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GESTAÇÃO EMBRIONÁRIA

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Resumo – Embriologia 
Primeira Semana de Gestação
Clivagem 
Início: 30 horas após a fecundação
Duração: 1 semana 
Término: Ao final da primeira semana de gestação
Conceito: É o processo de divisão celular mitóticas aumentando o número de células sem haver o aumento do volume (tamanho) do embrião, transformando o Zigoto em Mórula.
Correlações:
 “Após a menstruação normal até a clivagem são 3 semanas. ”
“O embrião termina a implantação no endométrio ao final da segunda semana são 4 semanas depois da última menstruação normal”- Sempre somar mais 2 semanas. 
Blastômeros: Células totipotenciais 
Mórula: Conjunto de 16 blastômeros (3 dias após a fecundação).
Blastocisto: Conjunto de 32 a 64 blastômeros. (4 dias após a fertilização)
Movimento de corrente ciliar: Proporcionada pelo Epitélio da tuba uterina empurra o embrião em direção ao útero até o mesmo cair na cavidade uterina. 
Processo: O zigoto, durante o seu transporte pela tuba uterina em direção ao útero, sofre a clivagem, que consiste em mitoses sucessivas, sem aumento de volume. É um processo lento, levando praticamente um dia para cada divisão mitótica: tem-se um embrião de duas células no primeiro dia após a fertilização, de quatro células no segundo dia, de seis a 12 células no terceiro, de 16 células no quarto e de 32 células no quinto dia. 
Observação: Até o estágio de oito células apresenta desenvolvimento regulado mesmo que algumas células sejam perdidas. 
Blastômero
Estágio de até 8 Células
Nesse estágio, formam-se junções gap que permitirão a comunicação entre as células se unindo, e externamente junções oclusivas tornando-os polarizados.
Cria-se em consequência, uma polaridade interno-externa, já que os blastômeros da superfície e aqueles internos recebem estímulos diferentes e originarão linhagens celulares distintas.
Observação: Zona Pelúcida mantêm essas células agregadas. Caso haja a separação dessa zona, as células se separam. 
Mórula 
Estágio de 16 Células
O embrião de 16 células é parecido com uma amora e é designado mórula. Com a aderência promovida pelas junções de adesão, os blastômeros externos não são mais identificados individualmente quando vistos da superfície: um processo denominado compactação.
A mórula entra no útero 4 dias após a fecundação aproximadamente. 
Blastocisto 
OBS: Nessa fase de Blastulação ocorre a destruição da zona pelúcida. 
Estágio com 32 células: 
IMPORTANTE: Nesse estágio há a passagem do líquido uterino através da zona pelúcida para formar um espaço repleto de líquido: Cavidade Blastocística ( Processo de Cavitação). 
O líquido concentra-se em uma cavidade, a blastocele ou cavidade blastocística.
Com o Aumento do líquido na cavidade Blastocística os blastômeros são separados em duas partes: 
Trofoblasto é um pequeno grupo interno de células, importante porque é ele que vai dar origem aos anexos fetais. 
Esse apresenta um polo embrionário que vai em contato com o epitélio endometrial. 
EX: Trofoblasto deriva parte da placenta,
Embrioblasto ou Maciço Celular Interno é uma massa celular interna, grupo pequeno de blastômeros que é o primórdio do embrião. 
Ao final da primeira semana, esse divide em uma camada de células que se voltam para a cavidade Blastocística: Hipoblasto. 
Se por algum acaso essa massa de células por algum motivo se divide sozinha, têm-se gêmeos univitelinos, se essa massa se separa, mas mantêm ligadas têm-se gêmeos siameses. 
EX: embrioblasto origina o embrião propriamente dito e alguns anexos embrionários.
Importante:
O embrioblasto se projeta para a cavidade Blastocística 
Trofoblasto forma a parede do blastocisto. 
Após o blastocisto flutuar no líquido uterino por dois dias, a zona pelúcida degenera-se e desaparece. 
Observação: Flutua na cavidade uterina por dois dias, e mantêm unidos os blastômeros, isso serve como barreira imunológica entre a mãe e o embrião, impede a implantação prematura na tuba uterina. 
Importante: Degeneração da zona pelúcida ( essa zona possui proteínas que impedem esse processo) , caso o blastocisto não sofrer eclosão dessa zona, o mesmo não conseguirá se implantar no útero e para que haja a implantação do trofoblasto tem que entrar em contato com o endométrio.
Degeração da Zona Pelúcida: por meio da pressão sobre essa feito pelo embrião e a secreção de enzimas que a digerem. 
A-Ovócito não Fertilizado
B- Ovócito não Fertilizado
C-Ovócito fertilizado com os Pró-núcleos se aproximando para que ocorra a Anfimixia
D-Embrião de 2 Células: Blastômeros
E- Embrião em divisão para 4 células
F- Embrião em divisão em 8 células 
G- Embrião em divisão para 16 células
H- Mórula
I- Mórula em Início de Blastocisto
Segunda Semana: Formação do Disco Embrionário Bilaminar
 A implantação do blastocisto completa-se durante a 2ª Semana de desenvolvimento em um tempo de 10 dias. Em conjunto, ocorrem mudanças morfológicas que produzem um disco embrionário bilaminar composto de epiblasto e hipoblasto. O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos embrionários. 
Fato: O fim da implantação coincide com o primeiro dia de um novo ciclo menstrual que deveria ter. 
Local de implantação: Na parte supero-posterior do corpo do útero. 
Fase formação das Estruturas Extraembrionárias
Cavidade Amniótica
Âmnio
Saco Coriônico
Saco Vitelínico 
Pediculo do Embrião
A medida que o blastocisto se implanta, o trofoblasto aumenta o contato com o endométrio e se diferencia em: 
Citotrofoblasto: Camada de células mononucleadas mitoticamente ativas e que forma novas células que migram para a massa crescente de sinciotrofoblasto, onde se fundem e perdem suas membranas celulares. É o resquício do trofoblasto. 
Sinciciotrofoblasto: Massa multinucleada que se expande rapidamente onde nenhum limite celular é visível. Camada externa que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada formada pela fusão das células. Além disso, essa estrutura possui processos digitiformes que se estendem através do epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo endometrial. Dessa forma no final da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado retirando os nutrientes do tecido. 
