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AÇÕES AMBIENTAIS: SENSIBILIZAÇÃO NO DESCARTE CORRETO DE PILHAS E BATERIAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE DIVA NOVA MG

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Educação Ambiental e Educação em Ciências 
1 
 
AÇÕES AMBIENTAIS: SENSIBILIZAÇÃO NO DESCARTE 
CORRETO DE PILHAS E BATERIAS EM UMA ESCOLA 
PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE DIVA NOVA MG 
ENVIRONMENTAL ACTIONS: SENSITIZATION IN THE 
CORRECT DISCHARGE OF PILES AND BATTERIES IN A 
PUBLIC SCHOOL IN THE MUNICIPALITY OF DIVA NOVA MG 
Resumo 
O avanço da tecnologia traz consigo consequências negativas que afetam diretamente o meio 
ambiente. Para minimizar esse problema é importante a criação de projetos que informe e estimule 
a sociedade a participarem de forma ativa na defesa e manutenção do meio ambiente, com base 
nisso foi desenvolvido esse projeto que busca promover a sensibilização dos discentes de uma 
escola pública a respeito dos impactos provocados pelo descarte incorreto de pilhas e baterias. 
Através da aplicação de um questionário e uma palestra educativa, foi possível avaliar o nível de 
conhecimento e interesse que os alunos possuem sobre esse tema. Após a implantação do projeto e 
a instalação de coletores em poucos meses foi coletado uma quantidade significativa de pilhas e 
baterias, com esse resultado fica evidente que a sensibilização ambiental foi aplicada de forma 
eficiente, despertando nos alunos um olhar mais crítico sobre suas atitudes em relação ao meio 
ambiente. 
Palavras chave: coleta seletiva, conscientização ambiental, educação ambiental, lixo tóxico. 
Abstract 
The advancement of technology brings with it negative consequences that directly affect the 
environment. In order to minimize this problem, it is important to create projects that inform and 
encourage society to participate actively in the defense and maintenance of the environment. 
Based on this, a project has been developed that seeks to raise the awareness of the students of a 
public school about the Impacts caused by improper disposal of batteries. Through the application 
of a questionnaire and an educational lecture, it was possible to evaluate the level of knowledge 
and interest that the students have on this topic. After the implementation of the project and the 
installation of collectors in a few months a significant amount of batteries and batteries were 
collected, with this result it is evident that the environmental awareness was applied in an efficient 
way, awakening in students a more critical look at their attitudes regarding to the environment. 
Key words: selective collection, environmental awareness, environmental education, toxic waste. 
 
 
 
 
 
