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AO JUÍZO DO ... JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA CAMARCA DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL. (Art. 4º, inciso III da Lei 9.099/95) 
BERNARDO ..., nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n ..., expedida pelo..., inscrito no CPF/MF sob o n ..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua ..., n ..., bairro ..., Dourados, Mato Grosso do sul, CEP ...; vem por seu advogado “in fine”, com escritório na Rua ..., n ..., bairro ..., cidade ..., Estado ..., com endereço eletrônico ..., nos termos da procuração anexa, para os fins do artigo 77, V do Código de Processo Civil, propor:
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS,
pelo rito especial (artigo 3º da Lei 9.099/95), em face de SAMUEL ..., nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade n ..., expedida pelo..., inscrito no CPF/MF sob o n ..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua ..., n ..., bairro ..., Campo Grande, Mato Grosso do sul, CEP ...; pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
I – DOS FATOS:
Por força de um contrato escrito, que segue anexo, o réu deveria restituir o cavalo da raça mangalarga chamado “Tufão” ao autor no dia 02 de outubro de dois mil e dezesseis.
Ocorre que em janeiro de dois mil e dezessete, o réu ainda não havia devolvido o referido cavalo por pura desídia e estando ainda em sua posse o animal morreu por ocorrência de uma forte chuva.
O animal objeto da prestação foi avaliado em R$10.000,00 (dez mil reais). 
Diante dos fatos expostos a presente demanda é o meio necessário para se corrigir o dano sofrido pelo autor.
II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
	Como aduz os fatos narrados anteriormente, percebe-se claramente que o réu descumpriu uma obrigação contratual, estando inadimplente.
	Esse descumprimento caracteriza a mora do devedor, na forma do artigo 394 do CC, uma vez que o mesmo não cumpriu a obrigação no prazo estipulado contratualmente. 
	Em que pese haver ocorrido um fato natural extraordinário e imprevisível que causou a morte do animal objeto da prestação, na data deste fato o réu já estava em mora com o autor. Esta situação adequa-se perfeitamente ao disposto no artigo 399 do CC, onde dispõe que o devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, ainda que resultante de caso fortuito ou forma maior se ocorrerem durante o atraso.
	Vale ressaltar que caso a obrigação fosse adimplida no prazo correto, o nível das águas não atingiria a propriedade do autor. E, o fato do réu não realocar o animal durante o aumento do nível da água demonstra a sua desídia com o cumprimento da obrigação.
	Conforme leciona Pablo Stolze Gagliano, se utilizando de exemplo idêntico ao presente caso:
A regra nos indica que, em caráter excepcional, o devedor poderá ser responsabilizado pela impossibilidade da prestação, ainda que decorrente de caso fortuito ou força maior. Imagine o comodatária que recebeu um puro sangue, a título de empréstimo gratuito por quinze dias, e, findo o prazo atrasa a devolução do animal. Perecendo o mesmo em decorrência de uma enchente (evento fortuito) que inundou completamente o pasto onde estava, o devedor poderá ser responsabilizado com fundamento na referida norma legal. (Novo Curso de Direito Civil, Obrigações, pag.321)	
Reforça este entendimento o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça:
	 
	
	
	
AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 427.556 - RS (2013/0373302-7). RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA. EMENTA. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SOCIEDADE. DISSOLUÇÃO. ENTREGA DE BENS. MORA DO DEVEDOR. REEXAME. SÚMULA Nº 7/STJ. INCÊNDIO. CASO FORTUITO. ARTIGO 399 DO CÓDIGO CIVIL. MORA DO DEVEDOR. 1. Reexaminar a questão relacionada à mora dos recorrentes para a entrega dos bens decorrente de dissolução de sociedade encontra o óbice de que trata a Súmula nº 7/STJ. 2. Se o devedor está em mora responde pelo caso fortuito ou força maior ocorridos durante ela, nos termos do artigo 399 do Código Civil. 3. Agravo regimental não provido.
	
	
	
	
	
	
De acordo com o artigo 389 do Código Civil, não cumprida a obrigação deve o réu responder por perdas e danos mais juros e atualização monetária segundo o índice oficial e honorário advocatício. 
Essas perdas e danos deverão compreender o dano emergente, ou seja, o que ele efetivamente perdeu, e o lucro cessante, o que razoavelmente deixou de lucrar, conforme dispõem o artigo 402 do Código Cívl. 
 
III - DO PEDIDO:
Diante do exposto requer a este juízo:
I) Designação da audiência de conciliação/mediação e intimação/citação do réu para seu comparecimento;
II) Citação do réu para integrar a relação processual, para em querendo, apresentar defesa no prazo legal;
III) Que seja a presente demanda julgada procedente a fim de que seja a requerida condenada ao pagamento da indenização de R$ 10.000,00
IV) Que seja julgado procedente o pedido para condenar os réus aos ônus da sucumbência, incluídos os 20% de honorários advocatícios.
IV – DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil, em especial a prova documental, suplementar e superveniente, testemunhas e depoimento pessoal do réu.
V – DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se a Causa o valor de R$10.000,00 (dez mil reais).
Nestes termos.
Espera deferimento
Local, 11/09/2017
Nome do Advogado
OAB/UF

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