Pela característica altamente invasiva, essa estrutura se expande rapidamente próximo ao embrioblasto (polo embrionário). 
Tem característica de produzir enzimas proteolíticas que permitem com que o blastocisto se insira no endométrio, as células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada) facilitando a invasão.
No sítio da implantação, há degeneração de células deciduais (acumulam glicogênio e lipídeos) ocorrendo assim o englobamento pelo sinciciotrofoblasto, tendo em vista que essas constituem uma rica fonte para a nutrição embrionária e fornecer ao concepto um sítio imunologicamente privilegiado.
OBS: Após a implantação as células endometriais passam a serem chamadas de células deciduais.
Produção: Hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG), que entra no sangue materno presente nas lacunas do sinciciotrofoblasto. O hCG mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário (evitando a descamação uterina) durante a gravidez. 
Formação do disco embrionário
Concomitantemente ocorrem transformações no embrioblasto, culminando na formação de uma placa bilaminar, o disco embrionário formado por duas camadas: 
Epiblasto: Uma camada mais espessa, constituída por células colunares altas, relacionadas com a cavidade amniótica. 
Forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com o âmnio. 
Hipoblasto: Composto de pequenas células cuboides adjacentes à cavidade exocelômica – cavidade vitelinica (que era chamada na primeira semana de cavidade blastocística ou blastocele). 
Forma o teto da cavidade exocelômica e está em continuidade com a delgada membrana exocelômica (ambos conjuntamente formam a vesícula umbilical primitiva)
Reação Decidual
Resulta da sinalização de AMPc e progesterona. Com o acúmulode glicogênio e lipídeos, as células ficam com o seu citoplasma intumescido e são conhecidas como células deciduais secretoras. A função primária da reação é promover uma área imunonológicamente privilegiada para o concepto. 
Formação da Cavidade Amniótica
Ocorre durante a implantação do embrião no endométrio.
As próprias células do embrioblasto começam a secretar fluidos que empurram essas células pra baixo formando uma cavidade. Após esse evento as células amniogênicas separam-se do embrioblasto e formam uma delgada membrana (âmnio) que recobre toda a cavidade amniótica. 
O primórdio da cavidade amniótica é formado com um pequeno espaço no embrioblasto. 
Âmnio: 
Formação: se dá pela separação de células amniogênicas do epiblasto. 
Definição: Saco membranoso cheio de líquido que envolve o embrião e também reveste o cordão umbilical. 
Função:
Proteção contra choques mecânicos
O líquido dar pressão na parede que favorece o desenvolvimento visceral. 
Possibilita maior resistência a diferença de temperaturas. 
O líquido lubrifica o canal vaginal facilitando a hora do parto. 
Esse líquido também serve de alimento para o embrião, se houver muita concentração de líquido, tem-se problema do desenvolvimento embrionário.
Problemas de hipertensão não gera uma boa circulação placentária , não produzindo quantidade boa desse líquido 
Polidrâmio: Volume maior que 2.000 ml
Oligodrâmio: Volume menor que 400 ml. 
Formação do Saco Vitelinico
Em torno de 8 dias as células do hipoblasto migram para a superfície interna do citotrofoblasto e em 12 dias surge a Membrana de Heuser, delimitada pela cavidade blastocélica, formando o saco vitelinico.
Membrana de Heuser- Endoderme Extra -Embrionário.
Formação de Lacunas: após a formação de todas essas estruturas, surgem as cavidades isoladas, as lacunas no sinciciotrofoblasto . O fluido dos espaços lacunares- embriotrofo, passa por difusão ao disco embrionário e fornece material nutritivo ao embrião. 
OBS: A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas estabelece o ínicio da Circulação uteroplacentária.
Lembrar: antes o sinciotrofoblasto capturou glândulas, vasos sanguíneos assim formam-se os espaços lacunares dentro do sinciotrofoblasto, e posteriormente a rede de lacunas pela fusão dessas. 
Formação das Redes Lacunares: após a formação das lacunas, essas se se fundem para formar as redes lacunares, e posteriormente formará os Espaços Intervilosos. Por volta do décimo segundo dia, circulará livremente o sangue materno também por capilares sinusóides. O trofoblasto absorve o fluido nutritivo das redes lacunares, que é então transferido ao embrião, esbelecendo uma relação Útero Placentária Primitiva. 
Formação do Mesoderma Extra-embrionário:
Formação: Células do Endoderma do Saco Vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo.
Função: Circunda o âmnio e o saco vitelino. 
Espaços Celômicos Extraembrionários: surge a partir do crescimento do mesoderma, esses espaços posteriormente se fundem para formar o Celoma Extraembrionário. 
Celoma Extraembrionário: Essa cavidade é preenchida por fluido que envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde eles estão aderidos ao córion pelo pedículo do embrião. Esse celoma torna-se a Cavidade Coriônica.
O saco vitelino primitivo diminui de tamanho, formando-se um pequeno saco vitelino secundário, formado por células endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto para o interior do saco vitelino primitivo. Este apesar de não possuir vitelo, pode ter um papel de transferência seletiva de nutrientes para o embrião. 
Desenvolvimento do Saco Coriônico ou Córion 
 O fim da 2ª é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas. A proliferação das células citotrofoblásticas, induzido pelo mesoderma somático extraembrionário subjacente, criam projeções celulares para dentro do sinciotrofoblasto, as vilosidades coriônicas primárias (garante também nutrição). 
Formação do Córion: forma-se a partir do mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas de trofoblasto (sincio e cito). E esta forma a parede do saco coriônico, dentro do qual o embrião com os sacos vitelino e amniótico estão suspensos pelo pedículo
Celoma Extraembrionário
Função: formação da cavidade coriônica
O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em:
Mesoderma Somático Extraembrionário: reveste o trofoblasto e cobre o âmnio. 
Mesoderma Esplâcnico Extraembrionário: que envolve o saco vitelino. 
Formação da Placa Pré-Cordal
No 14 ª as células hipoblasticas começam a se espessar e ficar colunares, dando forma a placa Pré-Cordal, que indica o futuro local da boca e um importante organizador da região da cabeça. 
A Placa Pré-Cordal é o primórdio da membrana bucofaringe, que tem por função atuar de centro sinalizador para controle do desenvolvimento de estruturas cranianas. 
