Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE RUMINANTES Msc. Daniela Junqueira de Queiroz REVISÃO ANATÔMICA • Narinas • Coanas • Seios paranasais • Faringe • Laringe • Traqueia • Brônquios principais • Brônquios segmentares • Bronquíolos • Alvéolos RINITE • Inflamação da mucosa nasal • Normalmente está associada à inflamação de outras partes do sistema respiratório • Clinicamente Secreção nasal Espirros ETIOLOGIA • Presente na maioria das pneumonias bacterianas e virais – pouca importância • Bovinos BVD, FCM, Peste bovina – rinite ulcerativa Rinotraqueíte infecciosa bovina, Adenovírus 1, 2 e 3, Vírus sincicial respiratório Rinosporidiose (fungos) Schistosoma nasalis Rinite atópica (alérgica) ETIOLOGIA • Ovinos Melioidose (Pseudomonas) Febre catarral dos ovinos (doença da língua azul) Ectima contagioso Varíola ovina Oestrus ovis Rinite atópica (alérgica) SINAIS CLÍNICOS • Graus variados de coriza Início: serosa Mucosa Infecção bacteriana: purulenta • Eritema, erosões, ulcerações – uni ou bilateral • Espirros – estágios iniciais • Sibilos e crepitações durante a inspiração EXAMES LABORATORIAIS • Swabs nasais Detecção de bactérias, corpúsculos de inclusão de fungos Rinite alérgica: eosinófilos • Biópsia da mucosa nasal • Endoscopia: inspeção visual das lesões TRATAMENTO • Específico para cada afecção • Tratamento sintomático Remoção do exsudato das narinas Mucolítico Expectorante Casos graves!! Broncodilatador PNEUMONIA • Inflamação do parênquima pulmonar • Normalmente é acompanhada de inflamação dos bronquíolos – broncopneumonia • Quase sempre acompanhada de pleurisia • Clinicamente Alterações na FR, sons anormais Toxemia – pneumonias bacterianas PNEUMONIA ETIOLOGIA • Complexa – doença multifatorial • Vírus, bactérias, fungos, parasitas, agentes físicos e químicos VIA DE PENETRAÇÃO • via aerógena – maioria • via hematógena – pneumonia pura PNEUMONIA ETIOLOGIA • Complexa – doença multifatorial • Vírus, bactérias, fungos, parasitas, agentes físicos e químicos VIA DE PENETRAÇÃO • via aerógena – maioria • via hematógena – pneumonia pura CAUSAS INFECCIOSAS BOVINOS Chlamydia sp. Escherichia coli Haemophilus somnus Pasteurella haemolytica Pasteurella multocida Actinomyces pyogenes Mycoplasma sp. Bactérias CAUSAS INFECCIOSAS BOVINOS Vírus sincicial respiratório bovino Vírus Vírus da Parainfluenza tipo III Vírus da BVD Vírus da IBR Verminose pulmonar: Dictyocaulus viviparus CAUSAS INFECCIOSAS OVINOS Vírus sincicial respiratório Adenovírus Verminose pulmonar: Dictyocaulus filaria Vírus CAUSAS INFECCIOSAS OVINOS Corynebacterium pseudotuberculosis Streptococcus zooepidemicus Salmonella abortus-ovis Haemophilus somnus Pasteurella sp. Mycoplasma sp. Pseudomonas pseudomallei Bactérias CAUSAS INFECCIOSAS CAPRINOS Mycoplasma capri - pleuropneumonia M. mycoides - pneumonia intersticial crônica Infecção por retrovírus EPIDEMIOLOGIA • Animais entre 2 semanas e 5 meses • Doença de rebanho • Pós-desmame FATORES DE RISCO Animal – imunidade Ambiente Patógeno COMPLEXO RESPIRATÓRIO BOVINO • Também chamada de Pneumonia enzoótica • Causa frequente de morte de bezerros Canadá: 10%-66% EUA: 44%-67% Brasil (RS): 0,06%-34% BRASIL et al., 2013; GAGEA et al. 2006 FISIOPATOGENIA MECANISMOS DE DEFESA PULMONAR • Filtração aerodinâmica pelas cavidades nasais • Espirros • Anticorpos locais e sistêmicos • Reflexo laríngeo • Reflexo de tosse • Transporte mucociliar • Macrófagos alveolares • Células caliciformes produtoras de MUCO • Presença de células ciliadas - transporte do muco FISIOPATOGENIA Crescimento bacteriano nasal Chegada de maior quantidade bactérias ao pulmão Mecanismos de defesa Pneumonia bacteriana Mecanismos de defesa FISIOPATOGENIA Vasoconstricção Redução do fluxo sanguíneo nas mucosas das vias aéreas Diminuição da atividade dos macrófagos FISIOPATOGENIA Diminuição da produção de muco Aumento da chegada de microrganismos nos pulmões Desidratação FASES DA PNEUMONIA 1) Fase de congestão ou hiperemia ativa Febre, prostração, anorexia, tosse curta e seca. Silêncio pulmonar e som sub-maciço. 2) Fase de hepatização vermelha Deposição de fibrina. Febre branda ou ausente. Sibilos e crepitações discretas e som sub-maciço a maciço. FASES DA PNEUMONIA 3) Fase de hepatização cinzenta Migração de leucócitos, presença de fibrina e células vermelhas em decomposição. Febre pode estar ausente. Silêncio pulmonar, hiperfonese e som maciço. 4) Fase de lise ou resolução Secreção mucopurulenta bilateral. Febre pode estar presente. Sibilos e crepitações, som sub-maciço. SINAIS CLÍNICOS AGUDA E SUBAGUDA • Hiporexia, anorexia • Tosse • Apatia • Febre (>40°C) • Descarga nasal mucosa a mucopurulenta • Taquipneia, dispneia, hiperpneia • Auscultação: sibilos e crepitações na inspiração e expiração/ som pouco audível com hiperfonese SINAIS CLÍNICOS CRÔNICA • Temperatura normal ou pouco aumentada (38,5 – 39,5°C) • FR pouco aumentada e pulso normal • Tosse seca e explosiva • Auscultação: sibilos principalmente na inspiração • Silêncio pulmonar/ hiperfonese DIAGNÓSTICO • Sinais clínicos • Swabs nasais • Raio X • Ultrassonografia • Hemograma • Proteínas de fase aguda DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL AGUDA • IBR – pneumonia + conjuntivite • BVD – úlceras na mucosa oral • FCM – lesão em todas as mucosas • Salmonelose – diarreia • Difteria em bezerros – um único animal acometido • Alterações cardíacas congênitas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CRÔNICA • Pneumonia por aspiração – um único animal • Tuberculose – doença de rebanho • Distrofia muscular – aumento de CK, AST e ALT • Salmonelose – diarreia • Alterações cardíacas congênicas TRATAMENTO RETIRAR A CAUSA – específico para cada afecção • Infecções bacterianas: antibioticoterapia TRATAMENTO SINTOMÁTICO • AINE: flunexina meglumina, ácido acetilsalicílico • Broncodilatadores: clembuterol • Mucolíticos: bromexina • Expectorantes: iodeto de potássio, DMSO • Fluidoterapia • Oxigenioterapia ANTIBIOTICOTERAPIA QUAL UTILIZAR??? • Experiências prévias• Antibiograma • Penicilina • Sulfa + Trimetoprim • Ceftiofur • Florfenicol
Compartilhar