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AULA 7 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

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AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
AULA 7
A CULTURA DE AVALIAÇÃO: QUEM SÃO OS INTERESSADOS?
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer a avaliação institucional como fenômeno cotidiano do processo educativo formal;
2- Estabelecer que a avaliação institucional para ter legitimidade e eficácia deve ser um processo socialmente organizado e promovido por atores sociais envolvidos na construção da escola.
Avaliação
Nesta aula, iniciaremos pela discussão sobre os interessados na avaliação institucional de uma escola, de uma organização, de um espaço educativo.
Quem são eles?
A resposta parece simples, mas não é. O que se pode ver na organização social é uma atitude de suspeita quando se fala de avaliação. Ninguém quer ser avaliado nem o professor e nem o aluno. A avaliação é entendida como um momento no qual se apontam todos os defeitos das pessoas, todos os erros cometidos, as distrações. A avaliação transtorna os ambientes, as pessoas ficam tensas e respiram aliviadas quando não é o centro das discussões.
Afinal o que é avaliar uma instituição?
Para que serve a avaliação? 
Qual é a sua importância? 
Por que o professor não gosta de participar da avaliação?
Para lidarmos com sentimentos negativos em relação ao processo avaliativo e para conseguirmos harmonizar todos esses entendimentos em torno de uma avaliação que leve ao aperfeiçoamento e à transformação da realidade, teremos que partir da discussão desses pontos e proceder a uma escuta desarmada do outro, e repleta de boa vontade para entender as suas mágoas ou críticas recebidas anteriormente de forma grosseira ou injusta.
Qual a relação dessa atitude com o fazer pedagógico do professor?
Precisamos perceber a cultura da escola para entendermos plenamente todas as nuances desse fato.
O nosso objetivo é entender o que se passa no ambiente escolar para que a avaliação seja rejeitada ou desqualificada por todos. 
O Professor Pedro Demo (2002, 30-31), aponta alguns motivos que impedem ao professor  e mesmo ao pedagogo encarar a avaliação positivamente. Em resumo, suas palavras  dizem que a rejeição à avaliação surge no professor dos seguintes sentimentos:
• Teme ser criticado;
• Realiza a crítica do outro, mas não suporta ser criticado;
• Julga que a crítica impede a sua autoestima;
• Entende que a crítica é sempre negativa;
• Confunde o lado duro da crítica com amargura;
• Desconhece que um autor necessita da crítica e não do elogio, que nada lhe acrescenta.
O conceito de cultura aplicado à escola
De acordo com o entendimento de Capra (2002, p. 97-99) o emprego do termo cultura tem variado no tempo, e sua aplicação em diferentes contextos do conhecimento humano tem significado diverso e confuso.
A palavra cultura, nos dias atuais, denomina todos esses os processos como também se diversificou e passou a ser usada em vários segmentos do conhecimento humano.
Para o nosso objetivo, entender a escola como organização social, vamos nos pautar no conceito utilizado pela Antropologia e compreender a cultura como: “o sistema integrado de valores, crenças e regras de conduta adquiridas pelo convívio social e que determina e delimita quais são os comportamentos aceitos por uma dada sociedade”. (Capra, 2002, p. 98)
Para Capra a cultura de uma organização nasce de uma rede de comunicações entre  indivíduos e impõe limites às ações desses mesmos indivíduos.
A rede social produz um corpo de conhecimentos comuns moldando os valores, as crenças e o modo de vida específico do grupo. Por outro lado, os valores e as crenças influenciam o conhecimento gerado na instituição. O sistema de valores e crenças cria uma identidade entre os membros da rede social, dando a seus componentes a sensação de fazer parte do grupo. O limite dos significados é permanentemente recriado e renegociado por seus membros.
O conceito de cultura organizacional de acordo com Nóvoa (1995, p.29), foi aplicado na educação na década de 1970, em diversos trabalhos sobre o tema, dentre os apresentados, destacamos o significado dado por Brunet (1988):
“As organizações escolares, ainda que estejam integradas em um contexto cultural mais amplo, produzem uma cultura interna que lhes é própria e que exprime os valores (ou os ideais sociais) e as crenças que os membros da organização partilham”.
CULTURA INTERNA : Diz respeito ao conjunto de significados e de quadros de referência partilhados pelos membros de uma organização.
CULTURA EXTERNA: É constituída das variáveis existentes no ambiente físico e no contexto social onde a organização desenvolve a sua ação e interferem na sua identidade.
Conceituação de cultura de avaliação
Então você pode perguntar:  O que posso chamar de cultura da avaliação?