Terceira Semana de Gestação: Formação das camadas germinativas e início da diferenciação dos tecidos e órgãos
Este período é caracterizado por:
Aparecimento da linha primitiva 
Desenvolvimento da Notocorda 
Diferenciação das 3 camadas germinativas
Observações Importantes
É nesse momento que é identificável que está grávida. 
Início do Período embrionário ( Inicia durante a semana após a não ocorrência da menstruação = cinco semanas depois da UMN) ------- termina ao final da oitava semana. 
Gastrulação: Formação das camadas germinativas
A Gastrulação é o processo formador das 3 camadas germinativas que são precursoras de todos os tecidos embrionários, posto que o disco embrionário bilaminar torna-se trilaminar. 
Temos então, o início da morfogênese (desenvolvimento da forma e estrutura de vários órgãos e partes do corpo). 
Com isso:
Algumas células deslocam o hipoblasto = endoderma. 
Outras dispõem-se entre o epiblasto e o endoderma recém-criado = mesoderma.
Células que permanecem no epiblasto = Ectoderma. 
Inicia-se a Gastruação a partir da formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário, e o embrião recebe o nome de Gástrula. Este contém agora 3 camadas germinativas. 
Ectoderma Embrionário: Origina epiderme, SNC, SNP, olho, orelha interna, células da crista neural, tecido conjuntivo da cabeça. 
Mesoderma Embrionário: Origina todos os músculos esqueléticos, células sanguíneas revestimento dos vasos sanguíneas, músculo liso visceral, todos os revestimentos serosos de toda cavidade corpórea, ductos e órgãos do sistema reprodutivo e secretor, maior parte do: sistema cardiovascular, cartilagem, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma dos órgãos internos. 
Endoderma Embrionário: Origina os revestimentos epiteliais das vias respiratórias e do trato gastrintestinal (incluindo suas glândulas e células glandulares de órgãos anexos- fígado e pâncreas). 
OBS: O Epiblasto através da gastrulação é a fonte de todas as camadas germinativas do embrião. 
Linha Primitiva
Seu aparecimento é o sinal inicial da Gastrulação. Definida como linha espessada do epiblasto caudalmente no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário. Ela resulta da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Seu alongamento se dá pela adição de células na sua extremidade caudal.
A partir de sua formação é possível diferenciar: cranial de caudal, dorsal de ventral e direita de esquerda. 
OBS: As células que dão origem são HNK1 positivas (reguladoras).
Nó Primitivo: se origina por proliferação (aumento de volume) da extremidade cranial da linha primitiva. Concomitantemente, forma-se o sulco primitivo, que se continua com a fosseta primitiva. Ambos o sulco e a fosseta primitiva resultam da invaginação das células epiblásticas. Assim já se pode identificar no embrião o eixo cefálico-caudal. 
Formação do Mesênquima: derivadas a partir de células do epiblasto, uma parte que futuramente formará os tecidos de sustentação do corpo, osteoblastos , fribroblastos, condroblastos etc, enquanto sua outra parte formará o mesoblasto (mesodermaindiferenciado) que originará o mesoderma embrionário.
Formação do Endoderma Intraembrionário: se dá por meio das células do epiblasto e do nó primitivo, que deslocam o hipoblasto, formando o endoderma embrionário, no teto do saco vitelino.
Destino da Linha primitiva: A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pelo ingresso de células até o início da quarta semana. Ela diminui de tamanho relativo e torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião desaparecendo no fim da quarta semana. 
Mesoderma Cardiogênico: é formado por algumas células mesenquimais da linha primitiva, que migram cefalicamente de cada lado do processo notocordal e em torno da placa Pré-Cordal na área cardiogênica, onde o primórdio do coração começa a se desenvolver no fim da terceira semana. 
Membrana Cloacal: caudalmente à linha primitiva, há uma área circular, local do futuro ânus. Não há formação da terceira camada, pois nessa região há uma proximidade muito grande entre a endoderma e a ectoderma. 
Processo Notocordal e Notocorda
FORMAÇÃO: Células Mesenquimais que migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva, formando o processo notocordal (cordão mediano)
CANAL NOTOCORDAL: Quando o processo notocordal adquire uma luz.
CRESCIMENTO: Este cresce cefalicamente entre o endoderma e o ectoderma até alcançar a Placa Pré-Cordal (limite). Isso acontece pois é justamente ali que estará o ECTODERMA e ENDODERMA estão em contato um com o outro assim havendo um impedimento além da placa.
OBS: A união do limite dessas duas camadas formará a membrana bucofaríngea (que dará origem a boca). 
O mesoderma Pré-Cordal é essencial para a indução do cérebro anterior e do olho.
Notocorda
Define o eixo longitudinal primordial do embrião e dá a ele alguma rigidez. 
Fornece sinais que são necessários para o desenvolvimento das estruturas musculoesqueléticas axiais e do sistema nervoso central. 
Indica a futura área dos corpos vertebrais. 
A Notocorda se estende da membrana bucofaríngea ao nó primitivo, degenerando e desaparecendo quando os corpos vertebrais se formam, mas persiste como núcleo pulposo de cada disco intervertebral. 
IMPORTANTE: A Notocorda funciona como indutor primário do embrião inicial. Ela induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural, o primórdio do SNC.
Ela desenvolve da seguinte maneira: 
O processo notocordal se alonga pela invaginação das células da fosseta primitiva. 
A fosseta primitiva se estende no processo notocordal, formando um canal notocordal. 
O processo notocordal é agora um tubo células que se estende cefalicamente a partir do nó primitivo até a placa Pré-Cordal.
O assoalho do processo notocordal se funde com o endoderma embrionário subjacente. 
As camadas fundidas gradualmente sofrem degeneração, resultando na formação de aberturas no assoalho do processo notocordal, o que coloca o canal notocordal em comunicação com a vesícula umbilical – bolsa vitelinica.
As aberturas rapidamente tornam-se confluentes e o assoalho do canal notocordal desaparece. Os resquícios do processo notocordal formam uma placa notocordal achatada e sulcada. 
No início da extremidade cefálica do embrião, as células Notocorda proliferam e a placa notocordal invagina para formar a notocorda. 
