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Físico Química I 23/05/2012 FísicoQuímicaI Gases Arquimedes Typewriter Arquimedes Typewriter Estados agregados da matéria � Gases, Líquidos e Sólidos: diferentes graus de empacotamento � O termo “estado” tem diferentes significados em química. O “estado físico” identifica uma condição específica da matéria descrita em termos de sua forma física (gasosa, líquida ou sólida), volume, pressão, temperatura e quantidade de substância O conceito de estado de um sistema e Equação de Estado � Um estado de um sistema independe de como o mesmo foi atingido. Por exemplo, 100g de NaCl puro a 1atm e 250C está em um estado termodinâmico bem determinado, independente de como o mesmo esta amostra foi preparada. � Propriedades de um sistema: São aqueles atributos físicos percebidos pelos sentidos ou feitos perceptíveis por certos métodos experimentais de investigação. � Estado de um sistema: Um sistema está em um estado definido quando cada uma de suas propriedades tem um valor definido. Em outras palavras, o estado de qualquer amostra pode ser especificado pelos valores de suas propriedades físicas. � Quantas e quais são as propriedades físicas necessárias para se especificar completamente o estado de uma substância pura? � Um fato experimental importante que se verifica na natureza é que os valores das propriedades físicas que caracterizam um estado não são independentes entre si. Isto ocorre para todas as substâncias, e pode ser resumido dizendo-se que uma substância obedece a uma “Equação de Estado: p=f(n,V,T). � As equações de estado da maioria das substâncias não são conhecidas, de modo que não é possível escrever a relação matemática entre as propriedades que definem um estado. Entretanto, a equação de estado dos gases a baixas pressões é conhecida, simples e extremamente útil. � A equação de estado dos gases ideais pode ser obtida a partir de um conjunto de leis empíricas. O conceito de estado de um sistema e Equação de Estado Estado Gasoso � Propriedades comuns a todos os gases � Apesar das diferentes propriedades químicas, os gases tendem a seguir o mesmo conjunto de leis físicas (lei dos gases), particularmente a baixas pressões. � Um gás se expande rapidamente para preencher todo o espaço disponível (volume do recipiente) � baixa densidade Estado Gasoso � Propriedades comuns a todos os gases � Um gás se expande rapidamente para preencher todo o espaço disponível (volume do recipiente) � baixa densidade � Alta compressibilidade (o ar ao nível do mar é comprimido pelo peso do ar que está acima)� �Baixa densidade �Alta compressibilidade Sugerem que as moléculas dos gases estejam amplamente espaçadas e em movimento caótico incessante. �A pressão de um gás age igualmente em todas as direções em um recipiente. Como constatar isso?? Coleta de gases sobre a água �É comum sintetizar gases e coletá-los através do deslocamento de um volume de água. �Para calcular a quantidade de gás produzido, precisamos fazer a correção para a pressão parcial devida ao vapor da água. �O vapor presente no espaço acima de qualquer líquido sempre contém um pouco de vapor do líquido, e este exerce sua própria pressão. Coleta de gases sobre a água �Para o gás coletado sobre a água: Ptotal = Pgás + Págua Pgás(seco) = Ptotal - Págua Coleta de gases sobre a água Pgás(seco) = Ptotal - Págua Pressão – Introdução � A pressão de um gás A pressão exercida por um gás se deve às colisões que as moléculas fazem com as paredes do recipiente. Cada colisão faz com que se manifeste uma força instantânea. A pressão uniforme é resultado do comportamento médio destas colisões. A FP = Pressão – Introdução � A pressão atmosférica � Pressão exercida pelo peso de uma coluna de ar que vai até o limite da atmosfera – ao nível do mar ~ 105 N/m2 (~1atm). Pressão e o barômetro �A pressão atmosférica pode ser medida com um barômetro. �Se um tubo (não muito fino!) é inserido em um recipiente de mercúrio aberto à atmosfera, o mercúrio subirá 760 mm no tubo. � A pressão atmosférica padrão é a pressão necessária para suportar 760 mm de Hg em uma coluna. � Unidades: 1atm = 760mmHg = 760torr = 1,01325x105Pa = 101,325 kPa. �Unidades SI: 1 N = 1 kg m/s2; 1Pa = 1 N/m2. Pressão e o barômetro � A altura da coluna de mercúrio é proporcional à pressão externa (atmosférica) e é medida com um barômetro. �A altura da coluna tem relação com a igualdade entre a pressão na base da coluna (pressão hidrostática) e a pressão externa (atmosférica). � Válida para qualquer líquido e não apenas para uma coluna de mercúrio. Por que se utiliza Hg?? P = F A = m g A = d V g A = d hA g A = d gh Pressão e o Manômetros � Manômetros: Instrumento utilizado para medir a pressão de gases contidos em vidrarias fechadas (importante para o estudo de reações químicas envolvendo gases)� � Um manômetro de Hg consiste de um bulbo de gás preso a um tubo em forma de U contendo Hg: � Se Pgas < Patm então Pgas + Ph = Patm. � Se Pgas > Patm então Pgas = Ph + Patm. � OBS.: O manômetro também pode ser de extremidade fechada. É mais conveniente para a medição de baixas pressões. Outros tipos de manômetros � Tubo de Bourdon: Dispositivo mecânico que consiste de um tubo curvo com uma seção transversal elíptica, com uma extremidade conectada ao local onde a pressão vai ser medida e a outra conectada a um ponteiro, através de um mecanismo. � Quando um fluido sob pressão preenche o tubo a seção elíptica tende a se tornar circular, e o tubo é tensionado. Este movimento é transmitido pelo mecanismo ao ponteiro. � Por construção, o tubo de Bourdon mede a pressão relativa ao ambiente em volta do instrumento (pressão atmosférica). Consequentemente, o ponteiro está no zero quando o interior e o exterior do tubo estão à mesma pressão. Outros tipos de manômetros � Outros tipos de propriedades que dependam da pressão podem ser utilizadas para a medição de pressão. � Uma classe bastante importante de sensores utilizam o efeito piezoelétrico: determinados sólidos cristalinos geram carga elétrica quando são deformados. Os transdutores de pressão piezoelétricos têm uma resposta em frequência muito mais rápida que aquela das unidades de diafragma, e são muito mais adequados para altas pressões, mas em geral não são tão sensíveis quanto os transdutores do tipo diafragma. � Outro tipo de sensor emprega um diafragma que se extende/contrai como resposta a uma diferença de pressão, alterando uma indutância, resistência ou capacitância. Relação volume-pressão: Lei de Boyle � Lei de Boyle: O volume de uma quantidade fixa de gás é inversamente proporcional à sua pressão. 1V P ∝ 1V = c PV = c P → � Um gráfico de V versus P é uma hipérbole. Relação volume-pressão: Lei de Boyle � Um gráfico de V versus P é um hipérbole. �Da mesma forma, um gráfico de V versus 1/P deve ser uma linha reta passando pela origem. Qual a vantagem desta última representação?? Relação volume-pressão: Lei de Boyle � A lei de Boyle é razoavelmente bem obedecida para a maioria dos gases, desde que: (i) Baixas pressões (P << 10atm)� (ii) Altas temperaturas (T >> 200K)� Se estas condições não forem satisfeitas, o gás está se aproximando da liquefação. Relação volume-pressão: Lei de Boyle � Aplicação Relação volume-pressão: Lei de Boyle (?)