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SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
ANAMNESE
Importante meio para que se possa coletar informações essenciais para o identificação da moléstia. Durante a história da doença atual deve ser investigados:
Data de início da doença;
Modo de instalação da doença “se não foi por traumatismo, terá sido por distúrbio vascular”. Enfermidade de instalação lenta também pode ser por neoplasia;
Evolução e cronologia dos sintomas;
Exames e tratamentos realizados;
Estado atual do enfermo;
Antecedentes histórico de doenças heredodegenerativas do sistema nervoso na família, consanguinidade dos pais;
Condições pré - natais anota-se ocorrência de traumatismo, toxemia gravídica, uso de medicamentos teratogênicos, tentativas de abortamentos.
Condições do nascimento Tipo de parto, tempo de duração do trabalho de parto, se houve necessidade de incubadora ou reanimação. 
Condições do desenvolvimento psicomotor
Vacinações 
Doenças anteriores 
Hábitos de vida 
SINAIS E SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas que acometem o sistema nervoso são os distúrbios de consciência, cefaleia, tonturas, dor na face, movimentos involuntários entre outros:
TRANSTORNOS DE CONSCIÊNCIA
Refere-se à percepção do estado de vigília, que pode ser plenamente acordado e consciente (vigília) ou o estado em que o paciente não é capaz de ter consciência do mundo a sua volta (estado comatoso). É resultante de diversas áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticular ativador ascendente.
CEFALÉIA
É uma das queixas mais frequentes na prática médica, podendo ser motivada por causas diversas como:
Cefaléia vascular (enxaqueca): geralmente é hemicraniana (fronte temporal), de caráter pulsátil, latejante acompanhando os batimentos cardíacos. Possui intensidade crescente, podendo ser precedida de alterações visuais transitórias como escotomias cintilantes, escurecimento ou por parestesias fugazes como dormência das mãos. Quase sempre estão presentes sintomas acompanhantes como náuseas e vômitos.
Cefaléia por hipertensão craniana: o aumento da pressão no interior da caixa craniana ocasiona uma cefaléia pulsátil que toma a cabeça toda, e com o tempo é resistente aos analgésicos. Sintomas associados: náuseas e vômitos sendo que os vômitos podem ser abruptos, sem náuseas e em jato podendo ser denominado de vomito cerebral ou vomito em jato. Pode haver convulsões.
Cefaléia tensional: dor descrita como constrictiva, em aperto semelhante a sensação de peso na cabeça. A localização preferencial é nos músculos da nuca.
Cefaléia psicogênica: de caráter multiforme podendo se manifestar não somente como dor, mas também como uma sensação de desconforto.
Existem também cefaléias relacionada a transtornos oculares devido a erros de refração como Hipermetropia e astigmatismo ou também devido a casos de glaucoma agudo. A sinusite que consiste na inflamação dos seios paranasais também acarreta em cefaléia.
DOR NA FACE
	De origem, intensidade e tipos diversificados além de possuir irradiação e localização em conformidade com a etiologia. Ex: neuralgia do trigêmeo (dor intensa em agulhada, unilateral). Pode compreender afecções odontológicas, transtornos da ATM, sinusites e transtornos oftalmológicos.
TONTURA E VERTIGEM
	Tipos mais comuns: tontura com nítida sensação de rotação, vertigem; tontura com sensação iminente de desmaio (oriunda da redução do fluxo sanguíneo, por arritmia cardíaca ou queda de pressão abrupta); tontura manifestada com sensação de desequilíbrio; tontura com “sensação desagradável na cabeça”.
Causas de tontura e vertigem: Labirintopatias, síndrome de Méniére (zumbido, vertigem, perda de audição e sensação de tampões no ouvido) hipoglicemia, intoxicação alcoólica, hipertensão arterial, hipotensão arterial, hiperventilação, arritmia cardíaca.
