absorbers and purchased damper valves with regulation for a practical study of the operation of the whole system. After assembling the assembly, it was concluded that the pressure regulation is very efficient, but the damper was not aesthetically pleasing and with a small work area. SÚMARIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 9 2. HISTORIA DO AMORTECEDOR .......................................................... 10 3. AMORTECEDORES .............................................................................. 11 3.1. TIPOS DE AMORTECEDORES ........................................................... 11 3.2. COMPONENTES ............................................................................ 16 4. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO ...................................................... 20 5. SEGURANÇA ........................................................................................ 22 6. MASSA TOTAL DO VEICULO ............................................................... 27 7. DINÂMICA VEICULAR .......................................................................... 27 8. SISTEMA DE SUSPENSÃO .................................................................. 29 9. FLUIDOS ............................................................................................... 34 9.2. VISCOSIDADE ................................................................................ 35 9.3. MASSA ESPECÍFICA ..................................................................... 36 9.4. NITROGÊNIO GASOSO (N) ........................................................... 38 9.5. FUNÇÃO DO NITROGÊNIO EM AMORTECEDORES PRESSURIZADOS ................................................................................................ 38 10. DESENVOLVIMENTO ........................................................................... 39 11. DIMENSIONAMENTO ........................................................................... 42 12. PESQUISA DE CAMPO ........................................................................ 45 13. TABELAS .............................................................................................. 48 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................... Erro! Indicador não definido. 15. REFERÊNCIAS .................................................................................... 50 9 1. INTRODUÇÃO Os primeiros automóveis eram considerados inseguros, sem conforto e sem estabilidade devido à falta de componentes para controle de vibração e absorção. O motorista poderia perder o controle em curvas e a vibração na carroceria desgastava prematuramente diversos componentes o que gerava um volume maior de acidentes e uma constante troca de pneus, decorrente do excesso de impacto que sofria. Conjunto de suspensão tem as funções de absorver os impactos decorrentes do terreno, controlar a oscilação da mola (conforto), ajudar na frenagem, dirigibilidade, sustentação do alinhamento das rodas e garantia de uma maior preservação das outras peças do carro (maior vida útil). O amortecedor com regulagem de pressão tem como finalidade um ajuste fino na estabilidade do veículo e das outras funções de um amortecedor comum. Mesmo no mercado já existindo esse tipo de amortecedor as regulagens oferecidas não são perceptíveis para um leigo, neste projeto visamos demonstrar o funcionamento de um amortecedor com um maior número de regulagens de pressão, para que o mesmo consiga andar em quaisquer tipos de terrenos (avenidas, estradas, pistas, ruas de terra, terreno acidentados etc...), possa dirigir da maneira que preferir, seja com o conforte de uma suspenção macia ou com a estabilidade de uma suspenção dura para a uma dirigibilidade mais agressiva. 10 2. HISTORIA DO AMORTECEDOR Sua origem foi no ano de 1926 pela companhia Monroe. O amortecedor transformou o modo de se dirigir, trouxe mais segurança, estabilidade e elevou a vida útil de inúmeras peças do veículo. O primeiro amortecedor a ser criado foi o hidráulico, 4 anos depois da sua criação a companhia Monroe trouxe como novidade ao mercado o amortecedor de dupla ação, que nos dias atuais é o conceito mais utilizado nos amortecedores. Tal progresso na área de amortecedores nos fez chegar ao ponto de conseguirmos alterar para mais ou para menos o tamanho o curso do amortecedor, promovendo a alteração do seu comportamento em variadas maneiras, ocasionando um conforto maior ou elevando a estabilidade do veículo ao dirigi-lo. [Tenneco amortecedores, 2011] (1) 11 3. AMORTECEDORES Os amortecedores propriamente têm como característica garantir a estabilidade do veículo durante a condução, pois controla as oscilações dentro de um sistema de suspensão em movimentos de abertura e fechamento da mola, mantendo o contato dos pneus ao solo. Assim diminui os desgastes dos outros componentes do sistema de suspensão e dos pneus, pois mantém seu alinhamento. Todo este trabalho logo tem interferência na segurança e no conforto de quem dirige o veículo. 