� Relação volume-temperatura: Lei de Charles � Lei de Charles: O volume de uma quantidade fixa de gás à pressão constante aumenta com o aumento da temperatura. água gelada água quente Relação volume-temperatura: Lei de Charles � Lei de Charles: Umgráfico de V versus T é uma linha reta. V=c'T V T∝ �Quando T é medida em oC, a reta toca o eixo da temperatura em -273,15oC. �Esta extrapolação define a temperatura absoluta, em uma nova escala de temperatura Kelvin, definida como 0K (-273,15oC). Relação volume-temperatura: Lei de Charles �Massas diferentes de um mesmo gás ou gases diferentes. Lei de Charles: Escalas de Temperatura �A lei de Charles estabelece que V aumenta linearmente com T, o que pressupõe ser possível medir T. ( )0V= V 1+kΘ �V0: Volume no zero da escala de temperatura; �Θ: Temperatura em uma escala arbitrária; �k: constante. �O conceito qualitativo de temperatura dever ser substituído por uma definição quantitativa, através da introdução de escalas de temperaturas. �A lei de Charles pode ser utilizada para se definir escalas de temperatura: � O volume do gás é utilizado como uma propriedade termométrica 0 1 V Θ= 1 k V − � A escala de temperatura Celsius é definida de modo que a temperatura de 0oC corresponde à do ponto de congelamento da água e de 100oC à do ponto de ebulição. Ambos são medidas a 1 atm. � Na escala Celsius temos que: o 1 o 1k 0,0037 C 273 C − = = Lei de Charles: Escalas de Temperatura �Pode-se utilizar um líquido para estabelecermos uma escala de temperatura. Porém, líquidos diferentes fornecem resultados ligeiramente diferentes, exceto nos pontos de calibração, pois as equações de estado são diferentes para cada amostra de líquido. � A escala de temperatura absoluta: obtida a partir da relação entre Temperatura e Volume. Lei de Charles: Escalas de Temperatura ( )0 0 1 +Θ kV= V 1+kΘ =V 1 k 11 2 2 1 +ΘV k = 1V +Θ k 1 = 273 k onde: �Por outro lado, gases diferentes (no limite da idealidade) fornecem resultados semelhantes nos pontos intermediários, podendo ser utilizados para definir tal escala. � Definindo-se a nova escala: Lei de Charles: Escalas de Temperatura 11 2 2 1 +ΘV k = 1V +Θ k 1 = 273 k onde: oT K 273+Θ C/ /= Tem-se a “escala Kelvin”, onde T é a “temperatura absoluta” ou “temperatura na escala termodinâmica” � Na escala Kelvin, a relação entre V e T, para uma determinada quantidade de gás sob pressão constante, assume uma forma mais simples: V 1 V 2 = T 1 T 2 V T = co n s ta n te Lei de Charles: Escalas de Temperatura � O volume de um gás (ideal) diminui à medida que a temperatura absoluta diminui, tornando-se zero no limite em que T tende a zero Kelvin. Assim, a temperatura mais baixa possível corresponde a 0K≈- 273oC, pois uma temperatura ainda menor corresponderia a um volume negativo. � Na realidade nenhum gás tem o comportamento ideal em temperaturas próximas de 0K, de modo que o zero da escala absoluta é obtido por extrapolação. �Este problema é resolvido definindo-se a “Escala Internacional de Temperatura Prática”, na qual o zero absoluto é a “temperatura mais baixa possível. 0 / K = − 2 73 ,15 o C�exa to� V T = co n s ta n te Lei de Charles: Escalas de Temperatura � Explicação molecular para a Lei de Charles: V T = co n s ta n te � Reside no aumento da velocidade média das moléculas do gás ao elevarmos a temperatura. As moléculas passam a colidir com mais freqüência e maior impacto, exercendo maior pressão sobre as paredes do recipiente. P=c''TP T∝ Relação pressão-temperatura: Lei de Gay-Lussac �Lei de Gay-Lussac: A pressão de uma determinada quantidade fixa de gás à volume constante aumenta com o aumento da temperatura. �A lei de Avogadro de volumes combinados: a uma determinada temperatura e pressão, os volumes dos gases que reagem são proporções de números inteiros pequenos. Relação quantidade-volume: Lei de Avogadro �De uma forma geral, relações molares entre reagentes e produtos em uma mesma reação química podem ser expressos por frações inteiras (balanceadas): 2 de H2(g) + 1 de O2(g) fornecem 2 de H2O(g). �Quando os reagentes e produtos são gases, as relações entre os volumes dos mesmos são igualmente simples. Relação quantidade-volume: Lei