CONVULSÕES
Movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos que podem ocorrer de maneira generalizada ou em apenas segmentos do corpo. As convulsões podem ser classificadas em tônica ou clônica além de um tipo misto entre as das chamadas de tônico-clônicas.
As tônicas se caracterizam por serem sustentada e imobilizarem as articulações, já as clônicas são rítmicas, alternando-se de contrações e relaxamentos musculares em ritmo mais ou menos rápido.
Todas as convulsões tem um denominador comum: descargas bioelétrica de alguma área cerebral. Ao fim de 2 a 5 minutos há o fim da crise e ocorre o relaxamento total e sono profundo do qual o paciente é dificilmente despertado.
As principais causas de convulsões são ataques de epilepsias, tétano, tumores cerebrais, hiperglicemia, traumatismos, uso de drogas, intoxicação exógenas. Durante o episódio convulsivo observam-se cianose, sialorreia, incontinência esfincteriana e mordedura da língua. 
AUTOMATISMO
Caracterizam-se por fenômenos complexos em que há perda de consciência, durante a qual o paciente executa atos de modo ordenado ou desordenados.
AUSÊNCIAS
São breves períodos de perda da consciência (5 a 30 segundos) que podem passar despercebidos ao paciente e aos familiares. Pode corresponder ao quadro clínico da epilepsia.
AGENESIA
 
A agenesia leva a diversos transtornos: Transtornos visuais, transtornos auditivos, manifestações digestivas, alterações de sensibilidade, alterações da mobilidade voluntária, alterações de marcha, alterações esfincterianas, transtornos do sono, transtorno das funções cerebrais superiores e do estado mental.
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA
Deve ser avaliado os seguintes sinais para que a partir deles seja possível caracterizar o nível de consciência em: Normal e anormal (confuso, sonolento, estoporoso e coma).
Perceptividade: É a capacidade para responder a perguntas e comandos simples: como vai?, qual seu nome? tire a camisa. 
Reatividade: capacidade de reagir a estímulos inespecíficos como desviar os olhos ou cabeça para onde há um estímulo sonoro.
Deglutição: o examinador deve ficar atento aos movimentos de deglutição do paciente ao beber um copo de agua.
Reflexos: Pesquisa de alguns reflexos tendinosos (patelar, plantares, cutâneos, abdominais e pupilares).
A partir da avaliação desses dados é possível caracterizar o nível de consciência em normal e anormal (confuso, sonolento, estoporoso, coma). A consciência pode ser perdida de modo agudo e breve, como nas síncopes, convulsões, concussão cerebral por traumatismo de crânio leve.
Obnubilação: quando a consciência é perdida de modo pouco intenso, e seu estado de alerta é discreto a moderadamente comprometido.
Sonolência: o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir.
Confusão mental ou delirium: configura-se por perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há percepção normal temporo-espacial, podendo surgir alucinações, ilusões e agitação.
Estupor ou torpor: a alteração da consciência é mais pronunciada, mas o paciente ainda é despertado por estímulos mais fortes, tem movimentos espontâneos.
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE COMA
O coma pode ser classificado em 4 graus de acordo com a gravidade do quadro geral do paciente.
Coma grau 1 (leve) o comprometimento da consciência é leve apresentando reflexos normais.
Coma grau 2 (médio) A perda de consciência é quase total, o paciente com coma grau 2 responde apenas à estimulação dolorosa.
Coma grau 3 apresenta perda de consciência completa não respondendo a nenhuma solicitação ou estimulações externas, a perceptividade é nula.
Coma grau 4 ( depassé) além dos aspectos do grau 3, também há comprometimento das funções vitais havendo parada respiratória, sendo a ventilação pulmonar mantida a custa de respiradores artificiais. O coma grau 4 é quase sempre irreversível.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
Baseia-se em três parâmetros aplicáveis a beira do leito que são: Abertura dos olhos, resposta verbal e resposta motora.