3.1. TIPOS DE AMORTECEDORES Ação simples: Tipo de amortecedor muito simples, e de fácil alojamento na suspensão, mais usado na suspensão traseira dos veículos. Trabalha com um cilindro dividido por um pistão que possui duas válvulas uma de compressão e outra de extensão. O pistão no topo do cilindro separa as áreas preenchidas com óleo e gás, aonde o próprio se movimentará sobre o cilindro necessitando de vedação entre os dois componentes, este trabalho sendo realizado por um retentor de borracha, que também impede a contaminação por sujeira e ar. O cilindro no caso ligado a uma haste conectada a capa externa do amortecedor. Como os amortecedores trabalham conectados a suspensão e a carroceria do veículo, seu funcionamento é dado da seguinte forma: Como a roda trabalha em sentido vertical, a parte ligada a suspensão terá seu deslocamento para cima e a outra que trabalha ligada a carroceria estará deslocada para baixo, assim o pistão formará a câmara de compressão, comprimindo o óleo até o fundo do amortecedor. Então ao chegar ao limite determinado de pressão para abrir a válvula de compressão, libera o orifício do pistão que comunica as duas câmaras, liberando o óleo para a câmara de tração. Assim amortecendo e controlando a suspensão. Logo depois quando o veículo passar pelo obstáculo, o pistão passa a subir o óleo que estava na câmara de tração para a parte superior do amortecedor, com velocidade menor do que a usada na hora da compressão do óleo, isso influência em uma resposta mais demorada do veículo depois de passar de um aclive, pois a roda vai demorar um pouco a voltar a sua posição normal. Neste movimento no amortecedor, cria-se uma baixa pressão a frente do pistão, aonde pode ocorrer à cavitação. Assim entra em cena o pistão flutuante que reduz a incidência de cavitação. Ele que separa a câmara de compressão com uma câmara de gás, este gás que é usado para dar uma pressão extra ao óleo no 12 movimento de extensão do amortecedor, compensando a variação de volume de óleo durante o funcionamento. Figura 1-Amortecedor [Teste dos amortecedores, 2017](2) 1. Haste do pistão; 2 – Pistão; 3 – Cilindro interno; 4 – Retentor; 5/6 – Desvio do retentor; 7 – Cilindro externo; 8 – Válvulas inferiores; 9 – Capa protetora; A – Câmara de tração; B – Câmara de compressão; C – Câmara de compensação. Dupla ação: Trabalham com dois cilindros contendo fluídos, um interno e outro externo. Conectados por válvulas que os separam e também os fluídos (óleo e gás) existentes dentro de cada cilindro. Estas válvulas abrem e fecham em momentos convenientes permitindo o deslocamento de óleo entre as câmaras (cilindros), e também a queda de pressão atrás do pistão. Sua montagem é bem parecida com o de amortecedores de ação simples, tendo apenas algumas modificações de funcionamento. Quando o veículo passa por algum obstáculo, o pistão ligado à estrutura do carro comprime o óleo, enquanto está sendo comprimido, sobe a pressão interna, até que uma das válvulas inferiores ceda. Abrindo um pequeno orifício liberando a passagem do óleo para o cilindro externo, sendo o amortecimento obtido através da resistência do óleo ao passar pelo orifício da válvula inferior. 13 Depois de passar pelo obstáculo o pistão sobe, comprimindo o óleo do cilindro externo para a câmara de tração. Assim aumenta a pressão da câmara de tração e reduzindo na câmara de compressão. Abre-se uma válvula inferior, liberando o óleo para a câmara de compressão para evitar a cavitação, compensando o volume naquele ponto. O gás contido no cilindro externo pressiona o óleo para ajudar o retorno para a câmara de compressão. Neste tipo de amortecedor a resposta do veículo é mais rápida, pois a mesma resistência para a extensão é semelhante para a compressão, o retorno da roda é mais rápido. Figura 2-Amortecedor de dupla ação [Autopeças Alvorada, 2016] (3) 1 – Haste do pistão; 2 – Pistão; 3 – Cilindro interno; 4 – Retentor; 5/6 – Desvio do retentor; 7 – Cilindro externo; 8 – Válvulas inferiores; 9 – Capa protetora; A – Câmara de tração; B – Câmara de compressão; C – Câmara de compensação. Hidráulicos: Se utilizam de óleo e ar, sendo o ar o fluído de compensação. O ar compensa as variações de óleo no cilindro evitando a cavitação. Neste tipo de amortecedor separam os fluídos por pistão flutuante (ação simples), ou por válvulas que permitem a comunicação entre os cilindros externo e interno. 14 Figura 3-Amortecedor pressurizado [Taiwan-Suppliers, 2010] (4) Pressurizados: Diferente dos amortecedores hidráulicos, os pressurizados usam nitrogênio em um cilindro próprio (dupla ação). O nitrogênio ajuda a não formação de bolhas de ar durante o funcionamento, quando está em movimento. Ele trabalha pressionando o óleo do cilindro externo para o cilindro interno, compensando a variação de volume de óleo. Figura 4-Amortecedor pressurizado em corte [Sistema de Suspensão, 2017] (5) Convencionais: Não fazendo parte da estrutura de suspensão, menos expostos as cargas cisalhantes e torcionais podendo ser hidráulicos ou pressurizados e forças provenientes dos impactos, vibrações das rodas agindo no sentido e direção do eixo do pistão. Tem formato telescópico. 15 Figura 5-Amortecedor telescópico [Monroe shocks &struts, 2011] (6) Estruturais: Absorvem impactos e irregularidades no pavimento, cargas oriundas do contato da roda com o pavimento. Este tipo de configuração pode ser encontrado em alguns tipos de suspensão, mais principalmente em suspensões McPherson. Pois na sua criação faltava-lhe o braço de suspensão superior que ligaria a carroceria e a manga do eixo. Figura 6- Amortecedor estruturais [Sistema de Suspensão, 2017] (5) 16 3.2. COMPONENTES Buchas: São formadas de borracha, com formato de olhal para a passagem de um parafuso a ser rosqueado em um furo na carroceria do veículo. Também é composta por um rolamento interno para que o amortecedor tenha certo grau de giro no momento que as rodas são esterçadas. Sendo usada, pois a fixação de um amortecedor na carroceria (extremidade superior e manga do eixo) não pode ser totalmente rígida, precisa ter um nível de elasticidade. Figura 7-Bucha [BACURITY COMERCIAL, 2016] (7) Retentor: responsável por fazer a vedação do amortecedor no ponto de deslocamento da haste, aonde pode se chamar de ponto crítico, por ter que ter atrito mínimo e suportar a pressão interna. Além de impedir a obtenção de impurezas que contaminem a haste do amortecedor. Este trabalho de proteção é feito por lábios internos, que também impedem vazamento de óleo. Ajuda a também a manter a pressão interna e em amortecedores de dupla ação funciona como válvula de retorno, conduzindo o óleo para um pequeno reservatório que aos poucos vai esvaziando para o cilindro externo e por uma válvula inferior retorno para uma câmara de compressão. Isto impede que o retentor encha de óleo podendo se romper. 