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Slides FilOSOFIA moderna Hobbes

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Filosofia	
  Moderna	
  
	
  
•  Debate	
  polí3co	
  da	
  Idade	
  Média	
  tardia:	
  disputa	
  pela	
  
jurisdição.	
  Quem	
  podia	
  decidir	
  de	
  forma	
  defini8va	
  o	
  
que	
  era	
   justo?	
  Quem	
  podia	
   impor	
  normas	
  sem	
  ser	
  
contestado?	
  Quem	
  podia	
  julgar	
  e	
  punir	
  delitos	
  civis	
  
e	
  religiosos?	
  Quem	
  podia	
  taxar	
  e	
  cobrar	
  tributos?	
  
	
  
•  Reforma	
   Protestante:	
   ques8onamento	
   da	
   igreja	
  
católica	
  enquanto	
  ins8tuição	
  
	
  
•  Revolução	
   CienAfica,	
   Mecanicismo	
   e	
   Método	
   do	
  
Conhecimento	
  
Contexto	
  Polí3co	
  
	
  
-­‐  Conflito	
   entre	
  monarca	
   germânico	
   e	
   o	
   Papa:	
   quem	
  
define	
  o	
  propósito	
  e	
  a	
  doutrina	
  da	
  sociedade	
  cristã?	
  
Quem	
   detém	
   poder	
   de	
   inves8dura	
   dos	
   cargos	
  
eclesiás8cos?	
  
	
  
-­‐  Doutrina	
  da	
  plenitude	
  do	
  poder	
  papal	
  no	
  século	
  XIII:	
  
argumentos	
   históricos,	
   textuais	
   (interpretação	
   das	
  
escrituras)	
   e	
   tese	
   da	
   unidade	
   do	
   poder	
   na	
  
cristandade.	
   Papado	
   como	
  monarquia	
   universal	
   em	
  
questões	
  religiosas	
  e	
  civis.	
  
Egídio	
  Romano	
  –	
  Livro	
  Sobre	
  o	
  Poder	
  Eclasiás0co	
  (1301).	
  
	
  
Quatro	
  teses:	
  
	
  
1.  Autoridade	
   civil	
   estava	
   obrigada	
   a	
   pagar	
   dízimos	
   à	
  
espiritual	
  
	
  
2.  A	
   dignidade	
   sacerdotal	
   sagrava	
   e	
   abençoava	
   a	
  
autoridade	
   civil	
   e	
   quem	
   recebe	
   a	
   benção	
   deve	
   ser	
  
considerado	
  inferior.	
  
3.  A	
   autoridade	
   civil	
   havia	
   sido	
   ins8tuída	
   pelo	
  
sacerdócio.	
  
4.  No	
   governo	
   do	
   universo,	
   toda	
   substância	
   corporal	
   é	
  
governada	
  pela	
  espiritual.	
  	
  
	
  
Tese	
  precursora	
  da	
  noção	
  moderna	
  de	
  soberania.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Contestação	
  da	
  doutrina	
  da	
  plenitude	
  do	
  poder	
  papal	
  
	
  
Autores	
  que	
  u8lizavam	
  dos	
  argumentos	
  extraídos	
  dos	
  comentários	
  da	
  
compilação	
   jus8niana	
   e	
   dos	
   textos	
   é8cos	
   e	
   polí8cos	
   de	
   Aristóteles	
  
recém-­‐recuperados,	
   que	
   defendiam	
   a	
   naturalidade,	
   independência	
   e	
  
autonomia	
  do	
  poder	
  civil.	
  	
  
	
  
Dante	
  Alighieri	
  (1265	
  –	
  1321)	
  
Tese	
   central:	
   independência	
   das	
   ordens	
   espiritual	
   e	
   secular.	
   Dupla	
  
finalidade	
   da	
   vida	
   humana.	
   Não	
   deve	
   haver	
   a	
   interferência	
   de	
   um	
  
poder	
  na	
  atuação	
  do	
  outro.	
  
