Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL TITULAÇÃO NEUTRALIZAÇÃO Cássia Regina da Silva Ingrid Freitas dos Santos Jhonathan Costa Alves João Victor da Silva Suane Tavares Souza Geremias Orientadora: Paula Cristina de Oliveira Buono RONDONÓPOLIS – MT 2017 Cássia Regina da Silva Ingrid Freitas dos Santos Jhonathan Costa Alves João Victor da Silva Suane Tavares Souza Geremias TITULAÇÃO NEUTRALIZAÇÃO Relatório de aula prática apresentado no curso de Análises Químicas como requisito para nota parcial na disciplina de Análises Químicas. Orientadora: Paula Cristina de Oliveira Buono RONDONÓPOLIS – MT 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO De acordo com Trindade (2010), a titulação consiste na determinação do volume necessário de uma solução padrão, para reagir com um volume de uma solução problema. É o processo no qual se mede quantitativamente a capacidade de uma substância se combinar com outra na adição de um indicador específico para cada solução. Consiste em adicionar moderadamente com ajuda de uma bureta, uma solução (titulante) sobre outra solução (titulado) que normalmente está em um erlenmeyer até que a reação se complete. (Trindade, 2010). Uma das soluções tem que ter a concentração conhecida e a concentração da outra solução é determinado por comparação. Na volumetria de neutralização envolve a titulação de espécies químicas ácidas com uma solução padrão alcalina e titulação de espécie química básica com uma solução padrão ácida. O ponto final é determinado por um indicador (ácido-base) ou um método instrumental. A solução padrão sempre será um ácido forte ou uma base forte. A maneira como o pH vária nas imediações do ponto de equivalência (PE) é importante para a escolha do indicador adequado pois cada indicador possui um intervalo de valores de pH que ocorre variação da coloração. A solução resultante contém o sal correspondente. Se o ácido e a base forem fortes a solução será neutra no ponto de equivalência e terá pH = 7. Já se o ácido ou a base forem fracos, o sal será hidrolisado até certo ponto, tendo uma solução rapidamente básica ou ácida. (MATOS, 2010). Analgésicos são depressores do sistema nervosos centrais usados para aliviar dores, sem causar a perda da consciência. A concentração média de AAS em comprimidos é de aproximadamente 500 mg. O ácido acetilsalicílico é um analgésico usado no tratamento de cefaléias, nevralgias e outras dores, como na maioria dos ácidos orgânicos é um ácido fraco e deve ser determinado por reação com uma base forte com a qual reage rapidamente ele todo, sendo, portanto compatível com o método volumétrico. O objetivo da aula prática no laboratório foi realizar a padronização de hidróxido de sódio (NaOH) e ácido clorídrico (HCL) para então determinar analiticamente a quantidade de ácido acetilsalicílico presente no medicamento AAS, através de titulação de neutralização, comparando o resultado com o valor indicado na bula do medicamento utilizado. MATERIAIS E REAGENTES Balão volumétrico 500mL Espátula Pinça Erlenmeyers Pisseta Balança analítica Pipeta volumétrica de 10mL e 20mL Beckeres Bureta Barra magnética Suporte com 2 garras Pipetador eletrônico Pipeta volumétrica Almofariz e pistilo Chapa de aquecimento Biftalato de potássio Carbonato de sódio Comprido AAS Alaranjado de metila Fenolftaleína Água destilada Hidróxido de sódio (NaOH) Ácido clorídrico (HCL) Carbonato de sódio (Na2CO3) Ácido sulfúrico (H2SO4) Cromato de potássio (K2CrO4) PROCEDIMENTOS Preparo e padronização de solução de NaOH 0,1 mol/L Preparar 500mL de solução de NaOH 0,1 mol/L. Padronizar com biftalato de potássio. Pesar, quantitativamente; em um erlenmeyer 0,3654g