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CADERNO - PENAL - 2º BIMESTRE

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DIRETO PENAL III – ALBINO TURBAY
23.04.2014
ARTIGO 218 E SEGUINTES
Crimes voltados para o perfil de Lenocínio: Pessoas que induzem outras a se voltarem para questões como prostituição e satisfação da lascívia alheia.
LENOCÍNIO – DEFINIÇÃO: é uma prática criminosa que consiste em explorar o comércio carnal alheio, sob qualquer forma ou aspecto, havendo ou não mediação direta ou intuito de lucro (cafetinagem). No Brasil é crime segundo os Artigos 227 a 230 do Código Penal e não se confunde com prostituição. Entende-se por lenocínio um conceito amplo, do qual seriam espécies o crime de favorecimento à prostituição ou à libidinagem. Compõe-se de atividades que entram no conceito clássico de lenocínio, que, compreende toda ação que visa a facilitar ou promover a prática de atos de libidinagem ou a prostituição de outras pessoas, ou dela tirar proveito. Gravita, assim, o lenocínio, em torno da prostituição, que constitui complexo e difícil problema social. O lenocínio é atividade acessória ou parasitária da prostituição. O crime de lenocínio não pune a própria prática da prostituição, mas sim toda aquela conduta que fomenta, favorece e facilita tal prática, com intenção lucrativa ou profissionalmente. O lenocício pode ocorrer na forma do proxenetismo ou do rufianismo.
PROXENETISMO / RUFIANISMO – DEFINIÇÃO: é o tipo penal previsto no artigo 230 que consiste no fato de "tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça". Pode-se perceber pela leitura do texto legal, que este artigo trata da figura do chamado "rufião", "rufiã", "cafetão", "cafetina".
No nosso Sisitema a prostituição não é crime, o crime está nos atos que colaboram com a disceminação e proliferação da prostituição.
ARTIGO 218 – INDUÇÃO DE MENOR DE CATORZE ANOS A SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM.
“Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena – reclusão, de 2 a 5 anos”.
Quando se tratar de crimes de conotação sexual contra menores de 14 anos, utilizará esse artigo (ou o 217) do Código Penal, mas quando o crime for de qualquer outra ordem, deve-se utilizar o artigo 244-B do ECA.
Diferença entre os artigos 218 e o 218 – B
A diferença entre o art. 218 e o art. 218 – B, está na determinação da pessoa beneficiada pela prática sexual, descrita no art. 218 (Lascívia de OUTREM), no artigo 218 – B, não existe um sujeito determinado, é algo amplo e geral (à Prostituição).
Diferença entre EXPLORAÇÃO SEXUAL E PROSTITUIÇÃO
Exploração sexual: é o meio pelo qual o indivíduo obtém lucro financeiro por conta da prostituição de outra pessoa, seja em troca de favores sexuais, incentivo à prostituição, turismo sexual, ou rufianismo. Específico.
Prostituição: Comércio de si próprio para fins de comércio sexual (físicamente, por telefone, online, etc.). Gênero.
OBJETIVO JURÍDICO
Se protege a dignidade sexual da pessoa, a liberdade sexual em sentido amplo, a integridade, a autonomia o desenvolvimento adequado, sexualmente falando, a formação da personalidade do menor de 14 anos, etc. Assegura-se assim o direito à liberdade e o respeito à dignidade dos seres humans em processo de desenvolvimento.
OBJETO MATERIAL
O menor de 14 anos – O objeto material é a pessoa ou coisa sobre qual recai o artigo.
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa, homem ou mulher, pois se trata de um crime comum.
SUJEITO PASSIVO
É um crime próprio no sujeito passivo, pois só abrange o menor de 14 anos.
ELEMENTOS OBJETIVOS
O núcleo do crime é o verbo INDUZIR – convencer, criar uma vontade, fazer nascer uma idéia. Não importa o sexo do sujeito passivo, desde que ele seja menor de 14 anos. Para se
ELEMENTO SUBJETIVO
O dolo é a consciência de induzir a vítima menor de 14 anos, a satisfazer a lascívia de outrem, lembrando que a expressão: “…a satisfazer a lascívia de outro” é elemento subjetivo diverso do dolo.
CONCURSO DE PESSOAS - ART. 29, CP
Teoria Monista:
EXCEÇÃO será o Aborto – Teoria pluralista
CASO: Um menor, possuindo 13 anos, é induzido por uma pessoa (A) à satisfazer a lascívia de outrem, durante o ato, o 3º pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com o menor.
