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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARA ENGENHEIROS E CIENTISTAS © Dr. Helder H. Ch. Sánchez, 2016 Faculdade Centro Leste - UCL Núcleo de Engenharia Mecânica helderch@ucl.br Eclesiastes 1:13 Y apliqué mi corazón a buscar e investigar con sabiduría todo lo que se ha hecho bajo el cielo. Tarea dolorosa dada por Dios a los hijos de los hombres para ser afligidos con ella. Tabela de Conteúdos Prefacio Capítulo 1 Introdução elementar a Mathematica para resolver EDOs 1.1 Correndo Mathematica 1.2 Solução simbólica Capítulo 2 Equações diferenciais lineares de primeira ordem 2.1 Introdução 2.2 Conceitos gerais e definições básicas 2.2.1 Definição de EDO 2.2.2 Definição da ordem de uma EDO 2.2.3 Definição da uma EDO linear e não-linear 2.2.4 EDO versus equação diferencial em derivadas parciais 2.2.5 Definição de Solução de uma EDO 2.2.6 Definição do Problema do Valor Inicial 2.2.7 Definição do Problema do Valor de Contorno 2.3 Formação de uma EDO 2.4 EDOs de Primeira Ordem 2.4.1 Variáveis separáveis 2.4.2 ED Homogêneas 2.4.3 Equações Lineares de Primeira Ordem 2.4.4 EDOs Exátas Capítulo 3. Equações diferenciais lineares de segunda ordem 3.1 3.1.1 3.1.2 3.2 3.3 3.4 3.4.1 3.4.2 Capítulo 4 Implementação Mathematica para Transformadas de Laplace 4.1 4.2 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.4 4.4.1 4.4.2 4.4.3 Capítulo 5 Transformada de Laplace 2 EDO-2016-1.nb 5.1 5.2 5.2.1 5.2.2 5.2.3 5.3 5.4 Capítulo 6 Implementação Mathematica para Transformada de Fourrier 6.1 6.2 6.3 6.3.1 6.3.2 6.3.3 Capítulo 7 Transformada de Fourrier Apéndices A. B. C. D. Referências EDO-2016-1.nb 3 4 EDO-2016-1.nb Campo elétrico dentro das placas de um capacitor de placas retangulares. EDO-2016-1.nb 5 6 EDO-2016-1.nb PREFÁCIO O presente material foi desenhado com uma filosofia fora do tradicional, isto é, saindo do modo comúm em que normalmente é ministrado a matéria de Equações Diferenciais Ordinárias. Acreditamos que a geração moderna de engenheiros e cientistas debem saber usar, ao final de sua formação, algúm software de cálculo simbólico tais como Mathematica, MatLab, SciLab, MathCAD, REDUCE, Maple, Python, Macsyma, entre outros; alguns dos quais são de código livre e outros não. Desde minha perspectiva, os mais importantes pela enorme variedade de suas livrarias, potência de cálculo e de gráficos são Mathematica, MatLab, Maple e Python. Nos escolhemos Mathematica pela familiaridade do autor com o software e como ferramenta de cálculo simbólico para abordar os conteúdos. O material assume que o estudante está familiarizado com as técnicas de cálculo básico, tais como diferenciação, integração, etc. Todos os exercí- cios ou problemas resolvidos no material serão analíticamente e computacionalmente resolvidos. Isto significa que usaremos os códigos que Mathematica fornece para encontrar as soluções simbólicamente e contrastar com a solução analítica; assim como a potência de gráficos e/ou animações computacionais a fim de entender mais profundamente as soluções encontradas. O estudante poderá manipu- lar por si mesmo as animações computacionais, basta para este fim instalar em seu computador o software gratuito CDF Player que Wolfram Research fornece a seus usuarios e que pode ser descarregado em: http://www.baixaki.com.br/download/wolfram-cdf- player.htm ou em https://www.wolfram.com/cdf-player/ . EDO-2016-1.nb 7 1. INTRODUÇÃO ELEMENTAR A Mathematica PARA RESOLVER EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Mathematica é uma linguagem de programação de nível elevado que pode executar a manipulação simbólica, numérica, e gráfica de expressões matemáticas. Neste capítulo nós aprenderemos os comandos essenciais de Mathematica relativos a resolver Equações Diferenciais Ordinárias. 1.1 Correndo Mathematica Instalar e correr Mathematica difere de um sistema de computador a outro. Entretanto, o coração do Mathematica, onde os cálculos são executados, é o mesmo em todos os sistemas. Mathematica tem dois componentes principais, o kernel e o front end. A parte frontal (front end) é a janela em que você datilografa seus comandos. Estas janelas são geralmente parte de cadernos (Notebooks), que estão na interface Mathematica com o kernel. O kernel é o lugar onde os comandos são processados. Poderia residir no computador onde a parte frontal (front end) reside, ou poderia estar em um computador remoto. Mathematica é lançado com double-click no seu ícone. Depois que você escreve sua entrada Mathematica em seu caderno (Notebook), Mathematica etiqueta sua entrada com In[n]:=. A etiqueta de saída correspondente é Out[n]= . Por exemplo: y[x_] = x2 x2 1.2 Solução Simbólica Sintaxis Básica O comando basico para a solução simbólica de uma equação diferencial é DSolve. A sintaxis para uma equação diferencial ordinária com uma variável é DSolve[eqn, y[x], x] onde eqn é uma equação diferencial bem definida envolvendo derivadas da função y[x] com relação a uma variável independente x. As derivadas devem estar baseadas em D, e não em Dt. A solução é retornado na forma de uma lista de substituição para y[x], com a forma detalhada dependendo da especificidade de y[x]. Para resumir até aquí, a sintaxis para o cálculo simbólico de equações diferenciais é: DSolve[eqn, y[x], x] Note-se que, dependendo da ordem da equação diferencial, a solução fornecida por Mathematica retornará na forma de uma lista substitutiva com um número de constantes indexadas como C[1], C[2], etc., equivalente ao ordem da equação diferencial. Também é usado a seguinte sintaxe alternativa: Exemplo 1. Resolva a equação diferencial: x '' (t) = -ω02 x (t) Solução. Temos resolve equação diferencial DSolvex ''[t] ⩵ -ω02 x[t], x[t], t x[t] → C[2] Cos[t ω0] + C[1] Sin[t ω0] A solução fornecida é x(t) = c2 cos(t ω0) + c1 sin(t ω0). Logo aprenderemos os métodos para resolver equações diferencias deste tipo. DSolve[eqn, y, x] 8 EDO-2016-1.nb que da uma solução para y em forma de uma função pura. Se você deseja encontrar uma solução particular com uma condição inicial, a sintaxe varia um pouco: DSolve[{eqn, y[a] == b}, y, x] onde consideramos que para o valor de x = a, temos y[a] = b. Isto determinará o valor da constante C[1]. É importante ressaltar que equações diferencias que normalmente se escrevem como, por exemplo: y´´(x) + a*y´(x) + b = 0, em notação Mathematica se escreve como; y''[x] + a*y'[x] + b = 0. Não é obrigatório, em realidade, escrever produtos com "*" porque em Mathemat- ica isto é implementado automaticamente com um espaço em branco entre os termos a serem multiplicados, embora se você quiser pode usar "*". Exemplo 2. Resolva a equação diferencial: x '' (t) = -ω02 x (t), x (0) = x0, x ' (0) = v0. Solução. Temos: apaga tudo ClearAll["Global`*"]; resolve equação diferencial DSolve[{x'[t] == -ω0 x[t] + a, x[0]⩵ x0}, x[t], t] x[t] → ⅇ-t ω0 -a + a ⅇt ω0 + x0 ω0ω0 E a solução é dada simbólicamente por x(t) = ⅇ-t ω0 (-a + a ⅇt ω0 + x0 ω0)ω0 . EDO-2016-1.nb 9 2 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE PRIMEIRA ORDEM 2.1 Introdução A engenharia como a física tratam com a modelagem de problemas, geralmente de caráter físico. Em que consiste a modelagem de um problema físico-técnico? A modelagem consiste na formulação do problema em termos matemáticos, usando variáveis, funções e equações. O uso da linguagem matemática para decrever um problema físico-técnico é conhecido como o modelo matemático do problema dado. O processo de criação de um modelo, resolve-lo matemáticamente, interpretaro resultado em termos físicos ou outros termos é chamado de modelagem matemático ou, simplesmente, modelagem. A modelagem implica experiência, a qual podemos ganhar discutindo exemplos e problemas diversos. Conceitos físicos tais como velocidade e aceleraçaõ são taxas de variação, isto é, na linguagem do cálculo, derivadas. Logo, um modelo matemático contêm muitas vezes derivadas de uma função desconhecida. Tal modelo é chamado uma equação diferencial. Uma vez estabelecida a equação diferencial, devemos encontrar uma solução, explorar suas propriedades, traçar gráficos, encontrar seus valores e interpreta-lo, seja físicamente ou de algúm outra maneira de modo a compreender o comportamento do sistema descrita pela equação diferencial (Fig.1). Fig.1 Diagrama de um processo de modelagem A enorme importância das equações diferenciais para o estudo da engenharia e física pode ser fundamentada de inúmeras formas, dado que existe uma âmpla diversidade de problemas que ela descreve; que vão desde a tecnologia, descrição de problemas físicos do nível macroscópicos até microscópicos. Por exemplo, num circuito elétrico, a variável dependente I (t) em uma equação diferencial ordinária pode ser a corrente que flui no circuito no tempo t, no caso em que a variável independente seja o tempo. A natureza de I (t) depende do fluxo da corrente no começo, e a especificação da informação deste tipo é chamado de uma condição inicial para a equação diferencial. Da mesma forma, em engenharia