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Direito Civil III

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DIREITO CIVIL III
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Conceitos iniciais
Evolução histórica
O entendimento das obrigações como se tem hoje demorou a se construir, mas desde os romanos já se pesava no vínculo entre credor e devedor. Chamava-se NEXUM e permitia penas cruéis, utilizando o corpo como forma de pagamento.
No código napoleônico surgiu a ideia da forma obrigatória dos contratos e a partir disso o direito das obrigações evoluiu no Brasil, importa o contraste entre o código civil de 1916 e 2002.
O código civil de 1916 tinha uma visão mais liberalista, individualista e patrimonialista, valorizando o “ Pacta Sunt Servanda” (Principio da força obrigatória).
Os pactos devem ser cumpridos com o CC/2002 esse princípio passou a ser relativizado, especialmente com o “Rebus sic Standibus” que permite a alteração do pacto quando as circunstancias da sua formação não forem as mesmas da época da execução.
Passou-se a pensar no princípio da solidariedade e a rejeitar as cláusulas abusivas e a má-fé.
*
CONCEITOS E DIFERENÇAS CONCEITUAIS
Caráter jurídico
Caráter não jurídico
*Dever jurídico: conceito mais amplo comando imposto pela norma jurídica que prevê uma sansão, Ex: Respeito a honra, pai zelar pelos filhos.
*Estado de sujeição a subordinação na esfera jurídica de alguém por outrem. 
* Ônus: necessidade de observar certo comportamento para a obtenção de uma vantagem ou prevenção de uma consequência negativa.
Responsabilidade: Consequência jurídica patrimonial pelo descumprimento da relação jurídica.
OBRIGAÇÃO: “ A obrigação é a relação jurídica de caráter transitório, estabelecido entre credor e devedor cujo objeto consiste em uma prestação pessoal econômica positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo garantindo-lhe o adimplemento de seu patrimônio” (Washinton R).
ELEMENTO CONSTITUTIVO DAS OBRIGAÇÕES
Elemento Subjetivo
Suj. Ativ. (Credor) e Suj. Passivo (Devedor)
O sujeito pode ser único ou coletivo.
Deve ser determinado ou determinável.
Ex: Títulos ao portador, loteria.
Elemento objetivo: é a prestação positiva ou negativa do devedor. (objeto mediato).
Objeto imediato: A própria coisa.
Elemento espiritual ou imaterial: Vinculo jurídico é a ligação entre os sujeitos (Credor e devedor) que confere ao 1º o direito de exigir e ao 2º o dever de cumprir a obrigação.
Vinculo jurídico 
Teoria monista – uma só 
O debito e a responsabilidade é uma pessoa só.
Teoria Dualista – debito e responsabilidade andam juntos, porém, são coisas independentes e essa é a teoria adotada no Brasil.
Teoria monistas debito (Schuld) e Responsabilidade (Haftung)
Teoria dualista (espontânea)
Obrigação sem responsabilidade (Coerção) 
Responsabilidade sem obrigação 
Fontes das obrigações 
Da onde surgem?
O surgimento de uma obrigação decorre de fatos que, pela ordem jurídica, são tidos como haveis para produzir um dever de prestar. 
1 – Lei: fonte primária determina condutas fato e atos que geram obrigações.
2 – Vontade humana - bilateral: contratos
 Unilateral: promessa de recompensa
3 – Atos ilícitos: descumprimento do processo legal (Art. 186 e 187, CC)
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Para identificar precisamos verificar se a ação produz efeito jurídico, tudo que pode subsumir. Ocorre o fenômeno da subsunção quando a lei lhe dá um comando para não fazer determinado ato e você por dolo ou culpa não respeita esse comando. Vale lembrar que no âmbito penal este fenômeno é denominado tipificação.
O primeiro situação a qual devemos nos ater é o tipo de responsabilidade; vese observar se a responsabilidade é contratual ou extra contratual. 
A responsabilidade contratual decorre de um acordo de vontade entre as partes e quando deixa-se de cumprir aquilo que formalmente for paquituado em contrato incorre na responsabilidade civil aquiliana. 
