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Curso de Psicologia Disciplina: Técnicas de Exame Psicológico I – TEP I Unidade II Prof.(a): Juliane Matos, Ms. Centro Universitário Estácio FIC Professora: Juliane Matos “Um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas ou categorias fixas” (Cronbach apud PASQUALI, 2001) Professora: Juliane Matos “Uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento.” (Anastasi, 1977) “É um conjunto de tarefas predeterminadas que o sujeito precisa realizar em determinada situação, do qual resultam em alguma forma de medida.” (Pasquali, 2001) Professora: Juliane Matos São instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em decorrência do que dispõe o § 1° do art. 13 da lei no 4.119/62. (Resolução CFP 002/2003) Professora: Juliane Matos Propõem tarefas específicas como meio para observar a manifestação do comportamento e, por meio dessas manifestações, inferir características psicológicas. As tarefas podem constituir-se em problemas de raciocínio, frases autodescritivas, tarefas de expressão, como desenhar, contar histórias, perceber figuras em manchas de tinta e outros. Professora: Juliane Matos Objetividade e Padronização: Psicométricos e Impressionistas (ou Projetivos). Construto (processo psicológico) medido: Capacidade ou aptidão: Aptidão Geral, Aptidões Específicas e Psicomotricidade Personalidade, Atitudes e valores, Interesses Forma de resposta: Verbais, Impressos (lápis e papel), Motor (de Execução), Via computador. Organização: Isolados, Baterias e Escalas. OBS: Não há consenso sobre a forma de classificação dos testes Segundo o método utilizado Segundo a finalidade Influência do examinador Modo de administra- ção Modo de expressão Segundo a Organiza ção Segundo o atributo medido Psicométricos Velocidade Pessoais Individuais Testes verbais Testes isolados Rendimento Mede capacidade geral, aptidões específicas, atitudes, interesses. Ênfase na padronização e tarefa bem dirigida. Normas Quantitativas (resultado é uma medida) Rapidez do raciocínio ou execução da tarefa. Quando a influência do examinador é evidente. Dá a resposta verbalment e e o examinador registra. Grau de conheciment o sobre algo. Projetivos Potência Impessoais Coletivos Testes impressos Baterias Aptidão Personalidade (indivíduo =todo) uma tarefa não estruturada projeta as características. Normas qualitativas. A constância da característica dará o diagnóstico. Medem a qualidade na execução da tarefa. O examinador se limita ao rapport. Precisa marcar as respostas. Potencial para aprender ou realizar uma tarefa. Auto- administr ados Escalas Personalidade Mede as característica s da personalidad e Professora: Juliane Matos Segundo a Psicanálise, projeção é uma tendência ou ato de atribuir ao mundo externo processos psíquicos reprimidos. São instrumentos utilizados para o estudo da personalidade; Apresentam como estímulo algo pouco estruturado e mal definido, vago e impreciso, ao qual o sujeito possa imprimir um sentido particular; Diante de estímulos pouco ou nada estruturados, a resposta do sujeito revela sua maneira peculiar de ver a situação, de senti-la e interpretá-la. São técnicas que visam a avaliação psicodinâmica da personalidade. Professora: Juliane Matos Vê o comportamento como o produto de forças psicológicas que interagem dentro do indivíduo, frequentemente fora de seu estado de consciência. Freud baseou-se na física de sua época para cunhar o termo psicodinâmica. A psicodinâmica é o estudo da energia psíquica e de sua transformação e manifestação no comportamento. A natureza de tal energia psíquica, segundo Freud, remonta dos impulsos sexuais e agressivos; Compartilha a ideia de que os processos inconscientes determinam primariamente a personalidade. Professora: Juliane Matos A proposta das técnicas projetivas é que a maneira que o sujeito tem de perceber e interpretar o material do teste ou “estruturar”a situação reflete aspectos fundamentais do funcionamento psicológico do sujeito, onde se espera que os materiais do teste sirvam de tela, na qual o sujeito “projeta” suas agressões, seus conflitos, seus medos, suas necessidades e seus processos característicos de pensamento. (Anastasi, 1977). 10 Professora: Juliane Matos Avaliam personalidade em seus aspectos emocionais, motivacionais e interpessoais, e também, alguns aspectos intelectuais do comportamento do indivíduo. Essa avaliação é feita de forma global, onde não há mensuração de traços isolados. (Anastasi, 1977) 11 Professora: Juliane Matos Rorschach Palográfico HTP Professora: Juliane Matos São testes objetivos que passam por um processo científico completo e rigoroso de validação, integralmente respaldados em teoria e estatística. Baseiam-se na Teoria da Medida: estudo do uso do número na descrição de fenômenos naturais. Tipos: questionários, inventários e escalas. Obs: não há consenso sobre as características desses termos. Professora: Juliane Matos “A Psicometria deve ser concebida como um ramo da Psicologia que se caracteriza por expressar (observar) o fenômeno psicológico através do número, em vez da pura descrição verbal.(...) Nem por isso, ela deixa de ter como ponto central de sua existência o fenômeno psicológico.” (Pasqualli, 2003) Curso de Psicologia Disciplina: Técnicas de Exame Psicológico I – TEP I Unidade II Prof.(a): Juliane Matos, Ms. Centro Universitário Estácio FIC Professora: Juliane Matos São considerados como procedimentos confiáveis aqueles que apresentem alto grau de precisão e validade. A VALIDADE e a PRECISÃO (FIDEDIGNIDADE) são condições (qualidades) primárias para qualquer instrumento de avaliação psicológica. Ou seja, são a base para que se possa confiar nos resultados daquele instrumento. Professora: Juliane Matos Refere-se à legitimidade das interpretações dadas a partir dos indicadores observados na aplicação do teste. Responde a questão: quais evidências empíricas justificam essas interpretações? O instrumento realmente mede aquilo a que se propõe? O estudo de validade traz o embasamento científico aos instrumentos de avaliação. Professora: Juliane Matos O objetivo da validade é verificar o grau de correlação entre o teste e o seu construto ou critério (ponto de referência que tenha um grau conhecido de certeza – ex. comparação com testes já existentes, capacidade de predição, etc.). Professora: Juliane Matos A precisão ou fidedignidade refere-se a quanto os escores de um teste são imunes às flutuações geradas por fatores indesejáveis, dentre elas a subjetividade no processo de correção, diferentes situações de avaliação ou problemas no conteúdo dos itens usados na avaliação. As medidas psicológicassempre estarão vulneráveis ao erro, sendo que a questão de ordem prática colocada pelos estudos de precisão é que a magnitude de erro seja tolerável/aceitável. Quanto mais próximo de 1 for o nível de correlação, mais preciso é o teste. Professora: Juliane Matos A fidedignidade ou a precisão de um teste refere-se à consistência de resultados obtidos pelos mesmos sujeitos em diferentes ocasiões ou com diferentes conjuntos de itens equivalentes. Tipos: Teste-reteste Formas paralelas Duas metades Professora: Juliane Matos Técnica Procedimento Vantagem Desvantagem Formas Paralelas Aplica-se as duas formas em um mesmo grupo. Um único momento / Atende diretamente o conceito. Dificuldade de conseguir formas paralelas. Teste reteste Aplica-se mesmo teste no mesmo grupo em tempos diferentes. Atende a equivalência. Estipular intervalo Fadiga dos testandos Efeito aprendizagem Duas metades Após aplicação de um testes, divide- se e correlaciona-se as metades. Somente uma aplicação. Dificuldade em garantir equivalência entre as partes. Professora: Juliane Matos Refere-se ao sistema de interpretação dos escores ou indicadores obtidos no teste. A definição do que é esperado e, inversamente, do que é muito incomum ou diferente, é feita comparando-se os resultados obtidos pelas pessoas com os resultados obtidos por grupos de referência ou de controle. Os estudos normativos procuram estabelecer as expectativas para os escores do teste de tal forma a possibilitar a comparação de casos individuais com essas tendências grupais. Professora: Juliane Matos PARÂMETRO Pergunta-chave: Validade (legitimidade) O teste mede o que se propõe a medir? Precisão (fidedignidade) O escore obtido no teste se aproxima do escore verdadeiro do sujeito? Padronização Há uniformidade dos procedimentos tanto de aplicação quanto de pontuação do teste? Adaptação O teste corresponde à realidade em que é utilizado? Professora: Juliane Matos Validade + precisão + Padronização OBS: 1. A precisão é fundamental para a validade - o teste pode ser preciso e não ser validado, mas não pode ser válido sem ser preciso. 2. Se um teste tem precisão baixa, vai afetar a validade do que se está estudando. 3. A precisão é condição necessária, mas não suficiente para que um instrumento seja válido. 4. As instruções do teste influenciam na precisão e validade. Por isso a importância e cuidado com as instruções na aplicação. Professora: Juliane Matos Fonte: ANASTASI, A., URBINA, S. Testagem Psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. Hogan, Thomas P. Introdução à Prática de Testes Psicológicos. RJ: Editora LTC, 2006. PASQUALLI, Luiz. Psicometria: Teoria dos Testes na Psicologia e na Educação, São Paulo, Editora Vozes, 2003. SATEPSI (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos) www.pol.org.br/satepsi - CD-Rom – Testes Psicológicos - Relatório: Avaliação dos Testes Psicológicos - Edição Especial – novembro de 2004.
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