A somatória desses parâmetros define a gravidade do coma: Grave, moderado ou leve. O resultado é interpretado da seguintemaneira:
Entre 3 – 8: Paciente em estado de coma grave;
Entre 9 – 12: Paciente em coma moderado;
Entre 13 – 15: Paciente em coma leve. 
	
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	Ocular
	Não abre os olhos
	Abre os olhos em resposta a estímulo de dor
	Abre os olhos em resposta a um chamado
	Abre os olhos espontaneamente
	X
	X
	Verbal
	Emudecido
	Emite sons incompreensíveis
	Pronuncia palavras desconexas
	Confuso, desorientado
	Orientado, conversa normalmente
	X
	Motor
	Não se movimenta
	Extensão a estímulos dolorosos (descerebração)
	Flexão anormal a estímulos dolorosos (decorticação)
	Flexão inespecífica (normal)/ Reflexo de retirada a estímulos dolorosos
	Localiza estímulos dolorosos
	Obedece a comandos
DISTÚRBIOS VISUAIS
A diminuição da acuidade visual é denominada ambliopia, e a perda total da visão chama-se amaurose. Ambas podem ter caráter uni ou bilateral, definitivo ou transitório, súbito ou gradual e estão habitualmente na dependência das lesões da retina, que se dá pela oclusão da artéria central, obstrução da carótida ou por coriorretinite macular. Podem ser em decorrência de lesões da papila ou nervo óptico, devido a deslocamento de retina, hemorragia e glaucoma.
Hemianopsia: defeito campimétrico no qual o paciente perde metade do campo visual.
Diplopia ou visão dupla é o nome dado a um sintoma bastante incomodo no qual o paciente refere ver as imagens em dobro. Ocorre nos casos de estrabismo convergente ou divergente, uni ou bilateral, sendo geralmente relacionado a um dos músculos ligados aos movimentos dos olhos.
DISTÚRBIOS AUDITIVOS
Hipoacusia: diminuição da capacidade auditiva, pode ser uni ou bilateral. Na hipoacusia discreta muitas vezes o paciente não se da conta da deficiência. 
Acusia: há a perda total da capacidade auditiva, podendo ser uni ou bilateral. As causas mais frequentes estão relacionadas às varias partes do aparelho auditivo: cerume, corpo estranho e atresia do ouvido externo como otite, otosclerose e colesteatoma no ouvido médio. Os distúrbios de audição também podem ser em decorrência de defeitos neurossensoriais como: defeitos congênitos, presbiacusia, neoplasia do ângulo pontocerebelar, síndrome de Ménière, traumatismo, labirintite, medicamentos.
As deficiências auditivas podem ser classificadas como:
Deficiência de condução: quando a lesão tem sede no ouvido externo ou no ouvido médio;
Neurossensorial: quando há comprometimento da cóclea e demais partes do nervo auditivo.
Zumbido ou tinido, uni ou bilateral, constante ou não deve ser encarado como um processo de estimulação anormal do ramo coclear do VIII nervo craniano em decorrência de múltiplas causas tais como: insuficiência vascular, infecções, intoxicação medicamentosa e neoplasias. 
MANIFESTAÇÕES DIGESTIVAS
As naúseas ou enjoo correspondem a uma sensação de mal estar, tanto na região epigástrica quanto faringea. Ambas manifestações são frequentes na enxaqueca e podem ser encontradas em doenças do SNC, agudas ou crônicas que aumentam a pressão intracraniana (meningite, tumor, hemorragia, traumatismo, neuro encefálico). É chamado de vômito central ou cerebral.
ALTERAÇÕES DA SENSIBILIDADE
As alterações subjetivas da sensibilidade são representadas pela dor, parestesia e anestesias.
Parestesias: são sensações anormais, não dolorosas e descritas pelo paciente como formigamento e dormência. 
Anestesia: é a abolição da sensibilidade em todos os seus modos.