Educação Ambiental e Educação em Ciências 
2 
 
Introdução 
Nas duas últimas décadas, o surpreendente desenvolvimento da tecnologia no setor de 
telecomunicações e na indústria eletroeletrônica ofereceu muitos benefícios à humanidade, nos 
mais variados segmentos. Um exemplo típico é o conforto gerado pelo uso de aparelhos portáteis, 
que utilizam pilhas ou baterias, que tornou o uso dos mesmos funcional e econômico. No entanto, 
o avanço da tecnologia traz consigo consequências negativas que afetam diretamente o meio 
ambiente. Neste caso, o principal problema está na geração dos resíduos de pilhas e baterias 
usadas que, na maioria das vezes, são destinas de forma incorreta. 
As pilhas e baterias estão inseridas definitivamente no cotidiano da sociedade contemporânea. O 
consumo mundial é da ordem de 10 bilhões de pilhas por ano. Em 2004, a comercialização pilhas 
no Brasil atingiu 1,2 bilhões de unidades. Deste total, cerca de 800 milhões são compostas por 
pilhas legalmente fornecidas ao mercado e o restante, 400 milhões, é ocupado por pilhas ilegais. 
Desse total, cerca de 68,3% são pilhas secas de Zinco-Carbono não recarregáveis (ABINEE, 
2009). 
A indústria brasileira ainda produz cerca de dez milhões de baterias de celulares, doze milhões de 
baterias automotivas e, ainda, aproximadamente cerca de duzentas mil baterias industriais. O 
consumo per capta chega a 15 pilhas por ano nos países industrializados. Em boa parte dos países 
em desenvolvimento esse consumo fica na casa das 5,0 pilhas por ano. O consumo brasileiro per 
capta está em torno de 6,0 unidades por habitantes ao ano (ABREU, 2009). 
Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são recicladas por ano cerca de 8 mil pilhas e 
baterias que representam menos de 1% do que é comercializado, o restante e depositado em 
aterros sanitários e lixões sem nenhum tipo de tratamento. 
Sabe-se que as pilhas e baterias apresentam em sua composição, subsistências tóxicas com alto 
poder de disseminação e uma capacidade surpreendente de acumular-se no corpo humano e em 
todos os organismos vivos, entre esses metais pesados, os que apresentam maior risco à saúde 
humana são o chumbo, o mercúrio, o cádmio, gases de efeito estufa, substâncias halogenadas 
(como os clorofluorocarbonetos - CFC) (AFONSO et al., 2002). 
Segundo a Associação de Combate a Poluentes (ACP, 2009), essas substâncias podem causar: 
intoxicação aguda, tendo efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa, náuseas 
violentas, vômito, dor abdominal, diarreia com sangue, danos aos rins podendo levar a pessoa a 
óbito. 
Fiorotti (2010) relata que esses metais pesados entram na cadeia alimentar principalmente quando 
as pilhas e baterias são destinados para o lixão ou aterro sanitário sem nenhum tipo de tratamento, 
podendo ocorrer com o tempo o vazamento do conteúdo para o meio ambiente. Isso ocorre porque 
ao chegar no aterro esse material fica expostas ao sol e à chuva e acabam oxidando e liberando os 
metais pesados que atingem os lençóis freáticos, córregos e rios. Dessa forma eles podem entram 
na cadeia alimentar através do consumo de água contaminada ou de alimentos irrigados com esta 
água. 
Outra forma de contaminação é através das usinas de compostagem, que tritura as pilhas e baterias 
junto com o lixo doméstico. O adubo gerado contamina o solo agrícola e até o leite das vacas que 
pastam em áreas que recebem esta adubação. Nas cidades onde há aterros sanitários, com sistemas 
 
 
 
 
 
Educação Ambiental e Educação em Ciências 
3 
 
de impermeabilização do solo, os metais tóxicos não causam impactos ao meio ambiente. Mas em 
muitas cidades brasileiras, o lixo ainda é destinado para lixões, que não têm qualquer sistema de 
impermeabilização. Assim, as substâncias tóxicas contaminam o solo e os lençóis d’água 
subterrâneos, alterando também o pH em função do eletrólito da pilha (AGOURAKIS et al. 2006). 
Considerando os diversos impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte 
inadequado das pilhas e baterias usadas e a necessidade de ordenar o descarte e a gestão ambiental 
adequado desses materiais, a Resolução n° 257/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - 
CONAMA define em seu artigo primeiro: 
As pilhas e baterias que possuam em suas composições chumbo, cádmio, 
mercúrio e seus compostos, necessário ao funcionamento de quaisquer tipos de 
aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos 
eletroeletrônicos que os contenham integrados em sua estrutura de forma não 
substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários 
aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica 
autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou 
importadores, para que estes adotem diretamente, ou por meio de terceiros, os 
procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final 
ambientalmente adequado. 
A resolução 257/99 do CONAMA no seu artigo 13° permite que se descarte pilhas e baterias no 
lixo doméstico, em aterros sanitários licenciados desde que elas atendam aos limites previstos no 
artigo 6
o
, não podendo passar de 0,010% em peso de mercúrio, 0,015% em peso de cádmioe 
0,200% em peso de chumbo. No artigo 8 essa resolução proibi o lançamento de pilhas in natura a 
céu aberto e a queima a céu aberto ou em recipientes não adequados. 
A resolução ignora, que uma boa parte dos municípios brasileiros ainda não dispõem de aterro 
sanitário. Em muitos casos, existem aterros, mas trata-se de aterros não licenciados e muitas vezes 
em precárias condições de operação. 
De acordo com Monteiro et al. (2001), as pilhas e baterias se encaixam quanto sua natureza e 
origem em resíduos domiciliares especiais. São classificadas pela NBR 10.004, da ABNT (2004), 
em: 
Classe I ou perigosos – são aqueles que, em função de suas características 
intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou 
patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública por meio do aumento da 
mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio 
ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada”. 
 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA aprovou em 11/09/2008 a Resolução N° 
401, que amplia o sistema de coleta, e determina os limites máximos de chumbo, cádmio e 
mercúrio para as pilhas e baterias produzidas no Brasil e estabelece os critérios e padrões para o 
seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Apesar disso, segundo 
Provazi et Espinosa e Tenório (2012) existe um grande comércio de pilhas “piratas”, no mercado, 
com procedência desconhecida e que não atendem esta resolução causando um grande risco para 
saúde humana e para o meio ambiente. Outra informação importante que boa parte da população 
desconhece e que, quem gera o problema é também responsável por sua solução conforme consta 
 
