Buscar

Embriologia Terceira Semana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Embriologia: Terceira Semana de Desenvolvimento
A terceira semana de desenvolvimento fetal é extremamente importante por apresentar três formações essenciais para o crescimento do embrião, como por exemplo: a gastrulação, a formação do tubo neural e a formação da notocorda.
Gastrulação: fenômeno característico da terceira semana e é responsável pela formação dos três folhetos embrionários no embrião. Os três folhetos se formam a partir do disco didérmico apresentado na segunda semana, compostos pelo epiblasto (azul) e hipoblasto (amarelo). O primeiro indicio da gastrulação é a formação da linha primitiva. 
Epiblasto: é um dos folhetos embrionários didérmicos que durante a gastrulação é responsável pela formação dos três novos folhetos: ectoderma (azul), mesoderma (vermelho) e endoderma (amarelo). No epiblasto se forma a linha primitiva. 
Linha/fossa primitiva: se forma no meio do Disco Bilaminar e cresce em direção a Membrana Bucofaríngea (boca), crescimento este que determinará onde será a parte cefálica e caudal do embrião. A importância da linha primitiva é a possibilizar da gastrulação e a identificação dos eixos do embrião, como o craniocaudal (antero-posterior), dorsoventral e lado esquerdo e direito. Ao final da linha primitiva está localizado o nó primitivo. A persistência da Linha Primitiva pode originar tumores de Teratoma Sacroccígeos.
Nó primitivo: aglomerado de células presente no final da linha primitiva.
Invaginação: processo realizado pelas células do epiblasto que se multiplicam para formar o mesoderma.
Após o fenômeno da gastrulação encontramos as seguintes estruturas: 
EPIBLASTO – Se transforma em ectoderma definitivo (azul) e mesoderma (vermelho).
HIPOBLASTO – Se transforma em endoderma definitivo (amarelo).
MEMBRANA BUCOFARÍNGEA – Formada através da Placa Precordal na 2ª Semana de Desenvolvimento.
Após a Gastrulação se inicia o processo de formação da Notocorda, ou processo Notocordal, que consiste em uma estrutura temporária formada a partir de células da região central do Mesoderma, localizadas bem abaixo ao Nó Primitivo. Formação da Notocorda:
Células da região central do mesoderma em formação originarão a Notocorda
Estrutura similar a uma vareta
Origem mesodérmica 
Contém uma matriz gelatinosa envolta por um tecido conjuntivo fibroso
Define o eixo do embrião
Base para formação do esqueleto axial
Futuro local dos corpos vertebrais
Induz a neurogênese (formação do sistema nervoso)
Inicialmente, as células mesodérmicas (vermelho) que se localizam bem abaixo à Linha Primitiva migram em direção a parte cefálica (cabeça ou placa precordal) formando o Canal Notocordal, por onde se passará a Notocorda. Em seguida, essas mesmas células sem fundem com o tecido endodérmico (amarelo) para que temporariamente haja comunicação entre a cavidade amniótica e vitelínica. Após isso a Linha Primitiva começa a formar o Sulco Neural, e a Notocorda se diferencia do endoderma para que seja finalizada a sua formação. Em suma:
Células mesodérmicas (vermelho) próximas a Linha Primitiva migram em direção a Região Cefálica, formando o Canal Notocordal e iniciando o processo Notocordal;
Estas células se fundem com o Endoderma (amarelo);
Por estímulos das células da Linha Primitiva ocorre a finalização da formação da Notocorda.
Resquícios da Notocorda podem gerar tumores benignos e cordomas (tumores malignos).
Após a formação da Notocorda se inicia a Neurulação, que consiste na formação do tubo neural a partir da placa neural e das pregas neurais. 
Placa Neural: espessamento do ectoderma localizado acima da notocorda que forma uma placa alongada e espessa de células neuroepiteliais. Dá origem ao Sistema Nervoso Central e a outras estruturas como a retina. Enquanto a notocorda se alonga após a sua formação, a placa neural se alarga e se estende até a membrana Bucofaríngea. 
Sulco Neural: a placa neural se invagina ao longo do eixo central formando o sulco neural, com pregas neurais em ambos os lados, e localizado acima da notocorda.
Pregas Neurais: constituem os primeiros sinais do encéfalo do embrião, e no fim da terceira semana as pregas neurais começam a se aproximas e se fundir, convertendo a placa neural em tubo neural.
Crista Neural: massa achatada e irregular localizada entre o tubo neural e o ectoderma da superfície. Após o fechamento do tubo, se separa em partes da direita e esquerda, e se diferenciam em vários tipos celulares.
Durante a formação da Notocorda e do Tubo Neural se inicia a diferenciação do Mesoderma (vermelho) em diferentes áreas que serão importantes para formação de diferentes sistemas. 
Mesoderma paraxial: dá origem aos somitos, blocos de tecido mesodérmico, que por sua vez irão formar a maior parte do esqueleto axial, a derme e os músculos torácicos.
Mesoderma intermediário: dá origem aos tecidos que irão formar o sistema urogenital.
Mesoderma lateral: dá origem ao celoma embrionário, tecido composto de células que irá recobrir as cavidades pericárdica, pleural e peritoneal. A partir do mesoderma lateral também se desenvolve a área cardiogênica, que posteriormente abrigará o coração. 
Mesoderma cardiogênico: 
Após a diferenciação do tecido Mesodérmico se inicia a formação do Celoma Intraembrionário. Durante o segundo mês, o celoma intraembrionário se divide em três cavidades (pericárdica, pleural e peritoneal).
Celoma: espaços celômicos pequenos e isolados no mesoderma lateral e mesoderma cardiogênico que se coalescem formando uma única cavidade em forma de ferradura. O celoma divide o mesoderma lateral em duas camadas: 
Camada somática ou parietal (somatopleura): camada continua ao mesoderma extraembrionário que cobre o âmnio.
SOMATOPLEURA + ECTODERMA SOBREJACENTE = PAREDE DO CORPO DO EMBRIÃO
Camada esplâncnica ou visceral (esplancnopleura): camada continua ao mesoderma extraembrionário que cobre a vesícula umbilical.
ESPLANCTOPLEURA + ECTODERMA SUBJACENTE = PAREDE DO INTESTINO DO EMBRIÃO
No início da Terceira Semana de Desenvolvimento a formação dos vasos sanguíneos, a vasculogênese e a angiogênese, começa no mesoderma extraembrionário da vesícula umbilical conectando o pedículo de conexão e o córion. Com isso, dois dias depois os vasos sanguíneos começam a se desenvolver. Já à metade da Terceira Semana uma circulação uteroplacentária primordial se desenvolve. 
Vasculogênese: formação de novos canais vasculares pela associação de percursores celulares individuais chamados de angioblastos. 
Angiogênese: formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de vasos preexistentes. 
Angioblastos: células formadoras de vasos
Ilhotas Sanguíneas: grupos isolados de células angiogênicas 
O coração e os grandes vasos são formados por células mesenquimais na área cardiogênica. Durante a terceira semana, um par de tubos formado por endotélio se formam – os tubos cardíacos endocárdicos – que se fundem formando um tubo cardíaco primitivo. 
O coração tubular se une a vasos do embrião, do pedículo de conexão, do córion e da vesícula umbilical, formando o sistema cardiovascular primitivo. 
Ao fim da terceira semana o coração está formado e na quarta já começa a bater.