A responsabilidade extracontratual é aquela que não decorre de um acordo de vontade entre as partes mais, a lei traz de forma expressa a responsabilização da conduta exemplo:
Contratual: jose das colves, a condição de locador compromete a locar determinado imóvel por um tempo de 36 meses e por motivos diversos resolve antecipar esse contrato e permanecer apenas 12 meses.
Extra contratual: Atropelar alguém ao desobedecer o comando de para dado pelo semáforo.
MODALIDADES DE OBRIGAÇÃO
Diferente entre os autores
Classificação clássica
Obrigação de dar
Solves (Devedor), accipiens (credor).0
Divide-se em obrigação de entregar e de restituir.
Principio da acessoriede (Art. 233, CC)
Tradição. 
“ A coisa perece para o dono”
“Res parit domino”
Tradição: Transferência do domínio da coisa móvel.
Real: Efetiva
Simbólica (entrega da chave ou cheque em programas de tv)
Ficta: constituo possessório. 
OBRIGAÇÃO DE DAR
Os bens acessórios sempre seguirão o bem principal, salvo no caso de pertenças. 
Dar certa coisa
Coisa individualizada, móvel ou imóvel. 
Perecimento com culpa vai pagar o equivalente mais perdas e danos / sem culpa do devedor, Fica resolvida a obrigação: Art. 234,CC.
Obs: A culpa é entendida em sentido amplo (dolo e culpa)
Obs2: Art. 3/3, CC
Obs: Excepcionalmente a pessoa pode responder mesmo por caso fortuito ou força maior. (Art. 393, 399, CC) - 
Deterioração da coisa , estraga com culpa ou sem culpa.
Perecimento da coisa: Art. 238 e 239. (perda da coisa)
Deterioração. Art. 240
Melhoramentos da coisa: Art. 241 e 242 e 237
*Dar coisa incerta
Objeto indeterminado mais determinável em gênero e quantidade, faltando a qualidade. (Art. 243) (mediato/indireto)
Indeterminação transitória, pois haverá a escolha da qualidade que é denominada “concentração”.
A partir da escolha, a obrigação passa a ser de dar coisa certa. 
*Cientificacão para a escolha (Art. 342)
OBRIGAÇÕE ECUNIÁRIA
É a obrigação de entregar dinheiro, caracterizando uma espécie de obrigação de dar. 
Tem por objeto uma prestação em dinheiro e não uma coisa.
Art. 315, CC. Princípio do nominalismo será pago o valor combinado, aquele impresso na cédula, ainda que o poder de compra não seja mais o mesmo.
DÍVIDA EM DINHEIRO X DÍVIDA DE VALOR.
Na primeira o objeto da prestação é o próprio dinheiro, na segunda o dinheiro apenas representa o valor da prestação, ou seja, a importância que corresponde ao valor da coisa.
Art. 316. Clausulas de escala móvel contra desvalorização de moeda. Representa o fenômeno inflacionário com lealdade.
Art. 317: Onerosidade excessiva respeito a função social.
Art. 318. Dec. Lei 857/69 (curso forçado)
OBRIGAÇÃO DE FAZER (POSITIVA)
*Atos ou serviços a serem executados pelo devedor ao credor ou a quem este indique.
ESPECIES 
Fungível: Não exige a execução pelo devedor, podendo ser substituído.
Infungível ou personalíssimo (intuito personae) 
Se convenciona ou subintende que a prestação deve ser cumprida pessoalmente pelo devedor, sem substituição. 
 Sem culpa – resolve a obrigação
Fungível 
 Com culpa – perdas e danos – se puder ser feito por terceiro, o devedor será incumbido de pagar.
 Sem culpa
Infungível 
 Com culpa
*CONTINUAÇÃO (obrigação de fazer)
Obrigação infungível havendo culpa do devedor este deverá arcar com perdas e danos.
Não é possível constranger fisicamente o devedor.
Em outros casos, é possível a execução especifica através de instrumentos judiciais (Art. 536, CPC) 
Impossibilidade sem culpa: “ Extingue-se a obrigação.
Obrigação fungível: O Credor pode optar pela execuçãopor terceiro á custa do devedor.
