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Cap 80

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Cap 80 – Funções reprodutivas e hormonais masculinas (e a função da gld pineal)
Funções reprodutivas masculinas: espermatogênese, desempenho do ato sexual masculino e regulação das funções reprodutivas masculinas por hormônios. 
Anatomia fisiológica dos órgãos sexuais masculinos
O testículo é formado por túbulos seminíferos (fabricam o espermatozóide) O esperma é despejado no epidídimo ( canal deferente. Este se alarga e forma a ampola do canal deferente, antes da gld prostática. O conteúdo da ampola, somado ao das 2 vesículas seminais, passa para o ducto ejaculatório (onde desembocam os ductos prostáticos vindos da gld prostática), que deságua na uretra interna. A uretra possui muco das glds uretrais e bulbouretrais (de Cowper). 
Espermatogênese
Células germinativas primordiais migram para os testículos (formação do embrião) e viram espermatogônias. Elas iniciam as divisões mitóticas na puberdade. Ela ocorre nos túbulos seminíferos como resultados do estímulo por hormônios gonadotrópicos que começam aos 13 anos. Estágios:
Espermatogônia migra entre as células de sertoli e torna-se mais alargada ( espermatócitos primários. 
Divisão meiótica ( 2 espermatócitos secundários ( se dividem ( espermátides ( espermatozóides.
Dos 46 cromossomos, 23 vão para uma espermátide e 23 para outra. Cada uma carrega um cromossomo que determina o sexo da prole: X – esperma feminino / Y – esperma masculino. 
A espermiogênese ocorre por alongamento da espermátide. Cada sptz terá uma cabeça (núcleo, membrana plasmática e citoplasma) e uma cauda (flagelo composto por: esqueleto central de microtúbulos, ou axonema, membrana celular recobrindo-o, mitocôndrias na porção proximal do axonema – o corpo da cauda). Além disso, há o acrossomo, formado por AG e contém enzimas proteolíticas e hialuronidase (permitem penetração no óvulo). 
Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese
Testosterona – secretada pelas células de leydig, no interstício do testículo – crescimento e divisão
LH (hormônio luteinizante) – estimula células de leydig a secretar testosterona
FSH (h. folículo estimulante) – estimula células de sertoli, indispensáveis para a espermiogênese
Estrógenos – formados a partir da testosterona nas células de sertoli, essenciais para a espermiogênese
GH – promove divisão precoce da espermatogônia (ausência = infertilidade)
Maturação do sptz no epidídimo
Quando entra, não é móvel e não pode fertilizar. Desenvolve capacidade de mobilidade após horas, mas permanece inibido por ptns inibitórias até depois da ejaculação. 
Estocagem do sptz
Pouco no epidídimo e maioria no ducto deferente. São mantidos no estado inativo por muito tempo. Após ejaculação maturam, tornando-se móveis e “fertilizantes”. Essa maturação é auxiliada pelo líquido nutriente da célula de sertoli e epitélio do epidídimo, contendo hormônios, nutrientes, enzimas, etc.
Fisiologia do sptz maduro
↑Atividade em meio neutro ou ligeiramente alcalino (sêmen) e em altas temperaturas. Deprime-se no meio ácido e tem sua vida reduzida também pela alta temperatura. Ou seja, sobrevive pouco tempo no trato genital feminino. 
Função das vesículas seminais
Secreta material mucoso com frutose, ácido cítrico, substâncias nutritivas, prostaglandinas e fibrinogênio. Aumenta o volume do sêmen. As prostaglandinas auxiliam na fertilidade (reage com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo, e induzindo contrações peristálticas reversas no útero e trompas, movendo os sptz). É o último líquido a ser ejaculado e serve para impulsionar os sptz pelo ducto ejaculatório e uretra. 
Função da próstata
Secreta líquido fino, leitoso, com cálcio, íon citrato, íons fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrolisina. A cápsula da próstata se contrai, eliminando o líquido no canal deferente. Ele é levemente alcalino para neutralizar a acidez do canal, dos outros líquidos seminais e das secreções vaginais. A enzima coaguladora faz com que o fibrinogênio forme um coágulo de fibrina que segura o sêmen nas regiões profundas da vagina. O coágulo é dissolvido pela fibrinosina e o sptz desenvolve mobilidade. 
Sêmen
Ejaculado no ato sexual, composto de sptz (10%), líquido das vesículas seminais (60%), próstata (30%) e das glds mucosas. O pH é 7,5 e a aparência leitosa deve-se ao líquido prostático, assim como a consistência, aos líquidos seminais e das glds mucosas. 
Capacitação do sptz
Mudanças que ativam o sptz, permitindo a fertilização:
Líquidos das trompas e uterina arrastam os fatores inibitórios que suprimem a atividade do sptz.