A parte proximal do canal notocordal persiste temporariamente como canal neuroentérico, que forma uma comunicação transitória entre a cavidade amniótica e a vesícula umbilical (cavidade vitelínica). Quando o desenvolvimento da notocorda está completo, o canal neuroentérico normalmente se oblitera. 
A notocorda se desprende do endoderma da vesícula umbilical, que mais uma vez se torna uma camada continua. 
Crescimento do Disco Germinativo
O disco embrionário torna-se alongado : Extremidade Larga (cefálica) e Extremidade Estreita (caudal). 
Por que ocorre o crescimento e o alongamento da região cefálica?
R- Migração contínua de células da região da linha primitiva em direção a cefálica. 
Porção Cefálica: As camadas germinativas começam sua diferenciação específica na metade da terceira semana. 
Porção Caudal: Diferenciação inicia-se no fim da quarta semana. 
OBS: Sendo assim, a gastrulação ou formação das camadas germinativas, continua nos segmentos caudais, enquanto as estruturas cefálicas estão se diferenciando e o embrião cresce em um sentido cefalocaudal. 
O Alantoide - Surge por volta do décimo sexto dia. 
Surge como um pequeno divertículo da parede caudal do saco vitelino que se estende para o pedículo do embrião. Permanece muito pequeno, mas o mesoderma do alantoide se expande abaixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta. Os vasos sanguíneos do alantoide se tornam artérias e veias umbilicais. 
FUNÇÃO: Início da formação do sangue e desenvolvimento da bexiga .
OBS: Conforme a bexiga cresce – alantóide – úraco – ligamento umbilical médio
Neurulação: Formação do Tubo Neural – Completa-se durante a 4 ª semana
É a formação da placa neural e pregas neurais e fechamento dessas pregas para formar o tubo neural, que finda na 4 ª semana, com o fechamento do neuroporo caudal. Temos aí a nêurula. 
Placa Neural: Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma forma uma placa alongada em forma de chinelo, a placa neural. Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea. Ultrapassando a notocorda, a placa neural se invagina, formando o sulco neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados. 
OBS: O ectoderma da placa neural da origem ao SNC, encéfalo e medula espinhal
Tubo Neural: No fim da 3 ª semana, as pregas neurais já começaram a se aproximar e a se fundir, convertendo a placa neural em tubo neural (primórdio do SNC). O tubo neural separa-se do ectoderma por encontro das pregas neurais. 
OBS: Quando o tubo neural se destaca da ectoderma , esse resto da ectoderme forma a epiderme. 
Formação da Crista Neural: quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial adjacente. 
OBS: A crista neural da origem a gânglios espinais, gânglios do sistema nervoso autônomo, bainha dos nervos periféricos, a pia-máter e aracnóide. 
Desenvolvimento dos Somitos 
As células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial, que está em continuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se alarga para formar o mesoderma lateral, que possui continuidade com o mesoderma extraembrionário. 
O mesoderma paraxial diferencia-se nos somitos numa sequência cefalocaudal. Esses formam elevações que se destacam na superfície do embrião, aparecendo primeiramente na futura região occipital do embrião. Logo avançam cefalocaudalmente, dando origem à maior parte do esqueleto axial (costelas) e aos músculos associados, assim como à derme da pele adjacente. 
Desenvolvimento do Celoma Intraembrionário 
Surge como espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico fundem-se formando uma única cavidade em forma de ferradura: celoma Intraembrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas: 
Uma camada somática ou parietal (somatopleura) de mesoderma lateral localizado abaixo do epitélio ectodérmico e contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste o âmnio. 
Uma camada esplâncnica ou visceral (esplancnopleura) de mesoderma lateral localizado adjacente ao endoderma e contínuo com o mesoderma extraembrionário que reveste a vesícula umbilical (saco vitelinico). 
OBS: No segundo mês o celoma intraembrionário estará dividido em: Cavidade pericárdica, Cavidade Pleurais e Cavidade Peritoneal. 
Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
Vilosidades Coriônicas Primárias: constituídas apenas pelo Sincio + Citotrofoblasto. 
Vilosidades Coriônicas Secundárias: constituídas pelo Sincio + Citotrofoblasto + Mesoderma Extraembrionário. 
Vilosidades Coriônicas Terciárias: constituídas pelo Sincio + Citotrofoblasto+ Mesoderma Extraembrionário + Vasos Sanguíneos Coriônicos. 
Os capilares das vilosidades coriônicas fundem-se, formando redes arteriocapilares, as quais logo se conectam ao coração do embrião. Pelas vilosidades é que há a troca de nutrientes com o sangue materno presente no espaço interviloso. 
Concomitantemente, temos células do Citotrofoblasto das vilosidades coriônicas formando: 
Capa citotrofoblástica: envolve o saco coriônico e prende ao endométrio. 
Vilosidades-tronco de (ancoragem): prendem-se aos tecidos maternos através da capa citotrofoblástica. 
Vilosidades-terminais: crescem dos lados das vilosidades-tronco. 
Da quarta a oitava semana: Período da Organogênese
Fases do desenvolvimento embrionário 
A primeira fase é a do crescimento (aumento de tamanho), que envolve a divisão celular e elaboração de produtos celulares. 
A segunda fase é a morfogênese (desenvolvimento da forma, do tamanho e de outras características de um órgão em particular ou de parte ou de todo o corpo). A morfogênese é um processo molecular complexo controlado pela expressão e regulação de genes específicos em uma sequência ordenada. Mudanças no tipo celular, na forma da célula e no movimento celular possibilitam a elas interagir umas com as outras durante a formação de tecidos e órgãos. 
A terceira fase é a diferenciação (ocorre a maturação dos processos fisiológicos). O término da diferenciação resulta na organização de células em um padrão preciso de tecidos e órgãos que são capazes de executar funções especializadas. 
Dobramento do Embrião
A velocidade de crescimento nas laterais do disco embrionário não acompanha o ritmo de crescimento do eixo maior enquanto o embrião aumenta rapidamente de comprimento. O dobramento das extremidades cefálica e caudal e o dobramento lateral do embrião ocorrem simultaneamente. Concomitantemente, a junção do embrião com o saco vitelino sofre uma constrição relativa. 