de biftalato de potássio e anotar. Adicionar 50mL de água destilada e 3 gotas de fenolftaleína. Titular com NaOH. Anotar o volume gasto. Realizar esse procedimento em triplicata (cada analista). Preparo e padronização de solução de HCL 0,1 mol/L. Preparar 500ml de solução de HCL 0,1 mol/L. Padronizar com carbonato de sódio. Pesar, quantitativamente, em um erlenmeyer 0,2240g de carbonato de sódio e anotar. Adicionar 50ml de água destilada e 3 gotas de alaranjado de metila. Titular com o HCL. Anotar o volume gasto. Realizar esse procedimento em triplicata (cada analista). Determinação de ácido acetilsalicílico em medicamentos Pese um comprimido do medicamento em um béquer e anote a massa que foi pesada. Macerar o comprimido e em balança analítica, pese aproximadamente 0,05 da amostra diretamente no erlenmeyer de 125mL. Com uma pipeta volumétrica, adicione 10mL da solução padrão de NaOH 0,1 mol/L, 20mL de água destilada e aqueça a solução brandamente por 10 minutos. Em seguida adicione 2 gotas da solução de fenolftaleína e titule com uma solução padrão de HCL 0,1 mol/L até que a solução fique incolor mesmo após agitação. Anote o volume gasto. Faça a análise em triplicata (cada analista). DISCUSSÃO E RESULTADOS Primeiramente foi feito o preparo e padronização da solução de NaOH 0,1 mol/L, para isso foi necessário calcular a massa usada na titulação, usando a fórmula de M=m/MM.V, tendo a massa calculou-se a pureza da mesma de 97%,diluindo em 500mL de água destilada, reservou-se a solução. Pesou-se quantitativamente em um erlennmeyer aproximadamente 0,3654g de biftalato de potássio, adicionou 50mL de água destilada e 3 gotas de fenolftaleína, titulou-se em triplicata cada analista. C8H5KO4 + NaOH C8H4KO4Na + H2O Figura II: Titulação NaOH. Fonte: Autores Do mesmo modo para preparar 500mL da solução de HCL 0,1 mol/L foi feito o cálculo para determinar o volume do ácido clorídrico à utilizar no procedimento usando a fórmula M=m/MM.V, encontrando a massa, foi necessário calcular a densidade para de fato se ter o volume, em seguida pesou quantitativamente em um erlenmeyer 0,2240g de carbonato de sódio, adicionando aproximadamente 50mL de água destilada e 3 gotas de alaranjado de metila, começando assim a titulação foi levado para o agitador magnético com o auxilio de uma barra magnética (peixinho) usado para agitar a solução e também no aquecimento da mesma, no qual a solução apresentou liberação do gás CO2 , dando assim continuidade na titulação, realizou-se em duplicata cada analista. 2HCl + Na2CO3 H2CO3 + 2NaCl Figura II: Chapa de aquecimento. Fonte: Autores Dando sequência ao procedimento pesou-se um comprimido de AAS para identificar seu peso, visto que era de exatamente 0,15g, macerou-o pesando 0,05 para cada analista, adicionando 10mL da solução de NaOH e 20mL de água destilada aquecendo a solução brandamente por 10 minutos sob a chapa de aquecimento, em seguida foram adicionados duas gotas de fenolftaleína mudando sua coloração para rosa, e como foi proposto no procedimento utilizando a solução padronizada de HCl como titulante até que a solução apresentasse o primeiro tom de transparência, observando então que havia resíduos do comprimido que não foram totalmente dissolvidos mesmo após ser aquecido. C9H8O4 + NaOH C9H7O4Na + H2O HCl + NaOH NaCl + H2O Para encontrar o valor do ácido acetilsalicílico presente na reação, primeiro através da fórmula M1.V1=M2.V2 foi encontrado o branco utilizando a molaridade do hidróxido de sódio e do ácido clorídrico. A partir do branco, adquiriu o excesso de NaOH presente no erlenmeyer e que reagiu com o volume gasto de HCl da bureta. O excesso de NaOH foi obtido pela