17 Figura 8- Retentor do Pistão [BACURITY COMERCIAL, 2016] (7) Pistão (êmbolo): responsável por dividir o amortecedor em câmaras, de compressão e expansão se movimentando dentro de um cilindro. O movimento entre suspensão e carroceria é controlado pela viscosidade do óleo, que passa entre as válvulas do pistão, que o comprime, assim deixando uma passagem para o escoamento. Na compressão encontra-se em movimento descendente, e se encontra em movimento ascendente para comprimir o óleo que atravessou no movimento anterior, mantendo uma zona de baixa pressão a sua frente. Abre-se uma válvula, e assim se cria o efeito de amortecimento, liberando o óleo pelo orifício. Figura 9- Pistão (Êmbolo) [BACURITY COMERCIAL, 2016] (7) Corpo: Do amortecedor é composto por tubo cilíndrico, ou câmara, com espessura determinada por meio de cálculos que como todos os outros componentes do sistema. Internamente é composto por válvulas, pistões, haste e os elementos de vedação. Além disso, a câmara cilíndrica deve suportar a pressão hidrostática devido ao trabalho dinâmico do amortecedor. 18 O corpo do amortecedor em função estrutural, já que sobre ele as molas são instaladas, assim o corpo sofre diretamente todas as forças recorrentes da absorção de impactos exercidas pelas irregularidades do solo. Lembrando, que realiza a absorção de impacto são as molas e o amortecedor dissipam a energia contida nelas, para que o carro não oscile por um longo período. Figura 10-Cilindro do amortecedor Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Válvulas: Trabalhando abrindo ou fechando um orifício, que libera ou cessa a passagem do óleo de uma câmara para a outra, são localizadas nos pistões, realizando supressão das oscilações da suspensão. Existem válvulas que abrem ao chegar a uma pressão pré-determinada, são chamadas de válvulas com pré-carga, com objetivo de maior amortecimento em oscilações de alta frequência, alta compressão e extensão rápida e abrupta do pistão. Outro tipo de válvula existente são as válvulas de compensação, auxiliando no trabalho do amortecimento. Elas (uma ou duas) ficam na parte inferior dos amortecedores. Durante o trabalho de compressão e extensão, e dependendo da velocidade do movimento, se abrem orifícios maiores ou menores. Quanto maior a velocidade mais se abrem os orifícios maiores, e orifícios menores quando a velocidade estiver baixa. Uma válvula anti-cavitação (ACV) e uma válvula de medição de fluxo incremental IFMV. O ACV tem aberturas que se inclinam obliquamente em relação às superfícies de entrada de calços de válvula e se prolongam continuamente através das calhas de válvula. A válvula dosadora regula linearmente o fluxo, substancialmente independente do deslocamento do pistão. 19 A comunicação entre os cilindros, para o óleo que se encontra no cilindro externo para o cilindro interno, no momento de extensão impede que se formem bolhas no local. Isso vale para o trabalho contrário. Figura 11-Válvulas [Polaco Preparações, 2008] (8) Amortecedores hidráulicos: são equipados com óleo e ar e que possuem dois tubos distintos (reservatório e pressão) e por esse motivo são denominados "bi tubos". Possuem construção simplificada de alta tecnologia proporcionando ao veículo a estabilidade necessária e um nível elevado de conforto. São desenvolvidos para todos os tipos de veículos, dos mais leves aos mais pesados. Amortecedores pressurizados: São sistemas bem parecidos com os sistemas de amortecimento hidráulico, porém com variadas diferenças significativas: O ar é trocado no interior do amortecedor pelo gás nitrogênio com baixas pressões e é inserido no momento da fabricação do amortecedor. O retentor é especifico para este perfil de amortecedor, tal retentor tem abas para evitar que entre sujeiras e mais duas abas que servem para evitar o vazamento do óleo, sendo à base do retentor maleável atuando como uma válvula de retorno do gás, retendo a pressão do gás internamente no reservatório. [Sistema de Suspensão, 2017] (5) 20 4. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Os principais componentes da suspensão são a mola que sustenta o peso do veículo, define a altura da carroceria em relação ao solo, e principalmente recebe o impacto das irregularidades da estrada. O amortecedor que é responsável por dissipar a absorção recebida pela mola, ele controla, reduz e estabiliza o movimento de oscilação da mola. O Conjunto é instalado entre o chassi/monobloco do carro e a bandeja/eixo do mesmo. São tracionados e comprimidos quando os pneus passam por buracos e ondulações, a força de amortecimento é gerada pela resistência à passagem do fluido por orifícios presentes no embolo e na válvula de da base, que ficam na câmara de fluido. Compensando o efeito de impacto da estrada, mantendo o alinhamento correto do veículo, dirigibilidade e aderência ao pavimento. Figura 12- Funcionamento do Amortecedor [Teste dos amortecedores, 2017] (2) A oposição da passagem do óleo pelas válvulas gera uma pressão, o que é chamado no campo técnico como “carga”, e é encarregado por controlar a movimentação do veículo. O amortecedor tem como o princípio da física de que “a 21 energia não pode ser criada ou destruída, somente transformada”, onde a energia cinética, formada pela movimentação, se converte em energia térmica, criando calor. Isto é, o amortecedor auxilia a dissipação do excessivo acumulo de energia pelas molas ao longo de uma determinada pressão sobre a suspensão, retomando a estabilidade com maior rapidez. O desempenho do amortecedor hidráulico é determinado pelo constante deslocamento do óleo entre os tubos. Para tanto, a inicial exigência básica para o melhor desempenho do amortecedor é estar com a câmara de pressão cheia de óleo, sem que haja a existência de ar. O escorvamento ou sangria