Dobramento do Embrião no Plano mediano
O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, que levam as regiões cefálica e caudal a se deslocarem ventralmente, enquanto o embrião se alonga cefálica e caudalmente.
Prega cefálica: No início da quarta semana, as pregas neurais da região cefálica tornaram-se mais espessas, formando o primórdio do encéfalo. 
Septo Transverso: se desloca na superfície ventral do embrião simultaneamente com o coração primitivo, o celoma pericárdio e a membrana bucofaríngea. Após o dobramento, situa-se caudalmente ao coração, e irá desenvolver o tendão central do diafragma.
Intestino Anterior: formado pelo endoderma do saco vitelino incorporado pelo embrião durante o dobramento longitudinal. Situa-se ente o encéfalo e o coração. 
Membrana Orofaríngea: separa o intestino anterior do estomodeu (boca primitiva). 
Nessa fase o celoma pericárdico localiza-se ventralmente ao coração, e o celoma Intraembrionário comunica-se livremente, por ambos os lados, com o celoma extraembrionário. 
Prega Caudal: resulta do crescimento distal do tubo neural. Uma projeção da região caudal sobre a membrana cloacal. 
Eminência Caudal: com o crescimento do embrião, projeta-se sobre a membrana cloacal (proctodeu). 
Intestino Posterior: origina-se da camada germinativa endodérmica incorporada ao embrião, durante o dobramento. 
Cloaca: dilatação do intestino posterior, que dará origem ao primórdio da bexiga e do reto. 
Linha Primitiva: antes era cranial em relação a membrana cloacal, depois do dobramento assume uma posição caudal. 
Pedículo do Embrião: prende-se a superfície ventral do embrião. 
Alantóide: é parcialmente incorporado ao embrião. 
Dobramento do Embrião no Plano Horizontal. 
O dobramento lateral do embrião leva a formação das pregas laterais direita e esquerda, sendo resultado do rápido crescimento da medula espinal e dos somitos. 
Intestino Médio: originado da incorporação da camada germinativa endodérmica ao embrião, pela formação das paredes abdominais. 
Pedículo Vitelino: originado da redução da comunicação entre o intestino médio e a vesícula umbilical (saco vitelino). 
Cordão Umbilical: origina-se do pedículo do embrião.
Âmnio: passa a formar o revestimento epitelial do cordão umbilical. 
Placenta e Anexos fetais 
Placenta 
A placenta é o local básico de trocas de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. Possui dois componentes: 
Uma porção fetal originária do saco coriônico. 
Uma porção materna derivada do endométrio. 
Em conjunto com o cordão umbilical, funciona como um sistema de transporte de substâncias que passam entre a mãe e o feto. A placenta e as membranas fetais executam as seguintes funções e atividades: proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios. 
A decídua: refere-se ao endométrio gravídico, que se separa do restante do útero após o parto. Este apresenta três regiões: 
A decídua basal é a parte da decídua profunda ao concepto (embrião e membranas) que forma a parte materna da placenta. 
A decídua capsular é a parte mais superficial da decídua que recobre o concepto. 
Com o crescimento do concepto, faz saliência na cavidade uterina e fica muito fina, e acaba por entrar em contato e se fundir a decídua parietal, por fim obliterando a cavidade uterina. Entretanto, há redução do seu suprimento sanguíneo, causando sua degeneração e desaparecimento. E aí a parte lisa do saco coriônico se funde a decídua parietal. 
A decídua parietal compreende todas as outras partes restantes da decídua. 
Em resposta a níveis crescentes de progesterona, formam-se as células deciduais, que crescem com o acúmulo de glicogênio e lipídeo no citoplasma. As mudanças celulares e vasculares que ocorrem no endométrio na implantação constituem a Reação Decidual. 
Não se conhece o significado total das células deciduais, mas foi sugerido que elas protegem o tecido materno de uma invasão descontrolada pelo sinciciotrofoblasto e que podem estar envolvidas na produção de hormônios. 
Desenvolvimento da Placenta
As Vilosidades Coriônicas cobrem todo o saco coriônico até o início da oitava semana. Com o crescimento desse saco, essas vilosidades degeneram, formando o córion liso. Com isso, as vilosidades associadas a decídua basal aumentam rapidamente de número, formando o córion viloso. 
A placenta apresenta duas partes: 
Fetal: é formada pelo córion viloso. As vilosidades coriônicas que surgem do projeto coriônico no espaço interviloso contêm sangue materno. 
Materno: é formada pela decídua basal, a parte da decídua relacionada ao componente fetal da placenta. Ao final do quarto mês, a decídua basal é quase inteiramente substituída pela parte fetal da placenta. 
Ambas as partes se prendem uma a outra pela capa citotrofoblástica a camada externa de células trofoblásticas da superfície materna da placenta. 
Artérias e Veias endometriais passam livremente por fendas na capa citotrofoblástica e se abrem no espaço interviloso. Este espaço é aumentado durante a formação da placenta, pela erosão da decídua, produzindo os septos da placenta, que dividem a parte fetal da placenta em áreas convexas irregulares denominadas cotilédones. 
Os Septos Placentários dividem o espaço interviloso da placenta em compartimentos que se comunicam livremente, contendo sangue materno vindo das artérias espiraladas do endométrio da decídua basal. Essas passam por fendas da capa citotrofoblástica e lançam sangue no espaço interviloso, que é drenado pelas veias endometriais. 
O Saco Amniótico cresce mais rapidamente do que o Saco Coriônico, fundindo-se com ele na parte lisa, formando assim a Membrana Amniocoriônica. Essa membrana funde com a decídua capsular e se adere à decídua parietal depois do desaparecimento da parte capsular se rompendo mais tarde no trabalho de parto. 
Circulação Placentária 
As vilosidades coriônicas terminais da placenta criam uma grande área de superfície, para as principais trocas de material entre a mãe e o feto. 
Circulação Placentária Fetal: o sangue pouco oxigenado deixa o feto e vai paraa placenta, passando pelas artérias umbilicais. Os vasos sanguíneos formam um extenso sistema arterio-capilar-venoso dentro das vilosidades coriônicas, o qual mantém o sangue fetal extremamente próximo do sangue materno. Fornece assim, ampla área de troca de produtos metabólicos e gasosos entre as correntes sanguíneas materna e fetal. O sangue fetal bem oxigenado, volta ao feto por meio da veia umbilical. 