A palavra cultura como vimos está relacionada com a identidade que o grupo constitui  como resultante da expressão dos valores, crenças e ideologias que influenciam o seu comportamento. (Nóvoa, 1995)
A cultura de avaliação se caracteriza por se constituir em um processo de envolvimento das pessoas que trabalham na instituição e no seu comprometimento com a sua missão, com os seus objetivos e metas e com a sua responsabilidade social, com seus compromissos na valorização dos princípios democráticos, do respeito ao outro e da diversidade cultural.
A cultura de avaliação deveria ser constituída através do 
habitus do grupo (Bourdieu, 2009, p. 99) existente na instituição entendido como um “sistema de disposições duráveis  e transponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona em cada momento como uma matriz de percepções, apreciações e ações e possibilita o cumprimento de tarefas infinitamente diferenciadas graças à transferência analógica de esquemas” adquiridos em uma prática anterior (Wacquant, 2007, p.66). O grupo poderia produzir o conhecimento das especificidades existentes dentro da organização, de discutir os seus objetivos, de por em discussão a realização das finalidades que justificam a sua existência, de identificar os fatores internos e externos que condicionam e circunscrevem o trabalho de todos.
Significa estar junto, participante, sujeito da construção daquela instituição  social. Responsável com o outro pelo alcance das metas propostas no plano de desenvolvimento ou de gestão.
Como se forma essa cultura da avaliação?
Você sabe como se forma essa cultura da avaliação?
Não acontece por acaso e nem do desinteresse das pessoas. Faz parte da cultura da escola e é facilitada pelo habitus do grupo. Para se ter um grupo que assuma a avaliação como algo benéfico, valioso e importante precisa brotar dos integrantes da organização esse desejo de aperfeiçoamento do trabalho realizado por todos.
Na verdadeira avaliação não há espaço para melindres e não pode ser encarada como uma oportunidade de “acerto de contas” entre os pares.
O sentimento a ser considerado é o de respeito pelo outro, do reconhecimento dos esforços envidados, das dificuldades encontradas para realizar uma atividade de forma mais eficaz.
Deve-se desenvolver um sentimento de “amorosidade” para adoçar as críticas.
Pedro Demo, ao relatar uma situação vivida por ele, em Belém do Pará, em que os alunos pediam para que fizesse uma crítica positiva dos trabalhos apresentados: não há crítica positiva.
Ele explica o seu pensamento da seguinte forma:
De novo, confunde-se aqui entre crítica mal posta, e a crítica como tal. Do ponto de vista metodológico, crítica é sempre negativa. Crítica “positiva” é outra coisa, quer dizer, é elogio. O elogio pode ser importante para fins pedagógicos, mas não substitui a crítica. Criticar é precisamente apontar erros, falhas, vazios. Seu caráter negativo lhe é intrínseco e tem nisto mesmo sua significação própria. O modo como fazemos a crítica é outra questão, mas a mais elegante é feita para “destruir”, não para escamotear os problemas. (Demo, 2002, p. 30)
Como se forma essa cultura da avaliação?
O autor também faz uma diferença entre realizar a crítica e o modo como são transmitidos os posicionamentos para os integrantes da avaliação. Ao mesmotempo em que não se pode deixar de falar sobre os empecilhos a uma ação coerente e eficaz dentro da instituição, nada atrapalha se usar um “tom” suave na crítica e realizar a avaliação sem atribuir culpas, mas sem negar as responsabilidades do gestor sobre a liderança que deve exercer, para solucionar os entraves encontrados. 
A cultura da avaliação, quando existente em uma determinada instituição, faz com que todos compreendam que a crítica é necessária para se aprimorar o trabalho realizado por todos. Na troca e na inter-relação entre as pessoas, na construção de parcerias, no reconhecimento dos talentos de cada um, na harmonização das diferenças. Nesses pressupostos encontramos os pontos de apoio para se criar uma cultura de avaliação.
A relação da autoavaliação com a cultura da avaliação
Vamos agora tentar explicar a relação que se pode estabelecer entre autoavaliação e cultura da avaliação.
A autoavaliação pode ser realizada em determinado período do ano e ser baseada na aplicação de formulários sobre as dimensões existentes na instituição.
No caso das universidades ela é obrigatória e deve ser procedida pela instituição ao término da cada semestre e encaminhada mediante um relatório para o MEC. Na educação básica depende de cada estado ou município. O MEC é responsável pela elaboração e aplicação dos exames nacionais e disponibiliza para os participantes os resultados da avaliação.
Então, se já existem esses mecanismos para a autoavaliação da instituição escolar, qual a razão de estarmos defendendo a cultura da avaliação?
Ter instituída uma cultura da avaliação na escola é muito melhor para se realizar a autoavaliação. Com a cultura da avaliação ela é procedida a todo instante, por todos e esse movimento constante nos permite minorar os problemas e passamos a ter apenas necessidades.