 
 
 
 
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4 
 
na (CONAMA 401/2008), “ as pilhas e baterias devem ser encaminhadas para destinação 
ambientalmente adequada, de responsabilidade do fabricante ou importador”. Portanto e de 
responsabilidade das empresas fabricantes ou importadoras dar o destino correto a este tipo de 
resíduo tóxico. 
O artigo 33° da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos- PNRS, publicada em agosto de 
2011, determina que os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pilhas e 
baterias são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa para o descarte 
ambientalmente correto, insubmisso do serviço público de limpeza. Para o diretor da Associação 
Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – (ABINEE, 2009), é preciso que os pontos de venda 
sejam licenciados para receberem as pilhas usadas. Ele avalia que a medida deverá reduzir os 
pontos de venda para que exista maior controle na fiscalização. 
Na realidade são poucas as empresas que cumprem essas determinações, uma vez que é possível 
observa a ausência de pontos de coleta na maioria dos estabelecimentos que realizam a venda de 
pilhas e baterias. Segundo Milanez, (2009), as agências ambientais não possuem recursos para 
fiscalizar se as empresas estão cumprindo suas responsabilidades. 
Segundo Reidler e Günther (2003) a maioria das pilhas e baterias, que são descartas no lixo 
comum e devido à falta de informação da população que não possuem conhecimento sobre os 
riscos que esses produtos causam ao meio ambiente e a saúde e outro fator importante e a falta de 
locais adequados para o descarte. 
Para minimizar esse problema é importante a criação de projetos que informe e estimule a 
comunidade a devolver as pilhas e baterias usadas para os pontos de coleta e estimular os 
comerciantes a recolherem e repassarem esses materiais aos fornecedores (FIOROTTI et al., 
2010). 
Diante do apelo ambiental, pela conservação do meio em que vivemos o projeto visa apontar o 
caminho ecologicamente correto das pilhas e baterias e minimizar o problema da crescente 
geração das mesmas. Através de uma larga divulgação sobre o assunto, a fim de informar e 
sensibilizar a sociedade sobre os malefícios relacionados à destinação inadequada destes resíduos 
(SEMMAM, 2009, p. 5). 
O objetivo geral deste trabalho é, através de práticas educativas, informar os discentes sobre os 
problemas ambientais relacionados ao uso e descarte de pilhas e baterias e sensibilizar sobre a 
responsabilidade social. Através do projeto busca-se envolver toda comunidade academia de 
forma ativa na implantação, manutenção e continuidade do projeto e firmar parcerias com órgãos 
envolvidos no recolhimento e destinação adequada desses resíduos; além de instalar coletores de 
pilhas e baterias na escola transformando o local no principal ponto de coleta desses materiais na 
cidade. 
Percurso metodológico da pesquisa 
O projeto foi aplicado em uma escola públicas localizadas no município de Divisa Nova no sul de 
Minas Gerais e envolveu a participação de 181 discentes do ensino médio e do ensino 
fundamental. Destes, 39 encontram-se matriculados nas turmas do sétimo ano, 41 nas turmas do 
oitavo ano, 28 nas turmas do nono ano do ensino fundamental, 23 encontram-se matriculados na 
 