OBRIGADO DE NÃO – FAZER
Conceito: é aquela que impõe ao devedor um dever de abstenção, ou seja, de não praticar o ato que poderia realizar livremente se não tivesse se comprometido (obrigado)
Ex: Não sublocar, não constituir edificação, não divulgar segredos industriais.
Se fizer aquilo que se comprometeu a não fazer estará inadimplente. 
Nesse caso o credor poderá pedir o desfazimento e , se não for possível, acarretará perdas e danos.
Cuidado com a função social e a boa fé
Além de se abster, devedor também poderá se obrigar a tolerar algo.
Ex: proprietário de imóvel que permite que o credor acampe no local.
Em caso de impossibilidade de abstenção por fato alheio a vontade do devedor a obrigação se extingue sem ônus.
Ex: Determinação administrativa Art.822 e 823, CPC).
 
OBRIGAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS
.1) a obrigação simples contém apenas um credor, um devedor e uma prestação.
2) obrigação composta: tem mais de um credor ou devedor ou prestação.
Composta Múltiplos sujeitos divisíveis, solidárias.
 Cumulativa
 Múltiplos objetos 
 									 Alternativa
OBRIGAÇÃO CUMULATIVA
O devedor deve cumprir todas as prestações previstas.
A inexecução de apenas uma causa o inadimplemento.
Em regra, identificada pela conjunção “e”.
Não está prevista no código.
A comutação pode ser espécies de prestação diferentes (dar, fazer, não fazer)
Ex: Locatário se obriga a pagar aluguel e IPTU e usar o imóvel conforme sua destinação e não sublocar.
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
Prevista no código (Art. 252 a 256)
Mais de uma prestação, mais com o cumprimento de uma obrigação já estará satisfeita.
Em regra, identificada por “ou”.
Escolha cabe em regra ao devedor.
(A escolha é livre) – mais pode ser em conjunto, pelo credor ou por terceiro.
Ex: Venda em consignação pela qual o devedor pode promover a venda oi , ao termino do contrato, devolver os bens.
IMPOSSIBILIDADE TOTAL
Sem culpa resolve-se a obrigação 
Com culpa – escolha – devedor: ultima que impossibilitou + P + D
 Credor: Valor de qualquer uma + P e D
IMPOSSIBILIDADE PARCIAL
Sem culpa: debito em relação a que restou
Com culpa escolha entrega do que restou 
 Credor exige a outra P+D
 Exige impossibilidade P+D
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA
Aquela que tendo por objeto uma prestação, concede ao devedor a faculdade de substitui-la por outra.
É obrigação simples, mas que permite que o devedor e apenas ele se exonere com prestação diversa e predeterminada.
Se a prestação e torna impossível sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação, sendo impossível ao credor pretender a prestação acessória.
OBRIGAÇÃO
Divisíveis e indivisíveis
Múltiplo sujeitos 
A divisibilidade ou não da obrigação encontra sua possibilidade ou não da prestação.
ESPECIES 
Natural – decorre da natureza da prestação
Lei: determinação legal. Ex: Art. 1.791, CC
Vontade humana: negócio jurídico. 
PLURALIDADE DE DEVEDORES
O credor pode exigir o cumprimento de apenas um dos devedores ou de todos. Contudo, o devedor interpretado não pode questionar no direito de credor cobrando a parte dos demais. 
PLURALIDADE DE CREDORES
Em regra, paga-se a todos conjuntamente, mais pode pagar a um só desde que com autorização ou caução.
-Se recebeu por inteiro, tem que se passa a parte dos demais.
Art. 263: Teoria prorata.
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
Aquela na qual se tem presentes múltiplos sujeitos e cada credor tem direito á totalidade da prestação, assim como cada devedor é obrigado a toda a prestação.
CARACTERISTICAS
1 – Múltiplos sujeitos (Ativa, passada, mista)
2 – Múltiplos vínculos jurídicos
3 – Unidade de prestação 
4 – Corresponsabilidade
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA X OBRIGAÇÃO INDIVISIVEL
Semelhança (deixar 3 linhas)
Diferença: nas indivisíveis o devedor é obrigado a pagar tudo em decorrência da indivisibilidade da prestação, na solidária ele é devedor do todo.