	
  
Marsílio	
   de	
   Pádua:	
   O	
   Defensor	
   da	
   Paz	
   (1324)	
   e	
   O	
   Defensor	
  Menor	
  
(1342)	
  
As	
   escrituras	
   não	
   oferecem	
   ao	
   bispo	
   de	
   Roma	
   uma	
   superioridade	
  
sobre	
   os	
   demais	
   sacerdotes.	
   A	
   conquista	
   do	
   primado	
   do	
   bispo	
   de	
  
Roma	
   foi	
   decorrência	
   de	
   um	
   consen8mento	
   das	
   outras	
   igrejas	
   e	
   da	
  
autoridade	
  de	
  Constan8no.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
Guilherme	
  de	
  Ockham	
  
Brevilóquio	
  sobre	
  o	
  principado	
  3rânico	
  (1340)	
  
	
  
Tese:	
  o	
  papa	
  não	
  possui	
  plenitude	
  de	
  poder	
  sobre	
  os	
  cristãos,	
  tal	
  
como	
  um	
  pai	
   não	
   possui	
   plenitude	
   de	
   poder	
   sobre	
   seus	
   filhos	
   e	
  
um	
   príncipe	
   secular	
   não	
   possui	
   plenitude	
   de	
   poder	
   sobre	
   os	
  
súditos,	
  sob	
  risco	
  de	
  8rania.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
Processo	
   de	
   afirmação	
   das	
   monarquias	
   nacionais	
   –	
   vácuo	
   do	
  
conflito	
  entre	
  o	
  Papado	
  e	
  o	
  Império	
  pela	
  supremacia	
  do	
  poder.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Reforma	
  Protestante	
  
	
  
Século	
   XVI:	
   ques8onamento	
   das	
   prá8cas	
   do	
   clero	
   católico:	
   vida	
   de	
  
ostentação	
  da	
  elite	
  do	
  clero	
  x	
  pobreza	
  de	
  padres	
  de	
  pequenas	
  paróquias;	
  
abandono	
  do	
  voto	
  de	
  cas8dade;	
  venda	
  de	
  cargos	
  eclesiás8cos;	
  venda	
  de	
  
indulgências.	
  	
  
	
  
Mar3nho	
  Lutero:	
  Alemanha	
  no	
  século	
  XVI.	
  Tese	
  de	
  que	
  a	
  intermediação	
  
dos	
   padres	
   em	
   nada	
   contribuiria	
   para	
   a	
   redenção.	
   Interpretação	
   e	
  
compreensão	
  da	
  bíblia	
  não	
  dependia	
  de	
  autoridades	
  religiosas.	
  
	
  
2	
  fatores	
  que	
  ligam	
  a	
  reforma	
  protestante	
  com	
  o	
  
desenvolvimento	
  da	
  Ciência	
  Moderna:	
  
	
  
•  Independência	
   do	
   clero	
   para	
   interpretação	
   das	
   escrituras	
   =	
   rejeição	
  
pelos	
   cien8stas	
   modernos	
   da	
   autoridade	
   dos	
   filósofos	
   an8gos,	
   em	
  
especial	
  os	
  medievais.	
  	
  
•  U8lização	
  da	
  ciência	
  para	
  fins	
  religiosos:	
  calvinistas	
  ingleses	
  afirmavam	
  
dever	
  religioso	
  de	
  desenvolver	
  grandes	
  obras,	
  dentre	
  elas	
  a	
  ciência.	
  
Mecanicismo	
  e	
  Racionalismo	
  
Postula	
   que	
   todos	
   os	
   fenômenos	
   naturais	
   podem	
   ser	
  
conhecidos	
   e	
   explicados	
   por	
   referência	
   à	
   matéria	
   em	
  
movimento.	
  
	
  
Mundo	
  e	
  homem	
  é	
  vistos	
  como	
  uma	
  máquina	
  formada	
  por	
  
partes	
  conectadas	
  como	
  em	
  uma	
  engrenagem,	
  acessível	
  ao	
  
conhecimento	
  humano.	
  	
  
	
  
Mundo	
   e	
   homem	
   obedecem	
   a	
   leis	
   simples	
   redufveis	
   à	
  
matemá8ca,	
   regulares	
   e	
   uniformes	
   –	
   não	
   há	
   nada	
   oculto,	
  
independência	
  dos	
  mistérios	
  da	
  religião.	
  
	
  
Grande	
   nome	
   da	
   Revolução	
   Cienffica:	
   Galileu	
   Galilei	
  
(1564-­‐1642).	
  	
  
Galileu	
  Galilei	
  
	
  
•  Endosso	
  do	
  heliocentrismo	
  de	
  Copérnico.	
  