é a técnica pela qual se retira o ar da câmara de pressão. Quando o movimento do amortecedor está sendo comprimida (fechamento), a haste em conjunto com o pistão se dirige para parte inferior, correndo pela câmara de pressão. De certo modo que parte de todo o óleo que estava na parte inferior do pistão, se desloca para a parte superior da câmara de pressão, transpassando pela válvula do pistão, e parte restante do óleo é transmitida para a câmara reservatório, sendo transpassada pela válvula da base. E de forma parecida acontece quando o movimento do amortecedor está em extensão (abertura), a haste em conjunto com o pistão se desloca para a parte superior, correndo pelo cilindro interno. De certo modo que parte de todo o óleo que estava na parte superior do pistão, se desloca para a parte inferior da câmara de pressão, transpassando pela válvula do pistão, e parte restante do óleo é puxada da câmara reservatório para a câmara de pressão, sendo transpassada pela válvula da base. [Tenneco amortecedores, 2011] (1) 22 5. SEGURANÇA Os amortecedores além de componente importante para o conforto do motorista e dos passageiros do veículo são elementos fundamentais na segurança do veículo, eles trabalham em conjunto com outros sistemas, além da suspensão, para garantir direção correta e eficiente do automóvel. 5.2.1. CONTROLE Figura 13 CONTROLE [triangulo de segurança, 2017] (9) Os amortecedores melhoram o controle do carro durante curvas através da distribuição de peso que é dividida uniformemente entre as quatro rodas do carro. 5.2.2. FRENAGE Figura 14-Frenagem [triangulo de segurança, 2017] (9) 23 Os amortecedores têm um papel fundamental na frenagem do carro, em condições anormais de direção os amortecedores trabalham para mantar os pneus em contato com o solo, garantindo a frenagem no carro. 5.2.3. ESTABILIDADE Figura 15-Estabilidade [triangulo de segurança, 2017] (9) Assim como o amortecedor auxilia a frenagem do veículo mantendo o contato do pneu com o solo, também melhora a estabilidade do veículo através do contato com o solo e distribuição de peso [triangulho de segurança, 2017] (9) 5.2.4. DESGASTE O desgaste do amortecedor ocorre naturalmente conforme a utilização do veículo, e pode ter seu desgaste acelerado conforme; condições da pista, velocidade e carga do veículo. Esse desgaste é gradativo e pode passar despercebido pela maioria dos condutores que dirigem o veículo e se acostumam em conjunto com o desgaste da direção do veículo. Dessa forma não percebem os pontos negativos que ocorrem nesse tempo. Redução de dirigibilidade, desempenho, estabilidade, desgaste excessivo dos pneus, freios e componentes da carroceria. Conforme a empresa Tenneco um amortecedor se movimenta em média 2.600 ciclos (extensão e compressão) por quilometro rodado e que consequentemente aos 24 40.000km rodados com o amortecedor se movimentou cerca de 104 milhões de vezes, comprometendo seu funcionamento e sendo necessário sua substituição. Figura 16 QUNTIDAES DE CICLOS [Tenneco amortecedores, 2011] (1) Don Miller, vice-presidente do mercado europeu de pós-venda, quem afirma “a maioria dos motoristas reconhecem a importância de verificar periodicamente o bom funcionamento de seus freios e pneus. Os amortecedores também são chave porque desempenham um papel crucial para manter os pneus em contato com o solo. Freios, pneus e outros dispositivos de segurança como, por exemplo, o ABS, não funcionarão como necessário caso trabalhem com os amortecedores em mal estado”. [Tenneco amortecedores, 2011] (1) Os principais sintomas de defeitos nos amortecedores por uso normal são: movimento livre da haste na câmara de funcionamento (tubo interno), vazamentos de óleo, marcas na haste, coxins de fixação desgastados, batentes e coifas danificadas, válvulas obstruídas ou gastas, e amassados no tubo externo. Todos estes sintomas modificarão o trabalho normal do amortecedor, resultando em um veículo desconfortável e principalmente inseguro. [Tenneco amortecedores, 2011] (1) 25 5.2.5. AQUAPLANAGEM Figura 17- Aquaplanagem [Tenneco amortecedores, 2011] (1) Em uma superfície com 6mm de agua foram testados o mesmo veículo com amortecedores desgastados e novos. O veículo com amortecedores desgastados começou a aquaplanar a 109 km/h. já com amortecedores novos o veículo começou a aquaplanar a 125 km/h (TÜV Rheinland). 5.2.6. FRENAGEM NO GELO Figura 18-Frenagem no gelo [Tenneco amortecedores, 2011] (1) Um veiculo com amortecedores desgastados e equipado com sistemas de freio ABS teve um aumento de 23 % na distancia de frenagem em pista com neve ou gelo comparado com um veiculo com amortecedores novos. (TÜV Rheinland). 26 5.2.7. Cansaço do motorista Devido a maior esforço para a condução, veículos com amortecedores desgastados podem aumentar o cansaço do motorista em até 26 % comparado a veículos com amortecedores novos. Figura 19- Cansaço na direção [Tenneco amortecedores, 2011] (1) 5.2.8. Luminosidade Figura 20- Luminosidade [Tenneco amortecedores, 2011] (1) 27 Amortecedores desgastados podem causar variação na altura da luminosidade dos faróis do veículo de veículos que trafegam na direção contraria [Tenneco amortecedores, 2011] (1) Conforme reparado o amortecedor é item importante no carro e é diretamente relacionado com a segurança, seu mau funcionamento pode ser decisivo na hora de um acidente. 6. MASSA TOTAL DO VEICULO Podemos realizar os estudos do caso vibracional, vamos dividir a massa do veículo em duas partes, massa suspensa e a massa não suspensa, para tornar o estudo mais simplificado. Analisando a massa suspensa, o conjunto dos itens acima da suspensão do veículo, tais como: chassis, banco, motor, câmbio, passageiros e cargas. O motivo da divisão desse sistema seria, devido a massa não estar diretamente conectada ao solo e sim aos sistemas de suspensão e amortecimento. Assim deixando o chassi menos exposto as vibrações excessivas. Massa não suspensa é o conjunto do sistema de suspensão, pneus, rodas e bandeja, esse sistema estará em contato direto ao solo, absorvendo diretamente as irregularidades. Esse sistema será responsável por absolver todos os impactos e vibrações vindas do solo, absorvendo a energia deste trabalho para o sistema não suspenso, gerando conforto, dirigibilidade e segurança aos passageiros do veículo. 