subtração de branco com o volume gasto de HCl, encontrando assim o volume de hidróxido de sódio que reagiu com o ácido acetilsalicílico, através desse volume obteve-se o numero de mols que foi usado para encontrar a massa do AAS na prática. Tabela 1. Tabela 1. Resultados obtidos Branco (ml) Vol gasto AAS (ml) Branco - Excesso(ml) nº mols NaOH massa AAS (mg) Cássia 90,22 5,8 3,42 0,000326 58,8 9,22 5,4 3,82 0,000364 65,7 9,22 5,9 3,32 0,000317 57,1 Ingrid 9,22 6,6 2,62 0,00025 45,04 9,22 5,7 3,52 0,000336 60,5 9,22 5 4,22 0,000403 72,5 Jhonathan 9,22 5,9 3,32 0,000317 57,1 9,22 5,8 3,42 0,000326 58,8 9,22 5,8 3,42 0,000326 58,8 João Vitor 9,22 6,5 2,72 0,000259 46,8 9,22 5,8 3,42 0,000326 58,8 9,22 6,2 3,02 0,000288 51,2 Suane 9,22 5,8 3,42 0,000326 58,8 9,22 5,5 3,72 0,000355 63,95 9,22 5,7 3,52 0,000336 60,5 Fonte: Os autores Na tabela 2, temos a comparação entre a prática e a teoria, nota-se que os resultados obtidos pelos analistas teve uma grande diferença do resultado esperado. Isso ocorreu pelo fato dos analistas não seguirem adequadamente o procedimento, tendo erros analíticos, como por exemplo, no tempo de aquecimento da solução que era de 10 minutos, sendo usado apenas 6 minutos. Na titulação observou que cada analista possui uma agitação diferente, uns mais rápidos outros mais lentos, e alguns não fizeram o gotejamento adequado, despejando a solução de forma rápida. Notou-se que mesmo após o aquecimento e agitação da solução com o comprimido de AAS, o mesmo não se diluiu totalmente, sobrando ainda resíduos na solução. Tabela 2. Comparação entre teoria e prática massa teórica AAS (mg) massa AAS Prática (mg) Cássia 1º 33,4 58,8 2º 33,3 65,7 3º 33,4 57,1 Ingrid 1º 33,3 45,04 2º 33,47 60,5 3º 33,6 72,5 Jhonathan 1º 33,3 57,1 2º 33,3 58,8 3º 33,3 58,8 João Vitor 1º 33,3 46,8 2º 33,47 58,8 3º 33,4 51,2 Suane 1º 33,47 58,8 2º 33,47 63,95 3º 33,3 60,5 Fonte: Os autores CONCLUSÃO Percebe-se que durante a prática experimental houve vários erros cometidos pelos analistas sendo,a dissolução incompleta dos sólidos, diminuição do tempo de aquecimento e agitação das soluções, falta de gotejamento, pouca agitação, erro de paralaxe durante a titulação, desorganização e acima de tudo não levando em consideração a segurança necessária por estar utilizando soluções ácidas e básicas fortes e instrumentos de grande precisão que necessitam de maior cuidado na manipulação. Devido a essa sequência de erros analíticos os resultados da prática foram insatisfatórios em relação a teoria, resultando em um valor discrepante. É de suma importância que os analistas tomem os devidos cuidados na realização de um procedimento laboratorial, erros analíticos podem ocasionar resultados ineptos e perdas. REFERÊNCIAS SKOOG, D.A., West, D.M., Holler, F.J. e Crouch, S.R. Fundamentos de Quimica analítica. Tradução da8º edição Norte Americana - Thomson Brooks/Cole,2004. MATOS, Maria Auxiliadora Costa. Análise volumétrica. Universidade Federal de Juíz de Fora. Juíz de Fora – MG, 2012. Disponível em: WWW.ufjf.br/nupis/files/2011/06/Apostila-Pratica-Analise-Volumetrica-QUI-094-2012.1.pdf Acesso em: 04/10/2017 TRINDADE, Diamantino Fernandes et al. Química básica experimental. Editora Ícone – São Paulo, 2010. Disponível em: WWW.ufjf.br/nupis/files/2014/03/aula-2-Titulação-acido-base.pdf Acesso em: 04/10/2017 REFERÊNCIA Químicas de acido e bases acessado dia 05/10/2017 disponível em http://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/acidobase.pdf Volumetria Ácido-Baseacessado dia 05/10/2017 disponível emubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/3682/1/Relatório%20de%20Estágio%20-%20Anabela%20Antunes.pdf 11
Compartilhar