	
  
•  Construção	
   de	
   telescópios:	
   observação	
   empírica	
   de	
   que	
   corpos	
   celestes	
  
8nham	
  imperfeições	
  (manchas	
  no	
  sol,	
  montanhas	
  na	
  lua)	
  e	
  por	
  isso	
  eram	
  
semelhantes	
  à	
  Terra.	
  
	
  
•  Adoção	
   do	
   experimentalismo	
   (termômetros,	
   balança,	
   régua	
   e	
   outros	
  
instrumentos	
  de	
  medição)	
  e	
  de	
  método	
  matemá3co:	
  matemá3ca	
  teoriza	
  
e	
  generaliza	
  os	
  resultados	
  dos	
  experimentos.	
  
Aristóteles:	
  movimento	
  possui	
  uma	
  finalidade	
  e	
  termina	
  quando	
  o	
  potencial	
  
se	
  realiza.	
  	
  
X	
  
Galileu:	
  movimento	
  é	
  o	
  deslocamento	
  de	
  uma	
  coisa	
  em	
  relação	
  à	
  outra	
  –	
  
bases	
  do	
  mecanicismo	
  –	
  movimento	
  subme8do	
  a	
  leis	
  matemá8cas	
  –	
  base	
  da	
  
ciência	
  moderna.	
  
	
  
Desdobramentos	
  
Método	
  indu8vo:	
  foco	
  na	
  experiência	
  (Francis	
  Bacon)	
  
Método	
  dedu8vo:	
  foco	
  na	
  matemá8ca	
  (René	
  Descartes)	
  
Thomas	
  Hobbes•  Assimila	
  a	
  concepção	
  mecânica	
  da	
  natureza	
  
–  O	
  que	
  isso	
  significa?	
  
•  O	
   movimento	
   de	
   um	
   corpo	
   é	
   causado	
   por	
   outro	
  
corpo.	
   Isso	
   inclui	
   o	
   movimento	
   e	
   as	
   ações	
   dos	
  
homens.	
  
	
  
Natureza	
  do	
  homem	
  
	
  
1.   O	
  homem	
  não	
  é	
  um	
  animal	
  apto	
  para	
  a	
  sociedade,	
  
mas	
  um	
  ser	
  auto-­‐interessado	
  que	
  visa	
  
primeiramente	
  o	
  próprio	
  benemcio	
  e	
  não	
  a	
  vida	
  em	
  
comunidade.	
  	
  
2.	
  A	
  cidade	
  não	
  é	
  natural,	
  mas	
  ar3ficial,	
  isto	
  é,	
  um	
  
produto	
  da	
  escolha	
  e	
  da	
  decisão	
  dos	
  homens	
  ao	
  
fazerem	
  o	
  pacto	
  social.	
  	
  
	
  
3.	
  A	
  cidade	
  não	
  é	
  anterior	
  aos	
  indivíduos,	
  mas,	
  
inversamente,	
  que	
  o	
  indivíduo	
  é	
  anterior	
  à	
  cidade	
  
e	
  existe	
  mesmo	
  fora	
  da	
  vida	
  em	
  comunidade.	
  	
  
	
  
4.	
  A	
  cidade	
  não	
  é	
  um	
  fim	
  em	
  si	
  mesma,	
  mas	
  um	
  
meio	
  para	
  que	
  os	
  homens	
  possam	
  promover	
  de	
  
maneira	
  mais	
  segura	
  o	
  seu	
  próprio	
  benemcio.	
  	
  
	
  
Como	
  isso	
  se	
  diferencia	
  de	
  Aristóteles?	
  	
  
1.	
  O	
  homem	
  não	
  é	
  um	
  animal	
  apto	
  para	
  a	
  sociedade,	
  
mas	
  um	
  ser	
  auto-­‐interessado	
  que	
  visa	
  primeiramente	
  
o	
  próprio	
  benemcio	
  e	
  não	
  a	
  vida	
  em	
  comunidade.	
  	
  
-­‐  A	
  capacidade	
  para	
  a	
  vida	
  polí8ca	
  não	
  é	
  uma	
  
necessidade	
  e	
  não	
  independe	
  da	
  escolha	
  humana.	
  
	
  
-­‐  Ap8dão	
  para	
  a	
  sociedade	
  não	
  advém	
  da	
  natureza,	
  
mas	
  da	
  disciplina.	
  