Pergunta: A responderá apenas pelo 218 ou pelo 217-A em concurso com o praticante (B) do ato sexual???
R: A responderia pelo 218 e B responderia pelo 217 – A – Pode se fundamentar por 2 correntes:
1ª CORRENTE: O Legislador seguiu a corrente pluralista (haverá tantos crimes quantos forem os participantes. Cada um deles responderá por um delito), sendo assim A responderia pelo 218 (mínima de 2 anos) e B responderia pelo 217-A (mínima de 8 anos). 
A segunda é de que para o crime do 218, está reservado apenas para condutas menos contudentes, ou seja, apenas para satisfazer a lascívia, sendo o ato meramente contemplativo (ex.: uso de uma fantasia, se despir na frente de outro, deitar na mesma cama, etc), sem que exista contato físico entre o terceiro beneficiado e a vítima, e não para condutas como o coito anal e para a conjunção carnal, sendo assim se A teve a conduta de induzir o menor de 14 anos apenas para satisfazer estes tipos de comportamento menos contudentes, ele responderá apenas pelo 218 e B responderá pelo 217-A, ressaltando-se que no caso em que o dolo de A for de induzir o menor de 14 anos a praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso, este também responderá pelo 217 – A.
INTERNET
Quando o meio utilizado for a Internet (vídeo, fotografia, etc.), será utilizado os artigos 240-241-D do ECA.
CONSUMAÇÃO/ TENTATIVA
Existe polêmica na doutrina, será a consumação será no momento do convencimento ou no momento da prática do ato sexual – A satisfação da lascívia. Apesar disso, o caminho é realmente entender que este é um crime formal, ou seja, se consuma no momento da indução do menor. A tentativa é cabível, mas mudará o seu momento, dependendo de qual corrente se segue para a consumação. Se for seguida a corrente que diz que tal crime é formal, a tentativa será mais difícil de provar, já se for seguida a corrente de que o crime é material, a tentativa será mais fácil de provar, pois pode ter havido o induzimento, mas não ocorrer o ato sexual.
PENA E AÇÃO PENAL
É um crime de média gravidade, tendo como pena a reclusão de 02 a 05 anos. 
A ação penal é pública incondicionada, tendo em vista a condição especial do sujeito passivo.
QUESTÕES
Qual o bem jurídico tutelado pelo dispositivo em apreço?
Como pode se dar o induzimento da vítima a satisfazer a lascívia de outrem?
Trace as principais diferenças existentes entre o delito previsto no artigo 218 do código penal e aquele inserido no artigo 244-B da lei 8.069/90 (ECA).
Pode haver concurso de delitos entre o delito em questão e lenocínio?
R:
Qual diferença existente entre o delito definido no artigo 218 do CP e aqueles a que se referem os atigo 240 e 241 da lei 8.069/90 (ECA)?
R: A diferença entre o delito definido no art. 218 do CP e os arts. 240 2 41 do ECA, está na conduta. A conduta descrita no art. 218 do CP, é generalizada, enquanto a conduta descrita nos arts. 240 e 241 da Lei 8069/90, são mais específicas e exatas, sendo assim, será aplicado o art. 240 e 241 da referida Lei, nos casos em que as condutas se amoldem com exatidão naquelas descritas no testeo legal de tais artigos, as demais condutas de indução/conotação sexual, serão inseridas no art. 218 do CP.
30.04.2014
artigo 218-a – satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
“Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem”.
O Estado tente proibir que o maior de 18 anos pratique ou induza o menor de 14 anos a presenciar ato de conjunção carnal ou outro ato libidinoso.
O presente crime poderá ser dividido em 2 partes.
1ª Parte: A prática de ato sexual na frente de um menor de 14 anos.
2ª Parte: O induzimento para que o menor assista o ato sexual.Lembrando que tanto quem pratica como quem induz, pratica este crime.
OBJETO MATERIAL
Menor de 14 anos
OBJETO JURÍDICO
A liberdade sexual, o desenvolvimento, a integridade e a autonomia do menor de 14 anos de idade.
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa – crime comum
SUJEITO PASSIVO
Menor de 14 anos
ELEMENTOS OBJETIVOS
Elementos são todas as palavras que compõem o tipo, ou seja, que sejam materializados (praticar/alguém menor de 14/induzir a presenciar/Conjunção carnal/ Ato libidinoso). Todo verbo é elemento objetivo. Conjunção carnal e Ato libidinoso também são normativos.