Na indivisível, ela se perde quando resolve em perdas e danos; na solidária ela se mantém.
A solidária é subjetiva, a indivisível é objetiva.
Princípios da solidariedade.
Princípio da não presunção
Ex: Art. 932, 680, 829, Art.2º lei 8245/91
2 princípio da variabilidade do modo de ser da obrigação 
ESPECIES DE SOLIDARIEDADE
Solidariedade ativa
É a relação jurídica entre vários credores de uma só obrigação e um devedor em comum.
Características:
Cada credor por exigir o cumprimento integral (Art. 267)
A constituição em mora e a interrupção da prescrição beneficia todos.
Qualquer um dos credores pode propor ação judicial contra o devedor, contudo, um vez demandado, o devedor só poderá pagar aquele que propôs a ação (princípio da prevenção) Art. 268.
Falecimento de um dos credores transmite a quota aos herdeiros que terão apenas o direito de exigir sua parte. É denominado refração de créditos. Exceção: um só credor; prestação indivisível.
Conversão de perdas e danos Art. 271
Exceções – comuns se estende a todos: Ex: Prescrição.
 - pessoas, apenas do credor sobre o qual recaem.
Julgamento: alteração do Art. 274. Quando desfavorável não atinge os demais credores, mais quando favorável sim, exceto se por exceção pessoal.
Extinção da obrigação
 Pagamento – total
 Art. 269
 Parcial
Obs: enunciado 348 do conselho da justiça federal.
Direito de regresso
A prestação integral paga a um dos credores deverá ser repartida entre os demais.
Remissão Art. 572
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Relação obrigacional com multiplicidade de devedores sendo que cada um responde pelo cumprimento integral como se fosse único
O credor pode exigir o debito de cada um separadamente ou cobrar o todo, de qualquer forma não há quebra da solidariedade. 
O devedor que é demandado solidariamente pode chamar os demais no processo para ajudar na defesa.
MORTE DE UM DOS DEVEDORES
Os herdeiros sucedem como devedor solidário. Se a prestação for divisível a quota dividem-se entre os herdeiros.
Se a prestação é indivisível, cada um pode ser obrigado pela dívida toda.
Pagamento -- integral
 Parcial Art. 277 Art. 273
Clausula, condição ou obrigação adicional deve ser aceita por todos para ter efeitos sobre eles.
Renúncia da solidariedade pelo credor. Pode ser absoluta ou relativa. Art. 282 e 284.
IMPOSSIBILIDADE DE PRESTAÇÃO Art. 279
Apenas o culpado responde pelas perdas e danos
Responsabilidade pelos juros: Art. 280
Juros moratórios devidos em razão do inadimplemento e contabilizados a partir da mora.
Todos respondem, exceto se a mora for culpa de um. 
Meios de defesa – Art. 281
Exceções comuns e pessoas
Ação de regresso extinta a dívida, surge o complexo de relações entre codevedores. Art. 283
Aquele que pagou tem direito contra os demais para receber o debito pago, descontada sua parte.
OBRIGAÇÃO NATURAL
Aquela que não permite que o credor exija o cumprimento, mas se o devedor o fizer não poderá requerer a retratação do debito.
A inexigibilidade deriva de um óbice legal ou por questão de segurança jurídica.
OBRIGAÇÕES HIBRIDAS 
Possuem características de direito obrigacional (por recair sobre uma pessoa) e de direito real (pois vincula o titular da coisa)
1 – Obrigação propterrem: Essa obrigação acompanha coisa, sendo atribuída aquele que for seu proprietário ou possuidor naquele momento.
2 – Ônus reais: São obrigações que limitam o uso e o gozo da propriedade, aderindo e acompanhando a coisa.
Ex: renda constituída sobre o imóvel.
3 – Obrigação cem eficácias real são aquelas que, sem perder o direito a uma prestação transmite-se a terceira que adquira direito sobre determinado bem.
Obrigações conforme o conteúdo.
Obrigação de meio. Aquela em que o devedor só estáobrigado a agir com a diligencia esperada para o alcance do resultado, mesmo que este não seja alcançado.
Obrigação de resultado: A prestação só é cumprida com a obtenção de resultado especifico.