7. DINÂMICA VEICULAR Analisando o comportamento dinâmico da suspensão, teremos que analisar o coeficiente de amortecimento e o conjunto dos demais parâmetros, tais como: massa do veículo, a constante elástica da mola (k), entre outros. A massa de um veículo está distribuída em toda sua área de ocupação, porém essa distribuição não é uniforme tornando o carro desigual em sua forma. Sendo assim, não podemos determinar que o centro de massa estará no meio, causando variações de caso para caso. Nos veículos automotores chamamos de centro de 28 gravidade (CG) e cada veículo tem o seu especifico. Variando entre a frente, atrás de veículo, outros mais abaixo perto do solo ou sentido contrário. Essas especificações são necessárias para determinar as características dinâmicas e analisar o comportamento quando uma frenagem brusca ou uma curva em alta velocidade com grande raio. No entanto, a análise do trabalho será interessada somente no eixo z, para analisarmos os esforços que exercem no amortecedor, facilitando a análise e diminuindo os graus de liberdade. Figura eixos de um carro normalizado pela norma SAE J607 Fonte: adaptado de SAE 2008 Onde: - Eixo x: velocidade horizontal e a velocidade de rodagem - Eixo y: velocidade lateral e a velocidade de arfagem - Eixo z: velocidade vertical e a velocidade de guinada Analise pode ocorrer de várias maneiras, para compreender o sistema de suspensão do veículo. O processo de análise será realizado utilizando um quarto do veículo, a qual se baseia o sistema massa-mola-amortecedor, desconsiderando o efeito das demais rodas e efeitos sobre as mesmas. Sendo assim utilizaremos as formas mais usuais, utilizado um grau de liberdade e com dois graus de liberdade considerando o pneu como um elemento flexível com uma considerada constante elástica. 29 8. SISTEMA DE SUSPENSÃO Para podermos simplificar um sistema se suspensão, podemos dizer que ele é o equilíbrio do veículo, o que mantém o veículo em pé. Onde o veículo fica apoiado em quatro colunas telescópicas, que seriam suas “pernas”. Seu funcionamento especificamente por um amortecedor que mantém a estabilidade do veículo cortando o efeito da mola. Deixando o efeito, mais lento e dinâmico, no momento de expansão e compressão da mola. A mola tem a função de absorver os impactos causados nas irregularidades das pistas. Contém também um braço oscilante (bandeja), que faz o trabalho de ligar a coluna de suspensão (articulável) ao monobloco do veículo e também serve de apoio a coluna, onde ela precisa ser fixa em um ponto, pois trabalha em um movimento de sobe e desce. Este braço é ligado a carroceria em uma extremidade, intermediado por buchas de borracha, que permite está movimentação sobe e desce sem ruído. Já na outra extremidade faz ligação a coluna de suspensão, através de uma junta esférica ou pivô, que permite um ângulo para oscilação do braço e que a coluna gire em seu próprio eixo trazendo direção. Na ajuda do movimento da coluna, existe também o coxim superior (batente). Fica posicionado acima do prato superior, composto por um rolamento que ajuda a coluna na sua locomoção para os lados. E por último temos a barra estabilizadora que fica presa por bieletas as colunas e a carroceria é presa através de buchas de ligação. Esta barra faz o trabalho de manter a maior estabilidade possível do veículo, quando está em movimento na estrada, ligando uma coluna de suspensão até outra. 30 [MILLIKEN, 1995] (10) Utilizaremos o modelo com um grau de liberdade, pelo fato de não podermos definir o valor de k do pneu. Por tanto mesmo que seja simples podemos retirar informações importantes sobre o coeficiente de amortecimento. Assim obtemos uma informação importante a partir desse modelo que será a equação de movimento do sistema: 𝑚�̈� + 𝑐𝑥 + 𝑘𝑥̇ = 0 (1) Para determinar o grau de amortecimento temos que analisar os seguintes fatores: Com o parâmetro de amortecimento (𝛾) conseguimos obter o grau de amortecimento (𝛽) 𝛾 = 𝑐 2.𝑚 (2) 𝛽 = 𝛾 𝜔0 (3) Sendo que β<1 amortecimento fraco y(t)=.𝑎. 𝑒−𝛾𝑡. cos(𝜔𝑎. 𝑡 + 𝜑) (4) Para β=1 amortecimento critico y(t)=(A+B.t).𝑒(−𝛾.𝑡) (5) Para β>1 amortecimento forte y(t)=A.𝑒{−𝛾+ √𝛾2−𝜔2} .𝑡 + 𝐵. 𝑒{−𝛾+ √𝛾2−𝜔2}.𝑡 (6) A equação 1 pode ser reescrita como: 𝑥 + 2𝜉𝜔𝑛𝑥 + 𝜔𝑛 2̇̈ (7) No caso se um sistema sub - amortecido 31 𝑥 = 𝑥0𝑒 −𝜉𝜔𝑛𝑡sin (𝜔𝑑𝑡 + 𝜙) (8) A equação (3) ser comparada com a solução para o caso não amortecido 𝑥 = 𝑥0sin (𝜔𝑑𝑡 + 𝜙) (9) E sabemos que: 𝜔𝑑 = 𝜔𝑛√1 − 𝜉2 (10) Onde: 𝜔𝑑=frequência natural amortecida 𝜔𝑛 = frequência natural não amortecida 𝜉= fator de amortecimento Analisando a equação (10) podemos observar que a frequência natural (𝜔𝑑) é menor que a frequência natural não amortecida (𝜔𝑛) e a parcela 𝑒 −𝜉𝜔𝑛𝑡, que é responsável pelo decaimento das oscilações com o passar do tempo, depende do fator de amortecimento (𝜉) e da (𝜔𝑛) frequência natural não amortecida. Assim temos os fatores mais importantes para o controle das oscilações da suspensão. A frequência natural não amortecida é representada pela seguinte equação. 𝜔𝑛 = √ 𝑘 𝑚 (11) Onde: k = constante elástica da mola [N/mm] Para se calcular o K utilizamos a Lei de Hooke que défice por: 𝐹 = 𝑘. 𝑥 (12) temos que ter o deslocamento da mola e os números de elos que ela tem, e o modulo de elasticidade transversal o diâmetro do arame, e o diâmetro da mola. Obtemos com as seguintes formulas: 32 𝛿 = 8.𝐹.𝐷3.𝑛 𝐺.