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Conteúdo Metodológico e Prática de Ensino em Creche e Educação Infantil
História social do conceito de infância.
A mulher, a criança e o surgimento da creche no Brasil.
Idade Média
Poucas condições de higiene e saúde
Mortalidade infantil alta
Pouca importância da infância
Infâncias
Criança integrante da família(herdeira)
Criança como mão de obra em linhas de produção/condições precárias.
Educação de crianças pequenas
Pobres e órfãos- creche
Pobres e órfãos-escola maternal
Classe dominante- jardim de infância
A educação infantil assume o papel de preparar mão de obra especializada para atuar em uma cadeia produtiva mais complexa!
Principais fatores que influenciaram a história da Educação Infantil:
As histórias (e suas transformações) da família e da mulher;
O processo de urbanização e industrialização do país;
A nossa organização econômica e social, estratificada com grandes diferenças entre as classes sociais mais e menos favorecidas.
Creche como um favor ou uma caridade (não um direito da mulher ou da criança).
Visando suprir e compensar falhas de higiene e nutrição, devido às (más) condições de vida da família.
Uma proposta para famílias pobres tidas como incapazes de educar seus filhos e estruturar uma vida familiar saudável. 
Legislação: a conquista do direito à educação infantil
Creches passam a ser:
...defendidas e valorizadas por seu aspecto educativo, um espaço organizado para favorecer o desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional da criança.
A educação de 0 a 6 anos é um dever social que cabe à mulher, ao homem, à família e ao Estado. Direito da família trabalhadora.
Acima de tudo, é um DIREITO DA CRIANÇA. 
Legislação
1988
Constituição federal
1990
Estatuto da criança e do adolescente
1996
Lei de diretrizes e bases da educação 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
Primeira etapa da educação básica. 
Espaços institucionais não domésticos. 
Estabelecimentos educacionais públicos ou privados.
Educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos.
No período diurno, em jornada integral ou parcial. 
Regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino.
É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. 
Documentos e publicações importantes
“Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças” (1995)
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI, 1996)
Os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (2006) 
Indicadores de Qualidade na Educação Infantil (2009) 
Situação atual: avanços
A expansão das matrículas nas creches públicas; 
A organização e o funcionamento de muitas secretarias de educação que assumiram a especificidade da educação e da educação infantil;
A formação de equipes pedagógicas de acompanhamento da educação infantil;
E investimento crescente na qualificação dos profissionais por meio de formação continuada.
Etapa da educação básica que mais cresce.
Reproduz as desigualdades sociais: pequena porcentagem de pobres e negros sendo atendidos; maior porcentagem de brancos e ricos sendo atendidos. 
A proposta curricular
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI)
Proposta pedagógica ou projeto político pedagógico é o plano orientador das ações da instituição e define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educados e cuidados. É elaborado num processo coletivo, com a participação da direção, dos professores e da comunidade escolar.(Brasil, 2010, p.13)
O tempo
Organização do tempo
Variada: atividades livres e dirigidas, mais calmas e mais movimentadas, em ambientes fechados e ao ar livre. 
Flexível: sem rigidez de horários (imprevistos).
Planejada pela equipe da própria instituição;
A criança deve saber a rotina antecipadamente (autonomia e segurança).
Não há uma rotina ideal (deve ser adequada a cada instituição).
Atividades permanentes Sugestões (frequência diária ou semanal)
Brincadeiras;
Rodas de história;
Rodas de conversa; 
Desenho, pintura, modelagem ou música;
Atividades diversificadas (possibilidade de escolha do aluno, de estar sozinho se quiser);
Cuidados com o corpo em geral.
O espaço
Campos de Carvalho, Rubiano, 1994
Diante de um espaço amplo e vazio, as crianças procuram cantos e apoios (paredes, bancos, muretas, objetos etc.) para desenvolverem suas ações;
As áreas semiabertas (ou zonas circunscritas em três ou quatro lados) é que mais atraem as crianças.