ELEMENTOS SUBJETIVOS
Dolo de praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso na presença de menor de 14 anos ou induzi-lo a presenciar tais atos.
Elemento subjetivo diverso do dolo: a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem.
TEORIA CAUSAL: se preocupava somente com o nexo de cusalidade – Ação-----resultado
TEORIA
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Na 1ª parte parte, a consumação será no momento da prática do ato libidinoso ou da conjunção carnal na presença do menor de 14 anos.
Na 2ª parte,a consumação será no momento que o menor presencia o ato sexual, através do induzimento.
PENA E TIPO PENAL 
A pena será de 2 a 4 anos. A ação penal será pública incondicionada, tendo em vista a menoridade da vítima.
CULPABILIDADE: iMPUTABLIDIDADE/INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA/POTENCIAL CONHECIMENTO DA ILICITUDE.
ANALISAR A CULPABILIDADE É ANALISAR SE O SUJEITO TINHA CONDIÇÕES DE NÃO PRATICAR O CRIME.
07.05.2014
Artigo 218-B – favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável
“Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone.”
Verificar elemento por elemento: Verbos – Submeter, induzir, atrair, facilita-lá, impedir, dificultar.
A diferença desse para os demais artigos, é que o sujeito beneficiado não é determinado, existindo ainda um certo grau de nível entre estes artigos (Art. 218, 218-A, 218-B), o qual se nota ao nos atentarmos às penas deles.
OBJETO JURÍDICO
Dignidade sexual, autonomia sexual e formação adequada voltada a sexualidade.
OBJETO MATERIAL
O menor de 18 anos, ou alguém sem discernimento.
SUJEITO ATIVO
Qualquer pessoa
SUJEITO PASSIVO
O menor de 18 anos ou a pessoa que por enfermidade ou deficiência mental, não possua o discernimento para a prática do ato.
ELEMENTOS OBJETIVOS
Verbo SUBMETER à prostituição/exploração sexual
Dominar, forçar… (alguns autores dizem que neste caso deve haver um teor por parte do sujeito passivo, em relação do agente)
Verbo INDUZIR à prostituição/exploração sexual
Convencer, aliciar…
Verbo ATRAIR à prostituição/exploração sexual
Uma das possibilidades de interpretação é de que, neste caso, agente que convence é parte do mundo da prostituição.
Verbo FACILITAR/ DIFICULTAR OU IMPEDIR (crime permanente – a consumação se prolonga no tempo).
Nestes verbos, se percebe que a vítima já encontra-se na Prostituição.
ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo – vontade e consciência de praticar o disposto nos verbos do artigo, tendo conhecimento das características da vítima.
CONSUMAÇÃO
Boa parte da doutrina e da jurisprudência não exige que se fique comprovada a realização da relação sexual, devendo ser provado o estado da vítima, como por exemplo o ato da vítima estar em um local destinado à prostituição, estando disponível para tal prática.
TENTATIVA
É plenamente possível em todos os casos. 
PENA E PROCEDIMENTO 
Reclusão de 4 a 10 anos.
§ 1º - “Se o crime é praticado com o fim de obter antagem econômica, aplica-se também multa.”
Neste caso surge o elemento subjetivo diverso do dolo.
§ 2º, I – Neste caso, quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com maior de 14 e menor de 18, na situção do caput, também receberá a mesma pena.
§ 2º, II – Também incubem na mesma pena, o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que ocorrem as práticas descritas no dolo, desde que tenham conhecimento – DOLO. 
§ 3º – Quando ocorrer o descrito no §2º, II, com a devida condenação, haverá a cassação da licença do referido estabelecimento – Efeito obrigatório: consequência penal.
ARTIGOS 219, 220, 221, 222, 223 E 224: REVOGADOS
ARTIGO 225 – AÇÃO PENAL – DISPOSIÇÃO GERAL
Crimes dos Capítulos I e II deste Título
Antes: Ação Penal Privada - Queixa-crime – 06 meses – decadência.
Agora: Ação Penal Pública Condicionada se a vítima for maior de 18 anos. Ação Penal Pública Incondicionada, se a vítima for menor de 18 anos ou vulnerável.
Paradoxo em relação ao Capítulo II.
Exceção - Súmula 608 – “No crime de estupro, praticado mediante violência real (física), a ação penal é pública incondicionada.”
REGRAS: COISAS ESPECÍFICAS, DETERMINADAS.
PRINCÍPIOS: ABERTOS, GERAIS, MAIORES.

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