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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXX Processo n°... MATHEUS, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem pelo SEU ADVOGADO, apresentar: RESPOSTA PRELIMINAR De acordo com o artigo 396 do Código de Processo Penal, em razão a acusação feita pelo Ministério Público. DOS FATOS E FUNDAMENTOS No mês de Agosto de 2016 em dia não determinado, Matheus dirigiu-se à residência de sua namorada para assistir um jogo de futebol na companhia da mesma. Uma vez que já eram namorados, a situação resultou em conjunção carnal entre eles. Os dois já namoravam há algum tempo, com consentimento dos familiares, uma vez que a mãe e avó materna do suposto réu tinham ciência da relação e sabiam que a relação mantida entre o réu e a suposta vítima era consentida. Insta salientar que nem a suposta vítima nem seus familiares quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, agido por conta própria. Uma vez que o réu em questão não tinha conhecimento da deficiência mental da suposta vítima, com base nos depoimentos prestados, assim, se excluindo o dolo, de acordo com o artigo 20 do Código Penal, tendo ocorrido erro sobre o elemento constituído do tipo legal. Nesse sentido, manifestam-se os professores Antônio García-Pablos de Molina e Luiz Flávio Gomes, in verbis: “Se a culpabilidade conta com três requisitos, qualquer causa que afaste um deles, consequentemente, elimina a própria culpabilidade. As principais são: doença mental, embriaguez completa e fortuita (essas afastam a imputabilidade, isto é, a capacidade de entender e de querer – em tese – as proibições jurídicas em geral); erro de proibição inevitável e discriminante putativa fática inevitável (que afetam a consciência da ilicitude do fato concreto); e coação moral irresistível, obediência hierárquica e inexigibilidade de conduta diversa como causa supralegal de exclusão da culpabilidade (que eliminam a exigibilidade de conduta diversa).” (GOMES, Luiz Flávio. MOLINA, Antônio García-Pablos de. Direito Penal, V.2, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, pág.582) Desta forma, fica claro que os fatos descritos na exordial acusatória atribuídos ao acusado não são verdadeiros, sendo certo que o mesmo não praticou o crime imputado pelo Ministério Público. Como se sabe, somente pode o Juiz receber a denúncia quando há justa causa para a ação penal, um lastro probatório mínimo, inexistente no caso em tela. DO PEDIDO Dessa forma, requer o acusado à V. EXA., que se digne REJEITAR A DENÚNCIA do Ministério Público, SENDO CONSEDIDA A ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA, de acordo com o artigo 397 do Código de Processo Penal, uma vez que o mesmo não possuía conhecimento da elementar, devendo, por conseguinte, ser repelida a acusação, formulada pelo nobre órgão acusador. Caso Vossa excelência não entenda dessa forma, requer a intimação das pessoas abaixo arroladas, para que sejam ouvidas em juízo: 1- Olinda..... Endereço …. 2-Alda … Endereço … Nestes termos, Pede deferimento. Local e data Advogado …. OAB
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