 
 
 
 
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5 
 
turma do primeiro ano, 25 na turma do segundo ano e 26 na turma do terceiro ano do ensino 
médio. 
Para avaliação dos discentes foi elaborado um questionário que mesmo sendo considerado uma 
“arte imperfeita” (AEKER et.al. 2001), ainda assim é tido como uma importante ferramenta para 
avaliação de conhecimentos individuais e coletivos. Com um total de oito questões referentes ao 
tema proposto por este trabalho a pesquisa que foi aplicada se trata de um diagnóstico qualitativo 
que segundo Denzin e Lincoln (2006), envolve uma abordagem interpretativa do mundo, o que 
significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os 
fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem. 
Para o destino correto das pilhas e baterias foi firmada uma parceria com o Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS Campus Machado e a 
prefeitura de Divisa Nova, que se responsabilizou em levar o material coletado para o campus 
onde existe um projeto de recolhimento desses materiais, que posteriormente são encaminhados 
para o Programa Cas@Viva do Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL) coordenado 
pela Prof.ª Débora Costanti Justino Ribeira que fica localizado na cidade de Santa Rita do Sapucaí 
MG. 
Na primeira etapa de implantação do projeto foi aplicado o questionário com os discentes, após a 
intepretação dos resultados foi possível identificar a melhor forma de atuação. Na segunda etapa 
foi realizada uma palestra educativa para os alunos e professores sobre o tema pilhas e baterias e 
convidamos a toda comunidade acadêmica para participar do projeto. Posteriormente foi realizado 
uma reunião na qual foi proposto aos professore das disciplinas de química, ciências, biologia, 
português, matemática, geografia e história que fizessem a utilização de atividades que 
contemplassem o tema pilhas e baterias com o foco na sensibilização dos discentes. 
Na terceira etapa os discentes pintaram galões de água vencidos que serão utilizados como 
coletores de pilhas e baterias e após reunião com o diretor da escola foram definidos os locais para 
fixar os pontos de coleta e efetivar a instalação dos galões. 
A última etapa e a mais importante foi a mobilização e incentivo dos professores e demais 
funcionários para que os alunos coletassem o maior número possível de pilhas e baterias em suas 
residências e nos bairros da cidade, desta forma foi inserido uma cultura de atuarem de forma 
contributiva, contínua e como agentes multiplicadores no processo da coleta destes resíduos. 
Resultados e Discussão 
O resultado do diagnósticoqualitativo constatou que (94%) dos discentes utilizam pilhas e ou 
baterias diariamente, (97%) possuem a consciência de que quando esse material é descartado no 
lixo comum, representa risco à saúde e ao meio ambiente. E (90%) dos alunos desconhecem 
alguma lei sobre o descarte de pilhas e baterias, quando questionados se o tema já foi abordado em 
sala de aula (81%) declaram que nunca ouviram falar sobre o assunto, embora (92%) consideram 
importante se discutir o tema em sala de aula. Foi avaliado que (95%) dos alunos desconhecem a 
existência de pontos de coleta desses matériais na cidade e consequentemente (96%) realizam o 
descarte no lixo comum. Sobre a implantação dos pontos de coleta na escola (98%) dos discentes 
dissecaram que usariam os coletores de pilhas e baterias. 
 