química, uma variável dependente m (t) pode ser a quantidade de uma substância química produzida por uma reação no tempo t. Aqui também a variável independente seria o tempo t, e para determinar m (t) em qualquer caso particular, seria necessário especificar a quantidade de m (t) presente no início, que, por conveniência é normalmente levado para ser quando t = 0. Muitos problemas físicos são capazes de descrição em termos de uma única equação diferencial de primeira ordem, enquanto outros envolvem problemas mais complicados tais como equações diferenciais de primeira ordem acopladas, que, após a eliminação de todas menos uma das variáveis independentes, podem ser substituídos por uma única equação de ordem maior para a variável dependente restante. Isto acontece, por exemplo, quando se determina a corrente em um circuito elétrico RLC. Assim, equações diferenciais ordinárias de primeira ordem podem ser considerados como blocos de construção no estudo de equações de ordem superior, e as suas propriedades são particularmente importantes e fáceis de obter quando as equações são lineares. O estudo e as propriedades da classe especialmente simples de equações chamadas equações de coeficientes constantes é muito importante, pois constitui a base do estudo de equações de coeficientes constantes de ordem superior que são desenvolvidos em muitos livros e tem muitas e variadas aplicações. Antes de podermos estudar as técnicas de resolução dos diversos tipos de equações diferenciais, vamos introduzir os conceitos que são necessários para o desenvolvimento do tema. 10 EDO-2016-1.nb 2.2 Conceitos gerais e definições básicas 2.2.1 Definição de EDO Seja x uma variável independente e y uma variável dependente. Uma equação que envolve x, y e varias derivadas de y é chamada uma equação diferencial ordinária (EDO). Em termos gerais F x, y, dy dx , ..., dn y dxn = 0 (2.1) Alguns exemplos são dy dx = 2 y +sin(x) +ln x2 + 1, dy dx 2 +ⅇx -2 y = d2 y dx2 (2.2) A função desconhecida, y(x) satisfaz uma equação e seu comportamento dependerá das condições iniciais ou de contorno da função. apaga tudo ClearAll["Global`*"]; sol1 = resolve equação diferencial DSolve[{y '[x] ⩵ 2 y[x] + seno Sin[x] + logaritmo Log[x ^ 2+1], y[0] ⩵ 1}, y[x], x]; gráfico Plot[y[x] /. sol1, {x, -2 π, π /2}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing"] -6 -4 -2 0-2 0 2 4 6 x y Fig.2 Gráfico da solução da EDO dy dx = 2 y+ sin(x) +ln (x2 + 1), para a condição inicial y(0) = 1 no intervalo x (-2π,π/2). apaga tudo ClearAll["Global`*"]; sol2 = resolve numéricamente equação diferencial NDSolve[{y '[x]^ 2+ⅇx -2 y[x] == y ''[x], y[0] ⩵ 0, y '[0] ⩵ -0.5}, y, {x, -5, 1.4}, método Method → "StiffnessSwitching"]; gráfico Plot[y[x] /. sol2, {x, -5, 1.5}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing"] -5 -4 -3 -2 -1 0 1 0 1 2 3 x y Fig.3 Gráfico da solução da EDO dy dx 2 +ⅇx - 2 y = d2 y dx2 , para a condição inicial y(0) = 0, y’(0) = -0.5 no intervalo x (-5,1.4). 2.2.2 Definição da ordem de uma EDO A ordem de uma EDO é a ordem da derivada mais alta aparecendo na equação diferencial. Exemplos: EDO-2016-1.nb 11 ■ 4 dy dx = 6 x+1, é uma EDO de 1a. ordem■ d2 y dx2 + 6 dy dx = 2 x+5, é uma EDO de 2a. ordem■ dn y dxn + 3 dn-1 y dxn-1 + ... + d2 ydx2 + dydx = x2 + x + 1, é uma EDO de ordem n. 2.2.3 Definição da uma EDO linear e não-linear Se y e suas derivadas y´, y´´,, . . . aparecem linearmente na equação, é uma equação diferencial linear; de outro modo, ela é não- linear. Exemplos:■ x3 d3 y dx3 +6 dy dx +y = e-x, é uma EDO de 3a. ordem, linear■ d2 y dx2 +y dy dx +2 y = x, é uma EDO de 2a. ordem, não-linear em virtude do termo y dy dx .■ A equação do pêndulo simples d2 θ dt2 + g L sinθ = 0, é uma EDO de 2a. ordem em θ, não-linear em virtude do termo sinθ, cuja expansão em série de Taylor é um polinômio que depende de θ. 2.2.4 EDO versus equação diferencial em derivadas parciais Esta classificação depende de se você têm derivadas ordinárias ou parciais. Exemplos■ L d2 Q dt2 +R dQ dt + Q C = E(t), relaciona a carga Q(t) num circuito a uma força eletromotriz E(t) (isto é, a fonte de voltagem conectado ao circuito) na presença de um capacitor com resistência, é uma EDO.■ α2 ∂2u(x,t)∂x2 = ∂u(x,t)∂t , é uma ED em derivadas parciais de 2a. ordem, descrevendo a condução do calor ao longo de uma vara fina, com α sendo uma constante. 2.2.5 Definição. Solução de uma EDO Para uma EDO de ordem n Fx, y, y´, . . . , y(n) = 0, uma função y = y(x), que é n-vezes diferenciável e satisfaz a ED em algum intervalo a < x < b quando substituído na equação, é chamado uma solução da EDO sobre o intervalo a < x < b. Exemplo ilustrativo. Queda livre de uma massa pontual Considere o movimento de uma massa pontual deixado cair verticalmente no tempo t = 0 desde x = 0 como mostrado na Fig.4. Suponha que não existe resistência do meio. Fig.4 Queda livre de uma massa pontual. A equação do movimento é d2 x dt2 = g (2.3) e a solução geral encontra-se integrando ambos os lados com relação a t duas vezes x(t) = C0 + C1 t + 1 2 g t2. (2.4) Duas formas possíveis de especificar as condições. Problema do valor inicial Se o objeto é deixado cair com uma velocidade inicial v0, as condições requeridas são no tempo t = 0: x(0) = 0, x· (0) = dx dt t = 0 = v0. As constantes C0 e C1 podem ser determinados destas duas condições e a solução da ED é 12 EDO-2016-1.nb x(t) = v0 t + 1 2 g t2 ■ (2.5) 2.2.6 Definição. Problema do valor inicial Se uma equação diferencial é requerida para satisfazer as condições sobre a variável dependente e suas derivadas especificadas em algum valor da variável independente, estas condições são chamadas condições iniciais e o problema é chamado um problema do valor inicial. Exemplo 1. Encontrar a curva da família y = C1 ex + C2 e-2 x, tal que y(0) = 1, y ' (0) = -2. Solução. A derivada de y: y´ = C1 ex - 2 C2 e-2 x. Em x = 0, temos as condições 1 = C1 + C2,-2 = C1 - 2 C2, resolvendo resolve Solve[{1 ⩵ C1+C2, -2 ⩵ C1-2 C2}, {C1, C2}] {{C1 → 0, C2 → 1}} O resultado foi C1 = 0, C2 = 1, substituindo isto em y: y = e-2 x ■ Problema do valor de contorno Se o objeto é requerido para alcançar x = L no tempo t = T, L ⩾ (1/2) gT2, as condições podem ser especificadas assim no tempo t = 0: x(0) = 0, x(T) = L. A solução da ED é x(t) = L T - 1 2 g T t + 1 2 g t2 ■ (2.6) Neste caso, ED é requerida para satisfazer as condições especificadas em dois valores de t, isto é, t = 0 e t = T. 2.2.7 Definição. Problema do valor de contorno Se uma ED é requerida para satisfazer condições sobre a variável dependente e possivelmente suas derivadas especificadas em dois ou mais valores da variável independente, estas condições são chamados condições de contorno e o problema é chamado um problema de valor de contorno. 2.3 Formação de uma equação diferencial Uma EDO é formada numa tentativa de eliminar algumas constantes arbitrárias de uma relação nas variáveis e constantes. No entanto, equações em derivadas parciais podem ser formadas por eliminação de constantes arbitrárias ou funções arbitrárias. Em matemáticas aplicadas, cada problema geométrico ou físico quando transladado em símbolos matemáticos dá lugar a uma equação diferencial. Exemplo 2. A posição x de uma massa pontual atada ao extremo de uma mola que oscila é dada por x(t) = A sin(ω t + α), onde A, ω eα são constantes. Forme uma EDO apartir de x(t). Solução. Note que t é a variável independente e x a variável dependente, de modo que apenas duas constantes podemos eliminar. Tomando a primeira e segunda derivadas: dx(t) dt =ωAcos(ωt + α), d2 x dt2 = -Aω2 sint(ωt + α) = -ω2 x. EDO-2016-1.nb 13 A EDO procurada é , d 2 x dt2 +ω2 x = 0. ■ Exemplo 3. Encontre a EDO da seguinte equação y = ax3 + bx2, sendo a e b constantes arbitrárias. Solução. Tomando a primeira e segunda derivadas: dy dx = 3 ax2 + 2 bx, d2 y dx2 = 6 ax + 2 b, podemos resolver estas duas equações para a e b e substituir seus valores na expressão de y. resolve Solve1 x y ' ⩵ 3 a x+2 b, y '' ⩵ 6 a x+2 b, {a, b} a → - y′ - x y′′ 3 x2 , b → --2 y′ + x y′′ 2 x O resultado foi a = - y′-x y′′3 x2 , b = --2 y′+x y′′2 x , substituindo isto em y: y = - y′ - x y′′ 3 x2 x3 + --2 y′ + x y′′ 2 x x2 = - x y′ 3 + x2 y′′ 3 + x y′ - x2 y′′ 2 = 2 3 x y′ - 1 6 x2 y′′. Assim, a EDO procurada é 6 y = 4 x y′ - x2 y′′ ■ Exemplo 4. Encontre a EDO de todos os círculos de raio R e com centro no ponto (a,b). Solução. O circulo com as características dadas têm a equação (x - a)2 + (y - b)2 = R2. Duas constantes podem ser eliminadas, para isto calculamos suas duas primeiras derivadas: (x-a) +(y-b) dy dx = 0, 1 + dy dx 2 + (y - b) d2 y dx2 = 0. Resolvemos estas duas equações para a e b e substituímos seus valores na equação do círculo resolve Solve(x-a) + (y-b) y ' ⩵ 0, 1+ (y ')2 + (y-b) y '' ⩵ 0, {a, b} a → - y′ + (y′)3 - x y′′ y′′ , b → --1- (y′)2 - y y′′y′′ O resultado foi a = - y′+(y′)3-x y′′ y′′ , b = --1-(y′)2-y y′′y′′ , substituindo isto na equação do círculo: x + y′ + (y′)3 - x y′′ y′′ 2 + y + -1 - (y′)2 - y y′′ y′′ 2 = R2 e simplificando dá1 + (y′)23(y′′)2 = R2 ou 1 + (y′)23/2 = R y′′. Note que y ' = dy dx , y '' = d2 y dx2 ■ 14 EDO-2016-1.nb R = 0.5; sol = resolve equação diferencial DSolve(1+ y '[x]^ 2)3/2 ⩵ R y ''[x], y[x], x; gráfico Plot[{y[x] /. sol /. { constante C[1] → -2, constante C[2] → 1}, y[x] /. sol /. { constante C[1] → -0.5, constante C[2] → 2}, y[x] /. sol /. { constante C[1] → -3, constante C[2] → 3}}, {x, -0.5, 2}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do quadro FrameLabel → {"x", "y"}, legenda do gráfico PlotLegends → "Expressions", tamanho da imagem ImageSize → 200] x y y(x) /. sol /. {c1 → -2, c2 → 1} y(x) /. sol /. {c1 → -0.5, c2 → 2} y(x) /. sol /. {c1 → -3, c2 → 3} Exemplo 5. Encontrar a EDO da família de parábolas y = C1(x - C2)2. Solução. Calculamos suas duas primeiras derivadas: dy dx = 2 C1(x - C2), d2 y dx2 = 2 C1 Resolvemos estas duas equações para C1 e C2 e substituimos seus valores na equação da função y: apaga tudo ClearAll["Global`*"]; resolve Solve[{y ' ⩵ 2 C1 (x-C2), y '' ⩵ 2 C1}, {C1, C2}] C1 → y′′ 2 , C2 → -y′ + x y′′ y′′ O resultado foi C1 = y′′2 , C2 = -y′+x y′′y′′ , substituindo isto na equação de y: y = C1(x - C2)2 = y′′ 2 x - -y′ + x y′′ y′′ 2 = 1 2 y′′ (xy′′ + y′ - x y′′)2 = 12 y′′ y′2 ou 2 y y′′ - y′2 = 0 ■ Exemplo 6. Encontrar a EDO que descreve a família de elipses de semi-eixos a e b e cujo centro encontra-se no eixo x. Solução. A equação de uma elipse com semelhante descrição do problema tem a equação:(x - x0)2 a2 + y2 b2 = 1. Derivando implicitamente em relação a x: 2 (x - x0) a2 + 2 y y ' b2 = 0, ⟹ (x - x0) = -a2 b2 y y '. Derivando implícitamente uma segunda vez em relação a x da última relação: 1 = -a2 b2 y '2 + y y '', ⟹ b2 = -a2y '2 + y y ''. Inserindo b2 em (x - x0) (x - x0) = -a2 b2 y y ' = y y ' y '2 + y y '' Por último, inserindo (x - x0) e b2 na equação da elipse 1 + (y′)23/2 = R y′′ EDO-2016-1.nb 15 y y' y'2+y y'' 2 a2 + y2-a2(y '2 + y y '') = 1 ⟹ y2y '2 + y y '' y '2y '2 + y y '' - 1 = a2 ⟹ y3 y ''(y '2 + y y '')2 = -a2. Usamos agora Mathematica para, através de um valor numérico de a, mostrar que nosso resultado anterior é correto. a = 0.5; sol = resolve equação diferencial DSolve y[x]3 y ''[x]y '[x]2 + y[x] y ''[x]2 ⩵ -a2, y[x], x; gráfico Plot[{y[x] /. sol /. { constante C[1] → 0.5, constante C[2] → -1}, y[x] /. sol /. { constante C[1] → 1, constante C[2] → -2}, y[x] /. sol /. { constante C[1] → -0.1, constante C[2] → 0}}, {x, -1, 3}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, legenda do gráfico PlotLegends → "Expressions", tamanho da imagem ImageSize → 200] Solve::ifun : Inverse functions are being used by Solve, so some solutions may not be found; use Reduce for complete solution information. Solve::ifun : Inverse functions are being used by Solve, so some solutions may not be found; use Reduce for complete solution information. x y y(x) /. sol /. {c1 → 0.5, c2 → -1} y(x) /. sol /. {c1 → 1, c2 → -2} y(x) /. sol /. {c1 → -0.1, c2 → 0} Fig.5. Família da elipses centradas no eixo x, com semi-eixo a=0.5 são descritas pela EDO y3 y''y'2+y y''2 = -a2. Lista 1. Problema do valor inicial, problema do valor de contorno. Formando uma EDO I.1 Curvas que satisfazem as condições iniciais e de contorno dado Encontrar, para as famílias das curvas dadas, as linhas que satisfazem as condições iniciais e de contorno indicados: 1. x2 - y2 = C, y(0) = 5. 2. y = (C1 + x C2) e2 x, y(0) = 0, y´(0) = 1. 3. y = C1 sin(x - C2), y(0) = 0, y´() = 1. 4. y = C1 e-x + C2 ex + C3 e2 x, y(0) = 0, y´(0) = 1, y '' (0) = -2. I.2 Formando EDOs Forme as EDOs das seguintes equações (a, b, c, A, B, C1, C2) são constantes: 5. y = a e2 x + b e-3 x + c ex. 6. x y = A ex + B e-x + x2. 7. y = ex(Acos(x) + Bsin(x)). 8. (y - a)2 = 2 b x 9. y = C1 cos(3 x) + C2 sin(3 x). 10. ln x y = 1 + a y. 11. y = (a + b x) ex + c. Forme as EDOs de: 16 EDO-2016-1.nb 12. Uma família de círculos passando através da origem (veja figura abaixo) e tendo centros sobre o eixo x. Out[277]= -2 -1 0 1 20 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 x y 13. Todas as parábolas com eixo x como seu eixo e (a, 0) como seu foco. 14. Obtenha uma EDO da família de parábolas y = x2 +C e esboçe aqueles membros da família que passam através de (0, 0), (1, 1) e (1, -1) respectivamente. 15. Construa a parábola para y = C x2para C = -2 e derive uma EDO de uma família de semelhantes parábola 2.4 EDOs de primeira ordem Não existe uma forma geral de resolver qualquer equação diferencial. Não entanto, nosso interesse estará confinado a quatro tipos especiais de EDOs de primeira ordem:♣ Equações com variáveis separáveis,♣ Equações homogéneas,♣ Equações lineares,♣ Equações exatas. Em casos diferentes a estes mencionados, a solução particular pode ser determinado numericamente. 2.4 .1 Variáveis separáveis Uma EDO com variáveis separáveis é da forma Q(y) dy + P (x) dx = 0. (2.7) Algumas formas alternativas para este tipo de EDOs são: dy dx = f(y) g(x), (2.8) X(x) Y(y) dy + X1(x) Y1(y) dx = 0. (2.9) A solução a (2.7) obten-se integrando Q(y)ⅆy + P(x)ⅆx = 0 ⟹ H(y) = G(x) + C, (2.10) onde H(y) = ∫Q(y)ⅆy, G(x) = -∫P(x)ⅆx, e C define a constante de integração. A solução a (2.8) é semelhante dy dx = f(y) g(x) ⟹ 1 f(y) ⅆy = g(x) ⅆx + C. (2.11) A solução a (2.9) consegue-se separando as funções que dependem de x e y em ambos lados da equação X(x) Y(y) dy + X1(x) Y1(y) dx = 0 ⟹ Y(y) Y1(y) ⅆy + X1(x)X(x) ⅆx = 0 (2.12) o que segue é integrar esta equação tanto para y como para x o qual nos dará uma equação semelhante a (2.10). Deve-se notar que dy/dx foi tratado como se fosse uma taxa de dy e dx, que podem ser manipulados independentemente. Talves os matemáticos não fiquem felizes por este tratamento. Mas, de ser necessario, podemos justifica-lo considerando dy e dx representando variações finitas pequenas δy e δx, depois que tenhamos alcançado o limite onde cada um resulta infinitesimal. EDO-2016-1.nb 17 Exemplo 1. Considere a equação diferencial y ' = -y2 ex. Encontre: a) a solução geral, b) a solução particular y(1) = 2. Solução. a) Podemos escrever dy y2 = -ex dx ⟹ 1 y2 ⅆy = -ex ⅆx que, ao ser integrada separadamente dá a solução - 1 y = = -ex+ C, ⟹ 1 y = ex - C, onde C é uma constante de integração. É a solução geral. b) Para a condição inicial y(1) = 2: 1 2 = e - C, C = (-0.5 + e) = 2.217 Assim, a solução particular é - 1 y = = -ex+ C, ⟹ 1 y = ex - 2.217. ■ e o gráfico da solução particular é mostrado abaixo. apaga tudo ClearAll["Global`*"]; gráfico Plot[1 / (ⅇx - (ⅇ-0.5)), {x, -2, 2}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing"] -2 -1 0 1 2-3 -2 -1 0 1 2 x y Usando Mathematica, resolvemos a ED anterior: sol = resolve equação diferencial DSolve[{y '[x] ⩵ -y[x]^ 2 ⅇx}, y[x], x] y[x] → 1ⅇx -C[1] Traçamos as curvas solução para dois valores diferentes da constante arbitrária C = {ⅇ - 0.5, -6}, que mostramos abaixo. gráfico Plot{y[x] /. sol /. constante C[1] → (-0.5+ⅇ), y[x] /. sol /. constante C[1] → -6}, {x, -2, 4}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> verdadeiro True, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do grá⋯PlotLegends → situadoPlaced"y= 1ⅇx - (0.5-ⅇ) ", "y= 1ⅇx +6 ", direitaRight, tamanho da imagemImageSize → 250 -2 0 2 4-1.5 -1.0 -0.5 0 0.5 1.0 x y y= 1ⅇx-(0.5-ⅇ) y= 1ⅇx+6 Exemplo 2. Encontre a curva no plano xy que passa através de (0,3) e cuja reta tangente no ponto (x,y) tem o coeficiente angular 2 xy2. 18 EDO-2016-1.nb Solução. A ED descrevendo a curva é dy dx = 2 x y2 ⟹ y2 ⅆy = 2 xⅆx ⟹ y3 3 = x2 + C, é a solução geral. Como a curva passa por (0,3), temos a condição inicial y(0) = 3: 33 3 = 0 + C, C = 9. A curva requerida é y 3 3 = x2 + 9. ■ apaga tudo ClearAll["Global`*"]; gráfico de contornos ContourPlot y ^ 3 3 ⩵ x ^ 2+9, {x, -5, 5}, {y, 0, 6}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", estilo de eti⋯LabelStyle → diretivaDirective[ pretoBlack, negritoBold], RotateLabel → falso False, estilo do grá⋯PlotStyle → { verdeGreen, esp⋯Thick, espessuraThickness[0.015]}, intervalo do gráficoPlotRange → {{-5, 5}, {2, 6}}, tamanho da imagemImageSize → 200 -4 -2 0 2 42 3 4 5 6 x y Exemplo 3. Resolva a ED dy dx = x(2 ln(x)+1) sin(y)+y cos(y) . Encontre uma solução particular para a condição inicial y(ⅇ) = π/2. Solução. Temos a ED dy dx = x(2 ln(x) + 1) sin(y) + y cos(y) ⟹ (sin(y) + y cos(y))ⅆy = x(2 ln(x) + 1)ⅆx + C, calculamos cada integral ( seno Sin[y] + y cosseno Cos[y])ⅆy, x (2 logaritmo Log[x] + 1)ⅆx y Sin[y], x2 Log[x] Os resultados foram (sin(y) + y cos(y))ⅆy = y sin(y), x(2 ln(x) + 1)ⅆx = x2 ln(x). A solução geral requerida é y sin (y) = x2 ln (x) + C. ■ Para a C.I y(ⅇ) = π/2, temos π/2 sin(π/2) = ⅇ2ln(ⅇ) + C, ⟹ C = π (2 ⅇ2) = 0.213. A solução partiular é y sin (y) = x2 ln (x) + 0.213. ■ Um gráfico de contorno para esta solução é mostrado abaixo EDO-2016-1.nb 19 apaga tudo ClearAll["Global`*"]; gráfico de con⋯ContourPlot[ y senoSin[y] ⩵ x ^ 2 logaritmoLog[x] +0.213, {x, -2, 5}, {y, -16, 16}, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230] -2 0 2 4-15 -10 -5 0 5 10 15 x y 2.4 .1.1 Equações redutíveis a equações com separação de variáveis A ED