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REVISÃO PSICODIAGNÓSTICO AV 1 2017

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REVISÃO PSICODIAGNÓSTICO AV 1 2017 
Entrevista Inicial
Caracterizamos a entrevista inicial como entrevista semidirigida. Para recomendar esta técnica de entrevista semidirigida levamos em conta duas razões: a primeira e que devemos conhecer exaustivamente o paciente, e a segunda responde à necessidade de extrair da entrevista certos dados que nos permitam formular hipóteses, planejar a bateria de testes e, posteriormente , interpretar com maior precisão os dados dos testes e da entrevista final.A correlação entre que o paciente ( e seus pais) mostra na primeira entrevista, e o que aparece nos testes e o que surge na entrevista de devolução,oferece um importante material diagnostico e prognostico.
Critérios para se interpretar na entrevista inicial
Tipo de vínculo
A transferência e contratransferência
A classe de vínculos que estabelece com outros
Ansiedades predominantes
Condutas defensivas
Aspectos patológicos e adaptativos
Diagnóstico e prognóstico 
Os objetivos da entrevista inicial
Perceber uma primeira impressão e ver se ela se mantém
A linguagem corporal
A roupa
Considerar a forma de verbalização
O que, como, quando
O ritmo
Estabelecer a coerência entre o verbalizado e a linguagem não verbal
Planejar bateria de testes
Elementos a utilizar
Seqüência 
Ritmo 
Estabelecer um bom rapport para reduzir os bloqueios e paralisações
Captar o tipo de vínculo e como o sentimos
Quanto à entrevista inicial inclui os pais captar o vínculo que une o casal
Avaliar a capacidade dos pais de elabora a situação diagnóstica
Verificar o motivo da consulta 
Entrevista Devolutiva
É o sexto momento do processo psicodiagnostico : a entrevista de devolução de informação.Pode ser somente uma ou várias.Geralmente é feita de forma separada:uma com o individuo que foi trazido como protagonista principal da consulta e outra com os pais e o restante da família.Se a consulta foi iniciada como familiar,a devolução e nossas conlusões também será feita a toda a família.Esta ultima entrevista esta impregnada pela ansiedade do paciente , da sua família e também pelo psicólogo que realizou , especialmente nos casos complexos.O profissional irá gradualmente aventando suas conclusões e observando as reações que estas produzem nele ou nos entrevistados .A dinâmica usada deve favorecer o surgimento de novos materiais.Assim como evitamos o tédio no inquérito da primeira entrevista , evitaremos também agora transformar a transmissão de nossas conclusões em um discurso que não de espaço para que o interlocutor inclua suas reações.Ao contrario , as mesmas serão de grande utilidade para validar ou não nossas conclusões diagnosticas.A devolução pode ocorrer com uma técnica lúdica que se alterne com a verbal.
Transferência / Contratransferência
Transferência: No plano inconsciente, têm-se os fenômenos de transferência e de contratransferência.O primeiro é experienciado pelo paciente ao se relacionar, no aqui e agora da situação diagnóstica, com o psicólogo, não como tal, mas como figura de pai, irmão, mãe. A contratransferência verifica-se no psicólogo na medida em que assume papéis na sua tarefa, conforme os impulsos de seus padrões infantis de figuras de autoridade ou outros padrões primitivos de relacionamento. O fenômeno transferencial não tem um caráter só positivo ou negativo. Na situação de psicodiagnóstico, observam se ocorrências de transferência na necessidade do paciente de estar agradando, de se sentir aceito pelo psicólogo, como, por exemplo, nos pedidos de horário e acerto financeiro especiais. Podem verificar-se situações transferenciais, envolvendo sentimentos competitivos A resistência do paciente à tarefa também se constitui em uma forma de transferência
Contratransferência: Em termos de fenômeno contratransferencial,o psicólogo pode ficar dependente do afeto do paciente, deixando-se envolver por elogios, presentes, propostas de ajuda; É fundamental que o psicólogo esteja sempre alerta à contratransferência, no sentido de percebê-la e entendê-la como um fenômeno normal, buscando dar-se conta de seus sentimentos, não permitindo que eles atuem no processo psicodiagnóstico. Por outro lado, os sentimentos contratransferenciais
podem ser considerados adequados na medida em que possibilitam que o psicólogo perceba o inconsciente do paciente.
Sinais / Sintomas
Sinais: comportamentos observáveis, achados objetivos. 
