Buscar

TRAUMA ABDOMINAL

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

TRAUMA ABDOMINAL
Bárbara Almeida
Beatriz Caravalho
Fernanda Donin
Júlia d’Avila 
Júlia Meyer
Maria Eduarda Valgas
Suporte Básico da Vida
Prof. Fabiana Oenning
Prof. Nazaré Nazário
Sumário 
Introdução 
Anatomia
Fisiopatologia
Avaliação
Tratamento 
Considerações especiais 
1. Introdução
Lesão abdominal não reconhecida é a principal causa de morte evitável
Morte precoce devido a trauma abdominal decorre da perda massiva de sangue por conta de lesões (penetrantes ou contundentes). 
Deve-se considerar que o doente com choque inexplicado e lesão traumática no tronco tem uma hemorragia intra-abdominal.
PHTLS, 2016.
teste
3
Lesões não identificadas no:
 
Baço
Cólon
Fígado
Intestino Delgado
Estômago
Pâncreas
Podem gerar complicações e morte
PHTLS, 2016.
1. Introdução
A ausência de sinais e sintomas não descarta a possibilidade de trauma abdominal pois: 
O trauma pode levar tempo para de desenvolver.
A identificação é dificultada por nível de consciência alterado.
PHTLS, 2016.
1. Introdução
2. Anatomia
Abdômen: 
Principais órgãos:
 - Sistema digestivo 
 - Sistema endócrino 
 - Sistema urogenital
Principais vasos do sistema circulatório
PHTLS, 2016.
Limites:
Superior: Diafragma
Inferior: Ossos da pelve
Posterior: Coluna vertebral
Anterior: Músculos do abdômen
Lateral: Flancos
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
Divisão da cavidade abdominal (em relação ao peritônio)
Cavidade peritoneal: Localizada entre lâmina parietal e visceral. Contém líquido peritoneal.
Compreende: baço, fígado; vesícula biliar; estômago; partes do intestino grosso; maior parte do intestino delgado; órgãos reprodutores femininos
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
Espaço retroperitonial: área posterior ao peritônio
Compreende: rins; ureteres; veia cava inferior; aorta abdominal; pâncreas; parte do duodeno; cólon ascendente e descendente; reto 
PHTLS, 2016.
Observação: como esses órgãos não se encontram na cavidade peritoneal a lesão dessas estruturas não causa peritonite.
2. Anatomia
Divisão da cavidade abdominal (em relação ao peritônio)
Divisão do abdômen:
Toracoabdômen:
Parte mais superior do abdômen
Protegida por costelas, flancos e coluna vertebral
Contém:
- Parte do fígado
- Vesícula biliar
- Parte do baço
- Parte superior do estômago
- Lobos inferiores dos pulmões
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
Divisão do abdômen:
Toracoabdômen:
Por conta da localização das costelas, as mesmas forças que as fraturam também podem lesionar órgãos
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
Divisão do abdômen:
Toracoabdômen:
A relação dos órgãos abdominais com a porção inferior da cavidade torácica é alterada com o ciclo respiratório.
Os órgãos lesionados por trauma penetrante podem ser diferentes dependendo de qual fase a respiração estava o paciente quando foi lesionado.
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
Divisão do abdômen:
2. Abdômen entre caixa torácica e pelve:
Está protegido pelos músculos abdominais e outros tecidos moles da porção antero lateral.
Posteriormente, as vértebras lombares e os músculos paravertebral e psoas.
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
13
Divisão do abdômen:
3. Parte mais inferior do abdômen:
Está protegida em todos os lados pela pelve
Contém:
Reto
Parte intestino delgado
Bexiga urinária
Nas mulheres: órgãos reprodutores
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
Divisão do abdômen:
3. Parte mais inferior do abdômen:
A hemorragia retroperitoneal associada a uma fratura de pelve é uma grande preocupação nessa região da cavidade abdominal. 
PHTLS, 2016.
2. Anatomia
15
Divisão dos órgãos
Órgãos sólidos: fígado e baço
Vasos sanguíneos: aorta descendente, veia cava inferior
Órgãos ocos: intestino, vesícula biliar, bexiga urinária 
PHTLS, 2016.
3. Fisiopatologia
Sangram
Sangram e liberam o conteúdo (ácidos, enzimas, fezes, urina, bactérias)
Choque hemorrágico: causado pelo sangramento de órgãos ocos ou sólidos (principalmente).
Peritonite: causada pela liberação de ácidos, enzimas digestivas e bactérias do trato gastrointestinal.
Sepse: agravamento da peritonite 
3. Fisiopatologia
Observação: urina e bile normalmente são estéreis, logo, não causam peritonite com tanta rapidez
PHTLS, 2016.
 Choque séptico: Ocorre quando um agente infeccioso, como bactérias, vírus ou fungo, entra na corrente sanguínea de uma pessoa. Essa infecção afeta todo o sistema imunológico, desencadeando uma reação em cadeia que pode provocar uma inflamação descontrolada no organismo. Esta resposta de todo o organismo à infecção produz mudanças de temperatura, da pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e respiração.
URINA nao e esteril quando tem colecistite ou infeccao urinaria 
19
Trauma penetrante: Por armas brancas ou de fogo
Visualização mental da possível trajetória do objeto penetrante pode ajudar a identificar órgãos possivelmente lesionados
Lesões de alta velocidade tendem a criar mais lesões sérias devido aos espaços temporários maiores criados através de seus trajetos.
O trauma penetrante no dorso tem menor probabilidade de resultar em lesões do que ferimentos na parede abdominal anterior. 
PHTLS, 2016.
Lesões no abdômen
3. Fisiopatologia
Necessidade de intervenção cirúrgica em ferimentos por arma de fogo:
3. Fisiopatologia
Necessidade de intervenção cirúrgica em ferimentos por arma branca:
3. Fisiopatologia
Trauma fechado: 
Lesões por cisalhamento: Mudança brusca de velocidade, desloca uma estrutura ou parte do órgão, provocando sua laceração. 
Lesões por compressão: órgãos do abdômen ficam esmagados entre objetos sólidos 
 Aumento da pressão por compressão pode romper o diafragma
PHTLS, 2016.
Lesões no abdômen
3. Fisiopatologia
Avaliação primária:
O abdômen deve ser exposto e examinado quanto à evidência de traumas. 
Doentes com trauma abdominal geralmente apresentam via aérea pérvia.
Deve–se atentar para alterações importantes de circulação e respiração. 
PHTLS, 2016.
4. Avaliação
CONTUSOES: lesao sem fretura dos tecidos moles 
25
PHTLS, 2016.
Avaliação primária:
Choque inicial compensado: leve aumento na frequência respiratória. Ansiedade ou agitação.
Choque hemorrágico grave: taquipineia e taquicardia, hipotensão, pele pálida, fria e pegajosa. Depressão de seu estado mental
Observação: O choque hipovolêmico de origem não explicada é o indicador mais confiável de sangramento intra-abdominal
4. Avaliação
26
Histórico:
 Pode ser obtido pelo doente, por familiares ou por alguém que estava perto.
 Deve ser documentado no relatório de atendimento ao doente e repassado a unidade de destino.
 S: sinais vitais
 A: alergias
 M: medicamentos
 P: passado médico
 L: última ingestão de líquidos/alimentos
 A: ambiente
PHTLS, 2016.
4. Avaliação
Avaliação secundária
Colisão por veículo:
Posição do doente
Velocidade 
Uso de dispositivos de segurança   
Quantidade de sangue na cena
  