Poderíamos dizer qual é a relação entre a autoavaliação e a cultura da avaliação fazendo  uma figura de metáfora pela análise da propaganda da pílula de Melhoral, remédio muito antigo para resolver o problema da dor de cabeça, mas era usado para outros fins. Tinha  uma música de propaganda que alguém cantava no rádio, dizendo assim... melhoral, melhoral, é melhor e não faz mal.
Drummond, em alguns versos, nos mostra como a verdade depende da visão de cada um.
Clique aqui para ver alguns versos.
Não existe empecilho em fazer um processo de autoavaliação com formulários e perguntas objetivas, mas temos que saber da impossibilidade de retratar a riqueza da realidade existente de chegarmos à verdade, que nem sempre está definida claramente.
Realizando a autoavaliação com base apenas em formulários, com perguntas objetivas e fechadas, teremos um quadro reduzido e imperfeito da verdade, da realidade existente na instituição.
Preencher os formulários se justifica para se ter a dimensão 
da escolha individual e grupal e permitir a análise do seu impacto nas decisões e prioridades a estabelecer. Com a cultura da avaliação instituída e fazendo parte do comportamento de todos na escola temos mais possibilidades de acertar e resolver os atritos. Podemos dar realce aos pontos positivos e a tudo que valorize a prática pedagógica centrada nos valores que garantem a formação de um sujeito crítico e atuante diante dos problemas sociais. Mais humano e mais solidário com as necessidades do outro.
Relacionando com os versos de Drummond nos ocorre que pode acontecer o fenômeno descrito pelo poeta porque a verdade não é percebida da mesma maneira pelos integrantes de um grupo, principalmente, porque cada um fala do lugar onde se encontra condicionado por suas crenças, valores e ideologia.
Importância da participação de todos: algumas perguntas relevantes
Quando surge a pergunta sobre quem deve participar da avaliação na escola, a resposta só pode ser uma: todos os integrantes da equipe escolar devem ser ouvidos e devem ser considerados como capazes de contribuir para a melhoria das condições em que o processo ensino aprendizagem acontece na escola.
A participação é realmente necessária?
A cultura da avaliação quando instituída na escola garante a participação de todos?
Você pode achar que estamos exagerando, que basta realmente fazer uma vez por ano ou semestre um processo de autoavaliação mediante a aplicação de formulários para saber a opinião dos integrantes da instituição sobre a dimensão pedagógica, administrativa e financeira da escola.
Você observou que usamos a palavra opinião? 
Sabe por quê?
Na autoavaliação, através de formulários padronizados, você marca a opção de acordo  com a sua visão e não há espaço para discutir as implicações e os fatos que o levaram a escolher a opção 2 ou a 3. Dessa forma, encaramos esses procedimentos como uma pesquisa de opinião. Pode ser levada em conta, mas dificilmente vai gerar a transformação qualitativa de uma instituição social. Vai mover as pessoas para uma ação conjunta.
Defendemos que na cultura de avaliação há um confronto, 
uma situação de constrangimento em que os pontos fracos serão colocados e todos identificarão onde  aconteceu o erro. Mas se o grupo tiver o amadurecimento necessário, a solução será  assumida por todos e não haverá uma caça aos erros e aos acertos. Errando um, erramos  todos. Esse deve ser o lema, o compromisso do grupo.
Não é melhor constituir uma comissão para avaliar?
Na educação superior, para realizar a autoavaliação a universidade deve constituir a Comissão Permanente de Avaliação – CPA - diretamente ligada aos órgãos superiores de gestão e a CPA pode ser auxiliada por comissões regionais e locais dependendo do grau de complexidade da instituição.
Importância da participação de todos: algumas perguntas relevantes
Na educação básica, as escolas públicas são avaliadas nos estados e municípios por  sistemas diferenciados, observando-se que há um movimento comum de realizar a avaliação pela contratação de empresas especializadas nesse processo.
No entanto, é mais rápido e mais seguro constituir uma comissão de avaliação porque tudo fica na confraria e só os participantes da comissão ficam sabendo dos erros, dos acertos, dos vazios, das possibilidades futuras.
Não sabemos o que é pior, não fazer a autoavaliação ou fazer através de uma comissão. A comissão vai revestir o ato avaliativo de burocracia, vai ter o poder de influir na avaliação do outro, sem que se estabeleça uma oportunidade ao sujeito de participar também da avaliação. A comissão é valiosa para estabelecer e incentivar a participação de todos. Deve realizar a sensibilização do grupo para entender que o problema de um professor faz parte da história da escola e atinge igualmente a todos. 
