Relatório do experimento 1 de labboratório de química

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas 
 
P01 
Bárbara Gontijo da Silva 
Bianca Leonel Caparelli 
Camila de Rezende Melo Ficher 
Renata Ribeiro Ferreira 
Thauane Brendha Silva 
Theodora Rangel Carvalho 
 
 
Experimento nº: 01 
Densidade de Sólidos e Líquidos 
 
 
Relatório apresentado para a disciplina 
de Laboratório de Química, como 
requisito parcial de avaliação. 
Prof. Dr. Benecildo Amauri Riguetto 
 
 
Uberaba - MG 
11/09/2017 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente relatório apresenta os experimentos sobre densidade de 
sólidos e líquidos, desenvolvidos durante a aula de laboratório de química. 
Medidas de temperatura, densidade de amostras solidas e liquidas 
foram os testes realizados no processo de aprendizado. Estas práticas estão 
diretamente relacionadas com tópicos de extrema importância, como medidas 
de volume, cuidados que devem ser tomados com a balança e também, com o 
conhecimento sobre nome e utilização das vidrarias. As atividades foram 
realizadas com base em um roteiro pré-definido. 
1.1 Medidas 
A realização de medidas sempre deve levar em consideração a 
ocorrência de possíveis erros. O mesmo pode acontecer por limitação do 
equipamento ou falta de calibração ou então pelo manuseio ou observação 
errôneas do usuário. 
Valores próximos aos reais ou verdadeiros são considerados valores 
exatos. Já valores próximos uns aos outros em uma coleta são valores 
precisos. Medidas encontradas podem ser precisas sem serem exatas devido 
aos erros. O ideal a ser encontrado são medidas precisas e exatas ao mesmo 
tempo. 
1.2 Medidas de Volume 
Para a realização de medidas de volume, podem-se usar pipetas, 
buretas ou provetas. Cada equipamento possui um nível de precisão e 
indicação correta dependendo do experimento realizado. As medidas são 
analisadas pela graduação em cada equipamento e o usuário deve atentar-se a 
forma correta de realização de leitura de volume quando há formação de 
menisco. 
1.3 Medidas de Massa 
Massa é a medida da quantidade de material em um objeto. Assim a 
medida, em laboratórios, normalmente é feita por balanças eletrônicas 
 
analíticas ou de precisão. Cada tipo de balança possui uma precisão na leitura 
de escala, assim o usuário deve atentar-se as informações da balança e na 
precisão requerida pelo experimento ou caso. 
1.4 Cuidados com a Balança 
A balança é utilizada para medição de massa de corpos, sólidos ou 
líquidos. Esse equipamento necessita de atenção e cuidado durante o 
manuseio, pois a má utilização pode afetar a calibração do mesmo. 
1.5 Densidade 
 A densidade é definida como a quantidade de massa em uma unidade 
de volume de substância e é utilizada para caracterizar tais substâncias. Ela é 
dependente da temperatura, uma vez que a variação de temperatura leva a 
uma variação de volume, assim quando a densidade de uma substância é 
relatada ela sempre deve vir acompanhada da temperatura. Quando a mesma 
não é fornecida deve-se supor a temperatura ambiente (aproximadamente 
25ºC). 
2. OBJETIVOS 
 A partir dos experimentos, foi possível aprender a manipular e diferenciar 
alguns equipamentos básicos, presentes no laboratório de química, além de 
ampliar o conhecimento sobre as técnicas de medidas de temperatura, massa 
e volume. 
Objetivos específicos: 
- Aprender a manusear alguns equipamentos básicos; 
- Diferenciar as vidrarias volumétricas das graduadas; 
- Aprender as técnicas de medidas de temperatura, massa e volume; 
3. PARTE EXPERIMENTAL 
 A parte experimental contém os materiais utilizados e a metodologia do 
experimento. 
 
3.1 MATERIAIS 
 Os materiais utilizados foram: 
- Béqueres de 100 e 600 ml; 
- Termômetro; 
- Bastão de vidro; 
- Proveta de polipropileno de 10 ml; 
- Pipeta volumétrica de 10 ml; 
- Pisseta; 
- Balança analítica - edutec; 
Figura 1 – Balança analítica 
 
Fonte: Autores, 2017. 
- Conta-gotas; 
- Gelo; 
- Água; 
- Cronômetro. 
3.2. MÉTODOS 
 Os métodos estão divididos em três etapas. 
3.2.1 Medidas de temperatura 
 