Hipoanestesia: é a diminuição analgésica. É a perda da sensibilidade dolorosa.
Hiperestesia: é o exagero da sensibilidade
ALTERAÇÃO DA MOBILIDADE VOLUNTÁRIA
Paralisia: é a perda da mobilidade voluntária por interrupção funcional ou orgânica em qualquer ponto da via motora. A paralisia pode limitar-se a um só membro ou a um determinado grupo muscular:
Hemiplelgia: é a paralisia de um lado do corpo, direita ou esquerda.
Diplegia: paralisia de partes de ambos os lados do corpo.
Paraplegia: paralisia dos membros inferiores
Tetraplegia: paralisia dos membros inferiores e superiores
Tendo em consideração a sede da lesão causadora da perda da mobilidade, dividem-se as paralisisas em centrais e periféricas.
ALTERAÇÃO DA MARCHA
As modificações da marcha podem depender de alterações: 
- No revestimento cutâneo dos pés
- Transtornos do sistema vascular
- Alterações do aparelho locomotor
- Sistema nervoso periférico
- Alterações medulares e raízes nervosas
- Sistema nervoso central 
DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO
A linguagem é um conteúdo simbólico no qual o pensamento pode ser elaborado, os principais transtornos da fala e linguagem são:
Disfonia: alteração no timbre da voz, que se torna rouca ou bitonal. As disfonia ocorrem por lesão do nervo acessório (XI), quando a lesões for bilateral o paciente torna-se afônico. A disfonia também pode ocorrer por lesões estruturais das cordas vocais.
Disartria: caracteriza-se pela desarticulação da palavra falada ou fala, decorrentes de algumas neuropatias centrais e/ou periféricas. Ex: paralisia pseudobulbar, parkisonismo, síndrome cerebelar entre outras.
Dislalia: perturbação da articulação da palavra falada, sem que as causas estejam localizadas no sistema nervoso. Existe alguns tipos de dislalia como: dislalia fisiológica: ocorre geralmente em crianças menores de 4 anos e dislalia secundária a lesões do palato, língua, dentes e mandíbula.
Disrritmolalia: Perturbação do ritmo da fala, destacam-se a taquilalia que é uma alteração do ritmo da fala tornando-a imprecisa; gagueira: há interrupção do ritmo da fala podendo ser fisiológica ou evolutiva em decorrência de fatores genéticos ou envolvimento de fatores psíquicos.
Dislexia: Dificuldade de aprender a leitura convencionalmente ensinada. Comum que haja a inexistência de alterações fisiológicas ou neurológicas e psíquicas. 
Disgrafia: Escrita torna-se fragmentada, irregular ao ponto de ficar muitas vezes ilegível.
AFASIA
Causas de perda total de linguagem. Muitos casos conhecidos como afasia na verdade seriam melhor classificados com disfasia, porém com o uso constante desse termo acabou entrando em convenção o termo afasia.
Afasia motora: conhecida como afasia de Brocca, havendo intensidade variável de expressar-se pela fala ou pela escrita.
Afasia receptiva ou sensorial: apresenta-se como leve a extrema dificuldade para compreensão da fala e da escrita desacompanhada de outro déficit motor, por comprometimento do giro superior e posterior do lobo temporal esquerdo.
Afasia global: mais importante forma de afasia devido a sua gravidade tornando a compreensão e a expressão da linguagem amplamente reduzidas.
Afasia de condução: Trata-se do tipo de afasia cuja maior dificuldade é a repetição das palavras, embora consiga ler e falar razoavelmente, o paciente não é capaz de repetir as frases que lhe são ditas.
Afasia amnésica: o paciente é incapaz de designar ou nomear vocábulos ou nome de objeto, porém ele sabe qual a função do determinado objeto.
Afasia transcordial: podem ser sensitivas, motoras ou mistas. Na sensitiva existe transtorno importante de compreensão, com uma expressão verbal fluente. A repetição porém esta preservada. 