	
  
-­‐  A	
  experiência	
  mostra	
  que	
  crianças	
  não	
  nascem	
  aptas	
  
para	
  a	
  sociedade	
  e	
  homens	
  possuem	
  ap8dões	
  
dis8ntas	
  para	
  a	
  vida	
  polí8ca.	
  Isso	
  mostra	
  que	
  a	
  
ap8dão	
  para	
  a	
  sociedade	
  não	
  é	
  natural	
  e	
  a	
  mesma	
  
para	
  todos	
  os	
  homens.	
  	
  
	
  
	
  
2.	
  A	
  cidade	
  não	
  é	
  natural,	
  mas	
  ar3ficial,	
  isto	
  é,	
  um	
  produto	
  da	
  escolha	
  
e	
  da	
  decisão	
  dos	
  homens	
  ao	
  fazerem	
  o	
  pacto	
  social.	
  	
  
	
  
-­‐  A	
  sociedade	
  é	
  diferente	
  de	
  uma	
  simples	
  reunião	
  de	
  homens.	
  
-­‐  A	
  sociedade	
  se	
  diferencia	
  pela	
  existência	
  da	
  obrigação.	
  
-­‐  Para	
  que	
  a	
  sociedade	
  exista	
  é	
  preciso	
  um	
  poder	
  comum	
  capaz	
  de	
  
obrigar	
  os	
  homens	
  a	
  cumprirem	
  as	
  leis	
  e	
  os	
  pactos.	
  
-­‐  Sem	
  essa	
  obrigação	
  os	
  homens	
  tendem	
  mais	
  para	
  a	
  guerra	
  do	
  que	
  
para	
  a	
  paz.	
  
-­‐  A	
  prova	
  de	
  que	
  a	
  sociedade	
  não	
  é	
  naturalmente	
  necessária	
  é	
  que	
  a	
  
depender	
  das	
  circunstâncias	
  tanto	
  ela	
  quanto	
  a	
  guerra	
  ou	
  a	
  
dominação	
  podem	
  servir	
  à	
  obtenção	
  de	
  benemcios	
  individuais.	
  	
  
-­‐  A	
  sociedade	
  civil	
  é	
  produto	
  não	
  da	
  boa	
  vontade,	
  amor	
  ou	
  amizade,	
  
mas	
  do	
  medo	
  generalizado	
  de	
  uns	
  em	
  relação	
  aos	
  outros.	
  	
  
	
  
4.	
  A	
  cidade	
  não	
  é	
  um	
  fim	
  em	
  si	
  mesma,	
  mas	
  um	
  meio	
  para	
  que	
  os	
  
homens	
  possam	
  promover	
  de	
  maneira	
  mais	
  segura	
  o	
  seu	
  próprio	
  
benemcio.	
  	
  
	
  
-­‐  O	
  benemcio	
  humano,	
  segundo	
  Hobbes,	
  é	
  o	
  benemcio	
  individual,	
  
diferente	
  de	
  Aristóteles,	
  para	
  o	
  qual	
  o	
  bem	
  humano	
  supremo	
  só	
  se	
  
realiza	
  na	
  vida	
  em	
  comunidade	
  e	
  conforme	
  o	
  papel	
  do	
  homem	
  na	
  
comunidade.	
  	
  
-­‐  Para	
  Hobbes,	
  o	
  bem	
  individual	
  não	
  se	
  iden8fica	
  por	
  natureza	
  com	
  o	
  
bem	
  comum.	
  
-­‐  A	
  cidade	
  é	
  uma	
  opção	
  dentre	
  outras	
  para	
  a	
  busca	
  do	
  benemcio	
  
individual.	
  A	
  natureza	
  humana	
  é	
  também	
  compafvel	
  com	
  a	
  
dominação	
  e	
  a	
  guerra.	
  	
  
-­‐  Os	
  homens	
  escolhem	
  cons8tuir	
  a	
  cidade	
  porque	
  esperam	
  algum	
  
proveito	
  disso.	
  	
  
-­‐  Não	
  procuramos	
  amigos	
  por	
  natureza,	
  mas	
  pela	
  honra	
  e	
  benemcios	
  
que	
  eles	
  podem	
  nos	
  trazer.	
  Toda	
  associação	
  é	
  um	
  produto	
  do	
  amor	
  
por	
  si	
  mesmo.	
  	