PHTLS, 2016.
Perguntas adaptadas ao tipo de lesão:
Lesão penetrante
Número de vezes que o doente foi baleado ou esfaqueado
Distância da qual o doente foi baleado
Tipo de arma
4. Avaliação
28
INSPEÇÃO: abdômen é examinado quanto a lesões de tecidos moles e distensão
Suspeitar de lesão intra-abdominal quando há trauma de tecido mole sobre o abdômen, flancos ou costas.
Sinal do cinto de segurança: equimose ou abrasão consequente da compressão
PHTLS, 2016.
4. Avaliação
Sinais Grey-Turner e Cullen indicam sangramento retroperitoneal. 
Contorno do abdômen: liso ou distendido? 
INSPEÇÃO
4. Avaliação
AUSCULTAÇÃO:
Íleo: quadro no qual a peristalse do intestino cessa (abdômen quieto)
Se forem ouvidos sons de intestino no tórax durante a auscultação da respiração, pode ter ocorrido ruptura do diafragma.
PHTLS, 2016.
4. Avaliação
31
PALPAÇÃO: 
Para identificar áreas de sensibilidade
Inicia numa área que o doente não se queixe e depois deve-se
apalpar cada quadrante. 
PHTLS, 2016.
Palpação profunda ou agressiva deve ser evitada em abdômen lesionado
4. Avaliação
Área sensível:
Defesa voluntária: tensão dos músculos 
2. Defesa involuntária: rigidez
ou espasmos dos músculos da 
parede abdominal em resposta à peritonite.
Sensibilidade abdominal na palpação ou ao tossir (pode ser localizada ou generalizada) 
Defesa involuntária
 