do tipo dy dx = f(a x + b y + c), (2.13) onde a, b e c são constantes, se reduz a uma ED com variáveis separáveis fazendo a substituição z = a x + b y + c. (2.14) Derivando em relação a x dz dx = a + b dy dx , de onde dy dx = 1 b dz dx - a , e a ED (2.13) toma a forma 1 b dz dx - a = f(z) , ⟹ dz dx = b f(z) + a . (2.15) A ED (2.15) é uma ED com variáveis separáveis. Exemplo 4. Resolva a ED dy dx = ax + by + c, sendo a, b, c constantes. Encontre uma solução particular para a condição inicial y(0) = -1 com a = 1, b = 1, c = -2. Solução. Temos uma equação que se reduz a variáveis separáveis. Fazemos z = a x + b y + c e derivamos em relação a x: dz dx = a + b dy dx , de onde dy dx = 1 b dz dx - a , e a ED (2.13) toma a forma 1 b dz dx - a = z , ⟹ dz dx = b z + a ⟹ dz b z + a = dx ⟹ dz(z + a /b) = b dx (2.16) integrando a equação anterior 1 z + a /b ⅆz = bⅆx + ln (C) ⟹ ln (z + a /b) - ln (C) = bx ou 20 EDO-2016-1.nb ln z + a /b C = bx ⟹ z + a /b = C ebx. Inserindo aqui z = a x + b y + c, encontramos a solução geral a x + b y + c + a /b = C ebx ⟹ y = 1 b C ebx - (a x + c + a /b). ■ Para a solução particular com a condição inicial y(0) = -1 e a = 1, b = 1, c = -2 -1 = 1 1 C e0 - (0 - 2 + 1) = C + 1, C = -2. A solução particular é y = -2 ex - x + 1. ■ Usando Mathematica resolvemos assim: a = 1; b = 1; c = -2; sol = resolve equação diferencial DSolve[{y '[x] ⩵ a x+b y[x] + c, y[0] == -1}, y[x], x] gráfico Plot[y[x] /. sol, {x, -2, 2}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing"] {{y[x] → 1-2 ⅇx - x}} -2 -1 0 1 2-15 -10 -5 0 x y Exemplo 5. Resolva a ED dy dx = sin(x - y) + cos(x - y). Encontre uma solução particular y(0) = -π/3. Solução. Temos uma equação que se reduz a variáveis separáveis. Fazemos z = x - y. dz dx = 1 - dy dx , de onde dy dx = 1 - dz dx , e a ED (2.13) toma a forma 1 - dz dx = sin(z) + cos(z) , ⟹ 1 - dz dx = (sin(z) + cos(z)) ⟹ 1 - (sin(z) + cos(z)) = dz dx ⟹ dz 1 - (sin(z) + cos(z)) = dx (2.17) a integração dá 1 1 - (sin(z) + cos(z)) ⅆz + C = x Mathematica nos fornece o valor da integral 1 1 - Sin[z] + Cos[z] ⅆz LogCos z 2 - Sin z 2 - LogSin z 2 Assim, obtemos, depois de inserir z = x - y EDO-2016-1.nb 21 x = C + ln cos z 2 - sin z 2 - ln sin z 2 = C + ln cos z2 - sin z2 sin z2 = C + ln cot z2 - 1 x = C + ln cot x- y 2 - 1 . ■ É a solução geral. A solução particular terá uma constante de integração C que satisfaz a equação 0 = C + ln cot 0 + π /3 2 - 1 . ⋯N lo⋯Log cotangenteCotπ6 - 1 -0.311905 assim, C = 0.311905. A solução particular satisfaz x = 0.311905 + ln cot x - y 2 - 1 . ■ Um cálculo alternativo para integralanterior apresentamos aqui. Façamos uma mudança de variável z = 2θ: 1 1 - (sin(z) + cos(z)) ⅆz = 21 - (sin(2 θ) + cos(2 θ)) ⅆθ = 2(sin2(θ) + cos2(θ)) - (2 sin(θ) cos(θ) + cos2(θ) - sin2(θ)) ⅆθ = 1sin2(θ) - sin(θ) cos(θ) ⅆθ = 1 sin2(θ) (1 - cot(θ)) ⅆθ = - 1(1 - cot(θ)) ⅆ (cot(θ)) = 1(cot(θ) - 1) ⅆ (cot(θ)) = ln(cot(θ) - 1). voltando a variável anterior θ = z/2 = (x - y)/2, encontramos o mesmo resultado calculado por Mathematica. apaga tudo ClearAll["Global`*"]; gráfico de contornos ContourPlot x ⩵ 0.311905+ l⋯Log cotangenteCot x- y2 -1, {x, -2, 2}, {y, -3, 3}, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230 -2 -1 0 1 2-3 -2 -1 0 1 2 3 x y 2.4 .1.2 Aplicações Neste ponto abordamos algumas aplicações físicas e de engenharia. Exemplo 1 (Física). Um foguete, lançado para cima desde o repouso no tempo t = 0, tem sua massa inicial m0 (incluindo seu com- bustível). Assumindo que o combustível é consumido a uma taxa constante k, a massa m do foguete, em quanto o combustível está sendo queimado, será dado por m = m0 - k t. Pode ser mostrado que se a resistência do ar é desprezado e os gases do combustível são expelidos a uma velocidade constante c relativo ao foguete, logo a velocidade v do foguete satisfará a equação m d v dt = c k - m g, onde g é a aceleração devido a gravidade. a) Encontre v(t) tendo em mente que a massa m é uma função do tempo t. b) Suponha que o combustível da conta pelo 80% da massa inicial do foguete e que todo o combustível é consumido em 100 s. Encontre a velocidade 22 EDO-2016-1.nb do foguete em m/s no instante que o combustível é consumido. [Tome g = 9.8 m/s2 e c = 2500 m/s.] Solução. (a) Temos a ED m dv dt = c k - m g ⟹ dv dt = c k - m g m = c k m - g = c k m0 - k t - g, de onde, ao integrar dv dt = c k m0 - k t - g ⟹ dv = c km0 - k t - g dt ⟹ ⅆv = cm0 /k - t - g ⅆ t + C1 sendo C1 uma constante de integração. A integral da direita dá c m0 /k - t - g ⅆ t = - ct - m0 /k - g ⅆ t = -c ln t - m0 /k - g t Obtemos v(t) = -c ln t - m0 /k - g t + C1 A C.I do problema é v(0) = 0: 0 = -c ln 0 - m0 /k - g (0) + C1 = -c ln -m0 /k + C1 ⟹ C1 = c ln -m0 /k. A solução particular é v(t) = -c ln t - m0 /k - g t + c ln -m0 /k = c ln m0 /k m0 /k - t - g t. ■ b) Se, ao início a massa do foguete m0 = m0 c + M, com M a massa do foguete sem combustível e m0 c = 0.8 m0 é a massa inicial do combustível, logo M = 0.2 m0. Ao se consumir o combustível, a massa m = M = 0.2 m0, de modo que m = m0 - k t ⟹ 0.2 m0 = m0 - k (100), k = 0.8 m0 100 = 8⨯10-3 m0, m0 /k = 0.125⨯103. A velocidade é acabar o combustível é v(t) = 2500 l⋯Log valor absolutoAbs 0.125 (103)0.125 (103) - 100 - 9.8 (100) 3043.59 ou v = 3043.59 m/s. Um gráfico da velocidade versus tempo é mostrado abaixo. gráfico Plot2500 l⋯Log valor absolutoAbs 0.125 × 10 3 0.125 × 103 - t -9.8 t, {t, 0, 150}, legenda do quadroFrameLabel → {t, v}, quadroFrame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing" 0 50 100 150 0 2000 4000 6000 8000 10 000 t v Exemplo 2 (Termodinâmica). Um depósito cilíndrico de volume V0 está cheio de ar atmosférico, que se comprime de um modo adiabático (sem troca de calor com o meio que o rodeia) até que seu volume é igual a V1. Calcular o trabalho feito durante a compressão. Solução. O trabalho termodinâmico defíne-se como dW = -p dV. A sinal negativa foi colocada em evidência por causa da compressão. Num processo adiabático, a relação entre pressão absoluta p e o volume V é dado por EDO-2016-1.nb 23 p Vκ = const. ⟹ p = const. Vκ , onde κ cháma-se coeficiente adiabático de Poissão. Note que p0 V0κ = const. , com p0 a pressão correspondente ao volume V0. Logo p = p0 V0κ Vκ . A ED é dada por dW = -p0 V0κ Vκ dV, integrando ⅆW = -p0 V0κVκ ⅆV + C e a integral p0 V0κVκ ⅆV V1-κ V0κ p0 1 - κ o trabalho W = -p0 V0κ Vκ ⅆV + C = -V0κ p01 - κ V1-κ + C A condição inicial W(V0) = 0 porque o gás estava a pressão atmosférica. Logo, a constante 0 = - V0κ p01-κ V01-κ + C, de onde C = - V0 p0κ-1 . Por tanto, o trabalho para qualquer V: W = -V0κ p0 1 - κ V1-κ - V0 p0κ - 1 = V0 p0κ - 1 V0V κ-1 - 1 . O trabalho no volume V = V1 será W = V0 p0κ - 1 V0V1 κ-1 - 1 . ■ Exemplo 3 (Mecânica). Um esquiador de massa m efetua, desde o estado de repouso, a descida de uma montanha, se movendo por um trecho retilíneo AB = L inclinado num ângulo α com o horizonte. Logo, o movimento se efetua pelo arco de circunferência BCO de raio r cujo ângulo central é 2α (veja Figura). Determinar a velocidade do esquiador ao percorrer a distância L. A força de resistência ao movimento no trecho rectlinear tem a forma R = k2 m v2, onde m é a massa do esquiador e k um coeficiente constante. Durante o movimento pelo arco da circunferência se despreza a resistência e o movimento do esquiador se considera como de uma massa pontual. Considere o caso particular α = 50o, k2 L = 1 /4. Solução. Os eixos de referência relevantes estão indicados no desenho anexo a figura. Ao longo do eixo Y não temos movimento, e ao longo do trecho AB do eixo X temos um movimento acelerado, pelo que Fy = N - mgCos(α) = 0 ⟹ N = mgcos(α),Fx = mgSen(α) - R = m ax ⟹ mg sen(α) - k2 m vx2 = m dvx dt . A ED anterior é de variáveis separáveis. Note 24 EDO-2016-1.nb k2 m g sen(α) k2 - vx2 = m dvx dt ⟹ dvx g sen(α) k2 - vx2 = k2 dt ⟹ 1g sen(α)k2 - vx2 ⅆvx = k2 ⅆ t + C a integral 1g Sin[α] k2 - vx2 ⅆvx k ArcTanh k vx g Sin[α] g Sin[α] temos k g sin (α) ArcTanh kg sin (α) vx = k2 t + C. Condição inicial vx(0) = 0, dá C = 0. Por tanto vx = 1 k g sin(α) Tanh k g sin(α) t . ■ O valor assintótico da velocidade encontra-se considerando que limt→∞ Tanh k g sin(α) t = 1, assim vx max = 1 k g sin(α) . Intro- duzindo υ0 = gk2 , t0-1 = g k2 e assumindo α = 50o, traçamos o gráfico de vx /υ0 versus t / t0. gráfico Plot Sin[50 Degree] tangente hiperbólica Tanh Sin[50 Degree] t, {t, 0, 5}, legenda do quadro FrameLabel → {t / t0, vx /υ0}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing" 0 1 2 3 4 5 0 0.2 0.4 0.6 0.8 t t0 v x υ 0 Calculamos a velocidade em x = L, temos a equação vx = dx dt = 1 k g sin(α) Tanh k g sin(α) t ⟹ 0 Lⅆx = 1 k g sin(α) 0 T Tanh k g sin(α) t ⅆ t a integração nos dá L = 1 k g sin(α) 0 T Tanh k g sin(α) t ⅆ t tangente hiperbólica Tanhk g Sin[α] t ⅆt LogCoshk t g Sin[α] k g Sin[α] EDO-2016-1.nb 25 L = 1 k2 Ln cosh k T g sin(α) ⟹ cosh k T g sin(α) = ek2 L ⟹ T = 1 k g sin(α) cosh-1ek2 L. A velocidade no instante t = T é T = 1 k g Sin[α] arco cosseno hiperbólicoArcCoshⅇk2 L; simplifica Simplify 1 k g Sin[α] tangente hiperbólica Tanhk g Sin[α] T ⅇ-k2 L -1+ⅇk2 L 1+ⅇk2 L 1 + ⅇk2 L g Sin[α] k encontramos vx = 1 k 1 - ⅇ-2 k2 L g sin(α) ⟹ vxυ0 = 1 - ⅇ-2 k2 L sin(α) assumindo, por exemplo k2 L = 1/4, encontramos o valor numérico: valor numérico N 1 - ⅇ-2 (1/4) Sin[50 Degree] 0.549013 o resultado foi vx = 0.549013 υ0 = 0.549013 gk2 . ■ Exemplo 4 (Trajetórias ortogonais). Chama-se trajetórias ortogonais de uma família dada de curvas as linhas que cortam em ângulo reto as curvas de dita família.Os coeficientes angulares y1´ e y2´ das tangentes as curvas da família dada e as trajetórias ortogonais buscadas, deve-se satisfazer em cada ponto a condição de ortogonalidade y2´ = -1y1´ . Com esta definição, encontrar as trajetórias ortogonais da família de curvas y = a x3 - 2 x. Encontre uma curva ortogonal a família de curvas dada e que passa pelo ponto (1,1). Solução. Para a família de curvas dada, a derivada y´ = 3 a x2 - 2, e da família de curvas a = y + 2 x x3 . O valor da derivada y´ = 3 x2 y + 2 x x3 + b = 3 y + 6 x x - 2 = 3 y x + 4. A ED das trajetórias ortogonais será y´ = - 1 3 y x + 4 . Esta ED se reduz a uma de variáveis separáveis. Para este fim fazemos u = y/x, que derivamos em relação a x: y = x u, y´ = u + x u´, logo y´ = - 1 3 y x + 4 ⟹ u + x u´ = - 13 u + 4 ⟹ x u´ = - 13 u + 4 + u = - 3 u2 + 4 u + 13 u + 4 3 u + 4 3 u2 + 4 u + 1 du = -dxx , integrando 3 u + 43 u2 + 4 u + 1 ⅆu = - 1x ⅆx + C O valor da integral 26 EDO-2016-1.nb apaga tudo ClearAll["Global`*"]; 3 u + 4 3 u2 + 4 u + 1 ⅆu - 1 2 Log[1 + u] + 3 2 Log[1 + 3 u] logo 3 u - 2 b 3 u2 - 2 b u + 1 ⅆu = - 1x ⅆx + lnC ⟹ -12 Log(1 + u) + 32 Log(1 + 3 u) = ln Cx Finalmente, com u = y/x: ln (1 + 3 u)3 1 + u = ln Cx ou : (x + 3 y)3 x2(x + y) = Cx ⟹ (x + 3 y)3x2(x + y) = Cx 2 ⟹ C2 = (x + 3 y)3(x + y) , no ponto (1, 1), C = 5.66. a curva ortogonal é (x+3 y)3x+y = 32. Isto é mostrado abaixo. apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico de contornos ContourPlot (x+3 y)3 x+y == 32, {x, -2, 2}, {y, -2, 2}, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", FrameLabel → {x, y}, legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced" (x+3 y)3 x+y =32", direitaRight, tamanho da imagemImageSize → 230 -2 -1 0 1 2-2 -1 0 1 2 x y (x+3 y)3 x+y =32 EDO-2016-1.nb 27 apaga tudo ClearAll"Global`*"; mos⋯Show gráfico de contornosContourPlot (x+3 y)3 x+y == 32, {x, -2.5, 2}, {y, -2, 2}, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", FrameLabel → {x, y}, legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced" (x+3 y)3 x+y =32", direitaRight, estilo de conto⋯ContourStyle → { verdeGreen, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, gráfico Plotx2 -2 x, 3 x2 -2 x, {x, -2.5, 2}, estilo do grá⋯PlotStyle → {{ laranjaOrange, esp⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, { v⋯Red, esp⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced"y=x2-2x", "y=3x2-2x", direitaRight, tamanho da imagemImageSize → 230 -2 -1 0 1 2-2 -1 0 1 2 x y (x+3 y)3 x+y =32 y=x2-2x y=3x2-2x A curva vermelha e laranja são duas curvas da família dada e a curva verde é a ortogonal que passa pelo ponto (1,1). 2.4.2 ED homogéneas Uma ED que pode ser escrita na forma M(x, y) dx + N(x, y) dy = 0 (2.18) onde M(tx, ty) = tn M(x, y) e N(tx, ty) = tn N(x, y) (2.19) é chamada uma equação diferencial homogénea (de grau n). Note, de (2.17) dy dx = -M(x, y) N(x, y) = f(x, y) (2.20) se M(x,y) e N(x,y) são homogéneas do mesmo grau n, a função f(x,y) será homogénea de grau zero, isto significa que f(x, y) = g(y /x), isto é, pode ser escrita como uma função de u = y/x. Por tanto dy dx = g y x . (2.21) Resolvemos esta classe de ED seguindo dois passos:● Introduzimos a variável u = y/x, de onde y = x u. Logo, derivamos dy dx = u + x du dx , (2.22) ● Separe as variáveis u e x, e integre. Através do painel abaixo mostra-se o passo a passo dos procedimentos para resolver equações homogéneas. In[278]:= manipula Manipulate 28 EDO-2016-1.nb manipula silen⋯Quiet@ móduloModule{deq1, deg2, deg3, deg4, deg5, deg6, deg6a, deg7, solut, yp, xp}, deq1 = (y ' == dequs[[i]]); deg2 = u+ x u ' ⩵ right[[i]]; deg3 = x u ' ⩵ right[[i]] -u; deg4 = linha RowRow[{d, x}] x == linha Row[{d, u}] / (right[[i]] -u); deg5 = logar⋯Log[x] - ⋯Log[ c⋯C] ⩵ integraIntegrate[1 / (right[[i]] -u), u]; deg6 = x ⩵ C exponencial Exp[deg5[[2]]]; deg6a = x ⩵ C exponencial Exp[deg5[[2]]] /. {u → y / x}; deg7 = x ⩵ c exponencial Exp[deg5[[2]]] /. {u → y / x}; Text@ á⋯Pane colunaColumn forma tradicionalTraditionalForm[deq1], seIf[st1, forma tradicionalTraditionalForm[deg2], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg2]]], se If[st2, forma tradicional TraditionalForm[deg3], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg3]]], seIf[st3, forma tradicionalTraditionalForm[deg4], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg4]]], se If[st4, forma tradicional TraditionalForm[deg5], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg5]]], seIf[st5, forma tradicionalTraditionalForm[deg6], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg6]]], se If[st6, forma tradicional TraditionalForm[deg6a], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg6a]]], se If[st7, forma tradicional TraditionalForm[deg7], invis⋯Invisible[ forma tradicionalTraditionalForm[deg7]]], se Ifsg, gráfico d⋯ContourPlot calculaEvaluate[deg7], {x, -3, 5}, {y, -3, 3}, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", legenda do qua⋯FrameLabel → {x, y}, tamanho da imagemImageSize → {250}, estilo de co⋯ContourStyle → { verdeGreen, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0105], função de reg⋯RegionFunction → funçãoFunction[{x, y}, x ^ 2 > 0.001 && y ^ 2 > 0.001], invis⋯Invisible[ gráfico d⋯ContourPlot[ calculaEvaluate[deg7], {x, -3, 5}, {y, -3, 3}, função de reg⋯RegionFunction → funçãoFunction[{x, y}, x ^ 2 > 0.001 && y ^ 2 > 0.001]]], alinhame⋯Alignment → centroCenter, tamanho da imagemImageSize → {300, 550}, "escolha uma equação",{{i, 1, ""}, tabela Table[j → forma tradicional TraditionalForm[y ' ⩵ dequs[[j]]], {j, 1, 6}], tipo de con⋯ControlType → menu pop upPopupMenu}, "",{{st1, falso False, "passo 1"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "",{{st2, falso False, "passo 2"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "",{{st3, falso False, "passo 3"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "",{{st4, falso False, "passo 4"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "",{{st5, falso False, "passo 5"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "", "solução geral", {{st6, falso False, "passo 6"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "", "solução particular", {{st7, falso False, "passo 7"}, { v⋯True, falsoFalse}}, "", "constante na solução particular", {{c, 2, ""}, -2, 2, 0.1, exclusões Exclusions → {0}, aparência Appearance → " etique⋯Labeled", tamanho⋯ImageSize → minúsculoTiny}, "", "mostrar gráfico", {{sg, falso False, ""}, { v⋯True, falsoFalse}}, inicialização Initialization :> right = (u-1) / (u+1), u3 +2 u 2+2 u2, 6 u3 -1 /u, ⅇu +u, -u / ( logaritmo Log[u]), u+ tangente hiperbólica Tanh[u]; EDO-2016-1.nb 29 inicialização logaritmo tangente hiperbólica dequs = (y / x-1) / (y / x+1), (y / x)3 +2 y / x 2+2 (y / x)2, 6 (y / x)3 - (x / y), ⅇy/x + y / x, - y / x / logaritmo Log[y / x], y / x+ tangente hiperbólica Tanh[y / x] Out[278]= escolha uma equação y′ yx-1 y x +1 passo 1 passo 2 passo 3 passo 4 passo 5 solução geral passo 6 solução particular passo 7 constante na solução particular 2 mostrar gráfico y′ yx-1y x +1 x u′ + u u-1 u+1 x u′ u-1 u+1 - u 70.5776x x 70.5776u u-1 u+1-u log(x) - log(C) - 1 2 logu2 + 1 - tan-1(u) x C ⅇ-tan-1(u) u2+1 x C ⅇ-tan-1 yx y2 x2 +1 x 2 ⅇ-tan-1 yx y2 x2 +1 -2 0 2 4-3 -2 -1 0 1 2 3 x y Exemplo 1. Resolva (y + x) dy + (x - y) dx = 0. Encontre a solução particular y(1) = -1. Solução. Fazemos u = y/x e usamos dy dx = u + x du dx em: (y + x) dy + (x - y) dx = 0 ⟹ dy dx = - (x - y)(y + x) = u - 1u + 1 ⟹ u + x dudx = u - 1u + 1 x du dx = u - 1 u + 1 - u = u - 1 - u 2 - u u + 1 =-1 + u 2 1 + u ⟹ 1 + u1 + u2 du = -dxx ⟹ 1 + u1 + u2 ⅆu = - 1x ⅆx + C a integral 1 + u 1 + u2 ⅆu ArcTan[u] + 1 2 Log1 + u2 Assim 30 EDO-2016-1.nb ArcTan(u) + 1 2 Log1 + u2 = -ln(x) + C ⟹ ArcTan y x + 1 2 lnx2 + y2 = C. ■ Para y(1) = -1, temos ArcTan (-1) + 12 ln (2) = C, ou C = -/4 + 12 ln (2) = -0.4388. apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico de⋯ContourPlot arco tangenteArcTan y x + 1 2 logaritmo Logx2 +y2 ⩵ -0.4388, {x, -2, 2}, {y, -3.5, 3.5}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced" arco tange⋯ArcTan[ y x ]+1 2 logaritmo Log[x2+y2]⩵-0.4388", direita Right, estilo de conto⋯ContourStyle → { verdeGreen, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, tamanho da imagemImageSize → 230 -2 -1 0 1 2 -3 -2 -1 0 1 2 3 x y ArcTan[ y x ]+ 1 2 Log[x2+y2]⩵-0.4388 Usando código Mathematica: para diferentes valores da constante de integração C. EDO-2016-1.nb 31 apaga tudo ClearAll"Global`*"; manipula Manipulate gráfico de⋯ContourPlot arco tangenteArcTan y x + 1 2 logaritmo Logx2 +y2 ⩵ c, {x, -50, 50}, {y, -100, 