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CASOS PROCESSO PENAL 2 casos

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CASOS PROCESSO PENAL 2
AULA 01: Teoria Geral da Prova
CASO CONCRETO:
(Magistratura Federal / 2 Região) Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz está convencido da veracidade do que está narrado na mencionada carta. Pergunta-se: como deve proceder o magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da Constituição Federal ? Justifique a sua resposta.
R: Deve aceitar a prova, posto que não existem direitos e garantias individuais que sejam absolutos. Havendo conflito aparente entre mandamentos constitucionais, há que se fazer uma ponderação para decidir qual deles aplicar. Nesse sentido, o direito a liberdade e a presunção da inocência devem prevalecer sobre o mandamento constitucional que veda provas obtidas por meios ilícitos. 
AULA 02: Provas em espécie
CASO CONCRETO:
O juiz criminal responsável pelo processamento de determinada ação penal instaurada para a apuração de crime contra o patrimônio, cometido em janeiro de 2010, determinou a realização de importante perícia por apenas um perito oficial, tendo sido a prova pericial fundamental para justificar a condenação do réu.  
Considerando essa situação hipotética, esclareça, com a devida fundamentação legal, a viabilidade jurídica de se alegar eventual nulidade em favor do réu, em razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito.
R: Antes da reforma do CPP a lei exigia que a perícia fosse realizada por dois peritos oficiais sob pena de nulidade, entretanto atualmente o art. 159, CPP exige apenas um 87perito oficial, não mais se aplicando a súmula 361 do STF, razão pela qual não merece prosperar a alegação da defesa.
AULA 03: Classificação dos Atos Jurisdicionais
CASO CONCRETO:
Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador de que tinha a precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o computador pertencia a uma entidade central de direito público e que Mévio desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o magistrado entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por condenar Mévio nas penas do artigo 312 c/c art. 327, CP. Inconformada, a defesa interpôs recurso de apelação sustentando a violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5, LIV e LV da CF). Com base nisto, responda: O recurso da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta.
R: No caso ocorre “Mutatio Libelli’’ , pois há adição/alteração dos fatos. De acordo com o artigo 384, CPP, ele deveria ter remetido ao MP para o aditamento da denúncia e posteriormente aberto o prazo á defesa, para assim proferir sentença. O recurso da defesa deve prosperar devido a violação dos princípios da ampla defesa , devido processo legal e correlação.
AULA 04: Atos de Comunicação Processual
CASO CONCRETO:
Proposta ação penal aonde se imputa a prática de crime de estupro a réu preso em outra unidade da federação, o juiz natural, analisando a inicial, recebe a mesma e determina a citação do denunciado para que o mesmo compareça a audiência de interrogatório designada para 30 dias após. A citação foi realizada considerando que o réu está em local incerto e não sabido, aplicando assim a Súmula 351, STF. Na data marcada, o réu não comparece e o juiz decreta a revelia, nomeando Defensor Público para defesa. Com base nisto, responda: O procedimento utilizado pelo juiz encontra-se em compasso com o ordenamento jurídico? Fundamente a sua resposta.
R:Com base no art° 353 do CPP, a citação do réu preso em outra unidade da federação, deveria ter sido feito por carta precatória, pois o réu encontra-se preso, portanto não estava em local incerto e sabido. Ainda de acordo com o art°360 do CPP, o réu, quando preso, deverá ser citado pessoalmente.
AULA 05: Procedimento Comum Ordinário e Sumário
CASO CONCRETO:
Em denúncia pela prática de crime de homicídio culposo, que teve como base da materialidade o laudo de exame cadavérico, a acusada é citada e apresenta resposta através de seu advogado constituído, recebendo o juiz a inicial após esta fase. Como a acusada residia em outro estado da federação, o juiz expediu carta precatória para que a mesma fosse interrogada. Cumprido a precatória, designou audiência de instrução e julgamento que teve a participação de advogado dativo, ante a ausência da defesa, apesar de devidamente intimada e, ao final, o juiz condena a acusada considerando as provas testemunhais sobre a materialidade e autoria. Intimada da sentença, a acusada interpõe recurso argüindo nulidade do procedimento a partir do recebimento da inicial. Com base nisto responda: O argumento da defesa deve ser julgado procedente? Fundamente a sua resposta, apontando eventuais violações à princípios constitucionais:
R: Com advento da lei 7.719/08 que alterou o procedimento comum no CPP, reforçou a ideia de que o interrogatório funciona também como meio de defesa, a reforma inserida no art°400 CPP, fixou regras para a colheita de prova testemunhal, devendo o interrogatório ser realizado no final da AIJ, sob pena de nulidade.