Sons do intestino reduzidos ou ausentes
PHTLS, 2016.
4. Avaliação
Diagnóstico de Peritonite
33
Em suma:
Indicadores principais do trauma:
Sinais evidentes de trauma (lesões e ferimentos)
Choque hipovolêmico sem causa óbvia
Grau de choque maior do que pode ser explicado por outras lesões 
Sinais se peritonite
PHTLS, 2016.
4. Avaliação
PHTLS, 2016.
5. Tratamento
 Reconhecer a presença de possíveis lesões.
 Iniciar rápido transporte para a unidade hospitalar.
 Uma intervenção cirúrgica precoce é a chave para a sobrevivência de um doente instável com trauma abdominal.
Objetivos:
 Durante o transporte:
Identificar anormalidades nas funções vitais
Assistir ventilação conforme necessário
Administrar oxigênio suplementar, mantendo saturação em 95%
Controlar hemorragia externa com pressão direta ou curativo com pressão
Obter acesso intravenoso para a administração de fluídos cristalóides 
PHTLS, 2016.
5. Tratamento
Doente com trauma abdominal quase sempre precisam de transfusão e intervenção cirúrgica para controlar hemorragia interna e reparar lesões.
Doentes devem ser transferidos para unidades que tenham capacidade cirúrgica imediata
PHTLS, 2016.
5. Tratamento
Tratamento sem intervenção cirúrgica
Baço, fígado e rim 
 - Doente que não apresenta choque hipovolêmico ou peritonite.
 - Deve ficar em observação 
 
PHTLS, 2016.
5. Tratamento
6. Considerações especiais
Objeto Empalado:
Ambiente pré-hospitalar
Contraindicada a remoção ou movimentação 
Estabilizar o objeto
Na presença de sangramento, aplicar pressão direta em volta do objeto 
Ambiente hospitalar:
Avaliação radiográfica
Reposição de Sangue
Remoção do objeto
PHTLS, 2016.
Evisceração
Manter o ambiente úmido com solução salina 
Cobrir com curativo estéril
Não tentar recolocar os órgãos na cavidade abdominal
PHTLS, 2016.
6. Considerações especiais
Trauma na doente obstétrica:
O socorrista deve ter consciência de estar lidando com dois ou mais doentes
Levar em consideração as alterações anatômicas e fisiológicas
Deve-se ficar atento a lesões hemorrágicas no útero. 
6. Considerações especiais
Quais as alteracoes anatomicas e fisiologias?
41
Hipotensão:
 Na posição supina por conta da compressão da veia cava
Manobras para aliviar a hipotensão supina:
Decúbito lateral esquerdo
Elevação da perna direita
Deslocamento manual do útero
PHTLS, 2016.
6. Considerações especiais
Dispinéia leve: 
Diafragma elevado 
Geralmente a doente está em posição supina
Vomito e aspiração subsequente:
Peristalse mais lenta durante a gestação e, consequentemente, o risco de vomito é maior 
Toxemia (eclampsia): 
Alterações no estado mental e convulsões
PHTLS, 2016.
6. Considerações especiais
Avaliação:
Sinais vitais
Desobstrução das vias aéreas 
Função pulmonar
Genitália externa deve ser verificada quanto a presença de sangramento
A condição do feto quase sempre depende da condição da mãe
Contrações podem indicar o início de um parto prematuro 
PHTLS, 2016.
6. Considerações especiais
Observação: a frequência cardíaca aumenta ao longo da gestação em 15 à 20 batimentos/minuto.
Tratamento:
Garantir uma via aérea adequada acessível.
Auxiliar a função ventilatória.
Deve ser administrado oxigenio suficinte para manter a leitura do oxímetro em 95% ou mais.
Fazer uma ressuscitação de qualidade da doente é a chave para a sobrevivência da mãe e do feto.
PHTLS, 2016.
6. Considerações especiais

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando