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Direito das Obrigações resumo

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Obrigação é uma relação jurídica e transitória de cunho pecuniário unindo duas ou mais pessoas, devendo uma (o devedor) realizar uma prestação à outra (o credor)
CARACTERÍSTICAS PRIMÁRIAS DA OBRIGAÇÃO: 1-Relação Jurídica -, 2-Transitoriedade a)obrigações instantâneas, por ter execução imediata ; b)Obrigação de Execução Prolongada, obrigação neste caso perdura no tempo. 3- União de Duas ou Mais Pessoas - Haverá sempre as figuras do Credor e do Devedor. DIREITO REAL- estuda a relação das pessoas com as coisas, o dever da sociedade de respeita-las. 4- Prestação a Ser Realizada- consubstanciada por uma atividade. 5 - Cunho Pecuniário - Toda obrigação (direito obrigacional) necessariamente representará um valor econômico. 6 -Sujeitos das Relação Obrigacional –credor e devedor
Transferencia-. Se for título de crédito a transferência se dá pelo fenômeno do endosso em preto- tem nome beneficiário, em branco não tem. A transferência de direito se dá pelo fenômeno da cessão.Objeto da Relação Obrigacional - uma prestação, resumindo-se em dar, fazer ou não fazer.
Obs.: A prestação pode ser: A)Física e juridicamente possível Caso não seja possível a obrigação é nula; ex1. transportar pessoa ate a lua em 3 segundos. Ex 2- contrato para que uma pessoa seja escrava da outra – fisicamente e possível, juridicamente não. B)Lícita, ou seja, não contrário ao ordenamento jurídico e a moral; ex 1- obrigação de matar- ilícito, contrario ao ordenamento jurídico. Ex2- imoral- obrigação de prestação de serviços sexuais realizado pela prostituta.C)Determinado (Art. 243), deve existir, necessariamente no dia do cumprimento da Obrigação. Pode ser determinável, contanto que no dia do cumprimento seja determinado. O Art. 243 exige que o Objeto Incerto seja, pelo menos, indicado pelo gênero ou quantidade.
Vínculo Jurídico da Relação Obrigacional- O vínculo jurídico de uma obrigação é o que liga seus sujeitos (credor e devedor), esse vínculo se divide em débito e responsabilidade. A ausência de qualquer um desses elementos macula a obrigação.Para que o cumprimento de uma obrigação seja exigível é necessário a obrigação destes elementos: débito e responsabilidade.
a)Existência do Débito, mas inexistência da responsabilidade; b) Existência de responsabilidade, mas inexistência de debito.
DIREITO PESSOAL X DIREITO REAL - Os direitos pessoais são os que se relacionam com a pessoa que seja sujeito de direitos. Já os direitos reais relacionam-se ao vínculo existente entre a pessoa e a coisa, as normas que determinam a conduta das pessoas sobre as coisas 
Obrigações Propter Rem (“por causa da coisa”) São aquelas existentes quando o titular do direito real é obrigado, devido à sua condição, de satisfazer certa prestação..Exemplos: As obrigações condominiais de conservação da área comum.. As obrigações inerentes ao imóveis tombados pelo patrimônio histórico, artístico, e cultural brasileiro. Decreto estabelece, uma x tombado, o proprietário acarreta varias obrigações.
As obrigações Propter Rem têm as seguintes características: pela condição de titular de direito real vc é obrigado a uma prestação. a)	Vinculação a um direito real ante a existência da propriedade ou da posse ; b )A exoneração da obrigação Propter rem se dá através do abandono da coisa c) Transmissibilidade por meio de ato “intervivos” ou “mortis-causae” (sucessão hereditária) Ônus Reais -São obrigações que limitam a fruição e a disposição da propriedade; representando direitos reais sobre coisa alheia prevalecendo “erga-omnis” (terceiros). Ou seja, para poder usufruir da “coisa” há uma prestação- Ex.: Obrigação do proprietário de realizar o pagamento do imposto co-respectivo (iptu) Obrigações com eficácia real - São as que, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiros que adquiram determinado direito sobre o bem.Ex.: Aquisição de imóvel locado. (O adquirente terá transmitido para si o direito ao aluguel)
Modalidades das Obrigações Obrigação de Dar - A obrigação de dar prestação de coisa vem a ser aquela que tem por objeto mediato uma coisa que pode ser certa ou incerta. No Brasil, a obrigação de dar divide-se em:
a)Obrigação de dar propriamente dita - consiste na entrega de determinada coisa pelo devedor ao credor. Esta obrigação tem por objeto coisa móvel ou imóvel, coisa fungível ou infungível.Obs.: A entrega do bem móvel se dá através da tradição, por ela, a obrigação estará satisfeita, já o bem imóvel é transferido via registro no Cartório de Registro de Imóveis. b)Obrigação de restituir- A obrigação de restituir consiste em uma devolução. A restituição deve ser realizada ao final do contrato. Neste sentido a obrigação estará satisfeita, cumprida, com a entrega (devolução) da coisa.Exemplos: 1.	Locação ; 2.	Comodato (Empréstimo de bem infungível) ; 3.	Mútuo (Empréstimo de Dinheiro com cobrança de juros)
Hipóteses de perda- obrigação de devolver- 4 casos questão de emprestimos
I.Perda de coisa sem culpa do devedorNesse caso a obrigação está resolvida. Ex.: Cair um meteoro em cima do seu carro no estacionamento.
II.	Perda da coisa com culpa do devedor -Responde-se pelo equivalente e eventuais perdas e danos Ex.: Em um estacionamento com o manobrista, o mesmo não puxa o freio de mão e seu carro cai em um penhasco.
III.	Deterioração da coisa sem culpa do devedor - O devedor deverá restituir a coisa do jeito que está.
IV.Deterioração da coisa com culpa do devedor - O devedor deverá restituir a coisa mais eventuais perdas e danos.
Hipóteses de acréscimos
I.Acréscimo sem participação do devedor. (Art. 241) -Devedor não lucrará em nada, mas sim o credor. Coisa naturalmente acresceu valor.
II.Acréscimo teve participação do devedor. (Art. 241) -Verifica-se se o devedor agiu de boa-fé ou má-fé. 
a)Devedor agiu de boa-fé Benf. necessárias ou úteis – indenizávelBenf. voluptuárias – credor decide se indeniza ou levanta.
b)Devedor agiu de má-fé Benfeitorias necessárias – indenizávelBenfeitorias úteis ou voluptuárias – não indenizável.
c)Obrigação de Contribuir - A obrigação de contribuir está em várias passagens dentro do Código Civil.
Obrigação de Dar Coisa Certa A obrigação de dar coisa certa ocorrerá quando seu objeto for constituído por um corpo certo e determinado. O devedor deverá entregar a coisa individualizada.
Obs. 3: Acessórios: A regra é que o acessório siga o principal; ao devedor entregar a coisa e ela for composta por principal e acessório, ambos deverão ser entregues.Exceção 1: Se no contrato estiver estipulado de forma diversa. Exceção 2: Se a natureza do contrato não permitir (locação de imóvel e os móveis, por exemplo).
Obs. 4: O devedor deverá velar pela coisa defendendo-a contra terceiros. 1)Se a coisa se perder sem culpa do devedor
a)Antes da Tradição: Extinta a obrigação sem consequências para o devedor. (após a tradição não há consequências)
3)Se a coisa se deteriorar sem culpa do devedor - O credor decide se não aceita e as partes voltam ao “status quo ante” ou aceita a coisa na forma em que se encontra com abatimento do valor
2)Se a coisa se perder com culpa do devedor -Este deverá indenizar o equivalente mais perdas e danos.
4)Se a coisa se deteriorar com culpa do devedor - Nesse caso, o credor em dupla possibilidade, aceitar ou não, como no item anterior, porém, incide sobre a transação eventuais perdas e danos.
Obs. 4: Vantagens produzidas pela coisa pertencem ao devedor, tendo duas consequências: Aumento do Preço e Resolução da Obrigação se o credor não concordar com esse aumento. Quanto aos frutos, os percebidos até a tradição são do devedor, já os frutos pendentes pertencem ao credor.
Obrigação de Dar Coisa IncertaA tem por objetivo um prestação indeterminada, a qual será determinada até o momento do cumprimento da obrigação.A diferença entre elas é uma “pré-fase” de escolha na qual determina-se a coisa, passando a ser obrigação de dar coisa certa. A obrigação genérica consiste na relação obrigacional em que o objeto indicado de forma genéricano início da relação, vem a ser determinado mediante um ato de escolha, por ocasião de seu adimplemento. Sua prestação é indeterminada porém suscetível de determinação. Em verdade, o cumprimento da obrigação é precedido de um ato preparatório que se chama “escolha” que transforma a obrigação de incerta em certa. A indeterminação se dá quanto ao gênero ou quantidade, como por exemplo “dar-te-ei 50 sacas de grãos”. GêneroEspécie /Quadrúpede	Cavalo / Grão Feijão /Veículo Automóvel
Obs. A escolha é feita conforme o título (contrato) sob 3 hipóteses:1)	Quem escolhe é o credor;2)Quem escolhe é o devedor; 3)	Quem escolhe é uma terceira pessoa. Obs. 3: Após a escolha da coisa a obrigação é cumprida conforme (Art. 245). Caso não tenha sido especificado no contrato, a escolha cabe ao devedor, mas deve-se entregar algo mediano, no mínimo. Obs. 4: Até a escolha, quer pelo credor, quer pelo devedor, este não poderá alegar perda ou deterioração sem culpa (Art. 246).
Obrigação de Fazer - A obrigação de fazer consiste em prestação de atos ou serviços a serem executados pelo devedor. Toda obrigação de fazer é consubstanciada por um verbo: Construir; Pintar; Transportar; Reparar; Transferir; Cuidar.
Diferenças entre obrigação de fazer e de dar
1ª – A obrigação de dar consiste em entregar algo sem antes ter que fazê-la – Ao entregar algo já existente consiste em obrigação de dar, entregar após construí-la é obrigação de fazer.
2ª – A tradição da coisa, na obrigação de dar é imprescindível, na obrigação de fazer, não necessariamente – Obrigação de pintar, por exemplo.
3ª – Na obrigação de dar, a figura do devedor fica em segundo plano na medida em que a coisa pode perfeitamente ser entregue por terceira pessoa. Já na obrigação de fazer, a terceira pessoa em algumas situações não poderá cumprir a obrigação, restando imprescindível para o cumprimento da obrigação a pessoa do devedor.
4ª – O erro sobre a pessoa na obrigação de fazer personalíssima gera a anulação do negócio. Já na obrigação de dar isso não ocorre
Obrigação de Fazer Fungível x Infungível
Fungível - É aquela que pode ser realizada prestação pelo próprio devedor ou terceira pessoa. É natural que o cumprimento seja pelo próprio devedor, mas se impossível (não poder/querer), terceiro poderá fazê-lo (Ex.: Pintar)
Existem duas possibilidades quanto Obrigação de Fazer Fungível:
a)Previsão de terceiro no contrato (Ex.: Incorporadora e Construtora com Comprador)
b)Contrato não prevendo possibilidade de terceiro. – Nesse caso, fica a cargo do credor aceitar ou não que a obrigação seja cumprida por terceiro.
Obs. 4: Se a obrigação de fazer for fungível e o devedor se recusar a realizar a prestação poderá ser realizada por 3ª pessoa às expensas do devedor, mais eventuais perdas e danos.
Infungível - Na obrigação de fazer infungível a pessoa do devedor é importantíssima – Somente o devedor contratado consegue cumprir a obrigação. – Ex.: Contratação de show de determinado artista. Característica de ser irrefutavelmente o devedor a cumprir. Obs. 3: Na obrigação de fazer personalíssima, se o devedor se recusar a realizar a prestação incorre perdas e danos.
Inadimplemento: a obrigação não foi satisfeita ) Se a prestação do fato se tornar impossível sem culpa do devedor a obrigação estará resolvida; b) Se a prestação do fato se tornar impossível com culpa do devedor, incorrerá perdas e danos.Obs. 2: A resolução do contrato sem culpa ou com culpa obriga eventual restituição de valores recebidos.
Obs. 5: Quando a obrigação for de emitir declaração de vontade caberá ação de adjudicação compulsória. (ação na qual sentença prolatada pelo juiz substitui a declaração de vontade).
Obrigação de Não-Fazer -É aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de algum ato. É a chamada obrigação negativa. O devedor não pode praticar um ato que poderia livremente fazer senão houvesse se obrigado.Ex. 1: Vizinho que se obriga a não construir acima de certa altura.
Inadimplemento -No caso de inadimplemento de obrigação de não fazer o credor pode exigir o desfazimento do que foi realizado, sob pena de se desfazer as custas do devedor, mais perdas e danos.. 1: Existem algumas situações em que o desfazimento é impossível, nesse caso resolve-se perdas e danos. 2: Caso seja impossível a abstenção sem culpa do devedor, resolve-se a obrigação.

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