Circulação placentária materna: o sangue materno no espaço interviloso fica, temporariamente, fora do sistema circulatório materno. Nas artérias espiraladas, o fluxo sanguíneo é pulsátil e é lançado em jatos por força da pressão do sangue materno, que é mais alta do que a do espaço interviloso e jorra para a placa coriônica (teto do espaço interviloso). Com a dissipação da pressão, o sangue flui lentamente em torno das vilosidades terminais, permitindo a troca de produtos metabólicos e gasosos com o sangue fetal. O sangue retorna através das veias endometriais para a circulação materna. Uma redução da circulação uteroplacentária pode resultar em hipóxia fetal e retardo do crescimento intrauterino, e até casos de morte. As transferências de oxigênio para o feto diminuem durante as contrações uterinas, mas não cessa. 
A membrana placentária 
Função: estrutura que separa o sangue materno do fetal, sendo formada até a vigésima semana. 
Composição para formação: sinciciotrofoblasto, Citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais. 
Ação: Funciona como uma barreira apenas quando a molécula tem certo tamanho, configuração e carga. Alguns metabólitos, toxinas e hormônios apesar de presentes na circulação materna, não cruzam a membrana placentária em concentração suficiente para afetar o embrião/feto. A maioria das drogas e outras substâncias no plasma materno passam pela membrana placentária. Durante o terceiro trimestre, numerosos núcleos do sinciciotrofoblasto se agregam formando protrusões ou agregações multinucleadas- os nós sinciciais que são removidos do espaço interviloso, caindo na circulação materna. 
Funções da Placenta
Essenciais para a manutenção da gravidez e para promoção do desenvolvimento do feto. 
Metabolismo Placentário: no início da gravidez sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos, como forma de fontes nutritivas e de energéticas para o embrião feto. 
Transferência Placentária: transporte de substâncias em ambas as direções é facilitada pela grande superfície da membrana placentária. Ocorrendo por difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose. 
Transferências de gases: oxigênio dióxido de carbono, e monóxido de carbono cruzam a membrana placentária por difusão simples. Esta se aproxima em eficiência aos pulmões. A quantidade de oxigênio que alcança o feto está basicamente limitada pelo fluxo e não pela difusão. 
Substâncias Nutritivas: Os nutrientes constituem a maioria das substâncias transportadas da mãe para o embrião/feto. Água, glicose, aminoácidos, vitaminas há pouca ou nenhuma transferência de colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios maternos. 
Hormônios: Hormônios proteicos não alcançam o embrião ou feto em quantidades significativas, com exceção de uma lenta transferência de tiroxina e tri-iodotironina. Hormônios esteroides não conjugados cruzam a membrana placentária de maneira livre. A testosterona e certos progestógenos sintéticos cruzam a membrana placentária e podem causar masculinização dos fetos do sexo feminino. 
Eletrólitos: Esses compostos são livremente trocados pela membrana placentária em quantidade significativa, estes também passam ao feto e afetam seu estado eletrolítico e de água. 
Anticorpos Maternos: alguma imunidade passiva é conferida ao feto pela transferência placentária de anticorpos materno, como a IgG, prontamente transportada para o feto por fagocitose. Conferem imunidade contra difteria, a varíola e o sarampo, mas não contra pertussis (coqueluche) ou varicela (catapora). Uma proteína materna, a transferrina, cruza a membrana placentária e transporta ferro para o embrião/feto. A superfície da placenta contém receptores especiais para essa proteína. 
Produto de Excreção: A ureia e o ácido úrico passam através da membrana placentária por difusão simples. A bilirrubina conjugada é facilmente transportada pela placenta para a depuração rápida. 
Drogas e seus metabólitos: A maioria das drogas e seus metabólitos cruzam a placenta por difusão simples, exceto aqueles que assemelham estruturalmente a aminoácidos.
Agentes Infecciosos
Síntese e secreção endócrina da placenta: o sinciciotrofoblasto da placenta sintetiza hormônios proteicos e esteroides. 
hCG (mantém o corpo lúteo, impedindo o início dos ciclos menstruais). 
Somatomamotrofina Coriônica Humana ou Lactogênio Placentário Humano.
Tireotrofina Coriônica Humana. 
Corticotrofina Coriônica Humana. 
Esteroides: estrogênio e progesterona (manutenção da gravidez). 
A placenta como um Aloenxerto: A placenta pode ser vista como um Aloenxerto em relação à mãe. A parte fetal da placenta é derivado do concepto, que herda os genes tanto maternos quanto parternos. O Sinciciotrofoblasto das vilosidades coriônicas, embora exposto as células imunes maternas nos sinusóides, não expressam antígenos do complexo principal de histocompatibilidade e, portanto, não evoca resposta de rejeição. 
Coração e Grandes Vasos
São formados de células mesenquimais do nó primórdio do coração – área cardiogênica. 
Durante a terceira semana forma-se um par de canais revestidos por endotélio – tubos cardiácos encocárdicos. 
Esses tubos fundem-se e forma o tubo cardiáco primitivo. 
O coração tubular une-se com os vasos sanguíneos do embrião, do córion e do saco vitelino para formar o sistema cardiovascular primitivo. No final da terceira semana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21 ou 22 dia. 
Parto 
Processo durante o qual o feto, a placenta e as membranas fetais são expelidos do trato reprodutor materno. O trabalho de parto é a sequência de contrações uterinas involuntárias, que resultam na dilatação do colo uterino e na saída do feto e da placenta do útero. Os hormônios envolvidos são: ocitocina (induz contrações peristálticas do músculo liso uterino, liberação de prostaglandinas pela decídua para contratilidade do miométrio) e os estrogênios (aumentam a atividade contrátil do miométrio). 
Este processo é dividido em três estágios
Dilatação: começa com a dilatação progressiva do colo e termina quando cérvice está completamente dilatado. 
Expulsão: começa quando o colo está completamente dilatado e termina com a saída do bebê.
O estágio da placenta: começa logo após o nascimento da criança e termina com a expulsão da placenta e das membranas. 
Placenta e anexos fetais após o parto
Superfície Materna da Placenta: áreas de vilosidades levemente salientes- cotilédones separados por sulcos, anteriormente ocupados por septos placentários. 