Na motora existe importante alteração da expressão verbal, com compreensão preservada e boa capacidade de repetição. 
DISTÚRBIOS DAS GNOSIAS
Gnosia significa reconhecimento e é desempenhado exclusivamente pelo córtex cerebral. A sua perda dá-se o nome de agnosia cujas formas mais importantes são: agnosia auditiva, da visão de objetos e chamado de cegueira cortical, perda da visão de objetos colocados em sua mão (estereoagnosia), do próprio corpo em relação ao espaço (autoprosopoagnosia), incapacidade de distinguir a fisionomia alheia (prosopoagnosia).
ALTERAÇÕES DAS PRAXIAS
Praxia significa atividade gestual consciente e intencional, a dificuldade ou incapacidade dessa atividade é chamada de apraxia. As manifestações das formas clínicas mais frequentes são:
Apraxia construtiva: perda de gestos normalmente organizados como desenhar,modelar ou copiar modelos.
Apraxia ideomotora: dificuldade ou incapacidade na execução de gestos simples, permanecendo inalterada a atividade automática.
Apraxia ideatória: redução da sequência lógica e harmoniosa a se fazer juntos diferentes gestos simples.
Apraxia de vestir: é caracterizada pela dificuldade para a execução dos atos habituais de despir-se ou vestir-se. A apraxia de marcha é caracterizada na dificuldade de marcha, sobretudo no seu início.
Apraxia bucolinguofacial: consiste na alteração dos gestos de mímica facial da boca e da língua, permanecendo inalterado o automatismo.
AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL
Orientação: são feitas perguntas simples, cada uma com o valor de um ponto, sobre o ano, a estação climática, o mês, o dia da semana.
Memória: O examinador pode dizer nomes e pedir pro paciente repeti-los. Há testes em que o examinador pede para o paciente subtrair progressivamente 7 , começando pelo número 100 (100-7- 93; 93-7= 86....)
Linguagem: mostra-se ao paciente objetos e pede pra ele identifica-los pelo nome. Uma pessoa sem nenhum distúrbio geralmente possui um placar de 27 a 30 pontos, um placar abaixo de 23 é considerado anormal.
ALTERAÇÕES DO SONO
O sono pode ser definido como um estado complexo caracterizado pela suspensão parcial da percepção dos atos ambientais e da motricidade voluntária. O ciclo de vigilia (o sono do homem) obedece a um padrão de 24 horas conhecido como Ritmo circadiano. 
O período do sono geral é de 6 a 8 horas, mas mesmo em indivíduos normais o sono pode ser mais curto (hiperativos, idosos) ou mais longo (hipoativos, recém-nascidos e crianças de baixa idade).
Insônia: Definida como dificuldade para dormir. Pode ter diversas causas: modificações do ritmo circadiano; febre; dor; insuficiência cardíaca e enfisema; transtorno de ansiedade e obsessivo; psicose maníaco-depressivo; esquizofrenia; transtornos respiratórios e Iatrogenia.
Sonolência: é o sono excessivo ou prolongado acompanhado de irresistível tendência para dormir.
Sonilóquia: Durante o transcurso do sono a pessoa pode emitir sons ou mesmo formar frases sem sentido. Pode ocorrer em qualquer idade, sendo o mais comum nas crianças pré-escolares. O significado da fala está relacionado diretamente com o estado do sono, geralmente relacionado com fatores reais.
Pesadelo: São sonos aflitivos acompanhados de ansiedade, grande mal-estar e agitação. Ocorre em qualquer idade e costuma ser considerado normal, mas é encontrado em pacientes inseguros, ansiosos, deprimidos ou agressivos e na abstinência abrupta de algumas drogas e também pode ser provocado por alguns medicamentos.