 Primeiramente adicionou-se, em um béquer de 600 ml, 200 ml de água 
da torneira e em seguida mediu-se a temperatura do líquido com o termômetro. 
 Após a medição da temperatura inicial, adicionou-se três cubos de gelo 
e logo após agitou-se o conteúdo com um bastão de vidro e mediu-se 
novamente a temperatura. 
 Com isso, observou-se as variações da temperatura a cada um minuto 
até que ela estivesse constante, ou seja, com uma variação pequena durante 
um período de tempo maior. Para a medição da temperatura o bulbo do 
termômetro foi totalmente imerso em água, sem tocar as paredes do béquer, 
para que a medição fosse mais precisa. 
3.2.2 Densidade de Amostras Sólidas 
 Inicialmente escolheu-se um tipo de amostra, alumínio, para a pesagem, 
sendo assim pesou-se três unidades de diferentes tamanhos da amostra 
escolhida. 
 Para a medição do volume, utilizou-se uma proveta de 10 ml, com 5 ml 
de água, e introduziu-se os sólidos um a um dentro dela para que o volume 
fosse medido. 
 Tendo feito a medição da massa e do volume foi possível obter uma 
relação de massa e volume, obtendo assim a densidade dos sólidos. 
3.2.3 Densidade de Amostra Líquida 
 Inicialmente pesou-se, em uma balança, um béquer de 100 ml. Em 
seguida, adicionou-se 10 ml de água da torneira em uma proveta de 10 ml e 
logo após esse líquido foi repassado para o béquer para que fosse feita a 
pesagem. Fez-se então o mesmo procedimento para 10 ml, 20 ml e 30 ml. 
 No mesmo béquer de 100 ml, seco e vazio, foi feito o mesmo 
procedimento anterior, porém desta vez as medidas de água foram realizadas 
em uma pipeta volumétrica. 
 
 Tendo feito os dois experimentos, foi possível obter os dados da 
densidade das amostras para que fossem comparadas à densidade da água 
em função da temperatura. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Os resultados também estão divididos em etapas do experimento. 
4.1 Medidas de Temperatura 
 A temperatura inicial da água utilizada era 12 °C, após adicionar três 
cubos de gelo e agitar, as temperaturas obtidas a cada minuto estão na tabela 
abaixo: 
Tabela 1 – Comportamento da água 
Temperatura (°C) Tempo (min) 
12 0 (início) 
-2 1 
-4,5 2 
-4 3 
 
Fonte: Autores, 2017. 
 Após três minutos a temperatura ficou constante e igual a -4°C, pois 
durante um longo intervalo de tempo não houve variação. O gráfico abaixo 
ilustra a variação da temperatura em função do tempo: 
Figura 2 – Gráfico da variação da temperatura da água X tempo 
 
Fonte: Autores, 2017. 
-10 
-5 
0 
5 
10 
15 
0 1 2 3 4 
T
e
m
p
e
ra
tu
ra
 (
°C
) 
Tempo (min) 
Temperatura X Tempo 
 
 A leitura do termômetro foi feita de forma incorreta, uma vez que quando 
a pressão é 1 atm, a água congela em temperaturas negativas. Assim, todos os 
dados coletados durante o experimento também estão incorretos. 
 A temperatura inicial deveria ser 22°C e após a adição do gelo a 
temperatura deveria ficar entre 8 e 15°C. Dessa forma, os valores e o gráfico 
gerado não condizem com a realidade do experimento. 
4.2 Densidades de Amostras Sólidas 
 Após escolher o tipo de amostra, os três sólidos foram pesados. Os 
valores obtidos foram: 
Tabela 2 – Massa dos sólidos 
Massa dos Sólidos (g) 
1 1,396 
2 2,426 
3 4,333 
Fonte: Autores, 2017. 
 Utilizando a proveta com 5 ml de água e introduzindo os sólidos um a 
um dentro dela, foi possível obter o volume total, água e sólido, para as três 
amostras. Os valores estão na tabela abaixo: 
 
Tabela3 – Volume total (água e sólido) 
Volume Total (ml) 
1 5,4 
2 5,8 
3 6,6 
Fonte: Autores, 2017. 
 
Subtraindo os 5,0 ml iniciais de água, foi possível obter o volume das amostras 
sólidas. Os valores de massa e volume para cada sólido estão abaixo: 
Tabela 4 – Dados dos Sólidos 
 
 Massa dos Sólidos (g) Volume dos Sólidos (ml) 
1 1,396 0,4 
2 426 0,8 
3 4,333 1,6 
Fonte: Autores, 2017. 
 Com os valores obtidos na tabela 4, um gráfico relacionando massa e 
volume de cada sólido foi feito. 
 
Figura 3 – Gráfico massa do sólido x volume 
 
Fonte: Autores, 2017. 
 