100}, intervalo do gráfico PlotRange → {-100, 100}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", estilo de conto⋯ContourStyle → { verdeGreen, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, tamanho da ima⋯ImageSize → 250, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, c, 1, 3, 0.5, aparênciaAppearance → "Open" c 1. -40 -20 0 20 40-100 -50 0 50 100 x y Power::infy : Infinite expression 1 0 encountered. Power::infy : Infinite expression 1 0 encountered. Exemplo 2. Resolva y + x2 + y2 dx - x dy = 0. Encontre a solução particular y(1) = -2. Solução. Fazemos u = y/x e usamos dy dx = u + x du dx em: y + x2 + y2 dx - x dy = 0 ⟹ dy dx = y + x2 + y2 x = u + 1 + u2 ⟹ u + x du dx = u + 1 + u2 x du dx = 1 + u2 ⟹ du 1 + u2 = dx x ⟹ 1 1 + u2 ⅆu = 1x ⅆx + C a integral 1 1 + u2 ⅆu ArcSinh[u] Por tanto 1 1 + u2 ⅆu = 1x ⅆx + C ⟹ ArcSinh(u) = ln(x) + C ou ArcSinh(y /x) = ln(x) + C. ■. No ponto (1, -2) temos C = ArcSinh(-2). Logo, ao simplificar 32 EDO-2016-1.nb simplifica Simplifyx sen⋯Sinh arco seno hiper⋯ArcSinh[-2] + logaritmoLog[x]-x SinhArcSinh[2] - Log[x] ArcSinh(y /x) = ln(x) + C ⟹ y = -x Sinh(ArcSinh(2) - Log(x)). ■ Usando Mathematica apaga tudo ClearAll"Global`*"; sol = resolve equação diferencial DSolvey '[x] == y[x] + x2 + y[x]2 x , y[1] ⩵ -2, y[x], x Solve::ifun : Inverse functions are being used by Solve, so some solutions may not be found; use Reduce for complete solution information. y[x] → -x SinhArcSinh[2] - Log[x] apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico Plot-x s⋯Sinh[ arco sen⋯ArcSinh[2] - logaritmoLog[x]], {x, -2, 7}, estilo do g⋯PlotStyle → { azulBlue, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced"y=-x s⋯Sinh[ arco sen⋯ArcSinh[2]- logari⋯Log[x]]", direitaRight, tamanho da imagemImageSize → 230 -2 0 2 4 6-2 -1 0 1 2 3 x y y=-x Sinh[ArcSinh[2]-Log[x]] Exemplo 3. Resolva x tan y x - y sec2 y x dx + x sec2 y x dy = 0. Encontre a solução particular y(1) = π/4. Solução. Fazemos u = y/x e usamos dy dx = u + x du dx em: x tan y x - y sec2 y x dx + x sec2 y x dy = 0 ⟹ dy dx = - x tan yx - y sec2 yx x sec2 y x = -tan(u) + u sec2(u)sec2(u) ⟹ u + x dudx = -tan(u) + u sec2(u)sec2(u) x du dx = -tan(u) + u sec2(u) sec2(u) - u = -tan(u)sec2(u) = -sin(u) cos(u). integrando x du dx = -sin(u) cos(u) ⟹ 1 sin(u) cos(u) ⅆu = - 1x ⅆx + C a integral 1 Sin[u] Cos[u] ⅆu-Log[Cos[u]] + LogSin[u] A solução geral será 1 sin(u) cos(u) ⅆu = - 1x ⅆx + lnC ⟹ -ln(Cos(u)) + ln(Sin(u)) = ln Cx ⟹ ln(tan(u)) = ln Cx , tan yx = Cx . ■ EDO-2016-1.nb 33 No ponto y(1) = π/4 temos tan π4 = C, C = 1. Assim y = x arctan(1/x) = x arccot(x). ■ Com Mathematica: apaga tudo ClearAll"Global`*"; sol = resolve equação ⋯DSolvey '[x] == - senoSin y[x] x cosseno Cosy[x] x + y[x] x , y[1] ⩵ π /4, y[x], x Solve::ifun : Inverse functions are being used by Solve, so some solutions may not be found; use Reduce for complete solution information. Solve::ifun : Inverse functions are being used by Solve, so some solutions may not be found; use Reduce for complete solution information. {{y[x] → x ArcCot[x]}} apaga tudo ClearAll"Global`*"; grá⋯Plotx arco cotangenteArcCot[x], {x, -2, 7}, estilo do g⋯PlotStyle → { v⋯Red, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced"y=x arco cot⋯ArcCot[x]", direitaRight, tamanho da imagemImageSize → 230 -2 0 2 4 6 0.4 0.6 0.8 1.0 x y y=x ArcCot[x] Exemplo 4. Resolva 4 x2 - xy + y2 + y ' (x2 - xy + 4 y2) = 0. Encontre a solução particular y(0) = -1. Solução. Identificamos da ED os fatores M(x, y) = 4 x2 - xy + y2, N(x, y) = x2 - xy + 4 y2 que funções homogêneas de segundo ordem. Posteriormente, escrevemos a ED na forma de uma equação homogênea de ordem zero: dy dx = - 4 x2- xy + y2 x2- xy + 4 y2 . Logo depois, fazemos u = y/x e usamos dy dx = u + x du dx na ED homogênea de ordem zero: dy dx = -4 x2 - xy + y2 x2 - xy + 4 y2 ⟹ u + x dudx = - 4 - y /x + (y /x)21 - (y /x) + 4 (y /x)2 = - 4 - u + u21 - u + 4 u2 x du dx = -4 + u - u2 1 - u + 4 u2 - u = -4 + u - u 2 - u + u2 - 4 u3 1 - u + 4 u2 = -4 - 4 u 3 1 - u + 4 u2 = - 4 (1 + u 3) 1 - u + 4 u2(1 - u + 4 u2) 1 + u3 du = -4x dx ⟹ (1 - u + 4 u2)1 + u3 ⅆu = - 4x ⅆx + ln(C) A integral (1 - u + 4 u2) 1 + u3 ⅆu 2 Log[1 + u] + Log1 - u + u2 assim temos (1 - u + 4 u2) 1 + u3 ⅆu = -4 x + C ⟹ 2 Log[1 + u] + Log1 - u + u2 = -4 ln(x) + ln(C) voltando as variáveis originais e efetuando a álgebra da expressão anterior ln (1 + u)2 (1 - u + u2) C = ln 1 x4 ⟹ 1 + y x 2 1 - y x + y x 2 = C x4 ou (x + y)2 x2 - xy + y2 = C. ■ 34 EDO-2016-1.nb É a solução geral. A solução particular passando pelo ponto (0,-1) será (0 - 1)2 0 - 0 + (-1)2 = 1 = C. Finalmente(x + y)2 (x2 - xy + y2) = 1. ■ apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico de contornos ContourPlot(x+y) x3 +y3 == 1, {x, -5, 5}, {y, -5, 5}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, legenda do g⋯PlotLegends → situadoPlaced"(x+y)(x3+y3)==1", direitaRight, estilo de conto⋯ContourStyle → { laranjaOrange, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]}, tamanho da imagemImageSize → 230 -4 -2 0 2 4 -4 -2 0 2 4 x y (x+y)(x3+y3)==1 2.4 .2.1 Equações redutíveis a homogéneas As EDs do tipo dy dx = f a1 x + b1 y + c1 a2 x + b2 y + c2 (2.23) onde a1,2, b1,2 e c1,2 são constantes, se reduz a uma ED homogénea. Para este fim, transladamos a origem de coordenadas ao ponto(x0, y0) onde as retas se cruzam. Isto significa resolver o sistema a1 x + b1 y + c1 = 0, a2 x + b2 y + c2 = 0 (2.24) resolve Solve[{a1 x + b1 y + c1⩵ 0, a2 x + b2 y + c2⩵ 0}, {x, y}] x → --b2 c1 + b1 c2 a2 b1 - a1 b2 , y → - a2 c1 - a1 c2a2 b1 - a1 b2 As soluções são x0 = --b2 c1 + b1 c2 a2 b1 - a1 b2 , y0 = - a2 c1 - a1 c2a2 b1 - a1 b2 . (2.25) O seguinte passo é fazer as mudanças de variável x = u + x0, dx = du, y = v + y0, dy = dv. (2.26) O método indicado não é aplicável quando as duas retas a1 x + b1 y + c1 = 0, a2 x + b2 y + c2 = 0 são paralelas. Se isto for o caso, obviamente as duas retastêm o mesmo coeficiente angular: a1 b1 = a2 b2 ou a2 a1 = b2 b1 = κ (2.27) então a Eq.(2.23) dy dx = f a1 x + b1 y + c1 a2 x + b2 y + c2 = f a1 x + b1 y + c1κ(a1 x + b1 y) + c2 = F(a1 x + b1 y) (2.28) Esta classe de equações foi estudada no exemplo (4) de EDs redutíveis a variáveis separáveis. Exemplo 5. Resolva a ED dy dx = -3 x+ y+22 x- y+1 . Encontre uma solução particular para a condição inicial y(4) = 8. Solução. As retas não são paralelas. Logo, resolvemos o sistema EDO-2016-1.nb 35 resolve Solve[{-3 x + y + 2⩵ 0, 2 x - y + 1⩵ 0}, {x, y}] {{x → 3, y → 7}} isto significa que x0 = 3, y0 = 7. Com as mudanças de variável: x = u + x0, dx = du, y = v + y0, dy = dv. dy dx = -3 x + y + 2 2 x - y + 1 ⟹ dvdu = -3 (u + 3) + (v + 7) + 22 (u + 3) - (v + 7) + 1 = -3 u - 9 + v + 92 u + 6 - v - 6 = -3 u + v2 u - v é uma ED homogénea. Fazendo w = v/u, v = u w, dv du = w + u dw du temos dv du = -3 u + v 2 u - v ⟹ w + u dwdu = -3 + w2 - w ⟹ u dwdu = -3 + w2 - w - w = -3 + w - 2 w + w22 - w = w2 - w - 32 - w(w - 2) w2 - w - 3 dw = -1u du, integrando (w - 2)w2 - w - 3 ⅆw = - 1u ⅆu + ln(C). A integral apaga tudo ClearAll["Global`*"]; w - 2 w2 - w - 3 ⅆw 1 26 13 - 3 13 Log1 + 13 - 2 w + 1 26 13 + 3 13 Log-1 + 13 + 2 w Encontramos w - 2 w2 - w - 3 ⅆw = - 1u ⅆv + ln(C) ⟹ 126 13 - 3 13 ln1 + 13 - 2 w + 126 13 + 3 13 ln-1 + 13 + 2 w = ln Cu voltando as variáveis originais w = v /u = (y - 7) (x - 3), 1 26 13 - 3 13 ln1 + 13 - 2 y - 7 x - 3 + 126 13 + 3 13 ln-1 + 13 + 2 y - 7x - 3 = ln Cx - 3 . Para o ponto y(4) = 8, encontramos apaga tudo ClearAll["Global`*"]; x = 4; y = 8; ⋯N resolveSolve 126 13 - 3 13 logaritmoLog1 + 13 - 2 y - 7x - 3 + 1 26 13 + 3 13 logaritmo Log-1 + 13 + 2 y - 7 x - 3 == logaritmoLog cx - 3, c {{c → 4.39044}} Por tanto, a solução particular 1 26 13 - 3 13 ln1 + 13 - 2 y - 7 x - 3 + 126 13 + 3 13 ln-1 + 13 + 2 y - 7x - 3 = ln4.39044x - 3 . ■ 36 EDO-2016-1.nb apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico de contornos ContourPlot 1 26 13 -3 13 logaritmo Log1+ 13 -2 y-7 x-3 + 126 13 +3 13 logaritmoLog-1+ 13 +2 y-7 x-3 == logaritmoLog 4.39044 x-3 , {x, 2.5, 6}, {y, 2.5, 12}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, estilo de conto⋯ContourStyle → { verdeGreen, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]} 3 4 5 6 4 6 8 10 12 x y Exemplo 6. Resolva a ED dy dx = x- y+22 x+ y-1 + 2. Encontre uma solução particular para a condição inicial y(2) = 8. Solução. Escreva a ED na forma dy dx = simplifica Simplify x - y + 2 2 x + y - 1 + 2 = 5 x + y-1 + 2 x + y Agora resolvemos o sistema apaga tudo ClearAll["Global`*"]; resolve Solve[{5 x + y⩵ 0, 2 x + y - 1⩵ 0}, {x, y}] x → - 1 3 , y → 5 3 isto significa que x0 = - 13 , y0 = 53 . Com as mudanças de variável: x = u + x0, dx = du, y = v + y0, dy = dv. dy dx = 5 x + y-1 + 2 x + y ⟹ dvdu = 5 u + v2 u + v é uma ED homogénea. Fazendo w = v/u, v = u w, dv du = w + u dw du temos dv du = 5 + w 2 + w ⟹ w + u dwdu = 5 + w2 + w ⟹ u dw du = 5 + w 2 + w - w = 5 - w - w 2 2 + w 2 + w w2 + w - 5 dw = -1u dv. Integramos o termo da esquerda apaga tudo ClearAll["Global`*"]; 2 + w w2 + w - 5 ⅆw 1 14 7 + 21 Log-1 + 21 - 2 w - -7 + 21 Log1 + 21 + 2 w assim, obtivemos EDO-2016-1.nb 37 1 14 7 + 21 ln-1 + 21 - 2 w - -7 + 21 ln1 + 21 + 2 w = ln C v com w = v/u e voltando as variáveis originais u = x - 3, v = y - 7. 