𝑑4 (13) 𝛿= deslocamento da mola D= diâmetro da mola d= diâmetro do arame da mola G= modulo elástico transversal n= Números de elos m = Massa amortecida [kg], considerando a massa do veículo e de seu ocupante, desconsiderando os componentes que não estão na parte superior do sistema de amortecimento. Para o controle das oscilações da suspensão é importante, o fator de amortecimento ou razão de amortecimento (𝜁) é definido como 𝜁 = 𝑐 2𝑚𝜔𝑛 = 𝑐 2√𝑘𝑚 = 𝑐𝜔𝑛 2𝑘 (14) Onde c é o coeficiente de amortecimento do sistema [N.s/m], k é a rigidez do sistema e m é a massa do sistema. O coeficiente de amortecimento crítico ou subamortecimento e sobamortecimento Ccrit [Ns/m]. Aonde o amortecimento crítico é definido como 𝑐𝑐 = 2𝑚𝜔𝑛 = 𝑐𝜔𝑛 2𝑘 (15) O fator é reescrito como 𝜁 = 𝑐 𝑐𝑐 (16) O fator amortecimento é uma ferramenta importante para analisar o comportamento das oscilações no tempo, assim poderemos verificar a resposta da perturbação inicial do veículo. 33 Podemos analisar logo a baixo, que o primeiro fator de amortecimento que promove apenas uma única oscilação antes de se estabilizar seria 𝜁 = 0.7 Figura 21Resposta do sistema para diferentes Fatores de Amortecimento [MILLIKEN, 1995] (10) Esse fator de amortecimento é ideal, considerando o melhor ou mais aconselhável fator de amortecimento vertical do veículo, obtendo melhor tempo de resposta, proporcionando uma suspensão rígida, evitando oscilações excessivas durante o tempo para estabilização, melhorando a performance nas curvas e ao mesmo tempo proporcionado conforto e segurança ao motorista. 34 9. FLUIDOS Os óleos minerais finos são os fluidos mais utilizado nos amortecedores automotivos no mercado atual. No entanto pode ser utilizado ar em alguns tipos de amortecedores como fluido de amortecimento. O que diferencia na utilização são suas características e propriedades, assim em que haver uma análise de qual tipo de fluido será ideal para o tipo de amortecimento. As propriedades mais relevantes para a análise são a massa especifica e a viscosidade A normas DIN51524 e 51525 classifica os óleos minerais recomendados para cada tipo de aplicação, estipulando o tipo de óleo e a classe de viscosidade. Os fluidos hidráulicos estabelecem por meio para transferência de energia (meio de transmissão de força) no sistema hidráulico. A definição do fluido tem importância efetiva para um bom desempenho, durabilidade, confiabilidade e eficiência de um sistema hidráulico. Os itens devem ser dimensionados e analisado para poder atender todas as características físicas do fluido. Utilizam-se óleos a base mineral classificados óleos hidráulicos. Temos também óleos minerais aditivados que faz o fluido resistir ao fogo, os quais estabelecem algumas restrições à utilização de materiais e componentes. Dependendo das particularidades de operação do sistema ou da analise a ser executado, considera-se que os fluidos hidráulicos são de fato incompressíveis. Se o sistema estiver submetido a variações rápidas e elevadas de pressão e/ou temperatura, deve considerar-se o efeito de compressibilidade do fluido. O movimento de um fluido pode ser relatado, sabendo as funções de distribuição da sua velocidade, densidade e pressão. Na definição do tipo de fluido hidráulico, podem ser levados em considerações os seguintes efeitos físicos característicos: fricção, capacitância e inércia. A INERCIA está vinculada com os efeitos da densidade do fluido. A FRICÇÃO está vinculada com os efeitos da viscosidade. A CAPACITÂNCIA está vinculada com os efeitos compressibilidade. O conceito extrínseco significa que não faz parte do conteúdo essencial de certas coisas específicas de um dos efeitos característicos, considerando que o as propriedades realizada e proposta pelo ambiente de modelagem e simulação são satisfatórias para o exemplo. 35 Esta seção expõe a teoria de mecânica dos fluidos necessária para selecionar corretamente o de trabalho do amortecedor e para o dimensionamento do orifício do pistão que será responsável pelo amortecimento. O fluido mais comum que estão utilizando em amortecedores automotivos são os óleos minerais fino. No entanto há uma variedade de óleos no mercado e podemos ter também amortecedores a ar como fluido de amortecimento. O que diferencia na utilização são suas característica e propriedades, assim que haver uma análise de qual tipo de fluido adequado observando suas características principais que são viscosidade e massa especifica. 9.2. VISCOSIDADE A viscosidade é uma propriedade física na termodinâmica que caracteriza a resistência de um fluido ao escoamento (dependente de Temperatura (T) e pressão (P)). Este atributo é representado pela letra grega (μ) coeficiente de viscosidade do qual valor depende da temperatura e da substancia. A viscosidade pode ser classificada em classes definidas por normas internacionais como SAE (para lubrificantes automotivos), ISO-VG (lubrificantes industriais) e DIN51502. Para facilitar a compreensão, a norma DIN 51502 tem por propósito a definição de lubrificantes standard através de um sistema de códigos, letras e de símbolos gráficos. A marcação ao tipo de lubrificante e da viscosidade, à consistência e à temperatura. A divisão de classes e de viscosidade é efetuada conforme a norma DIN 51519. Quanto maior o número, mais viscoso é o líquido. 𝜏𝑥𝑦 = 𝜇 𝑑𝑢 𝑑𝑦 A viscosidade dinâmica possui unidade de Ns/m² e seu papel é fundamental na performance do amortecedor, tendo em vista que influencia diretamente no número de Reynolds que será utilizado para dimensionar o orifício do pistão, como será visto na seção Um ponto importante que deve ser notado é que a viscosidade dos óleos minerais em geral varia amplamente em função da temperatura, com quedas de 2% por cada aumento de 1°C, 36 Figura 22-Viscosidade de Óleos Minerais em função da Temperatura [DIXON,J.C 2007] (11) Esse efeito da temperatura sobre a viscosidade é indesejável, pois torna a performance do amortecedor variável e deve-se escolher o fluido de forma a reduzir esse efeito. Para isso, o uso de um óleo sintético multi-grade (SAE 10W-30, por exemplo) é recomendável pois possui polímeros em sua composição que reduzem o efeito da temperatura sobre a viscosidade. Embora o custo do óleo acima seja maior do que os óleos minerais leves. Comuns, o fato de apresentar menor variação de viscosidade com a temperatura é uma grande vantagem, tornando-se uma boa escolha para uso no amortecedor. 