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Escola Democrática: Participação e Inclusão

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Uma escola democrática é uma escola que se baseia em princípios democráticos, em especial na democracia participativa, dando direitos de participação para estudantes, professores e funcionários. Esse ambiente de ensino coloca os alunos como atores centrais do processo educacional, os educadores participam facilitando as atividades de acordo com os interesses dos estudantes.
Outro aspecto importante de uma escola democrática é dar aos estudantes a possibilidade de escolher o que querem fazer com seu tempo. Os estudantes são livres para escolher as atividades que desejam ou que acham que devem fazer. Dessa forma aprendem a terem iniciativa. Eles também ganham a vantagem do aumento da velocidade e no aproveitamento do aprendizado, como acontece quando alguém está praticando uma atividade que é do seu interesse. Os estudantes dessas escolas são responsável pelo processo ensino aprendizagem e têm o poder de dirigir seus estudos desde muitos novos.
As escolas brasileiras em busca de um ensino de qualidade estão se espelhando em escolas democráticas já consolidadas, para inserir na cultura brasileira essa nova maneira de constituir a educação.
Uma das características marcante desse tipo de escola é o diálogo entre todos os envolvidos no processo: pais, educadores e estudantes se reúnem em uma Assembleia para conversarem sobre o que é necessário para a escola, desde o conteúdo na sala de aula, até se a escola precisa de pintura ou não, em algumas escolas até as crianças de dois anos participam desta reunião.
A escola democrática é diferente da escola tradicional. A primeira geralmente não está divida em séries e sim em ciclos, os alunos junto com os professores escolhem o que será aprendido. A outra é a escola que muitos de nós estudamos, ou estudou, onde as coisas simplesmente são impostas aos alunos, como se estes fosses um problema e não parte do processo. Nas escolas democráticas a relação com o conhecimento se baseia em que todos querem aprender sempre, e que obrigar alguém a aprender algo que ele não queira é desestimulá-lo a aprender.
Escutar o aluno, entender suas necessidades e o que deseja aprender, permitir que ele aprenda junto com os educadores e a comunidade escolar, decida qual o caminho que deve ser seguido, este é o segredo da educação democrática. As escolas democráticas pretendem ser espaços democráticos, de modo que a ideia de democracia também se estenda aos muitos papéis que todos desempenham nas escolas. Isso significa que os educadores, profissionais, assim como pais e a comunidade que está inserida a escola e outros cidadãos tenham o direito de estar bem informados de ter participação crítica na criação das políticas e programas escolares para si e para os jovens.
As escolas democráticas valorizam a diversidade de sua comunidade não as considera um problema. Essas comunidades incluem pessoas que refletem diferenças de idade, cultura, etnia, sexo, classe socioeconômica, aspirações e capacidades. Essas diferenças enriquecem a comunidade e o leque de opiniões que deve considerar. Separar pessoas de qualquer idade como base nessas diferenças ou usar rótulos para estereotipá-las são procedimentos que só produzem diferenças que diminuem a natureza democrática da comunidade. As comunidades das escolas democráticas são marcadas pela ênfase na cooperação e na colaboração, e não na competição.
Numa escola democrática não há barreiras educacionais, eliminam-se a formação de grupos com base na capacidade dos alunos, provas preconceituosas e outras iniciativas que tantas vezes impedem o acesso e permanências de todos na escola, proporcionando um ensino de qualidade para todos, sem exclusão. As escolas democráticas não procuram apenas amenizar a dureza das desigualdades sócias na escola, mas mudar as condições que a geram.
De acordo com Mantoan ( 2003) no Brasil começou a ser possível escolas democráticas a partir de 1996 com Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que possibilitou mudanças, pois cada escola tem autonomia para escolher sua maneira de trabalhar. Agora com o paradigma da inclusão essas escolas passam a ser não só uma utopia, mas a possibilidade de uma escola de qualidade que contemple a diversidade humana.
Lecionar nos anos iniciais é uma tarefa complexa e desafiante, visto que os professores trabalham com diferentes áreas do conhecimento, nem sempre sendo formados para exercer a docência com qualidade. Essa contingência merece ser repensada em nossos cursos de Pedagogia. O papel principal do professor dos anos iniciais, mencionado nos dados empíricos, é a formação integral da criança, com a ênfase para ensinar a ler, a escrever e a contar, que envolve as áreas de Língua Portuguesa e Matemática. A formação integral consiste em formar o aluno como sujeito crítico e questionador, discutir as questões sociais e a formação da cidadania, propiciar-lhe compreender a sociedade atual e atuar em sua transformação.
Ao nos depararmos com uma sala de aula, fatos como: excesso de conversas, falta de entrosamento, atenção, envolvimento, desrespeito, muitas vezes são fatos comuns acontecem geralmente ao mesmo tempo em que o educador ministra as aulas, o interesse e o prazer em adquirir conhecimentos diminuem consideravelmente ao tempo que os adolescentes avançam a idade escolar. Para que esse quadro possa ser mudado, é importante ter consciência de que a alegria nas instituições escolares não pode estar unida a espontaneidade ou a satisfazer as vontades dos alunos, esse comportamento poderá comprometer o trabalho do educador. É fundamental que o educador tenha métodos agradáveis e que as relações com seus alunos sejam amigáveis, faz-se necessário que haja uma renovação dos conteúdos de acordo com a cultura na qual o educando está inserido, pois esta será fonte de alegria. E sempre assegurar que a alegria tende a ser uma das qualidades imprescindíveis e que necessita ser debatida e instituída no contexto político pedagógico, pois tais práticas não se concretizam apenas a partir de ciências e técnicas.
O espaço pedagógico deve ser repleto de alegria, entretanto, os educandos precisam se conscientizar que a seriedade de estudar não deve ser confundida, e em hipótese alguma, deverá atrapalhar o desenvolvimento das atividades propostas. A alegria deve relacionar-se ao pensamento de que há possibilidade de adquirir conhecimentos e superar obstáculos.
O professor deve ser criativo e não depender somente do que já esta pronta, mas poder utilizar novas técnicas por ele elaboradas, sendo assim a diferença em sala de aula. Necessário é estar em constante aperfeiçoamento, buscando cada dia mais para evitar o tradicionalismo em sala de aula. Assim, é válido destacar que há necessidade que os educadores sejam criativos, pois assim haverá possibilidade de ministrar aulas a partir do domínio dos conteúdos e ter uma metodologia diversificada com capacidade de alcançar a todos sem distinção.
Referencias
BARRETO, E. S. Os desafios da avaliação nos ciclos de aprendizagem. Fórum de debates: progressão continuada- compromisso com a aprendizagem, São Paulo, p. 37- 45, jun. 2002. 
BRZEZINSKI, I. A formação do professor para o início da escolarização. 1987. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 1987. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

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