Obrigação de garantia: objetivo é uma garantia pessoal oferecida por meio de um contrato que o devedor assume quanto ao pagamento de dívida de outra pessoa perante o credor. 
Classif quanto ao momento do cumprimento
Instantânea: Cumprida imediatamente após a sua constituição.
Execução diferida: cumprimento de uma so vez, em quanto futuro.
Execução continuada / trato sucessivo.
Cumprimento por subvenções periódicas
Classif. Quanto a presença de elemento acidental.
1 – Pura e simples. Não está sujeita a condição, termo ou encargo
2 – obrig. condicional: evento futuro e incerto.
3 – obrig. modal: sujeita a encargo.
Classif. Quanto a liquidez.
1 – liquida: especificada de forma expressa.
Ilíquida: indeterminada quanto ao valor.
(deverá ser liquida no momento do cumprimento)
Classif. Quanto á dependência.
Pricipal independente de qualquer outra para ter existência.
Validade ou eficácia 
2 – Acessória: visa á garantia da principal e sua existência, validade e eficácia está vinculada a ela.
Classif. Quanto ao local do cumprimento (Art. 327)
Quesivel (querable). Tem seu cumprimento no domicilio do devedor (Regra geral).
Portável (portable): cumprimento no domicilio do credor ou de terceiro (deve estar previsto no contrato)
	
COTINUAÇÃO 
Em regra, a cessão de credito não exige forma especial para que tenha validade e eficácia. (Princípio da liberdade das formas).
Entretanto há exceções que exigem escritura pública:
Art. 107, CC
Cessão de credito pro solvendo.
Pro soluto. O cedente garante apenas a existência do crédito.
Pro solvendo. O cedente obriga-se a pagar se o devedor cedido for insolvente.
 - Está limitada ao que recebeu do cessionário, com os juros e as despesas da cobrança.
- Essa responsabilidade se restringe ao momento da cessão, salvo disposição expressa.
*Art. 294. No momento da notificação o devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, inclusive os pessoais. Passado esse momento não pode mais opor as exceções pessoais.
Assim, vícios que afetem diretamente o ato de cessão , que o torna nulo ou anulável, pode ser alegado a qualquer tempo. 
A responsabilidade pro solvendo tem natureza indenizatória e não satisfatória e não satisfatória, não garantindo ao cessionário a prestação que teria direito.
Art. 298: o credito penhorado não poderá mais ser cedido, pois deixa de ser patrimônio do devedor, tornando-o indisponível. 
Cessão de credito (Falta terminar de explicar, mas está no caderno)
CESSÃO DE DEBITO (ASSUNÇÃO DE DIVIDA)
Negócio jurídico bilateral pelo qual o devedor de uma obrigação, com anuência do credor, transfere a outra pessoa os seus encargos obrigacionais, de forma que este assume e se responsabiliza pela dívida.
Requer expressa concordância do credor. Em regra, o silêncio significa recusa. (Exceção garantia real).
PARTES
Cedente: Devedor originário
Cedido: Credor
Espécies:
Expromissão: Terceiro assume espontaneamente a dívida, sem participação do devedor originário.
Delegação: há uma delegação da dívida pela dívida originária.
Liberatória (Regra) – Art.29
Cumulativa
Em caso de anulação da assunção da dívida, a obrigação retorna a responsabilidade do devedor originário mais sem as garantias prestadas por terceiros, exceto se sabiam do vício do negócio. 
CESSÃO DE CONTRATO
Transferência da inteira posição ativa ou passiva da relação contratual, incluindo direitos e deveres. 
- Exige transferência do credito 
Ex. Substabelecimento.
Assunção de Dívida
Cessão de contrato 
Expromissão 
Cumulativa: quando devedor primitivo permanece junto com o novo devedor responsável pelo cumprimento da obrigação. 
TEORIA DO PAGAMENTO 
Pagamento direto
- principal forma de adimplemento das obrigações.
*elementos 
1) subjetivo; Solvens (devedor), Accipiens (credor).
2) Objetivo: Prestação (dar, fazer, não)
* Quem deve pagar?