Superfície Fetal da Placenta: geralmente, o cordão umbilical prende-se à superfície fetal da placenta e seu epitélio é contínuo com o âmnio aderido à superfície fetal. Os vasos umbilicais se ramificam na superfície fetal, formando os vasos coriônicos que penetram as vilosidades coriônicas e formam os sistema arterio-capilar-venoso. 
Cordão Umbilical: sua ligação à placenta normalmente fica no centro da superfície fetal desse órgão. Cordões longos têm a tendência a sofrer prolapso ou enrolar-se em torno do feto. Um cordão muito curto pode causar a separação prematura da placenta da parede do útero durante o parto. Usualmente, o cordão umbilical tem duas artérias e uma veia envolvida por tecido conjuntivo mucoide. 
Âmnio e Líquido Amniótico 
O Âmnio, é fino, porém firme, forma o saco amniótico membranoso cheio de fluído, que envolve o embrião e o feto. Com o aumento do âmnio, ele oblitera gradualmente a cavidade coriônica e forma o revestimento epitelial do cordão umbilical. 
Líquido amniótico: desempenha papel importante no crescimento e desenvolvimento do embrião.Inicialmente, um pouco de líquido amniótico pode ser secretado pelas células amnióticas. Entretanto, a maior parte desse fluído provém do fluído tecidual materno e amniótico por difusão através da Membrana Amniocoriônica a partir da decídua parietal. O líquido também é secretado pelo trato respiratório fetal, além de expelir urina na cavidade amniótica. 
Circulação do Líquido Amniótico: grande quantidade de água passa pela membrana Amniocoriônica para o fluído tecidual materno e daí para os capilares uterinos. Também há troca de fluído com o sangue fetal a través do cordão umbilical e no local onde o âmnio adere à placa coriônica na superfície fetal da placenta; desta maneira, o líquido amniótico fica em equilíbrio com a circulação fetal. O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratórios e digestivos, passando para o sangue fetal, e os produtos de excreção nele contidos atravessam a membrana placentária e vão para o sangue materno presente no espaço interviloso. O excesso de água do sangue fetal é excretado pelos rins do feto e retorna para o saco amniótico através do trato urinário fetal.
Importância do Líquido Amniótico: Esse líquido tem funções críticas para o desenvolvimento normal do feto. 
Possibilita o crescimento externo simétrico do embrião e do feto. 
Atua como barreira à infecção. 
Possibilita o desenvolvimento normal do pulmão fetal.
Impede a aderência do âmnio ao embrião e feto. 
Amortece impactos recebidos pela mãe. 
Ajuda a controlar a temperatura do embrião mantendo a temperatura relativamente constante. 
Possibilita o movimento livre do feto, dessa maneira ajudando, o desenvolvimento muscular dos membros. 
Auxilia na manutenção da homeostase de líquido e eletrólitos. 
OLIGODRÂMNIO
O que é: falta de líquido.
Prevalência: cerca de 5,5% das gestações.
Causas: gestante com hipertensão não tratada, problemas na placenta ou feto com anomalias digestivas e urinárias.
Como resolver: quando há doença associada, é preciso tratá-la. Demais situações requerem que a grávida tome bastante água (mais de dois litros ao dia). Em casos graves, os médicos costumam optar pelo parto antes do tempo previsto.
POLIDRÂMNIO
O que é: excesso de líquido.
Prevalência: apenas 1% das gestações.
Causas: nem sempre são conhecidas, mas as principais são sífilis, toxoplasmose e anomalias fetais (geralmente digestivas).
Como resolver: tratar o agente causador. Se o motivo é desconhecido, não há tratamento específico. Situações extremas exigem punção do líquido amniótico.
Consequências: quando o excesso não é controlado, há chance de o parto ser prematuro.
Saco Vitelino (Vesícula Umbilical)
A presença dos sacos amniótico e vitelino permite o reconhecimento precoce e a medida do embrião. O saco vitelino é reconhecível ao exame por ultrassom até o fim do primeiro trimestre. 
Importância: Apesar de não ser funcional (não possuir vitelo), sua presença é essencial por várias razões:
Possui papel na transferência de nutrientes ao embrião durante a segunda e terceira semanas quando a circulação uteroplacentária está sendo estabelecida. 
O desenvolvimento sanguíneo ocorre primeiramente no mesoderma extraembrionário, bem vascularizado que recobre a parede da vesícula umbilical, começando na terceira semana e continuando a ser formado lá até o início da atividade hematopoiética no fígado durante a sexta semana. 
Durante a quarta semana, a endoderme da vesícula umbilical é incorporada ao embrião como intestino primordial. Sua endoderme, derivada do epiblasto, dá origem aos epitélios da traqueia, brônquios, pulmões e canal alimentar. 
Destino do Saco Vitelino: com o avanço da gravidez, ele se atrofia tornando-se por fim muito pequeno. A persistência do saco vitelino não tem qualquer significado. 
Alantoide
- Resposta: surge por volta do décimo sexto dia como um pequeno divertículo em forma de salsicha que se estende da parede caudal do saco vitelino ao pedículo do embrião. O alantoide está envolvido com os primórdios da formação sanguínea no embrião humano e está associado ao desenvolvimento da bexiga. A aderência firme do alantóide ao cório, formando o corioalantóide, permite uma vascularização muito mais eficiente do embrião logo após sua formação. 
Apesar de o alantoide não ser funcional nos embriões humanos, ele é importante por três razões: 
Formação sanguínea ocorre em suas paredes entre a terceira e quinta semanas. 
Seus vasos sanguíneos persistem como as artérias e veia umbilicais. 
A parte intra-embrionária do alantoide passa do umbigo para a bexiga, com a qual é contínua. Com o crescimento da bexiga, o alantoide involui e forma um tubo grosso, o úraco. Após o nascimento, o úraco torna-se um cordão fibroso o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga ao umbigo. 
Gestações Gemelares
As gestações múltiplas trazem riscos maiores de anomalias cromossômicas e morbidade fetal do que as gestações simples, e isso aumenta proporcionalmente ao número de fetos. 