O que são os cantinhos?
Organizados da altura das crianças (cadeiras, mesinhas, estantes, caixotes, cabaninhas, tapetes, almofadas e inúmeros materiais);
As crianças procuram menos a professora (mas podem vê-la);
Exploram e brincam mais tempo;
Mais parcerias (duplas e trios).
O brincar
A função da brincadeira no desenvolvimento
Jogos de exercício
Jogos simbólicos
Jogos de regras
A brincadeira como linguagem e recurso de desenvolvimento
Inato x Aprendido
Desenvolvimento integral (afetivo, social, motor, cognitivo)
Brincadeira simbólica (faz de conta)
Imitar pessoas e situações ausentes em faz de conta.
A criança projeta seus pensamentos em seus atos e gestos.
Coordenação de papéis nas diferentes brincadeiras.
Supor o que o outro pensa.
Busca coordenar ativamente seu comportamento com o de seus parceiros.
Brincar de ser pessoas diferentes: mãe, pai, motorista, professora, médico etc.
Cuidar e educar
Necessidade humana
Vínculo afetivo
Situações privilegiadas: banho, sono, alimentação, higiene das mãos, etc.
Autonomia e identidade
Elo entre saúde e educação
Linguagem oral, leitura e escrita
Alfabetização 
Código da escrita
Letramento 
Ampliar repertório de leitura
Acesso ao patrimônio 
Função social da escrita
Diferentes portadores de textos
Ciências da natureza e sociedade
Formulação de perguntas;
Participação ativa na resolução de problemas;
Estabelecimento de algumas relações simples na comparação de dados;
Confronto entre suas ideias e as de outras crianças;
Formulação coletiva e individual de conclusões e explicações sobre o tema em questão;
Utilização, com ajuda do professor, de diferentes fontes para buscar informações, como objetos, fotografias, documentários, relatos de pessoas, livros, mapas etc.;
Utilização da observação direta e com uso de instrumentos, como binóculos, lupas, microscópios etc., para obtenção de dados e informações;
Conhecimento de locais que guardam informações, como bibliotecas, museus etc.;
Leitura e interpretação de registros, como desenhos, fotografias e maquetes;
Registro das informações, utilizando diferentes formas como desenhos, textos orais ditados ao professor, comunicação oral registrada em gravador etc.
Fazer matemática é expor ideias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas, entre outras coisas. Dessa forma as crianças poderão tomar decisões, agindo como produtoras de conhecimento e não apenas executoras de instruções. Portanto, o trabalho com a matemática pode contribuir para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas. 
Instrumentos / ferramentas necessárias aos professores: Abramowicz & Wajskop (1995) 
Observação
Planejamento
Anamnese
Diário
Relatório de grupo e individual
Reuniões (equipe e pais)
Avaliar não é..Barbosa
“(...) cultura classificatória e dualista, que separa os bons dos maus, afirma o que é certo e errado, julga o outro a partir de valores e juízos pessoais e sociais, sendo alguns deles fortemente embebidos em preconceitos. Assim, a avaliação tem servido como um instrumento de controle social, pois produz seletividade e exclusão.”
Avaliação na educaçãoinfantil (Bassedas, Huguet, & Solé,1999)
Antes do estudo –INICIAL- Conhecimentos e experiências prévias.
Durante o estudo-FORMATIVA-Estratégias, erros, dificuldades de aprendizagem, habilidades, conhecimentos.
Ao final do estudo – SOMATIVA - Resultados, aprendizagens realizadas. 
Perfil e considerações
Professor pesquisador (busca por novos conhecimentos).
Habilidade de trabalhar em grupo e equipe.
Reconhecer a comunidade atendida e os profissionais que atuam na instituição (história de vida das pessoas).
Preparado para conviver, enfrentar e superar os conflitos. 
Assegurar o direito a formação e ao trabalho digno dos professores.