Sintoma: são experiências do sujeito, são por ele sentidos 
Enquadre
O enquadre pode ser mais estrito, mais amplo, mais permeável ou mais plástico, conforme as diferentes modalidades do trabalho individual ou conforme as normas da instituição na qual se trabalhe. Varia de acordo com o enfoque teórico que serve como marco referencial predominante para o profissional, conforme a sua formação. A idade do paciente também influi no enquadre escolhido. É impossível trabalhar sem um enquadre, mas não existe um único enquadre. Enquadre inclui não somente o modo de formulação do trabalho mas também o objetivo do mesmo, a freqüência dos encontros, o lugar, os horários, os honorários e, principalmente, o papel que cabe a cada um. Segundo Bleger, o enquadre seria o fundo ou a base, e o processo analítico (nós o chamaríamos de processo psicodiagnóstico), a imagem do que, unindo ambos os conceitos (enquadre e processo) configuraria a situação analítica. O enquadre seria o fator constante, o que não é processo. O processo seria aquilo que é variável, o que se modifica. Isto é o que explica de que forma vai se desenvolvendo o processo terapêutico. No caso de um psicodiagnõstico podemos fazer uso destes conceitos. A situação não é a analítica. Mas, da mesma forma, precisamos observar o indivíduo para fazer um diagnóstico correto. Devemos ter certeza de que aquilo que surgir será material do paciente (variáveis por ele introduzidas) e não nosso. Em síntese: 
O enquadre vem anteriormente a qualquer início do processo de psicodiagnóstico. Neste momento é preciso: esclarecer os papéis (psicólogo e paciente); esclarecer os lugares e onde as entrevistas serão realizadas; esclarecer o horário e duração do processo; e esclarecer os honorários.
A maneira com que se vai trabalhar; 
Os limites e regras de um trabalho;
O enquadre depende do grau de patologia, da idade, ou seja, do caso em si (e isso vale para demandas externas); É impossível trabalhar sem um enquadre, mas não existe um único enquadre. 
O enquadre inclui honorários, horários, duração, faltas, data de pagamento, etc.
Processo Compreensivo
A idéia de um processo de tipo compreensivo decorreu da necessidade de uma designação bastante abrangente, que abarcasse a multiplicidade de fatores em jogo na realização de estudos de casos, tal como a encontramos hoje n nosso meio. Leva em conta a natureza específica da tarefa diagnóstica; 
Considera a necessidade do emprego de referenciais múltiplos, a fim de evitar a unilateralidade que se encontra nos demais processos; 
É ponto de confluência de uma visão totalizadora do indivíduo. 
É processo abrangente das dinâmicas intrapsíquicas, intrafamiliares e sócio-culturais, como forças e conjuntos de forças em interação, que resultam em desajustamentos individuais, tendo presente os dinamismos de desenvolvimento e maturação do indivíduo, tanto do ponto de vista do desajustamento quanto da normalidade 
Às vezes, de conformidade com o que requeira a situação, a avaliação pode enfatizar determinados aspectos (intelectual, psicomotor, emocional) sem perder de vista o indivíduo como todo. 
A descrição da forma pela qual um tipo de processo diagnóstico é estruturado ajuda-nos a fazer ideia mais clara a respeito do mesmo. 
O processo de tipo compreensivo tem seus fatores estruturantes: são aqueles que lhes imprimem características e identidade próprias, distinguindo-o dos demais tipos. 
No caso do processo diagnóstico de tipo compreensivo encontramos, comumente associados em um mesmo estudo de caso, os seguintes principais fatores estruturantes: 
1. Objetivo de elucidar o significadodas perturbações: um dos principais fatores estruturantes é a importância dado pelo psicólogo ao esclarecimento do significado dos desajustamentos que ocasionaram a procura pelo atendimento psicológico. Compromisso do profissional por uma compreensão profunda das queixas: explicação das perturbações e dos motivos inconscientes que as mantêm.
2. Ênfase na dinâmica emocional inconsciente: a estruturação do processo diagnóstico de tipo compreensivo requer a familiarização do profissional com a abordagem psicanalítica dos fenômenos mentais. 
O profissional deve estar apto a reconhecer os fenômenos inconscientes que incluem, principalmente, a dinâmica encoberta dos conflitos, a estrutura e a organização latentes da personalidade. 
Necessita também adotar o referencial psicanalítico para o conhecimento da dinâmica familiar, uma vez que o jogo de forças que opera nas relações familiares é, em grande parte, de natureza e a dinâmica do funcionamento do ambiente da criança e a interação criança-ambiente. 