Ao mover-se para cima na cavidade uterina afastam-se das vesículas de colesterol. Elas são presentes nos túbulos seminíferos e adicionam colesterol à membrana do acrossomo, fortalecendo-a. Quando esse colesterol é perdido, a membrana da cabeça torna-se mais fraca.
Membrana dos sptz torna-se mais permeável ao cálcio, aumentando a atividade do flagelo e promovendo liberação das enzimas do acrossomo. 
Enzimas do acrossomo
A hialuronidase despolimeriza os polímeros de ac. hialurônico no cimento intercelular que junta as células granulosas ovarianas. Já as enzimas proteolíticas digerem ptns estruturais. Fertilização: o esperma dissolve a camada granulosa para alcançar a zona pelúcida. Nessa, o sptz liga-se a ptns receptoras e libera enzimas pela dissolução do acrossomo. A cabeça entra e as membranas se fundem. O material genético se combina. 
Somente um sptz penetra
Após ter penetrado, cálcio difunde-se para dentro e libera, por exocitose, grânulos corticais do oócito para o espaço perivitelínico, permeando a zona pelúcida e impedindo a ligação de sptz adicional. 
Ato Sexual Masculino
Estímulo neuronal
A massagem da glande do pênis estimula o sistema de órgão terminal sensorial ( sinais sensoriais pelo nervo pudendo ( plexo sacral ( região sacral da medula espinhal ( cérebro. (a função cerebral não é necessária, já que o ato sexual é resultado de mecanismos reflexos inerentes integrados na medula sacral e lombar). 
Também podem vir de áreas adjacentes (epitélio anal, saco escrotal, estruturas perineais) ou de estruturas internas (uretra, bexiga, próstata, vesícula seminal, testículo e canal deferente), já que uma das causas do impulso sexual é o preenchimento dos órgãos sexuais com secreções. 
Estímulos psíquicos podem ↑ ou ↓a habilidade do ato sexual. Pensamentos ou sonhos (emissões noturnas). 
Estágios do ato sexual
Ereção peniana (parassimpático)
Proporcional à estimulação. Impulsos da região sacral da medula ( nervos pélvicos ( pênis. Fibras liberam, além de acetilcolina, óxido nítrico, que relaxa artérias penianas e as trabéculas no tecido erétil dos corpos cavernosos e esponjosos. Esses sinusóides sem sangue permitem que o fluxo arterial flua, e as veias são parcialmente ocluídas. A camada fibrosa espessa mantém uma ↑pressão, e o pênis se torna duro e alongado. 
Lubrificação (parassimpático)
Secreção mucosa pelas glds uretrais e bulbouretrais que flui pela uretra. Porém, a maior parte da lubrificação é pela mulher. O intercurso não lubrificado produz sensação de dor e irritação, ↓a excitação sexual.
Orgasmo masculino: (simpático) – estímulo sexual muito intenso ( centros reflexos da medula ( plexos nervos hipogástrico e pélvico ( órgãos genitais ( inicia a emissão.
Emissão
Contração do canal deferente e ampola, da camada muscular da próstata, das vesículas seminais ( força sptz para frente. Líquidos se misturam na uretra interna com o muco das glds = sêmen.
Ejaculação
Enchimento da uretra interna ( sinais sensoriais pelos nervos pudendos ( região sacral da medula ( sensação de plenitude e contrações rítmicas dos órgãos genitais internos e músculos ( contração da base do tecido erétil ( ejaculação. Ao mesmo tempo, contrações dos m. pélvicos causam a propulsão do pênis e da pélvis, propelindo o sêmen para dentro dos recessos mais profundos da vagina. 
Resolução – excitação sexual desaparece e a ereção cessa (1 a 2 minutos)
Testosterona e outros hormônios
Secreção,metabolismo e química
Os testículos secretam androgênios (testosterona, diidrotestosterona e androstenediona). A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig. São inexistentes na infância e ↑no recém-nascido e adulto. Podem ser secretados em ↓qtd por outros locais (adrenais e ovários) e formam-se a partir do colesterol ou da Acetil-CoA. 
A testosterona liga-se pouco a albumina e bastante à globulina ligada ao hormônio sexual. Nos tecidos pode ser convertida em diidrotestosterona, já que algumas ações dependem dessa conversão. O restante é convertido rapidamente em androsterona e desidroepiandrosterona, conjugada com glicuronídeos ou sulfatos. É eliminada no intestino ou na urina. Há ↓ formação de estrogênio, mas tem ↑[líquido dos túbulos seminíferos] e formação no fígado de androstanediol a partir da testosterona. 
Funções da testosterona
Durante o desenvolvimento fetal 
Os testículos são estimulados pela gonadotrofina coriônica a produzir qtds moderadas de testosterona. Na 7ª semana, o cromossomo Y estimula a secreção de testosterona pela saliência genital recém-desenvolvida e, posteriormente, pelos testículos fetais ( induz a formação do pênis, saco escrotal e dos órgãos genitais masculinos, suprimindo a dos femininos. Além disso, estimula a descida dos testículos para o saco escrotal. 
