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PROCESSO CIVIL III

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Processo civil III (Recursos)
Professor: Carlos Gustavo
Aluna: Edivânia dos Santos Evangelista da Silva
Matrícula: 201402491859
CASOS CONCRETOS 
7º semestre – RE CURSOS 1.2017 
1.2017 
 
 
 
Caso concreto 02
 
Página 3 de 26 
 
PLANO DE AULA - 2 
Teoria Geral dos Recursos: Disposições Gerais, conceitos e 
princípios. Classificação dos recursos. 
CASO CONCRETO 1 
João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro, visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: 
O pedido de reconsideração possui natureza recursal? 
	
Não possui natureza recursal, pois o pedido de reconsideração não é recurso, trata-se apenas de uma prática forense, não está no rol taxativo previsto no artigo 994, do NCPC, conforme expresso abaixo:
Art. 994.
“São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação (art. 1.009 e ss);
II - agravo de instrumento (art. 1015 e ss);
III - agravo interno (1.021, § 1º);
IV - embargos de declaração (art. 1.022 e ss);
V - recurso ordinário (art. 1.027 e ss);
VI - recurso especial (art. 1.029 e ss)
VII - recurso extraordinário (art.1.029 e ss);
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; (art. 1.042 e ss)
“IX - embargos de divergência (art. 1.043 ess)“.
Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? 
O princípio recursal da fungibilidade consiste na possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro que seria o cabível, no caso em analise NÃO SERIA POSSÍVEL, tendo em vista que o pedido de reconsideração não está no rol taxativo do art. 994, do NCPC. 
A jurisprudência de nossos tribunais vem entendendo neste sentido, assim vejamos:
“STJ - PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL RCD no AgRg no REsp 1493640 SP 2014/0294249-3 (STJ)
Data de publicação: 25/06/2015
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL, APRESENTADO CONTRA ACÓRDÃO. INADMISSIBILIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO NÃO CONHECIDO. I. A jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido da impossibilidade de acolhimento, por falta de previsão legal e regimental, de pedido de reconsideração, quando dirigido contra decisão colegiada, configurando erro grosseiro, que inviabiliza, por aplicação do princípio da fungibilidade recursal, o seu recebimento como embargos de declaração. II. Pedido de Reconsideração não conhecido”.
Como se ver na jurisprudência firmada de nossos tribunais, não se aplica o princípio da fungibilidade recursal, pois não se pode aceitar tal pedido por não se tratar de recurso.
O ilustre doutrinar Humberto Theodoro Junior tratou do tema, assim vejamos:
“A jurisprudência autoriza, apenas em hipóteses excepcionais e quando ainda não houve a efetivação da liminar, que a parte formule pedido de reconsideração diretamente ao juiz, independentemente da interposição do recurso próprio, desde que o faça dentro do prazo recursal. Esse foi o posicionamento adotado pelo STJ no julgamento de recurso especial interposto em ação de reintegração de posse, em que foi deferida medida liminar: “inobstante se exija, para a revogação de liminar em ação possessória, que ela ocorra ou em juízo de retratação, mediante a interposição de agravo pela parte, ou na sentença que julga a causa, admite-se, em hipóteses excepcionais, tal ato, quando a parte, tendo formulado o pedido de reconsideração dentro do prazo recursal, aponta erro de direito, que vem a ser reconhecido pelo juízo, ainda antes de concretamente realizada a desocupação do imóvel, portanto sem que a liminar houvesse operado qualquer efeito prático”.
Como se ver no caso concreto, o autor em seu recurso obteve a reintegração de posse e apenas quanto ao pedido de perdas e danos foi vencido, não sendo possível a interposição do pedido de reconsideração por se tratar de uma prática forense excepcional. 
 
QUESTÃO OBJETIVA I (Promotor de Justiça/SP-2006)
São princípios fundamentais dos recursos previstos no Código de Processo Civil:
	a)
	O duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia da reformatio in peius;
	b)
	o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição da reformatio in peius;
	c)
	o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia da reformatio in peius;
	d)
	o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia da reformatio in peius; e
	e)
	o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição da reformatio in peius.
 
QUESTÃO OBJETIVA II (OAB Nacional – 2009/1) 
Considerando o que dispõe o NCPC a respeito de recursos, assinale a opção correta. 
Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte; 
A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso; 
O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte. 
A desistência do recurso interposto pelo recorrente de pende da concordância do recorrido.

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