 
 
 
 
Educação Ambiental e Educação em Ciências 
6 
 
Com o resultado da pesquisa foi possível constatar que o projeto se faz viável uma vez que não 
existe coletores de pilhas e baterias na cidade e existe um grande interesse dos alunos em 
colaborar com a implantação do mesmo. 
Durante a palestra os discentes e docentes da escola participaram de forma ativa tirando as suas 
dúvidas sobre o tema e se comprometeram em participar ativamente do projeto. Os professores 
aceitaram trabalhar o tema, de modo interdisciplinar, abordando este assunto, em suas disciplinas, 
a fim potencializar as ações de mobilização. Os coletores produzidos pelos alunos foram 
instalados no pátio da escola, secretária e biblioteca. 
Os resultados apontaram que no período de setembro/2016 a novembro /2016, foram coletados 21 
quilos de pilhas e baterias das quais foram destinadas de forma correta para o IFSULDEMINAS 
Campus Machado que as encaminharam para o Projeto Lixo Eletrônico integrante do Programa 
Cas@Viva do Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL). 
Ao estimular os alunos através da palestra e a participação ativa dos professores a proposta se fez 
de forma eficaz para que a comunidade escolar atue de forma contínua. Os alunos se sentiram 
parte importante do projeto o que garantiu o sucesso na coleta das pilhas e baterias. Portanto o 
fator principal para o sucesso desse projeto se fez por meio do planejamento, da estratégia e o 
envolvimento de toda a comunidade acadêmica. 
Considerações Finais 
Os resultados apresentados nesse estudo mostram que os alunos participaram de forma ativa na 
coleta dos resíduos, com isso 21 quilos de pilhas e baterias não foram jogados no lixo comum. 
Com uma ação simples de sensibilização e com a mobilização da comunidade acadêmicas o 
projeto se tornou uma grande ferramenta de Educação Ambiental, conseguindo despertar nas 
crianças e jovens um olhar mais crítico sobre suas atitudes. Com isso a escola se tornou um espaço 
importante para o desenvolvimento de ações ambientais que não só vão beneficiar a comunidade 
acadêmica mais também todo o município. Com a participação dos professores o tema foi trabalho 
de modo interdisciplinar abrindo espaço para que fossem abordados conteúdos, não apenas os 
contidos nos materiais didáticos, mas assuntos que proporcionaram aos estudantes um 
conhecimento mais abrangente do meio em que vivem. O projeto conseguiu atingir todos os seus 
objetivos e com a instalação dos coletores a cidade ganhou um ponto de coleta, estimulando a 
população a participar do projeto junto com os alunos. Com as parcerias firmadas com as 
entidades ficou garantido o transporte e destino correto dos resíduos coletados. 
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Nacional do Meio Ambiente, que trata do gerenciamento de pilhas e baterias em Território 
Nacional. Disponível em 
(http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/0330EB12/ParecerTec070- 08_MSaude.pdf) 
Acessado em 12/11/2016. 
 
 
 
 
 
Educação Ambiental e Educação em Ciências 
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2002. 
AFONSO, José Carlos, Processamento da pasta eletrolítica de pilhas usadas, 2002. Disponível 
em (http://www.scielo.br/pdf/qn/v26n4/16442.pdf) 
AGOURAKIS, DEMETRIOS CHIURATTO; CAMARGO, IARA MARIA CARNEIRO DE; 
COTRIM, MARYCEL BARBOZA; FLUES, MARLENE. Comportamento de Zinco e Manganês 
de Pilhas Alcalinas em uma Coluna de Solo. Química Nova, vol. 29, nº 5 960-964, 2006. 
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Sólidos - Classificação. 2ª Ed., Rio de Janeiro, 2004. 
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http://www.acpo.org.br/campanhas/mercurio/historia.htm acessado em 15 de julho de 2016. 
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