  
	
  
Estado	
  de	
  Natureza	
  é	
  um	
  Estado	
  de	
  Guerra	
  
	
  
•  Ausência	
  do	
  Estado	
  e	
  de	
  leis	
  que	
  possam	
  determinar	
  o	
  que	
  é	
  
justo	
  e	
  o	
  que	
  é	
  injusto.	
  
	
  
•  Homens	
  são	
  iguais	
  por	
  natureza.	
  
	
  
•  Compe8ção	
  e	
  desconfiança	
  generalizada.	
  
	
  
•  No	
  estado	
  de	
  natureza	
  os	
  homens	
  possuem	
  direito	
  a	
  todas	
  as	
  
coisas	
  –	
  não	
  há	
  limite	
  imposto	
  pela	
  natureza	
  às	
  suas	
  ações.	
  
	
  
•  Na	
  ausência	
  dos	
  limites	
  impostos	
  pelo	
  Estado,	
  prevalece	
  a	
  
desordem,	
  a	
  insegurança	
  e	
  a	
  guerra.	
  	
  
	
  
•  Os	
  homens	
  se	
  atacam	
  para	
  garan8rem	
  a	
  sua	
  preservação	
  e	
  
não	
  podem	
  ser	
  censurados	
  por	
  isso	
  –	
  essa	
  é	
  a	
  ação	
  racional	
  
diante	
  do	
  estado	
  de	
  insegurança	
  e	
  incerteza.	
  	
  
	
  
DIREITO	
  NATURAL	
  
	
  
•  Liberdade	
  irrestrita	
  de	
  cada	
  um	
  para	
  fazer	
  o	
  que	
  for	
  
preciso	
  para	
  preservação	
  da	
  própria	
  vida.	
  	
  
	
  
•  Autoriza	
  a	
  cada	
  um	
  a	
  busca	
  do	
  caminho	
  que	
  julgar	
  
conveniente	
  para	
  a	
  obtenção	
  de	
  sua	
  segurança.	
  	
  
	
  
•  Mas	
  é	
  ineficaz	
  no	
  estado	
  de	
  natureza	
  porque	
  a	
  
guerra	
  generalizada	
  de	
  todos	
  contra	
  todos	
  é	
  
prejudicial	
  à	
  segurança	
  de	
  cada	
  um.	
  
	
  
•  Direito	
  de	
  todos	
  a	
  tudo	
  é	
  direito	
  de	
  ninguém	
  a	
  nada.	
  
	
  
	
  
	
  
SURGIMENTO	
  DO	
  ESTADO	
  
•  Necessidade	
  de	
  limitação	
  do	
  direito	
  natural.	
  
•  Conclusão	
  a	
  que	
  se	
  chega	
  pela	
  combinação	
  entre	
  duas	
  
faculdades	
  humanas	
  principais:	
  a	
  paixão	
  e	
  a	
  razão	
  (que	
  exerce	
  
função	
  de	
  cálculo	
  dos	
  meios	
  para	
  a8ngir	
  os	
  fins	
  postos	
  pela	
  
paixão).	
  
Leis	
  da	
  razão:	
  
1ª	
  “todo	
  homem	
  deve	
  esforçar-­‐se	
  pela	
  paz,	
  na	
  medida	
  em	
  que	
  
tenha	
  esperança	
  de	
  consegui-­‐la,	
  e	
  caso	
  não	
  a	
  consiga	
  pode	
  
procurar	
  e	
  usar	
  todas	
  as	
  ajudas	
  e	
  vantagens	
  de	
  guerra.”	
  
2ª	
  “que	
  um	
  homem	
  concorde,	
  quando	
  outros	
  também	
  o	
  façam,	
  e	
  
na	
  medida	
  em	
  que	
  tal	
  considere	
  necessário	
  paraa	
  paz	
  e	
  para	
  a	
  
defesa	
  de	
  si	
  mesmo,	
  em	
  renunciar	
  a	
  seu	
  direito	
  a	
  todas	
  as	
  coisas,	
  
contentando-­‐se,	
  em	
  relação	
  aos	
  outros	
  homens,	
  com	
  a	
  mesma	
  
liberdade	
  que	
  aos	
  outros	
  homens	
  permite	
  em	
  relação	
  a	
  si	
  mesmo.”	
  