9.3. MASSA ESPECÍFICA A massa específica, geralmente representada pela letra grega rho (ρ), é a expressão da massa por unidade de volume: 𝜌 = 𝑚 𝑉 [kg/m³] A massa específica do líquido também possui um importante efeito na performance do amortecedor pois, como será visto a seguir, possui influência direta na Equação de Bernoulli. A variação de temperatura do fluido também influencia na massa específica do óleo mineral, porém a variação é muito menor se comparada com a variação da viscosidade (a massa específica varia em torno de -0,1%/°C, enquanto que a 10W- 37 30, que possui as seguintes propriedades: viscosidade chega a variar 2%/°C) e, portanto, pode ser desconsiderada. Logo de acordo com (DIXON, 2007) o fluido escolhido para o amortecedor foi o SAE Propriedades do Óleo SAE 10W-30 Grau de SAE 10W/30 Densidade 20/4 °C 0,8865 Ponto de Fulgor (VA) (°C) 230 Ponto de Fluidez (°C) -39 Viscosidade -35°C (cP) 41.000 Viscosidade 40° (cSt) 54,1 Viscosidade 100°C (cSt) 9,34 Índice de Viscosidade 156 Corr. Em lamina de cobre 3hs e 100°C 1b 38 9.4. NITROGÊNIO GASOSO (N) O nitrogênio, também conhecido como azoto é um elemento de extrema importância para o planeta Terra é um elemento não metálico. Ele representa 78% da atmosfera terrestre em volume. É um gás inerte, incolor, inodoro, insípido, possui alta eletronegatividade e é gasoso nas CNTP. A destilação fracionada do ar liquefeito é o principal meio de obtenção deste gás, sendo normalmente subproduto da produção do oxigênio para a indústria e para a medicina. [CAROLINE PEDROLO 2014] (12) 9.5. FUNÇÃO DO NITROGÊNIO EM AMORTECEDORES PRESSURIZADOS O gás nitrogênio nestes tipos de amortecedor tem como função evitar a formação de bolhas de ar no óleo, estas bolhas são criadas quando os amortecedores atingem altas temperaturas e quando tem uma intensa deslocação da suspensão. Esta formação de bolhas de ar é conhecida como cavitação ou aeração. Este tipo de gás (nitrogênio) gera uma atuação com mais velocidade no trabalho do amortecedor, com o bump (compressão) e rebound (tração) a pressão do gás (nitrogênio) vai forçar continuamente o óleo a ocupar todos os espaços resultantes do bump (compressão) e rebound (tração) do pistão do amortecedor e como consequência aumenta a dirigibilidade e segurança porque aumenta o atrito do pneu com o solo. 39 10. DESENVOLVIMENTO A partir das pesquisas realizadas, foi desenvolvido um sistema de amortecedor regulável, com o objetivo de transformar um amortecedor comum em um amortecedor com capacidade de se ajustar conforme a necessidade do condutor. Através do desenvolvimento realizado, optamos por modificar apenas a válvula interna na base do amortecedor, assim já obtivemos um ganho considerável em sua função, assim podendo alterar o bumb e rebound. Com os ajustes realizado no amortecedor, podemos modificar a sua capacidade de amortecimento, podendo deixar ele mais firme ou mais macio, utilizando uma válvula unidirecional externamente e um reservatório de óleo acoplado junto ao corpo do amortecedor. A regulagem do sistema deve ser feito manualmente, abrindo ou fechando a válvula, assim modificando o amortecedor e suas propriedades internas. Podemos observar na válvula original na imagem abaixo. Figura 23 válvula interna original Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Nas imagens abaixo podemos verificar a alteração da válvula, pois foi feita de forma totalmente diferente, pois existe dois furos apenas aonde vai passar o óleo, e ira percorrer pelas mangueiras, que está ligado as novas válvulas e ao reservatório. Figura 24 válvula modificado 40 Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Ao realizar a alteração da válvula que foi instalada na parte externa da carcaça do amortecedor, aonde pode ser feito a alteração na regulagem da passagem do fluido do corpo para o reservatório que é a carcaça do amortecedor, pois a válvula que separava a câmara interna com a externa do amortecedor, para aonde o óleo era empurrado, nesse novo formato o óleo vai passar pela válvula e vai para o reservatório fora do corpo que foi modificado nesse projeto. Figura 25 válvula unidirecional Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) 41 Figura 26 válvula unidirecional Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 27 mangueiras Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 28 reservatório Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) 42 11. DIMENSIONAMENTO Propriedades do Fluido Cálculo da Velocidade no Orifício V1:= 4,43 m 𝐷𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐼𝑂:= 6.35 mm n:= 2 V2:= V1 𝐷𝐸𝑋𝑇:= 27 mm 𝐷𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐼𝑂= ¼” =6,35mm 𝐷𝐸𝑋𝑇=27mm Na Extensão: 𝐴𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐼𝑂 𝐸𝑋𝑇=n.𝜋. 𝐷𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 4 =.2. 𝜋. 6,352 4 = 63,34 𝑚2 Na Compressão: 𝐴𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐼𝑂 𝐶𝑂𝑃 = 2𝑛𝜋. 𝐷𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝑂2 4 𝑉𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐼𝑂 𝐶𝑂𝑀𝑃 = 2𝑁𝜋. 𝑉1. 𝐴𝐶𝐼𝐿𝐼𝑁𝐷𝑅𝐼𝐶𝑂 𝐴𝑂𝑅𝐼𝐹𝐼𝐶𝐼𝑂 𝐶𝑂𝑀𝑃 Cálculo do Nº de Reynolds • Durante a Extensão: 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠𝑒𝑥𝑡 = ( 𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑒𝑥𝑡.𝐷𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 ν ) 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠𝑒𝑥𝑡 =4.699x10 3 Regime laminar • Durante a Compressão: 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠𝑐𝑜𝑚𝑝 = ( 𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑐𝑚𝑝.