Em regra, o devedor mais é possível que um terceiro cumpra a obrigação. 
Este terceiro pode ser: interessado 
 Não interessado.
O terceiro interessado é quem tem interesse jurídico no pagamento.
Ao pagar a obrigação ele sub-roga-se no direito do credor
O terceiro não interessado paga por motivos pessoais. Se paga em seu nome tem direito ao reembolso do valor.
Se paga em nome do devedor, não tem direito a reembolso, pois o direito vê o atoa com doação.
Obs: terceiro não interessado não se sub-roga.
Terceiro não interessado que paga com oposição do terceiro não interessado também não terá o direito a reembolso se o devedor tinha meios de impedir a cobrança.
A QUEM SE DEVE PAGAR	
Em regra, ao credor, mais também pode pagar do seu representante com poderes para tanto.
Ex: Tutores (legal), advogado (convencional), Inventariante (judicial)
- Credor putativo: Aquele que aparenta ser credor, mas não é. Será valido desde que haja boa-fé.
- credor incapaz: Em razão da incapacidade civil ou apenas de dar quitação.
Se o devedor sabia pagou mal.
Se não sabia: o devedor se exonera (boa fé e excusabilidade)
Da prova do pagamento
A quitação não se presume, necessita de prova (em regra, recibo)
Exceção. Art. 321 cc 324 e quotas sucessivas.
Pagamento indireto 
Pagamento em consignação 
- Deposito feito pelo devedor libera-se da obrigação em face do credor. 
- Pode ser judicial ou extrajudicial – consignar dinheiro e coisas, por que no domicilio do credor ouve a recusa.
Bens móveis ou imóveis
A consignação isenta o devedor dos riscos, juros moratórios, clausula penal, etc.
Judicial. Ação de consignação em pagamento.
Ação de consignação de aluguéis.
Extrajudicial: Art. 539, CPC – feita no banco
Pagamento com sub-rogação
Substituição de uma pessoa por outra que terá os mesmo direito e ações.
Não há propriamente extinção ou surgimento de nova dívida, mais substituição do credor.
Espécies:
Legal (Art. 346)
Convencional (Art. 347)
Na legal, o sub-rogado não poderá requerer além da soma do que desembolsou, já na convencional há discussão. 
IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO 
Indicar / imputar qual das dívidas está pagando. 
Elementos:
Identidade de credor e devedor
Dois ou mais débitos da mesma natureza
Dividas liquidas e vencidas
Em regra, quem indica é o devedor, mas por expressa manifestação das partes pode ser o credor ou, ainda, quando o devedor se omite de imutar.
- se não houver imputação por nenhum dos dois Art. 355.
NOVAÇÃO / CONTINUAÇÃO
*elementos 
existência de uma obrigação anterior
constituição de uma nova obrigação
vontade inequívoca de novar
validade e licitude das obrigações
CLASSIFICAÇÃO:
Novação objetiva: nova dívida com nova prestação 
Novação subjetiva: Substituição dos sujeitos 
N s ativa, substituição do credor
N s passiva: substituição do devedor 
 Expromissão / delegação
Novação mista / completa
COMPENSAÇÃO 
 Quando duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credoras e devedoras umas das outras.
Espécies 
Quanto a origem 
Compensação legal: decorre da lei .
Compensação convencional: acordo de vontades
Compensação judicial: decisão judicial que reconhece
Possibilidade de compensação 
2 – Quanto a extensão 
Total ou plena
Parcial
Requisitos (comp. Legal)
As dividas devem ser liquidas, vencidas e fungíveis.
O código civil autoriza clausula que exclui a compensação frente a autonomia e a liberdade contratual.
Há corrente doutrinária que restringe essa liberdade em função da igualdade entre os contratantes. 
CONFUSÃO 
Situação em que se extingue a obrigação quando a mesma pessoa assumir a condição de credor e devedor ao mesmo tempo
Pode ser total ou parcial
REMISSÃO 
É o perdão de uma dívida, constituindo um direito exclusivo do credor de exonerar o devedor.
- É necessária a aceitação do devedor. Ele pode fazer a opção de consignação.A remissão pode ser total ou parcial.
Não pode prejudicar terceiros.
