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Aula 24 21 01

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 24– 21/01/15
Ectoparasitos
Os ectoparasitos espoliam sangue, podem transmitir TBT nos bovinos. Nome científico: Boophilus microplus (bovinos). 
Ciclo de vida: fase parasitária ocorre no corpo dos bovinos. Fase de vida livre: está a pastagem. A fêmea teleógena não alimenta no solo. A postura ocorre lentamente, com os ovos sendo colocados um a um. O órgão ovopositor fica muito próximo ao aparelho bucal. Passados dois ou três dias, termina a postura. Os ovos são globulares, envoltos por casca fina e rugosa, é delgada mas é forte. A eclosão dos ovos ocorre em aproximadamente 4 semanas. Larvas = micuins. Buscam as partes mais altas dos ramos. As larvas não se alimentam, vivem de reserva corporal provindo do ovo. Podem viver mais de 80 dias. A fase larval pode ser maior ou menor. Na época seca e mais fria, o tempo de eclosão chega a triplicar. As vacas leiteiras ao passarem por esses ramos, a larva se fixa. 
As larvas crescem até a idade adulta. O macho adulto anda pelo couro do animal parasitado procurando a fêmea. O macho se aloja abaixo da fêmea, de forma que ele se alimenta e copula ao mesmo tempo. A fase parasitária não sofre influencia da temperatura ou umidade. Desde que sobem até caírem na pastagem (fêmea), vai de 18 a 20 dias. ao cair no solo, fecha o ciclo quando a teleógena começa a postura junto a uma haste do capim. 
Regiões sudeste e centroeste, temperatura favorável aos carrapatos durante todo o ano. Região sul, no tempo frio é desfavorável. Nordeste: podem morrer dessecadas na pastagem. 
Erros típicos no controle de carrapatos: sistema estratégico de controle. O ciclo de vida se repete 3-4 vezes ao ano. O controle deverá ser feito ao longo do período de verão. Sobrando poucos carrapatos para as gerações seguintes (janeiro-março no Brasil central). Na região sul esse processo deve ser iniciado na primavera. No inverno, as populações de carrapato permanecerão muito baixas. 
Entre 15-20% do rebanho, sentem menos a irritação pelos parasitos, sendo que não se coçam muito, vão ser mais acometidas pelos carrapatos. São denominados animais de sangue doce. Esses animais contribuem com 50% dos carrapatos que fazem reprodução. 
Pulverização: banho do animal, para ser eficiente tem que ser bem feito. Muitas drogas necessitam de ter contato com o carrapato. Se é mal feito, não vai ter contato. Abaixo do pelo há formas evolutivas mais jovens. 
Bomba (capeta); câmara atomizadora (?); lava a jato (muito eficiente, coloca o produto dentro de uma bombona de plástico). 
Controle na pastagem: a população na pastagem é muito maior que nos animais, principalmente a população larval. 
Carrapaticidas de contato e sistêmico. Contato: pulverização, imersão, pour-on. Famílias químicas do contato: fosforados, amidiniocs, piretroides, fibronial e thiazolina. 
Sistêmicos: chegam aos carrapatos pelo sangue. Injeções ou pour-on. Famílias químicas: avermectinas (não podem ser usados em animais de lactação e bovinos de corte 30 dias antes do abate) e fluazuron. 
A utilização de um mesmo carrapaticida por mais de 2 anos geralmente leva a resistência, mesmo se as aplicações forem feitas de forma correta. Se as aplicações forem incorretas, a resistência ocorrerá mais rapidamente. A resistência se deve principalmente à redução da taxa de penetração do carrapaticida, armazenamento e excreção do produto químico, e taxa de excreção. A resistência geralmente ocorre para todas as drogas de um grupo. 
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Moscas do chifre: machos e fêmeas virgens ficam na região do cupim. Fêmeas fecundadas ficam nos posteriores e barriga, esperando o animal defecar, para fazer ovopostura. Não é tão problemático em vacas leiteiras, e sim gado de corte. 
Aplicar inseticida nos animais mais infestados. Manejo de fezes é importante. Introdução nas pastagens do besouro africano (rola bostas), que revolvem as fezes permitindo a morte das larvas. 
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Berne: vai ser tratado após observar a lesão. 
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Ixodidoses
CARRAPATOS
São ectoparasitos que necessitam do seu hospedeiro, e se alimentam de sangue. Prejuízos: dano mecânico, inflamação e hipersensibilidade, irritação, predisposição a miíases (soluções de continuidade), anemia e redução da produtividade. 
As secreções salivares podem causar paralisia: rompe sinapses de nervos motores na medula espinal; bloqueia junções neuromusculares; causa paralisia em bovinos e especialmente em cães. 
Transmissão de agentes patogênicos: Babesia, Anaplasma, etc. 
Há duas famílias importantes: Ixodidae e Argasidae. Os principais estão dentro da família Ixodidae. 
Rhipicephalus Boophilus microplus = bovinos. Amblyoma cajennense – equídeos. Dermacentor nitens – equídeos. Rhipicephalus sanguineus – cães. 
Rhipicephalus Boophilus microplus
É o carrapato do boi. No Brasil, encontrado em todos os estados. 
A temperatura influencia muito no período de ovoposição e incubação dos ovos. 
Na região sudeste e central, geralmente há 4 gerações de carrapatos. Já na região sul, há 3 gerações de carrapatos. 
O crescimento da brachiaria favorece o desenvolvimento larval, pois tem maior produtividade, crescimento estolonífero (touceira), forma microclima ideal. Pastagens nativas como Melinis minutiflora (capim gordura, folhas pilosas), tem crescimento cespitoso, ou seja, é mais aberto, permite a entrada dos raios solares. 
Não há inseticida para controle do carrapato em pastagem. Formigas são predadoras de ovos e larvas.
O carrapato tem alto potencial biótico, ou seja, alta efetividade reprodutiva. Boophilus microplus, cerca de 3000 larvas. O carrapaticida usado deve ter uma eficácia mínima de 95%. 
Nelores são muito resistentes aos carrapatos.

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