AULA 06:
Daniele Duarte, fazendeira de vultosas posses, em virtude de uma viagem de longa data que fará para o exterior, resolve deixar, no terreno de seu vizinho Sandro Santos , sem o conhecimento deste, 2 (dois) cavalos da raça Mangalarga para que o vizinho os cuidasse. Todavia, Sandro Santos percebeu que os referidos animais acabaram danificando toda sua coleção de orquídeas raras, gerando assim evidente prejuízo econômico. Ante o exposto, Sandro comunicou o fato à autoridade policial circunscricional e uma vez lavrado o termo respectivo, foi encaminhado ao Juizado Criminal competente. Durante a primeira audiência, e presentes ambas as partes, não foi possível a conciliação entre as mesmas. Com base nos fatos apresentados, responda, de forma justificada: No caso em tela, é possível o oferecimento de transação penal?
R:O crime em tela e o do art° 164 CP, (introdução ou abandono de animais em propriedade alheia) crime este cuja a ação penal será privada.
Assim, a discursão no presente caso, se limita a possibilidade de cabimento de transação penal nos crimes de ação penal privada.Embora haja entendimento minoritário no sentido de interpretar literalmente o art°76 da lei 9.099/96, o entendimento majoritário e pela aplicação analógica do referido artigo ao crimes que se procede mediante queixe, pois a faculdade de transacionar em matéria penal, se estende ao ofendido titular da queixa crime, pois somente a ela caberia transacionar em matéria penal, devendo o MP, nesses casos somente opinar
AULA 07
Gisela Mocarsel está sendo processada por crime de calúnia praticado na presença de várias pessoas (artigo 138 c/c 141 III, ambos do CP). O ofendido / querelante, regularmente intimado para audiência de conciliação (artigo 519 CPP), não comparece de forma injustificada. Pergunta-se:
a) Qual a consequência da referida ausência injustificada do querelante? 
Segundo entendimento majoritário na doutrina e conforme preconiza o art. 60, inc. III do Código de Processo Penal, a ausência do querelante de forma injustificada importará extinção da punibilidade do agente pela perempção. No entanto há entendimento em sentido contrario, pautando-se no argumento de que o não comparecimento do querelante demonstra o seu desinteresse em buscar a reconciliação desejando assim a continuação do processo. 
b) E se a ausência fosse da querelada?
Quanto a querelada, se esta não comparece a audiência de reconciliação, demonstra tão somente o seu desinteresse em fazer acordo. Portanto, neste caso, deverá prosseguir a ação penal, sem qualquer sanção para a querelada.
AULA 08: Procedimento no Tribunal do Júri - Primeira Fase (Juízo de Admissibilidade)
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com queCaio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial.
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? ;
R: Incompetência do juízo, uma vez que, Caio praticou homicídio culposo, pois agiu com culpa consciente, na medida que, embora tenha previsto o resultado, acreditou que o evento não fosse ocorrer, em razão da sua perícia.
 b) Qual pedido deveria ser realizado? ; 
R: Pedido de desclassificação, da imputação para homicídio culposo e declínio da competência, conforme previsto do art° 419 CPP
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser dirigida?
R: Caberá recurso, em sentido estrito (art° 581, IV CPP) A petição será endereçada ao próprio juiz que denunciou o acusado e as razões serão endereçadas ao tribunal.
AULA 9
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado por 4X3. Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta: R: A defesa poderá alegar a nulidade do julgamento, com base na súmula 206 do STF, Ainda que se considera que essa nulidade seja relativa, no caso apresentado a nulidade será absoluta porque o réu condenado por 4x3 e o prejuízo ficou evidente. Desta forma, não pode servir no conselho quem tiver tomado parte, como jurado, em julgamento anterior, inclusive de có-réu.
AULA 10
(Ministério Público – PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta.
R: Conforme entendimento do STF, em observância ao princípio constitucional da ampla defesa, a intimação deve ser feita em face do réu e também de seu defensor constituído, contando-se o prazo a partir daquela que ocorreu em último lugar. Assim, no caso em tela, se a última intimação se deu em 09/05 (sexta-feira), o prazo final para o oferecimento da apelação “cinco dias” seria dia 16/05 (sexta-feira), sendo portando tempestivo.
AULA 11
Caso Concreto 1
(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro:
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.
I. indique o recurso cabível;
R: Recurso em sentido estrito (art.581, IV CPP) Prazo de interposição 5 dias 
II. o prazo de interposição;
R: O prazo da interposição é de 5 dias (Art. 586, CPP).
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido.