O valor de densidade obtido pelo método da regressão linear, utilizando o 
gráfico, foi de 2,438 g/cm³ e o valor obtido por média aritmética dos valores foi 
de 3,077 g/cm³. O valor que mais se aproxima do valor teórico da densidade do 
alumínio (2,701 g/cm³) é o feito pela regressão linear, pois a diferença entre os 
dois valores, mesmo que significativa, é menor. 
4.3 Densidade de Amostra Líquida 
 Foram utilizados dois instrumentos de medição de volume. Os valores 
de massa obtidos, descontando a massa do béquer vazio (50,93 g) e os 
volumes analisados, seguem abaixo: 
y = 2,4384x + 0,4425 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
0 0,5 1 1,5 2 
M
a
s
s
a
 (
g
) 
Volume (ml) 
Massa X Volume 
 
Tabela 5 – Dados Água 
Volume Água (ml) Massa Água (g) 
 
Proveta Pipeta 
10 9,49 9,97 
20 19,13 19,86 
30 28,73 29,74 
Fonte: Autores,2017 
Com esses valores, dois gráficos de massa em função do volume de 
água foram feitos para comparar a densidade teórica e a experimental obtida, 
que é o valor do coeficiente angular de cada gráfico. 
Figura 4 – Gráfico Proveta 
 
Fonte: Autores, 2017. 
Figura 5 – Gráfico Pipeta 
 
Fonte: Autores, 2017. 
y = 0,962x - 0,123 
 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
35 
0 5 10 15 20 25 30 35 
M
a
s
s
a
 (
g
) 
Volume (ml) 
Proveta 
y = 0,988x + 0,086 
 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
35 
0 5 10 15 20 25 30 35 
M
a
s
s
a
 (
g
) 
Volume (ml) 
Pipeta 
 
Sendo assim, os valores de densidade experimental encontrados para a 
água foram: 
 Tabela 6 – Densidade Experimental 
Densidade (g/cm³) 
Proveta 0,9620 
Pipeta 0,9880 
Fonte: Autores,2017. 
O valor da densidade teórica da água em 22 °C, para comparação, é de 
0,9978 g/cm³. Assim, foi concluído que a precisão da pipeta é maior que a da 
proveta, pois o valor da densidade experimental obtida se aproximou mais do 
primeiro instrumento citado. 
Nas três partes do experimento os valores obtidos são valores 
estimados e não exatos, uma vez que erros operacionais e pessoais podem ter 
ocorrido. Os erros de instrumentos considerados foram +/- 0,0001 para a 
balança e 0,2/2 (ml) para a proveta. 
4.4 Questões 
1) 
 Manter a balança limpa; 
 Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança; 
 Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura 
ambiente. 
2) 
a- Desvio médio 
Balança 1: 0,004 
Balança 2: 0,069 
b- A balança 1 é mais precisa, pois a variação entre os dados é menor. Porém 
a balança 2 é mais exata, pois se aproxima mais da massa real do objeto. 
 
3) 
a- 3 
b- 7 
c- 3 
d- 2 
e- 3 
f- 5 
4) 
a- 9,8x1010 
b- 0,58 
c- 0,90 
d- 0,56 
e- 50 
f- 57 
5) 
a- 2494 
b- 88,0 
c- 1,96x103 
d- 20,9x103 
e- 69,58 
f- 107,08 
6) Massa mede a quantidade de matéria de um corpo e peso é a relação da 
massa com a aceleração da gravidade local. 
 
Massa mede a quantidade de matéria de um corpo e a densidade é a relação 
da massa com o volume do corpo. 
7) A- massa=m; densidade=3d 
B- massa= m; densidade=d 
VA= 
 
 
 
8) Dgasolina<Dparafina<Dagua<Dferro<Dmercúrio 
9) A massa do líquido é 740g; assim a subtraindo 740 de 884, MB= 144g. 
5. CONCLUSÃO 
A partir dos experimentos realizados, os objetivos do experimento foram 
alcançados, assim como a medição das massas, dos volumes e de 
temperatura. A medição das temperaturas foi deita de forma incorreta e assim 
essa parte do objetivo não foi alcançada com sucesso. 
Os valores obtidos em cada experimento apresentam pequenos erros de 
medição causados pelos erros operacionais e pessoais que podem ocorrer 
assim como erros instrumentais dos equipamentos disponibilizados. 
Observa-se que os resultados foram mais precisos quando utilizada a pipeta de 
10 ml ao invés da proveta. Os dados experimentais retornaram valores de 
densidade próximos aos valores teóricos ou tabelados. 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Tabela de densidade da água por temperaturas. Disponível em: 
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/286169/mod_resource/content/2/TAB
ELA%20DE%20DENSIDADE%20DA%20%C3%81GUA%20COM%20A%20TE
MPERATURA.pdf>. Acesso em: 07/09/2017. 
Tabela de densidade de materiais. Disponível em: 
<ftp://ftp.feq.ufu.br/claudio/densidade2.pdf>. Acesso em: 07/09/2017. 
BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Cap. 1: Introdução: matéria e 
medidas. In: Química A Ciência Central, 9ª. ed. São Paulo: Prentice Hall, 
2010. p. 12 - 25. 
 
PFEIFER, A. A. et al. Práticas de laboratório de química. Uberaba: [s.n.], 
2017. Apostila elaborada pelos professores Adriene Artiaga Pfeifer, Benecildo 
Amauri Riguetto, Maria Inês Martins, Rafaela Cristina Sanfelice – Universidade 
Federal do Triângulo Mineiro – Curso de Engenharia Química.