1 14 7 + 21 ln-1 + 21 - 2 (y - 7) x - 3 - -7 + 21 ln1 + 21 + 2 (y - 7)x - 3 = ln Cy - 7 Para o ponto y(2) = 8, encontramos ln(c) x = 2; y = 8; valor numérico N 1 14 7 + 21 logaritmo Log-1 + 21 - 2 (y - 7) x - 3 - -7 + 21 logaritmoLog1 + 21 + 2 (y - 7)x - 3 + logaritmoLog[y - 7] 1.64306 onde ln(C) = 1.64306, C = ⅇ1.64306= 5.17097 c = valor numérico Nⅇ1.64306 5.17097 Finalmente 1 14 7 + 21 ln-1 + 21 - 2 (y - 7) x - 3 - -7 + 21 ln1 + 21 + 2 (y - 7)x - 3 = ln 5.17097y - 7 . ■ apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico de contornos ContourPlot 1 14 7+ 21 logaritmo Log-1+ 21 - 2 (y-7) x-3 - -7+ 21 logaritmoLog1+ 21 + 2 (y-7) x-3 == logaritmoLog 5.17097 y-7 , {x, -4, 4}, {y, 7, 10}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, estilo de conto⋯ContourStyle → { verdeGreen, es⋯Thick, espessuraThickness[0.0125]} -4 -2 0 2 47 8 9 10 x y Exemplo 7. Resolva a ED 3 x + y - 2 + dy dx (x - 1) = 0. Encontre uma solução particular para a condição inicial y(3) = -1 . Solução. Escreva a ED na forma padrão dy dx = -3 x - y + 2 x - 1 Agora resolvemos o sistema apaga tudo ClearAll["Global`*"]; resolve Solve[{-3 x - y + 2⩵ 0, x - 1⩵ 0}, {x, y}] {{x → 1, y → -1}} isto significa que x0 = 1, y0 = -1. Com as mudanças de variável: x = u + x0, dx = du, y = v + y0, dy = dv. 38 EDO-2016-1.nb dy dx = -3 (u + 1) - (v - 1) + 2 u + 1 - 1 ⟹ dvdu = -3 u - vu é uma ED homogénea. Fazendo w = v/u, v = u w, dv du = w + u dw du temos dv du = -3 - w ⟹ w + u dw du = -3 - w ⟹ u dw du = -3 - 2 w 1 3 + 2 w dw = -1u du ⇒ 13 /2 + w ⅆw = -2 1u ⅆu ⇒ ln w + 32 = ln Cu2 , assim, obtivemos v u + 3 2 = C u2 ⟹ u v + 3 2 u2 = C com w = v/u e voltando as variáveis originais (x - 1) (y + 1) + 3 2 (x - 1)2 = C Para o ponto y(2) = 8, encontramos ln(c) x = 3; y = -1; c = valor numérico N(x - 1) (y + 1) + 3 2 (x - 1)2 6. Finalmente (x - 1) (y + 1) + 3 2 (x - 1)2 = 6. ■ apaga tudo ClearAll["Global`*"]; resolve Solve(x - 1) (y + 1) + 3 2 (x - 1)2 == 6, y y → 11 + 4 x - 3 x2 2 (-1 + x) apaga tudo ClearAll"Global`*"; gráfico Plot11 +4 x -3 x2 2 (-1+x) , {x, -4, 4}, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", legenda do quadroFrameLabel → {x, y} -4 -2 0 2 4-15 -10-5 0 5 10 15 x y Com Mathematica: EDO-2016-1.nb 39 apaga tudo ClearAll["Global`*"]; sol = resolve equação diferencial DSolvey'[x]⩵ -3 x - y[x] + 2 x - 1 , y[3]⩵ -1, y[x], x y[x] → 11 + 4 x - 3 x2 2 (-1 + x) 2.4 .2.2 Aplicações Neste ponto abordamos algumas aplicações. Exemplo 1 (Geometria). Encontre a curva para a qual a normal faz ângulos iguais com o raio vetor, r, e o eixo X. Solução. Considere a figura abaixo, onde temos traçado uma curva arbitrária, uma reta tangente PT e uma reta normal PN passando pelo ponto P(r, θ) em coordenadas polares. Verifica-se a relação tanϕ = r dθ dr . Da figuraα = 90o - ϕ, 2α + θ = 180o ⟹ 2 (90o - ϕ) + θ = 180o ⟹ θ = 2ϕ ou ϕ = θ2. Tomando tangente : tanϕ = tan θ 2 = r dθ dr . Assim, a ED procurada é 1 r dr dθ = cotan θ2 . ■ É uma equação com variáveis separáveis, que resolvemos usando a técnica correspondente: 1 r dr = cotan θ 2 dθ ⟹ 1 r ⅆ r = cotan θ 2 ⅆθ + ln(C), porem, a integral cotangente Cotθ 2 ⅆθ 2 LogSinθ 2 A solução2 1 r ⅆ r = cotan θ 2 ⅆθ + ln(C) ⟹ ln(r) = 2 ln sin θ 2 + ln(C) ⟹ r = C sin2 θ 2 = C 2 (1 - cos θ). ■ 40 EDO-2016-1.nb gráfico polar PolarPlot1 2 (1- cosseno Cos[θ]), {θ, 0, 2 ⋯Pi}, altera a escala da funçã⋯ColorFunctionScaling → falsoFalse, estilo do g⋯PlotStyle → esp⋯Thick, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", legenda do quadroFrameLabel → {x, y} -1.0 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 -0.50 -0.25 0 0.25 0.50 x y A figura representa o “cardióide” r = C 2 (1- cos θ). Exemplo 2 (Física). Suponha-se que um avião afasta-se do ponto (a, 0) situado para leste do seu destino pretendido- um aeroporto localizado na origem (0, 0). O avião viaja com velocidade constante v0 em relação ao vento, que sopra para o norte com velocidade constante w. Tal como indicado na Fig.(a), assumimos que o piloto do avião mantém a sua posição diretamente para a origem. Determine a trajetória do aeroplano. Solução. A figura (b) nos mostra um gráfico em coordenadas retangulares da posição instantânea do aeroplano. As componentes retangulares da velocidade instantânea são dx dt = -v0 cosθ = -v0 x x2 + y2 , dy dt = -v0 sinθ + w = -v0 y x2 + y2 + w. Eliminamos o tempo dividindo as duas velocidades dy /dt dx /dt = -v0 y x2+y2 + w-v0 x x2+y2 = 1 v0 x v0 y - w x2 + y2 ⟹ dy dx = 1 v0 x v0 y - w x2 + y2 . Esta equação é homogênea de grau zero. Para resolve - la fazemos u = y x ⟹ y = u x, y ' = u + x u ' dy dx = 1 v0 x v0 y - w x2 + y2 ⟹ u + x u ' = u - w v0 1 + u2 ⟹ x u ' = - w v0 1 + u2 a última equação é de variáveis separáveis. Introduzindo k = w v0 du 1 + u2 = -k dx x ⟹ 1 1 + u2 ⅆu = - kx ⅆx + C EDO-2016-1.nb 41 porem, a integral 1 1 + u2 ⅆu ArcSinh[u] logo 1 1 + u2 ⅆu = - kx ⅆx + ln(C) ⟹ ArcSinh[u] = k ln Cx ⟹ ArcSinh y x = ln C x ⟹ y = x Sinh k ln C x Para a condição inicial y(a) = 0 0 = a Sinh k ln C a , C = a. A trajetória é y = x Sinh k lna x = x 2 ⅇln ax k - ⅇ-ln ax k = x 2 ⅇln ax k - ⅇln ax -k = x 2 a x k - a x -k = a 2 a x k-1 - a x 1+k , y = a 2 x a 1-k - x a 1+k . 42 EDO-2016-1.nb apaga tudo ClearAll["Global`*"]; manipula Manipulate módulo Module{pp, sol}, sol = resolve equação diferencial DSolvey '[x] ⩵ y[x] x - k 1+ y[x] x 2 1/2 , y[50] ⩵ 0, y[x], x; pp = gr⋯Plot[ calculaEvaluate[y[x] /. sol, {x, -10, 60}, eixosAxes → ve⋯True, quociente de as⋯AspectRatio → 1, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da ima⋯ImageSize → 250, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, intervalo do gráficoPlotRange → {{-10, 60}, {0, 40}}]], {k, 0, 1.2, 0.01, aparênciaAppearance → "Open"} k 1.01 0 20 40 60 0 10 20 30 40 x y 2.4 .3 Equações lineares de primeira ordem Uma EDO deste tipo tem a forma geral dy dx + P(x) y = Q(x). (2.29) Se Q(x) = 0, a equação anterior chama-se linear de primeira ordem homogénea, se Q(x) ≠ 0, chama-se linear de primeira ordem não homogénea. 1o. Método de solução Multiplicamos a equação anterior pelo fator R(x) = ⅇ∫P(x) ⅆx(chamado fator integrante) assim obtemos dy dx ⅇ∫P ⅆx + ⅇ∫P ⅆx P(x) y = Q(x) ⅇ∫Pⅆx, ⟹ d dx y ⅇ∫P ⅆx = Q(x) ⅇ∫Pⅆx integrando ambos os lados encontramos y ⅇ∫P ⅆx = Q(x) ⅇ∫Pⅆx ⅆx + C (2.30) que é a solução que procuramos. 2o. Método de solução EDO-2016-1.nb 43 Usamos o método da variação da constante de integração. Consiste nos seguintes passos: Passo 1. Resolva a equação homogénea correspondente dy dx + P(x) y = 0 ⟹ dy dx = -P(x) y ⟹ dy y = -P(x) dx y(x) = C ⅇ-∫P(x) ⅆx. (2.31) Passo 2. Considere a constante C de integração uma função desconhecida de x, isto é, C(x), e calcule y(x) = C(x) ⅇ-∫P(x) ⅆx ⟹ dy dx = dC dx ⅇ-∫P(x) ⅆx - C(x) P(x) ⅇ-∫P(x) ⅆx (2.32) Passo 3. Substitua o resultado anterior na equação linear não homogénea (2.29) dC dx ⅇ-∫P(x) ⅆx - C(x) P(x) ⅇ-∫P(x) ⅆx + P(x) C(x) ⅇ-∫P(x) ⅆx = Q(x), ⇒ dC dx = ⅇ∫P(x) ⅆx Q(x), C(x) = ⅇ∫P(x) ⅆx Q(x) ⅆx + A (2.33) onde A é uma nova constante de integração. Passo 4. Substitua o resultado anterior em (2.31) para obtermos a solução geral: y(x) = C(x) ⅇ-∫P(x) ⅆx = ⅇ-∫P(x) ⅆx ⅇ∫P(x) ⅆx Q(x) ⅆx + A . (2.34) Do resultado anterior pode-se concluir que, a solução geral da EDO (2.29) contém a solução da equação homogénea correspondente yh = A ⅇ-∫P(x) ⅆx e uma solução particular da equação não homogénea yp = ⅇ-∫P(x) ⅆx ∫ⅇ∫P(x) ⅆx Q(x) ⅆx. Não recomendamos decorar a fórmula (2.34) senão repetir os passos descritos. Exemplo 1. Encontre a solução geral da equação (x + 1) dy dx - y = e3 x(x + 1)2. Qual é a solução particular se y(0) = -1? Solução. Escrevemos a equação na forma padrão dy dx - y x+1 = e3 x(x + 1), de onde P(x) = - 1x+1 e Q(x) = e3 x(x + 1). A integral Pⅆx = - 1 x + 1 ⅆx = -ln(x + 1) = ln(x + 1)-1, e o fator integrante R = e∫P ⅆx = eln(x+1)-1 = (x + 1)-1 = 1x + 1 . e a solução geral será y ⅇ∫P ⅆx = Q(x) ⅇ∫Pⅆx ⅆx + C ⟹ y 1 x + 1 = e3 x(x + 1) 1x + 1 ⅆx + C = e3 x ⅆx + C = 13 e3 x +C, y = (x + 1) 1 3 e3 x +C . Se y(0) = -1, temos -1 = (0 + 1) 1 3 e3 (0) +C = 1 3 +C ⟹ C = -4 3 . Logo a solução particular : y = (x + 1) 1 3 e3 x -4 3 . Usando Mathematica encontramos tanto a solução analítica para a condição inicial dada como também o gráfico da solução. 