A incidência de gestações multiplas sãp de 1,17 %
Gêmeos Dizigóticos: Fraternos
Probabilidade: 2/3
Fecundação de 2 ovócitos ( podendo ter pais diferentes)
2 sacos amnióticos 
2 sacos coriônicos 
2 placentas (podem estar fundidas/fusionadas)
Podem ou não ter o mesmo fator sanguíneo
Podem ou não ser do mesmo sexo (2/3 são iguais e 1/3 não). 
Gêmeos Monozigóticos: Idênticos 
Correspondem a 33 por cento – 1/3 . 
A fecundação é de um único ovócito:
Em estágio de blastocisto, resulta da divisão do embrioblasto em dois primórdios:
2 sacos amnióticos
1 saco coriônico 
1 placenta (monocoriônica e diamniótica)
Possuem o mesmo sexo sempre
Possuem o mesmo Genoma ( sendo considerado um clone do outro ) 
Gêmos Xipófagos (Siameses) 
São univitelinos em o disco não se divide por completo
Estão ligados por alguma parte do corpo
O embrião é apenas uma massa celular.
1 placenta
1 saco amniótico e Cavidade Amniótica em comum. 
Características 
Quarta Semana
4- 12 somitos
O tubo neural forma-se em frente aos somitos e está amplamente aberto nos neuróporos rostral (anterior) e caudal (posterior).
Os arcos faríngeos (branquias são visíveis). 
Embrião levemete encurvado
Saliência cardíaca.
Neuróporo rostral fechado
Visíveis três pares de arcos faríngeos
Saliência do encéfalo anterior 
Longa cauda curva 
Curvatura em C 
Fosseta óptica
Brotos dos membros inferiores 
Cauda adelgaçada
Broto dos membros superiores 
Placódios do cristalino
4 pares de arcos faríngeos. 
Quinta Semana 
Pequenas mudanças na forma do corpo.
Crescimento da cabeça maior que o das outras regiões. 
Face em contato com a saliência cardíaca. 
Formação do seio cervical. 
Brotos dos membros superiores em forma de remos.
Brotos dos membros inferiores em forma de nadadeiras.
Rins Mesonéfricos.
Sexta Semana 
Desenvolvimento dos cotovelos 
Desenvolvimento das grandes placas das mãos 
Desenvolvimento dos raios digitais
Movimento espontâneos 
Desenvolvimento das saliências auriculares 
Desenvolvimento do meato acústico externo
Olho bem evidente
Cabeça encurvada sobre a grande saliência cardíaca. 
Resposta reflexa ao toque. 
Sétima Semana 
Os membros sofrem transformações consideráveis.
Chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos. 
Pedículo Vitelino.
Hérnia Umbilical 
Começa a ossificação dos membros superiores 
Início da Oitava Semana 
Dedos das mãos separados, mas unidos por membranas.
Pés em forma de leque com chanfraduras entre os raios digitais.
Cauda curta ainda presente. 
Plexo Vascular do couro cabeludo.
Primeiros movimentos voluntários nos membros.
Ossificação dos membros inferiores.
Fim da Oitava Semana 
Todas as regiões dos membros são reconhecíveis.
Dedos mais compridos e totalmente separados.
Desaparecimento da cauda.
Mãos e pés aproxima-se ventralmente.
Cabeça ainda desproporcionalmente grande e constitui quase metade do embrião. 
Pálpebras mais evidentes. 
Aurículas das orelhas externascomeçam a tomar sua forma final. 
Correlações para a Prova - Verdadeiras
A clivagem é um fenômeno que acontece com o embrião em que ocorre o aumento do número de blastômeros , sem ocorrer o aumento do tamanho da estrutura embrionária. Ocorre em nível de tubas uterinas , onde a partir desse fenômeno originará a mórula, blastocisto e o embrião estará preparado para implantação no endométrio. 
Os blastômeros totipotenciais são células embrionárias que possuem a capacidade de originarem células idênticas, com a mesma função, a partir de divisões mitóticas. Através dessa célula é possível a realização de análises cromossômicas para diagnósticos pré-implantação. 
A mórula é transportada das tubas uterinas até até o útero através de movimentos ciliares estimulados pelo estrogênio. Para a formação do blastocisto, o embrião capta líquido, devido a sua maior necessidade energética, formando um espaço entre os blastômeros, denominado de cavidade blastocística (blastocele) e com isso fica uma massa de células no centro, denominada de massa celular interna – embrioblasto. Além disso uma camada fina de células recobre a externamente essa estrutura, denominado de trofoblasto. Tudo isso caracteriza um blastocisto, envolvido pela zona pelúcida. É necessário a ruptura dessa zona (eclosão) no útero, para que ocorra uma perfeita implantação. 
O blastocisto para implantar é necessário sofrer eclosão, sendo que irá tocar o endométrio pelo polo embrionário. Nesse momento, o trofoblasto diferencia-se em dois tipos: o Citotrofoblasto e o Sinciotrofoblasto. Essas duas estruturas tem fundamental importância na implantação, sendo que as células do citotrofoblasto sofrem mitoses e migram para o sincício e perdem a membrana plasmática, tornando-se parte de uma massa multinucleada de células que produzem enzimas proteolíticas indispensáveis para a implantação. As funções do sincício são: a de produzir enzimas proteolíticas, para implantar no endométrio, já que este é rico em proteínas (colágeno) : função nutritiva através da erosão de capilares e glândulas endometriais, produção de HCG fundamental para a manutenção da atividade do corpo lúteo. 
O embrião durante a primeira semana de gestação apresenta o maciço celular interno que irá se subdividir em duas partes: o epiblasto (relacionado com a cavidade amniótica) e hipoblasto (relacionado à cavidade blastocística). Essa fase é denominada de fase em que o disco germinativo é bilaminar. 
Na fase estrogênica a contratibilidade tubárica aumenta facilitando o transporte dos espermatozóides para o local da fertilização. Por outro lado a diminuição das taxas de estrogênio facilita a corrente ciliar e o transporte do embrião para o útero.
Os gêmeos dizigóticos (fraternos) são formados a partir da fecundação de dois ovócitos. Apresentam placentas diferentes quase sempre e são dois sacos amnióticos . Podem ter ou não o mesmo fator sanguíneo , mesmo sexo ou não. 
Acadêmica: Letícia Fernanda Farias Porto
Curso: Medicina

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