de Avogadro � Principio de Avogadro: Se as razões entre o número de mols e volumes são iguais, para reações envolvendo gases, é de se esperar que volumes iguais de gases possuam o mesmo número de moléculas. Mesmo número de moléculas ≡ Mesmo número de mols � Lei de Avogadro: O volume de gás a uma dada temperatura e pressão é diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás. � Consequência importante do Princípio de Avogadro: � Podemos determinar a estequiometria de reação envolvendo gases simplesmente estudando as mudanças de volumes. Relação quantidade-volume: Lei de Avogadro � Lei de Avogadro: � Volume molar padrão: Volume de um mol de gás nas CNTP (T=273,15K e P=1atm) -> Vm = 22,4L Relação quantidade-volume: Lei de Avogadro � Lei de Avogadro: � Volume molar padrão: Volume de um mol de gás nas CNTP (T=273,15K e P=1atm) -> Vm = 22,4L Lei dos gases ideais �Considere as três leis dos gases: �Lei de Boyle: 1V P ∝ (n e T constantes) � � Lei de Charles: V T∝ (n e P constantes) � � Lei de Avogadro: V n∝ (P e I constantes) � �R: constante dos gases: PV 1,00atm 22,4LR = = nR 1,00mol 273,15K ∗ ∗ [ ][ ] 1 1R 0,00821 L atm mol K− − = Lei dos gases ideais �Outros valores para R: �Como R é obtido? (i) A partir da relação R=(PV)/(nT), a baixas pressões. (ii) A partir da constante de Boltzmann, R=NAk (iii) A partir da medida de velocidade do som, que depende R. Lei dos gases ideais � Lei dos gases ideais: PV = nR T �Equação de Estado: as quatro variáveis (P, V, n e T) não são independentes. A quarta depende das outras três. �É uma lei limite, exata apenas no limite em que p ���� 0. �Verifica-se que todos os gases obedecem a esta relação de maneira aproximada, e os desvios se tornam menores para pressões menores. Lei dos gases ideais �Lei dos gases ideais: PV = nR T �Determinação da massa molecular a partir da lei dos gases ideais. n = PV R T (número de mols a partir de P,V,T)� n = m a ssa m a ssa m o lecu lar = m M m M = PV R T M = m V R T P = d R T P Lei Dalton das pressões parciais �Uma vez que as moléculas de gás estão tão separadas, podemos supor que elas comportam-se independentemente. �A Lei de Dalton (aditividade das pressões): em uma mistura de gases (ideais)a pressão total é dada pela soma das pressões que cada componente exerceria se estivesse sozinho no recipiente de volume V a uma temperatura T: L+++= 321total PPPP = V RT nP ii�Cada gás obedece à equação ideal dos gases: ( ) +++= V RT nnnP L321total Lei Dalton das pressões parciais �O volume de um gás isolado, ou de cada um dos gases numa mistura, é igual ao de seu recipiente. A presença de outros gases não altera o volume disponível de um gás. Lei Dalton das pressões parciais �Fração Molar: Razão entre o número de mols do componente i da mistura e o número total de mols. i i total nX = n total 1 2 3 n = n +n +n +L �Fração molar de gases a partir de pressões parciais n i= P iV R T = P i C ► O número de mols de uma gás em uma mistura de gases é diretamente proporcional à pressão do gás. i i 1 2 3 PCX = PC+P C+P C+L X i= P i P t ot al P i= X i P t ota l �A constante C é a mesma para todos os gases da mistura, logo: Lei de Amagat (aditividade dos volumes) dos volumes parciais �O volume de uma mistura gasosa é igual à soma dos volumes que seus componentes teriam na temperatura e pressão da mistura. V t ota l=∑V i V i= n i R T P t ot al �Para gases ideais, a Lei de Amagat segue diretamente da Lei de Dalton: �Geralmente a Lei de Amagat é mais exata que a Lei de Dalton, pois os Vi's são calculados na temperatura e pressão da mistura. P t o tal=∑ n i R T V = n t o ta l R T V V = n t o tal R T P t o tal = ∑ n i R T P t ota l =∑ V i Lei de Dalton Lei de Amagat �Para gases ideais estas duas leis são idênticas, e levam aos mesmos resultados.
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