R: Desclassificação de crime consumado para tentado, já que a ação de Pedro não deu origem a morte de José. Cuida-se na hipótese de com causa a absolutamente independente pre existente ‘’ art° 13 CP
AULA 12
Descrição Em 11/1/2008, Celso foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 213, CP. Regularmente processado, foi condenado a uma pena de 6 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Somente a defesa recorreu da decisão e, logo após a interposição do recurso, Celso fugiu da prisão. Considerando essa situação hipotética, mencione 
qual foi o recurso interposto pela defesa (mencionar também dispositivo legal pertinente) 
R: Foi interposto a apelação, da sentença cabe apelação. Art. 593
 b) qual a possibilidade de conhecimento e julgamento do recurso interposto em face da fuga de Celso. 
 R: Após a reforma do CPP, que revogou o art. 594 e art° 595 do CPP, não é hipótese de deserção o fato do acusado fugir após a interposição do recurso, isto porque estaria ofendendo o princípio da presunção de inocência, do devido processo legal e da ampla defesa, no qual somente admite a prisão preventiva quando presente os requisitos do art° 312 do CPP 
AULA 13
Mefistóteles foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova de instrução e julgamento), dia 03/06/2011 (sexta-feira), pergunta-se: 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da 
contradição? 
R: Embargos de declaração, para afastar a contradição, previsão legal art. 382 CPP 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
R: Exclui o dia do começo, o prazo é de 2 dias, sendo o prazo máximo 07/03 (começa na segunda) 
c) Sendo uma decisão condenatória, qual a data máxima para interposição de recurso de 
apelação, considerando a interposição do i nstrumento citado no item a acima? 
R:Os efeitos dos embargos de declaração será interruptivo, aplicando por analogia o art. 538 do CPC, sendo assim, o prazo do recurso de apelação será utilizado por completo de 5 dias após a intimação da decisão que julgou os embargos de declaração. (os embargos de declaração no JECRIM, o prazo é de 5 dias, e os efeitos são suspensivos)
AULA 14 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, C P). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seriajuridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
R: A vedação constante no paragrafo único do art. 626 do CPP, diz respeito tanto a refortio in pejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena exasperada tendo em vista que seria incabível revisão criminal pro societate. 
AULA 15 
(OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168 -A do Código Penal. No curso do aludido procedimento investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o crime de sonegação fiscal, uma vez que deixara de recolher ICMS relativamente às operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao ICMS. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelos 
Crimes previstos nos artigos 168-A do Código Penal e 1º, I, da Lei 8.137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera 
sumariamente?
PROCESSO PENAa) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera
R: Caberia habeas corpus, uma vez que não ha previsão de recurso contra a decisão que não absolverá sumariamente o acusado, sendo cabível ação mandamental, conforme estabelece o art. 647 e seguintes do CPP. No presente caso não caberia recurso em sentido estrito, uma vez que o enunciado da questão não traz qualquer informação acerca da fundamentação utilizada pelo magistrado, face ao indeferimento expresso de reconhecimento da extinção da punibilidade em relação 
ao INSS. 
b)A quem a impugnação deve ser endereçada? 
R: O Habeas Corpus deverá entrar no TRF da respectiva região em que o processo está tramitando. 
c) Quais fundamentos devem ser utilizados? 
R: Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito, quanto ao delito previsto no art. 168 A. CP, e, após, restando apenas acusação pertinente a sonegação de tributo de natureza estadual, incompetência absoluta, em razão da matéria. A sum. vinculante n. 24 do STF, estabelece que a discussão do pagamento do tributo na esfera administrativa impede a propositura da ação penal
AULA 16 
(OAB) Em 22 de julho de 2008, Caio foi condenado à pena de 10 (dez) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, pela prática, no dia 10 de novembro de 2006, do crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Iniciada a execução da sua pena em 7 de janeiro de 2009, a Defensoria Pública, em 10 de fevereiro de 2011, requereu a progressão do cumprimento da sua pena para o regime semiaberto, tendo o pedido sido indeferido pelo juízo de execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria necessário o cumprimento de 2/5 da pena. Considerando ter sido procurado pela família de Caio para advogar em sua defesa, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a Fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Qual(is) o(s) meio(s) de impugnação da decisão que indeferiu o pedido da Defensoria Pública? 
R: Agravo em execução penal. Art. 197 LEP. Prazo 5 dias, sum. 700 STF. Adota o 
procedimento do recurso em sentido estrito. 
b) Qual(is) argumento(s) jurídico(s) poderia(m) ser usado(s) em defesa da progressão de regime de Caio?
R: Tendo em vista que a norma que alterou as regras relativas a progressão de regime possui natureza penal e mais gravosa ao réu, não pode retroagir de modo a abarcar fatos anteriores. No caso, o delito foi praticado antes da edição da lei, devendo, em consequência, ser aplicada a fração de 1/6 para a progressão de regime.

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