𝐷𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 ν ) 43 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠𝑐𝑜𝑚𝑝 = 2,349x10 3 Regime laminar Cálculo do Fator de Atrito rugosidade := 0.0008mm • Durante a Extensão: Fext= 0,039 Durante a Compressão: Fcomp: 0,047 Equação de Bernoulli Comportamento na compressão: L=15mm 𝑘𝑒𝑛𝑡 𝑑 = 0,04 𝑘𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑑 = 1 Δ𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝 = [[𝑘𝑒𝑛𝑡 𝑑. (𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝) 2 2 + 𝑘𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑑. (𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝) 2 2 + 𝑓𝑐𝑜𝑚𝑝. 𝐿 𝐷𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 . (𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝) 2 2 ].2n+ 𝑉22 2 − 𝑉12 2 ]. 𝜌 Δ𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝 = 8,119 x10 6 PA 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑐𝑜𝑚𝑝 = Δ𝑃𝑐𝑜𝑚𝑝. (𝐴𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝐴𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝 ) 44 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑐𝑜𝑚𝑝 =0,36Kn 𝐶𝑐𝑜𝑚𝑝 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑐𝑜𝑚𝑝 𝑉1 =0.08x103N. 𝑠 𝑚 Comportamento na extensão: L=15mm 𝑘𝑒𝑛𝑡 𝑠 = 0,5 𝑘𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑠 = 1 Δ𝑃𝑒𝑥𝑡 = [[𝑘𝑒𝑛𝑡 𝑠. (𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡) 2 2 + 𝑘𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑠. (𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡) 2 2 + 𝑓𝑒𝑥𝑡. 𝐿 𝐷𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 . (𝑉𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡) 2 2 ].2n+ 𝑉22 2 − 𝑉12 2 ].𝜌 Δ𝑃𝑒𝑥𝑡 = 2,246𝑥10 6 PA 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝐸𝑋𝑇 = Δ𝑃𝐸𝑋𝑇 . (𝐴𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 − 𝐴𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑒𝑥𝑡 ) 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑒𝑥𝑡 =1,14Kn 𝐶𝑒𝑥𝑡 = 𝐹𝑜𝑟ç𝑎𝑒𝑥𝑡 𝑉1 =0,258x103N. 𝑠 𝑚 45 12. PESQUISA DE CAMPO Figura 1 Máquina de teste de desempenho de absorção de choque Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 2 Máquina de teste de desempenho de absorção de choque Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) 46 Figura 29 componentes internos do amortecedor Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 30 válvula interna do amortecedor Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 31 válvula interna do amortecedor Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) 47 Figura 32 válvulas, êmbolos e molas internas do amortecedor Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 33amortecedor com regulagem manual Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 34 amortecedor om regulagem de pressão Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) Figura 35 Amortecedor com regulagem de pressão Fonte: Elaborado pelo(a) autor(a) 48 13. TABELAS Tabela 1 - CUSTOS PEDAGIO 2 4 8 PEDAGIO 2 10,3 20,6 VALVULA 2 375 750 MANGUEIRAS 5 12 UNI 60 OLEO HIDRAULICO 2 23 46 OLEO MOTOR 1 23 23 CONEXÕES 10 20 200 USINAGEM 1 300 300 ORINGS 6 1,5 9 REPAROS 1 40 40 BANNER 1 65 65 CAMISETAS 9 42 378 TOTAL FINAL 2099,6 Tabela 2 - CRONOGRAMA 49 14. CONSIDERAÇOES FINAIS O estudo desenvolvido possibilitou uma analise do funcionamento de amortecedores automotivos com as vantagens e desvantagens de trazer uma regulagem de pressão nos amortecedores de carros populares. Foi feito um teste utilizando um amortecedor comum onde o adaptamos para a nossa necessidade visando maior economia em materiais e usinagem. O problema encontrado na parte da adaptação foi a centralização, esquadro e coordenadas do reservatório que ocasionou vazamentos em alguns pontos. Para funcionamento e testes de nosso protótipo utilizamos massa plástica para a vedação e verificamos que o mais correto seria utilizar um tubo novo e usinado para o reservatório, pois assim não teríamos folga para o vazamento. Depois de vedado foi possível passar o amortecedor em dinamômetro para verificar mudanças de pressão, observamos e constamos que as válvulas atuaram e alteraram a pressão dentro do sistema 50 15. REFERÊNCIAS BIOGRAFICAS 1 Tenneco amortecedores © Copyright 2011, Tenneco Inc. Disponível em <http://www.sa-tenneco-automotive.com/brasil/pdf/manual_amortecedor.pdf> Acessado em 02/05/2017, 18:18. 2 TESTE DOS AMORTECEDORES - EMPURRAR PARA BAIXO NÃO ADIANTA http://www.reparacaoautomotiva.com.br/single-post/2017/03/10/TESTE- DOS-AMORTECEDORES-EMPURRAR-PARA-BAIXO-N%C3%83O-ADIANTA Acessado em 02/06/2017, 19:25. 3 Autopeças Alvorada – 2016 <http://autopecasalvorada.com.br/dicas/dicas- alvorada/suspensao> Acessado em 02/06/2017, 21:05. 4 Taiwan-Suppliers 2010 <http://www.taiwan-suppliers.org/hydraulic- damper_pt.html> Acessado em 02/06/2017, 23:21 5 Guia do Automóvel, Sistema de Suspensão 20/02/2017. Disponível em: <http://www.carrosinfoco.com.br/carros/2017/02/funcionamento-e-detalhes-dos- amortecedores-de-suspensao/). Acessado em 29/04/2017, 19:00. 6 monroe shocks & struts http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2011/06/monroe.html Acessado em 17/08/2017, 23:01. 7 BACURITY COMERCIAL <catalogos 2016-2017> 8 Polaco Preparações <https://www.motox.com.br/publix/3238/preparacao-da-moto- funcionamento-do-hidraulico-das-suspensoes> Acessado em 23/09/2017, 15:15. 9 triangulo de segurança, 2017 Disponível em <https://www.monroe.com.br/sobre-o-amortecedor/triangulo-seguranca > Acessado em 05/05/2017, 19:38. 10 MILLIKEN, William F.; MILLIKEN, Douglas L.. Race car vehicle dynamics. Warrendale, Pa: Sae, 1995. 890 p. 11 DIXON,J.C. Shock Absorber Handbook, SAE International, United States, 2°ed. PA.USA,2007. 12 Caroline Pedrolo, 2014. Disponível em: <http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/nitrogenio/.>. Acessado em 22/04/2017, 20:22.
Compartilhar