44 EDO-2016-1.nb sol = resolve equação diferencial DSolvey '[x] - y[x] / (x+1) ⩵ ⅇ3 x (x+1), y[0] == -1, y[x], x gráfico Plot[y[x] /. sol, {x, -1, 1}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230] y[x] → 1 3 -4 + ⅇ3 x (1 + x) -1.0 -0.5 0 0.5 1.0-1 0 1 2 3 4 x y Exemplo 2. Encontre a solução geral da equação dy dx = tan(x) y + cos(x). Qual é a solução particular se y(0) = 1? Solução. Escrevemos a equação na forma padrão dy dx - tan(x) y = cos(x), de onde P(x) = -tan(x) e Q(x) = cos(x). A integral Pⅆx = -tan(x)ⅆx = - sin(x) cos(x) ⅆx = ln(cos(x)), e o fator integrante R = e∫P ⅆx = eln(cos(x)) = cos(x). e a solução geral será y ⅇ∫P ⅆx = Q(x) ⅇ∫Pⅆx ⅆx + C ⟹ y cos(x) = cos(x) cos(x) ⅆx + C = cos2(x) ⅆx + C = (1 + cos(2 x)) 2 ⅆx +C = 1 2 x + 1 2 sin(2 x) + C. Logo y = 1 cos(x) 12 x + 12 sin(2 x) + C , é a solução geral. Se y(0) = 1, temos 1 = 1 cos(0) 12 0 + 12 sin(0) +C ⟹ C = 1. Logo a solução particular : y = 1cos(x) x2 + 14 sin(2 x) + 1 . Usando Mathematica encontramos tanto a solução analítica para a condição inicial dada como também o gráfico da solução. sol = resolve equação dif⋯DSolve[{y '[x] == y[x] tange⋯Tan[x] + cossenoCos[x], y[0] ⩵ 1}, y[x], x] gráfico Plot[y[x] /. sol, {x, -2π, 2π}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230] y[x] → 1 4 4 Sec[x] + 2 x Sec[x] + Sec[x] Sin[2 x] -5.0 -2.5 0 2.5 5.0-15 -10 -5 0 5 10 15 x y Exemplo 3. Encontre a solução geral da equação x dy dx + y = ln(x) + 1. Qual é a solução particular se y(1) = 2? Solução. Escrevemos a equação na forma padrão dy dx + y x = ln(x)+1 x , de onde P(x) = 1 /x e Q(x) = ln(x)+1 x . A integral EDO-2016-1.nb 45 Pⅆx = 1 x ⅆx = ln(x), e o fator integrante R = e∫P ⅆx = eln(x) = x. e a solução geral será y ⅇ∫P ⅆx = Q(x) ⅇ∫Pⅆx ⅆx + C ⟹ y x = ln(x) + 1 x x ⅆx + C = (ln(x) + 1) ⅆx + C. Calculamos a integral ( logaritmo Log[x] + 1)ⅆx x Log[x] pelo que a solução geral será y = 1 x (x ln(x) + C). é a solução geral. Se y(1) = 2, temos 2 = 1 1 (1 ln(1) + C) ⟹ C = 2. Logo a solução particular : y = 1 x (x ln(x) + 2) Usando Mathematica encontramos tanto a solução analítica para a condição inicial dada como também o gráfico da solução. sol = resolve equação diferencial DSolve[{y '[x] + y[x] / x ⩵ ( logaritmo Log[x] +1) / x, y[1] ⩵ 2}, y[x], x] gráfico Plot[y[x] /. sol, {x, -1, 2}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230] y[x] → 2 + x Log[x] x -1 0 1 22 4 6 8 x y Exemplo 4. Equação de Bernoulli. Uma equação de Bernoulli é da forma dy dx + P(x) y = Q(x) yn, onde n é qualquer número.Esta classe de equações se reduzem a lineares não homogéneas mediante a substituição z = y1-n. Com esta informação, encontre a solução geral da equação dy dx - x y = -e-x2 y3. Qual é a solução particular se y(0) = 1/2? Solução. Na equação de Bernoulli dada dy dx - x y = -e-x2 y3, onde n = 3, usamos a substituição z = y1-3 = 1 y2 . Temos dz dx = dz dy dy dx = - 2 y3 dy dx ⟹ dy dx = - y3 2 dz dx = -1 2 1 z3/2 dz dx . Substituindo isto na equação original encontramos uma ED nas variáveis x e z: dy dx - x y = -e-x2 y3 ⟹ -1 2 1 z3/2 dz dx - x z1/2 = -e-x2 1z3/2 ⟹ -12 dzdx - x z = -e-x2 ⟹ dzdx + 2 x z = 2 e-x2 . Esta equação realmente é linear não homogénea. Identificamos nela P(x) = 2x, Q(x) = 2 e-x2 . O fator Pⅆx = 2 xⅆx = x2, e o fator integrante R = e∫P ⅆx = ex2 . A solução geral da equação dz dx + 2 x z = 2 e-x2 , será 46 EDO-2016-1.nb z ⅇ∫P ⅆx = Q(x) ⅇ∫Pⅆx ⅆx + C ⟹ z ex2 = 2 e-x2 ex2 ⅆx + C = 2 x + C, pelo que a solução geral será z = 1 y2 = e-x2(2 x + C). Se y(0) = 1/2, temos 1(1 /2)2 = e-0(0 + C) ⟹ C = 4. Logo a solução particular : 1y2 = e-x2(2 x + 4) ou y(x) = ex2/22 x + 4 . Usando Mathematica encontramos tanto a solução analítica para a condição inicial dada como também o gráfico da solução. sol = resolve equação diferencial DSolvey '[x] - y[x] x ⩵ - ⅇ-x2 y[x]3, y[0] ⩵ 1 /2, y[x], x gráfico Plot[y[x] /. sol, {x, -2, 2}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230] DSolve::bvnul : For some branches of the general solution, the given boundary conditions lead to an empty solution. y[x] → ⅇ x22 2 2 + x -2 -1 0 1 2 1 2 3 4 x y Exemplo 5. Encontre a solução geral da equação dy dx - n x+1 y = ex(1 + x)n. Qual é a solução particular se n = -2 e y(0) = -2? Solução. Resolvemos pelo segundo método. A solução da parte homogénea dy dx - n x+1 y = 0, é ⅆy y = n 1 x + 1 ⅆx + ln(C) ⟹ ln(y) = n ln(x + 1) + ln(C) = ln(C(x + 1)n) y = C(x + 1)n. Considerando C uma função de x e derivando, temos dy dx = dC dx (x + 1)n + C n(x + 1)n-1, inserindo na EDO original dC dx (x + 1)n + C n(x + 1)n-1 - n x + 1 C(x + 1)n = ex(1 + x)n, ou dC dx (x + 1)n = ex(1 + x)n ⟹ dC dx = ex, C(x) = ex + A, sendo A uma nova constante. A solução geral será y = (ex + A) (x + 1)n. Se n = -2, y(0) = -2, temos-2 = e0 + A (0 + 1)-2 ⟹ A = -3. Logo a solução particular : y = (ex - 3) (x + 1)-2. Usando Mathematica encontramos tanto a solução analítica para a condição inicial dada como também o gráfico da solução. EDO-2016-1.nb 47 apaga tudo ClearAll["Global`*"]; sol5 = resolve equação diferencial DSolvey '[x] +2 y[x] x+1 ⩵ ⅇx(x+1)2 , y[0] ⩵ -2, y[x], x gráfico Plot[y[x] /. sol5, {x, -1, 6}, legenda do quadro FrameLabel → {x, y}, quadro Frame -> ve⋯True, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", tamanho da imagemImageSize → 230] y[x] → -3 + ⅇx(1 + x)2 0 2 4 6 -7.5 -5.0 -2.5 0 2.5 5.0 7.5 x y Exemplo 6. Encontre a solução geral da equação dy dx - y ln(2) = 2sin(x) (cos(x) - 1) ln(2). Qual é a solução particular se quando x = /2, y(/2) = -1? Solução. Resolvemos pelo segundo método. A solução da parte homogénea dy dx - y ln(2) = 0, é ⅆy y = ln(2) ⅆx + ln(C) ⟹ ln(y) = ln(2) x + ln(C) ⇒ ln(y /C) = ln(2x) y = C 2x. Considerando C uma função de x e derivando, temos dy dx = dC dx 2x + C 2x ln(2), inserindo na EDO original dC dx 2x + C 2x ln(2) - C 2x ln(2) = 2sin(x) (cos(x) - 1) ln(2), ou dC dx 2x = 2sin(x) (cos(x) - 1) ln(2) ⟹ dC dx = 2sin(x)-x (cos(x) - 1) ln(2), ou ⅆC = ln(2) 2sin(x)-x (cos(x) - 1)ⅆx + A . sendo A uma nova constante. Calculamos a integral apaga tudo ClearAll["Global`*"]; logaritmo Log[2] 2Sin[x]-x ( cosseno Cos[x] - 1) ⅆx 2-x+Sin[x] Logo C(x) = 2-x+sin(x) + A Assim, y = C 2x = 2-x+sin(x) + A 2x. Logo a solução particular : -1 = 2-/2+sin(/2) + A 2/2. Encontramos A : 48 EDO-2016-1.nb ⋯N resolveSolve-1 == 2-π/2+Sin[π/2] + A 2π/2, A{{A → -1.00987}} Logo a solução particular : y = 2-x+sin(x) - 1 2x = 2sin(x) - 2x. gráfico Plot2Sin[x] -2x, {x, -2 ⋯Pi, ⋯Pi}, altera a escala da funçã⋯ColorFunctionScaling → falsoFalse, estilo do g⋯PlotStyle → esp⋯Thick, tema do gráficoPlotTheme → "Marketing", legenda do quadroFrameLabel → {x, y} -6 -4 -2 0 2-4 -2 0 2 x y Usando Mathematica encontramos tanto a solução analítica para a condição inicial dada como também o gráfico da solução. 2.4 .3.1 Aplicações Neste ponto abordamos algumas aplicações. Exemplo 1 ( Física). Uma objeto de massa m foi lançado para direita com um ângulo de inclinação θ com relação ao solo e a uma velocidade inicial v0. Se uma força de resistência horizontal é proporcional a velocidade instantânea nessa direção age na região Fx,res = k vx, onde k é uma constante de proporcionalidade. Encontre a) a altura máxima que atingirá, b) a trajetória descrita pelo objeto, e c) o alcance horizontal. Solução. Considere a figura abaixo, onde temos traçado uma porção da trajetória, as forças aplicadas e o vetor velocidade instantânea v. Fx = -Fx,res = m ax ⟹ -k vx = m ax = m dvxdt Fy = -m g = m ay ⟹ -g = ay = dvydt . A equação ao longo de x é linear. Sua solução é direita -k vx = m dvx dt ⟹ dvx vx = - k m dt ⟹ ln(vx) = ln(C) + - k m t vx(t) = Cⅇ-k t/m. Em t = 0, vx(0) = v0 cos(θ). Logo C = v0 cos(θ) e a solução vx(t) = v0 cos(θ) ⅇ-k t/m. Na direção y o movimento acontece com aceleração constante ay = -g. Por tanto, no instante t EDO-2016-1.nb 49 vy(t) = v0 sin(θ) - g t. Quando a altura máxima é atingida, vy(t) = 0 = v0 sin(θ) - g t e o tempo de subida ts = v0 sin(θ)g . a) Altura máxima H = v0 sin(θ) ts - 1 2 g ts 2 = v02 sin2(θ) g - 1 2 g v0 2 sin2(θ) g2 = v02 sin2(θ) 2 g . b) Trajetória. Ao longo de x temos vx(t) = dx dt = v0 cos(θ) ⅇ-k t/m a integração dá 0 xⅆx = v0 cos(θ) 0 Tⅇ-k t /m ⅆ t ⟹ x(t) = m v0 cos(θ) k 1 - ⅇ- k tm isolamos o tempo: k x m v0 cos(θ) = 1 - ⅇ- k tm ⟹ ⅇ- k tm = 1 - k xm v0 cos(θ) ⟹ - k tm = ln 1 - k xm v0 cos(θ) ⟹ t = -mk ln 1 - k xm v0 cos(θ) . Ao longo de y temos y = v0 sin(θ) t - 1 2 g t2 = -v0 sin(θ) m k ln 1 - k x m v0 cos(θ) - 12 g mk 2 ln 1 - k xm v0 cos(θ) 2 Agora mostramos um gráfico da trajetória para diferentes valores das constantes envolvidas no problema. 50 EDO-2016-1.nb apaga tudo ClearAll"Global`*"; manipula Manipulate d = m v0 Cos[θDegree] k 1- ⅇ-2 k v0 Sin[θDegree]/(9.81 m); H = v02 Sin[θDegree]2 2 (9.81) ; Plot-m v0 Sin[θDegree] k logaritmo Log1- k x m v0 Cos[θDegree] - 9.81 2 m k 2 Log1- k x m v0 Cos[θDegree] 2 , {x, 0, d}, intervalo do gráfico PlotRange → {{0, d}, {0, H}}, tema do gráfico PlotTheme → "Marketing", tamanho da ima⋯ImageSize → 200, legenda do quadroFrameLabel → {x, y}, eixosAxes → verdadeiroTrue, k, 0.2, 1.2, 0.1, aparênciaAppearance → "Open", m, 1, 10, 1.0, aparência Appearance → "Open", θ, 10, 80, 10, aparência Appearance → "Open", v0, 20, 60, 5, aparência Appearance → "Open" k 1. m 9.θ 70 v0 40 0 20 40 60 0 20 40 60 x y b) Alcançe máximo. O tempo to tal de subida e descida é T = 2 v0 sin(θ)g . 0 Tⅇ-k t m ⅆt m - ⅇ- k Tm m k D = m v0 cos(θ) k 1 - ⅇ- k Tm = m v0 cos(θ) k 1 - ⅇ- 2 k v0 sin(θ)m g Abaixo mostramos um código que resolve o sistema de equações vx(t) = v0 cos(θ) ⅇ-k t/m e vy(t) = v0 sin(θ) - g t . Compare com o gráfico de nossa solução analítica anterior. EDO-2016-1.nb 51 apaga tudo ClearAll["Global`*"];
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