 Terror noturno: É um transtorno que ocorre no terço inicial da noite em pleno sono tranquilo. O paciente põe-se sentado ou em pé e movimenta-se descontroladamente. Se associa a uma pessoa em pânico. Cada crise dura de 30 segundos a 20 minutos e termina abruptamente voltando a dormir normal. Dentre os fatores que desencadeiam o terror noturno incluem-se o estado de tensão emocional, os estados de febre e o uso de medicamentos, mas na maioria das vezes não tem causa evidente.
Sonambulismo: É uma condição na qual a pessoa caminha enquanto dorme. Tem semelhança com o terror noturno. Durante a crise de sonambulismo a pessoa pode emitir sons incompreensíveis, não responde as perguntas ou o faz com dificuldade. Os estímulos para acorda-lo podem ser infrutíferos, mas quando desperta do nada se recorda ou sua memória é fragmentada à crise. Atinge ambos os sexos, em qualquer idade, predominando na faixa dos 5 aos 10 anos.
Briquismo: também chamado de Bruxismo, consiste no ato de ranger os dentes, observado tanto em vigília quanto no sono. Acomete ambos os sexos e qualquer idade, predominando entre crianças e adolescentes. Não se conhece a causa.
Movimentos rítmicos da cabeça: Classicamente denominada Jactatio capitis nocturnus, consiste em movimentos rítmicos da cabeça no sentido lateral ou antero-posterior. Os movimentos podem ser leves, acentuados e às vezes, violentos. Acomete ambos os sexos e preferencialmente a partir dos 7 meses de idade. Desaparece após os 2 ou 3 anos de idade.
Enurese noturna: é a emissão involuntária de urina durante o sono. Até a idade de 3 anos não tem significado clínico e é considerado normal. Pode ser idiopática ou assintomática. Nas sintomáticas existem lesões orgânicas subjacentes. A forma idiopática se divide em primária e secundária. Predomina no sexo masculino.
NERVOS CRANIANOS
I PAR- NERVO OLFATIVO
No exame da olfação empregam-se substancias com odores conhecidos como café, canela, cravo álcool, etc. O paciente de olhos fechados deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina.
Anosmmia é o termo utilizado para a perda de olfato. Parosmia é o termo usado para a percepção alterada do olfato e cacosmia significa a percepção de um odor desagradável.
II PAR- ÓPTICO
O nervo óptico é examinado da seguinte maneira: 
Acuidade visual utiliza-se a tabela de Snellen a uma determinada distancia (6m), observa-se então a acuidade visual.
Diminuição da acuidade visual: ambliopia
Abolição da acuidade visual: amaurose
Vícios de refração: ametropias (miopia, hipermetropia, astigmatismo).
Campo visual utiliza-se um objeto a frente do campo visual do paciente deslocando o objeto nos sentidos horizontais e verticais e o paciente dirá que ponto estar percebendo ou não.
Fundoscopia oftalmoscópio, faz-se o exame de fundo de olho.
III PAR- OCULOMOTOR E NERVO TROCLEAR E ABDUCENTE (IV E VI)
Faz o exame em conjunto com o IV par (troclear) e VI par (abducente) pois inervam os vários músculos que tem por função motilidade dos globos oculares. O oculomotor também inerva a musculatura elevadora da pálpebra.
A investigação semiológica é feita de modo sistematizado:
Motilidade extrínseca feito em cada olho separadamente e em seguida simultaneamente através da movimentação dos olhos a pedido do examinador, sem que haja a movimentação da cabeça.
Movimentação intrínseca feito através dos reflexos: Reflexo fotomotor consensual, reflexo fotomotor direto e reflexo de acomodação.
V PAR- TRIGÊMIO
É um nervo misto constituído por 3 raízes: oftálmico, maxilar e mandibular. Para se fazer o exame do nervo facial, solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma ou músculo cuticular do pescoço. A paralisia da face chama-se prosopoplegia, e quando bilateral fala-se em displegia facial.
