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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________, ESTADO DE __________. Processo nº __/__ GEORGE, já qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, por não se conformar com a r. Sentença de fl. X. Requer o recebimento e processamento do presente, com as anexas razões recursais. Nestes termos, Pede deferimento. Local e data Advogado _________________ OAB. Nº _________ RAZÕES DE APELAÇÃO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, DO ESTADO DE ______ Processo nº __/__ Comarca de __________ Apelante: George Apelado: Justiça Pública do Estado de _______ DOUTO PROCURADOR, COLENDA CÂMARA. A r. Decisão de fl. X, não traz aos autos a correta e eficaz aplicação da Justiça, conforme será demonstrado pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos: 1. DOS FATOS. O réu foi denunciado por homicídio qualificado, sob a acusação de ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boate. Quando citado, apresentou sua defesa e no depoimento das testemunhas de acusação não houve esclarecimentos sobre os fatos alegados. O Parquet requereu a condenação do acusado pedido que foi acolhido pelo magistrado, condenando o réu a 15 (quinze) em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP) 2. DO DIREITO. 2.1. PRELIMINARES. Importante ressaltar, inicialmente, que a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LV, assegura a todo acusado o contraditório e a ampla defesa, com todos os meios e os recursos inerentes. Assim, a omissão do advogado de defesa em relação a apresentação das alegações finais, evidencia-se o cerceamento de defesa, tendo em vista que ninguém pode ser condenado sem que os atos essenciais de defesa no processo sejam apresentados. Posto isso, não há de se caracterizar o exposto no artigo 565 do Código de Processo Penal, visto que no momento da omissão, era de responsabilidade do magistrado a nomeação ad hoc de um defensor público para que houvesse a apresentação das alegações finais. Dessa forma, resta demonstrado a ofensa do princípio do contraditório e ampla defesa, dando causa a nulidade suscitada no artigo 564, IV do Código de Processo Penal. Conforme consolidado pelo Supremo Tribunal Federal, na súmula 523 “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”. 2.2 DO MÉRITO. a) Da absolvição por insuficiência de provas Conforme se depreende dos autos, em fase de instrução foi realizada a oitiva de testemunhas da acusação que não conseguiram demonstrar a evidência de qualquer indício que indicasse a autoria do acusado. Dessa forma, faz-se necessário a absolvição do réu, com base no artigo 386, inciso VII, Código de Processo Penal. Ocorrendo a reforma da r. Sentença para que seja declarada a absolvição do acusado, visto que não existem provas suficientes para sua condenação. Assim, a dúvida deve levar, necessariamente, à absolvição, em apreço à constitucional presunção de inocência, a menos que haja robusto conjunto probatório a elidi-la. Contudo, não é o que ocorre nos autos, sendo manifesta a insuficiência probatória. Assim, imprescindível a absolvição do apelante da acusação do delito de furto qualificado, conforme previsão do Código de Processo Penal, artigo 386, inciso VII. 3. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) Seja o presente recurso conhecido e provido, sendo anulada a r. Sentença de fl. X., com fulcro no inciso IV, do artigo 564, do Código de Processo Penal e súmula 523 do STF, conseguinte o retorno dos autos à vara de origem, para que seja assegurado ao acusado o direito de apresentar alegações finais. b) Subsidiariamente, seja o réu absolvido, ante a insuficência de prova para condenação, com fulcro no art. 386, VII do Código de Processo Penal. c) Finalmente, caso não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer-se a substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos, aplicando o artigo 44, III do Código Penal. Local e data Advogado _________________ OAB nº _________
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