Uma comissão de avaliação participa do processo e se 
integra nessa cultura quando acredita que o colega pode contribuir para o aperfeiçoamento da instituição e que ele tem algo de importante para dizer. Acredita que vale a pena ouvir o companheiro da esquerda ou o da direita. Vale a pena levar a sua visão do problema à consideração de todos.
Constituição dos sujeitos sociais
O que é um sujeito social? 
Quando o professor, o aluno, os pais se tornam sujeitos sociais na avaliação da escola?
Com base no texto de Dias Sobrinho sugerido para a sua leitura, vamos nesse tópico, defender a nossa visão.
O Professor Dias Sobrinho (2000) afirma que “A avaliação é uma presença constante em todos os campos da vida humana, embora raramente os indivíduos habitualmente se deem conta disso. Ela se manifesta de múltiplas maneiras.” (p. 112)
Com isso podemos entender que os professores, os pais, os alunos e demais participantes da vida da instituição estarão procedendo constantemente a uma avaliação dos fatos ocorridos, seja concordando ou discordando das decisões e medidas adotadas pela gestão.
Prestando atenção podemos perceber os professores que são contra uma determinada  ideia pelo seu gestual. Uma pequena pausa em sua fala, uma piscada dos olhos, um meio  sorriso, um gesto casual de enrolar os cabelos, são sinais da sua relutância em aceitar  essa ou aquela decisão.
Constituição dossujeitos sociais
Como transformamos um funcionário ou um colaborador, em um sujeito social?
Não há um padrão único de colaboração e participação. As pessoas se movimentam socialmente, se integram em vários subgrupos e podem ainda ter 
um comportamento alienado quando se trata de desenvolver atividades de avaliação por não verem sentido  em apontar os erros ou os acertos, por vezes para evitar atritos ou mesmo não querem expor as suas deficiências nos procedimentos que utiliza para dar conta de suas tarefas.
A conquista da participação do colega ou do pai do aluno é uma tarefa que 
requer paciência e empenho. Conscientizar um adulto da necessidade existente de participar ativamente da avaliação para melhoria da qualidade da educação não é tarefa fácil e quase sempre não é para uma única pessoa. Requer o empenho do grupo.
Ajuda quando a administração é exercida de forma democrática, com transparência, na qual o projeto político pedagógico tenha sido o resultado da discussão coletiva, da construção participativa como resultado da visão de todos os integrantes daquela realidade.
Podemos entender com Dias Sobrinho (p.115) que ao contrário de uma avaliação espontânea a avaliação institucional é um processo formal, intencional resultando de vontade e opções políticas, sem esquecer que é influenciada “pelas tramas nutridas de contradições e dissensos, como costuma ser todo processo social”.
Responsabilidade Social
A organização educacional tem como responsabilidade social transmitir o saber historicamente acumulado e incentivar o desenvolvimento dos talentos para o aperfeiçoamento da humanidade e incremento dos avanços científicos e tecnológicos. Desenvolvimento dos valores que garantam a harmonia entre as pessoas.
Podemos usar para a nossa reflexão as ideias expressadas por Forquin (1993, p.18-19) sobre a temporalidade do homem e a do mundo.
Clique aqui para conhecer.
O homem da tradição é um “transeunte” cuja vida se escoa vulnerável, em meio a uma paisagem imutável, na qual reside toda sabedoria. Com a irrupção da “modernidade”, é a paisagem, ao contrário, que se transforma e se desfaz diante de nós em uma rapidez sempre crescente. Em quê o mundo muda, por que, e em quais direções? Para a maior parte dos analistas, é do lado da técnica que é necessário buscar a explicação, é ela que constitui a variável chave cuja evolução comanda todas as outras. Mas fenomenologicamente, para aquele que, aqui e agora, realiza a experiência da transformação do mundo, o que conta é o próprio fato da mudança, esta aceleração, esta dinâmica de extravasamento, de esgotamento e de impaciência que parece tornar a adaptação cada dia mais improvável e a memória cultural cada dia mais saturada. (Forquin, p.18-19)
A escola ou outra organização com objetivos educacionais, não pode deixar de considerar o fato de que se não aperfeiçoar o seu fazer, a sua ação, naturalmente será ultrapassada pelas que o fizerem. Independente da nossa ação individual o mundo está se transformando, se tornando informatizado, interativo e de comunicação imediata.
As instituições não escolares
Na aula procuramos expor que as instituições não escolares, mas que possuem objetivos educativos e se preocupam com o aperfeiçoamento de seus colaboradores podem, da mesma forma que uma escola ou universidade, constituir em seu ambiente de trabalho um clima organizacional dentro da lógica descrita.  
O olhar se desloca do lucro financeiro para um ganho social, para o desenvolvimento e a descoberta dos talentos da sua equipe, para contribuir com a construção de uma nova realidade e para cumprir com a sua missão institucional.

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