Características sexuais adultas primárias e secundárias
Formação de pêlos – sobre o púbis, ao longo da linha alba, face, tórax e menos freqüente em outras partes, como costas. Os pêlos de outras partes ficam mais abundantes.
Calvície – reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça. Porém, é resultado da herança genética e, sobreposta à ela, da grande quantidade de hormônios androgênicos. 
Voz – produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe.
↑Espessura da pele e acne – também ↑rigidez dos tecidos subcutâneos, além da taxa de secreção das glds sebáceas do corpo. Adolescência (adaptação aos níveis do hormônio).
↑Formação de ptns
Desenvolvimento da musculatura após a puberdade. Esse anabolismo protéico interfere na pele e na voz. 
Aumenta a matriz óssea / retenção de cálcio
Ossos crescem mais espessos e depositam qtds adicionais de sais de cálcio, aumentando a matriz óssea. Tem efeito específico na pelve: estreita a passagem, alonga-a, forma afunilada e aumenta a força para suportar pesos. A altura fica menor do que em homens castrados (epífise se une com a parte longe precocemente).
Aumenta metabolismo basal – pelo anabolismo protéico (↑enzimas), o que aumenta atividade celular.
Aumenta número de hemácias – pelo aumento da taxa metabólica.
Equilíbrio hídrico e eletrolítico – ↑reabsorção de Na+ nos túbulos distais, ↑Volemia e ↑LEC
Mecanismo intracelular de ação
Um dos órgãos mais afetados é a próstata. A testosterona entra nas células prostáticas, onde é convertida pela 5α- redutase em diidrotestosterona, que se liga à ptn receptora. O complexo migra pro núcleo, se liga a proteína nuclear e induz a transcrição do DNA. Consequentemente, há ↑síntese de ptn. Também há ↑ DNA e células prostáticas. Há efeito no anabolismo de ptns em todo o corpo, mais das ptns das características masculinas. 
Controle das Funções Sexuais 
O controle começa com o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelos neurônios do núcleo arqueado do hipotálamo. Ele estimula a hipófise anterior a secretar 2 hormônios gonadotrópifos: hormônio luteinizante (LH), que estimula a secreção de testosterona, e h. folículo-estimulante (FSH), que estimula a espermatogênese.
GnRH – a intensidade do estímulo é determinada pela freqüência do ciclo de secreção e pela quantidade de GnRH liberado em cada ciclo. Hormônio liberador de LH. 
LH – secreção cíclia, acompanha o padrão de GnRH. Secretado pelas gonadotropos, assim como FSH. Ambos são glicoptns e agem sobre tecidos-alvo com o sistema de segundo mensageiro (AMPc). 
FSH – regulado ligeiramente pelas flutuações em GnRH e muda seu padrão em resposta as alterações a longo prazo de GnRH. 
Testosterona – as células intersticiais testiculares, na infância, evoluem para células de Leydig funcionais pelo LH. Ele também estimula essas células maduras a produzirem testosterona. 
Inibição de LH e FSH – feedback negativo
A testosterona inibe a secreção de LH, por efeito direto no hipotálamo, ↓GnRH ( ↓LH, FSH e testosterona 
Espermatogênese
FSH liga-se a receptores nas células de sertoli nos túbulos seminíferos. Elas crescem e secretam substâncias espermatogênicas. A testosterona, que se difunde para os túbulos, também estimula a espermatogênese. 
Atividade dos túbulos seminíferos – feedback negativo
Quando aumenta a produção de sptz, o FSH diminui. Isso ocorre porque as células de sertoli também produzem o hormônio inibina, que atua diretamente na hipófise anterior, inibindo-a, além do efeito discreto no hipotálamo. Opera simultaneamente e em paralelo com a testosterona. 
Fatores psicológicos
Sistema límbico do cérebro pode afetar a secreção de GnRH pelo hipotálamo. 
Gonadotropina coriônica
É secretada pela placenta e, se o bebê for homem, estimula a produção de testosterona pelos testículos (=~ LH), promovendo a formação dos órgãos sexuais masculinos. 
Puberdade
Durante a infância o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH. Parece que qualquer hormônio esteroidal inibe essa secreção. Na puberdade a secreção de GnRH supera a inibição infantil 
Climatério Masculino
Os hormônios gonadotrópicos são produzidos pro resto da vida e ↓espermatogênese continua até a morte. A ↓funções sexuais começa aos 40, 50 anos e as relações devem terminar aos 68 anos. Esse declínio é pela redução de testosterona e associa-se a ondas de calor, sufocação e distúrbios psíquicos, como a menopausa.

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