VI PAR- NERVO FACIAL
A mímica facial é testada, solicitando-se ao paciente para fechar os olhos, enrugar a testa, assobiar, sorrir com a boca aberta, mostrar os dentes. Além da inervação dos músculos da mímica facial, o VII nervo reconhece a sensação gustativa dos 2/3 anteriores da língua. Para testar a gustação deve colocar num tubo capilar ou num cotonete soluções salgadas, doce amarga e azeda.
VIII PAR- NERVO VESTÍBULOCOCLEAR
Constituído por duas raízes: a coclear responsável pela audição e a vestibular responsável pelo equilíbrio. O exame deste nervo necessita de uma aparelhagem especializada. No exame neurológico de rotina faz-se apenas uma exploração mais ou menos grosseira. 
Prova de Rinne: aplica-se o diapasão na região mastoide. Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais o paciente acusa percepção de som. O teste de weber é feito de forma semelhante, porém no crânio.
O sinal de Romberg é usado para o teste de equilíbrio.
IX PAR – NERVO GLOSSOFARÍNGEO E NERVO VAGO (X)
Estes nervos são examinados em conjunto devido a suas estreitas ligações quanto a origem, trajeto e distribuição. As causas mais frequentes de lesões destes nervos são: neuropatias difitérica, neoplasia de mediastino, esclerose lateral amiotrófica e traumatismo.
Obs: pacientes com lesões no nervo vago queixam-se de dificuldade de deglutir.
XI PAR- NERVO ACESSÓRIO
A porção espinhal do XI nervocraniano inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo. Quando há deficiência bilateral há dificuldade para manter esse segmento ereto. A força do trapézio é avaliada solicitando-se ao paciente para elevar os ombros contra a resistência do examinador.
XII PAR- NERVO HIPOGLOSSO
É um nervo exclusivamente motor que origina-se do bulbo e inerva a língua. Investigando-se o hipoglosso pela inspeção da língua que deve ser movimentada para todos os lados, estando este órgão no interior da boca ou exteriorizando-a. caso exista algum problema, quando a língua é colocada para fora da boca ela desviará para o lado paralisado.
SINAIS MENÍNGEOS
Sinais de Kerning, Brudzinsky e laségue. 
Rigidez nucal é testado fletindo subitamente o segmento cefálico, estando o paciente deitado em decúbito dorsal. Se o teste for positivo é necessário verificar se há resistência a lateralização do segmento cefálico.
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS
Síndrome da hipertensão craniana:
Edema papilar
Cefaléia
Vomito em jato
Fotofobia
Bradicardia
Alterações da consciência
Transtorno respiratório
Síndrome meníngea:
Cefaléia holocraniana
Vômitos
Fotofobia
Rigidez da nuca 
Manobra de kerning bridzinsky 
Síndrome piramidal:
Paralisia ou paresia de grandes músculos 
Hipertrofia muscular 
Hiperreflexia osteotendinosa
Sinal de babinsky 
Abolição dos reflexos cutâneo abdominal
Síndrome extrapiramidal:
Tremor grosso em repouso
Rigidez muscular 
Atitude de Parkinson
Síndrome neural motora periférica:
Paralisia ou paresia de um ou vários músculos 
Dor espontânea 
Hipotonia muscular
Hiporeflexo
Atrofia muscular 
Fasciculção
Síndrome cerebelo:
Vertigem
Tremor
Hipotonima muscular 
Marcha do ébrio
Ataxia 
Dismetria 
Síndrome radicular:
Alongação ciática 
Laségue (elevação do membro inferior) 
Gowes Bragard (dorsoflexão do pé) – Ao se colocar o paciente na ponta dos pés existe dor
SINAIS DE PACIENTE CRÍTICO:
Vômito em jato 
Convulções 
Midríases 
Apneia 
Relaxamento esfincteriano
Otorreia 
Babinsky

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