3. Considerações de conjunto para o material clínico: o psicólogo interessado em estruturar um diagnóstico psicológico do tipo compreensivo realiza um levantamento exaustivo de dados e informações, abrangendo os múltiplos aspectos da personalidade do paciente, do ambiente familiar e social deste, e da interação entre outros fatores, enfim, de tudo o que interessa ao esclarecimento dos problemas que demandaram a busca de atendimento. 
- observações, entrevistas, resultados de testes psicológicos e de outras técnicas de investigação, fatores da personalidade de psicólogo que são utilizados para compreensão clínica (impressões, sentimentos, pensamentos, etc), conteúdos do material clínico, de teorias e referenciais.
4. Busca de compreensão psicológica globalizada do paciente: operação que atinge o paciente em sua totalidade. 
Balanceamento geral das forças e fraquezas; 
Funcionamento, organização e estruturação da personalidade; 
Estruturas psicológicas e disfunções dinâmicas; 
Traços de caráter; 
Distinção entre estruturas neuróticas e psicóticas. 
Considera-se as forças intrapsíquicas, intrafamiliares e sócio-culturais.
5. Seleção de aspectos centrais e nodais: discernir quais dados são significativos para compor o estudo de caso, de modo a exigirem uma escolha seletiva. 
Focaliza os aspectos essenciais, separando-os dos incidentais. 
Discriminar os aspectos mais graves e examiná-los à luz de conhecimentos psicológicos atualizados. 
Levantar e descrever os principais focos de angústia e fantasias inconscientes que provocam desajustamentos emocionais, bem como os mecanismos defensivos utilizados pelo indivíduo.
6. Predomínio do julgamento clínico: o julgamento clínico é consequência natural da permissão que o psicólogo se concede de usar os recursos de sua mente para avaliar os dados de um caso, e é o que decide, em última instância, sobre a importância e significado dos dados. 
O modelo diagnóstico de tipo compreensivo não dispensa o uso e testes psicológicos objetivos; coloca-os a serviço do julgamento clínico.
7. Subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico: a estruturação do processo diagnóstico fica subordinada à forma de pensamento que se realiza em cada caso clínico. Isto significa que, ao invés da existência de um prévio processo diagnóstico relativamente uniforme e imutável para todos os casos, o que realmente encontramos é uma grande flexibilidade para enfocar e tratar das situações mentais emergentes. 
Cada caso clínico permite que ocorra pelo menos uma forma de pensamento a ele relativa.
8. Prevalência do uso de métodos e técnicas de exame fundamentados na associação livre: no processo de tipo compreensivo, ocupam lugar de destaque a entrevista clínica, a observação clínica, os testes psicológicos, técnicas de investigação clínica da personalidade. 
Técnicas mais usadas: jogo de Rabiscos, observação lúdica ou Hora do Jogo, Procedimento de Desenhos-Estórias.
Além dos fatores referidos, a estruturação do processo diagnóstico de tipo compreensivo é influenciada e pode ser estudada a partir dos seguintes aspectos: 
a.Como uma forma de relação do psicólogo com o seu trabalho; 
b.Como uma forma de relação psicólogo-paciente; 
c.Como um leque de finalidades práticas; 
d.Como um posicionamento epistemológico do psicólogo 
e.Como um sistema de referenciais múltiplos 
Psicodiagnóstico / Psicoterapia
Psicodiagnostico: Situação bipessoal de duração limitada, com o objetivo de conseguir uma descrição e compreensão mais profunda possível, da personalidade e da psicodinâmica do paciente ou grupo familiar
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO:
Institucionalmente configura papéis bem definidos.
Com contrato:Alguém pede ajuda (o paciente);O outro (o psicólogo) aceita seu pedido e se compromete a satisfazê-la na medida de suas possibilidades;É uma situação bipessoal (psicólogo – paciente ou psicólogo – grupo familiar);De duração limitada;
Objetivo: conseguir uma descrição e compreensão, o mais profunda e completa possível, da personalidade total do paciente ou do grupo familiar.
Enfatiza um aspecto em particular, segundo sintomatologia e as características da indicação (se houver);
Abrange os aspectos passados, presentes (diagnóstico) e futuro (prognóstico) dessa personalidade;
Para alcançar tais objetivos utiliza certas técnicas:
Entrevista semidirigida,
Técnicas projetivas,
Entrevista de devolução

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