O perdão é dado a um dos devedores solidários e extingue a dívida conforme a quota parte do perdoado. A solidariedade mante-se entre os demais.
TRANSAÇÃO
Negócio jurídico pelo qual os interessados previnem um terminam um litigio mediante concessões mutuas
Apenas delitos patrimoniais privados
2 – MORA DO CREDOR
Quando o credor se recusa a receber a prestação no tempo, lugar e forma combinado.
Requisitos – vencimento da obrigação
 Oferta da prestação 
	 Recusa injustificada
	 Constituição em mora
Purgação da mora: purgar a mora é neutralizar seus efeitos, cumprindo a obrigação descumprida e ressarcindo os prejuízos causados a outra parte
 Devedor: prestação + prejuízos
 Credor: Receber a prestação + pagar despesas
PERDAS E DANOS
Responsabilidade contratual
Abrange
Dano emergente: Efetivo prejuízo
Lucro cessante frustração de uma expectativa de ganho 
- Relação de causalidade.
JUROS:
Juros são os frutos civis ou rendimentos devidos pela utilização de capital alheio 
 a) compensatório: só convencionais 
 b) moratórios: legal ou convencionado, mas sempre existente.
CLAUSULA PENAL
- Finalidade de prever a liquidação das perdas e danos.
- No contrato ou em adendo.
Especifica para alguma das obrigações, exemplo na hipótese de não pagar o iptu pode o inquilino pagar uma multa prevista em clausula penal.
É obrigação acessória pela qual se estipula pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da obrigação principal.
Compensatória – alternativa Art. 410 – sempre vai falar do inadimplemento absoluto.
Moratória -> cumulativa 
Arraz: As arras ou sinal são reguladas pelos artigos 417 a 420 do Código Civil
Quando duas pessoas celebram um contrato, podem acordar o pagamento de arras, o que é comum , sobretudo nos contratos de compra e venda de imóveis.
Se o contrato é regularmente cumprido e concluído pelas partes, as arras podem ser devolvidas, ou abatidas do valor a pagar no contrato, conforme o que tenha sido estipulado pelos interessados.
Se há descumprimento do contrato, desistindo uma das partes de sua concretização, dependerá de quem desistiu ou deu causa ao desfazimento do negócio.
Se quem dá arras desiste ou dá causa ao desfazimento, perde-as em favor da parte contrária.
Se quem recebe arras desiste ou dá causa ao desfazimento, terá que devolve-las em dobro a quem as pagou.
* dupla função:
1) meio de coerção
2) prefixação das peras e danos
Vantagem: Não precisa comprovar prejuízo 
- Possível valor suplementar
* espécies
a) compensatória inadimplente absoluto
b) moratórias. Inadimplente relativo.
Arras (sinal)
Espécies: 
Confirmatórias com perdas e danos: contrato passa a ser obrigatório
Penitenciais: Sanção pelo arrependimento.
***prova ão cai obrigações hibridas
Trabalho ou direito ao esquecimento 
Liberdade expressão 
Thema livre dentro de responsabilidade civil. Trabalho 17/11
Aula 10/11/2016
RESPONSÁBILIDADE CIVIL
Espécies: 
1 - Quanto a fonte
Contratual – o contrato faz lei entre as partes
Extra contratual – não advém de contrato, pode estar prevista na lei 
Art. 186 CC
2 – Quanto aos elementos
Responsabilidade subjetiva
Responsabilidade objetiva
Teoria do risco: Riscos excepcionais
Elementos 
Fatos (Ação ou omissão)
Dano: Sem prova do dano não há responsabilidade
Pode ser que mesmo havendo ato ilícito, não tenha havido prejuízo.
Não tenha havido prejuízo.
Dano não pode ser material (Afeta o patrimônio) ou moral (Afeta a pessoa)
3 – Nexo causal ou relação de causalidade: Causa e efeitos entre o ato ilícito e o dano 
4 – culpa (lato sensu) somento no caso de responsabilidade subjetiva
Excludente de ilicitude 
Art. 188
Culpa exclusiva da vitima
Ato de terceiro 
* Clausula de não indenizar (Apenas na responsabilidade contratual)

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