3ª	
  “Os	
  homens	
  devem	
  cumprir	
  os	
  pactos	
  que	
  celebrarem”.	
  
	
  
Outras	
  regras:	
  visam	
  a	
  preservar	
  a	
  sociabilidade	
  e	
  evitar	
  a	
  
hos8lidade	
  entre	
  os	
  homens.	
  
	
  
Leis	
  de	
  natureza	
  não	
  obrigam	
  os	
  homens	
  de	
  fato.	
  	
  
	
  
Os	
  homens	
  facilmente	
  desobedecem	
  as	
  leis	
  da	
  razão.	
  
	
  
Leis	
  da	
  razão	
  não	
  se	
  tornam	
  leis	
  de	
  fato	
  a	
  não	
  ser	
  pela	
  ins8tuição	
  
de	
  um	
  poder	
  coerci8vo.	
  Elas	
  só	
  se	
  tornam	
  leis	
  de	
  fato	
  quando	
  
ins8tuídas	
  pelo	
  Estado	
  e	
  transformadas	
  em	
  leis	
  civis.	
  	
  
	
  
É	
  preciso	
  que	
  todos	
  os	
  homens	
  consintam	
  em	
  limitar	
  o	
  direito	
  de	
  
natureza.	
  Caso	
  contrário,	
  aqueles	
  que	
  assim	
  o	
  fazem	
  se	
  
ofereceriam	
  como	
  presas	
  aos	
  que	
  preservam	
  o	
  seu	
  direito	
  de	
  
agir	
  tal	
  como	
  entendem	
  conveniente	
  para	
  a	
  busca	
  de	
  seus	
  
benemcios	
  individuais.	
  	
  
	
  
	
  
Hobbes	
  e	
  o	
  Direito	
  Natural	
  
“Antes	
  que	
  houvesse	
  governo,	
  não	
  havia	
  justo	
  nem	
  injusto,	
  cujas	
  naturezas	
  
sempre	
  se	
  referem	
  a	
  alguma	
  ordem.	
  Toda	
  ação	
  em	
  sua	
  natureza	
  é	
  indiferente,	
  
depende	
  do	
  direito	
  do	
  magistrado	
  tornar-­‐se	
  justa	
  ou	
  injusta.”	
  
	
  
A	
  paz	
  requer	
  submissão	
  da	
  vontade	
  individual	
  àquela	
  do	
  soberano.	
  É	
  preciso	
  que	
  
os	
  homens	
  autorizem	
  todos	
  os	
  atos	
  de	
  decisões	
  do	
  soberano.	
  A	
  soberania	
  deve	
  ser	
  
absoluta.	
  
	
  
Por	
  outro	
  lado,	
  Hobbes	
  afirma	
  que	
  existem	
  leis	
  da	
  natureza	
  ditadas	
  pela	
  razão	
  que	
  
orientam	
  acerca	
  do	
  que	
  fazer	
  para	
  a	
  preservação	
  individual	
  e	
  que	
  o	
  estudo	
  dessas	
  
leis	
  é	
  o	
  objeto	
  da	
  filosofia	
  moral.	
  Essas	
  são	
  eternas	
  e	
  imutáveis.	
  	
  
	
  
Como	
  conciliar	
  essas	
  duas	
  afirmações?	
  À	
  primeira	
  vista	
  parece	
  um	
  contrassenso	
  
sustentar	
  simultaneamente	
  que	
  o	
  justo	
  e	
  o	
  injusto	
  só	
  têm	
  lugar	
  na	
  sociedade	
  civil	
  
e	
  que	
  as	
  leis	
  da	
  natureza	
  são	
  leis	
  morais	
  imutáveis	
  e	
  eternas.	
  	
  
Caracterís8cas	
  das	
  leis	
  da	
  natureza	
  
1.  A	
  razão	
  é	
  ineficaz	
  para	
  determinar	
  os	
  desejos	
  e	
  ações	
  
humanas.	
  
	
  
–  Os	
  homens	
  não	
  podem	
  se	
  livrar	
  do	
  desejo	
  irracional	
  de	
  
preferir	
  bens	
  imediatos	
  em	
  detrimento	
  de	
  bens	
  futuros.	
  
Isso	
  obscurece	
  a	
  visão	
  e	
  impede	
  a	
  universalização	
  ou	
  
uniformização	
  de	
  um	
  critério	
  acerca	
  de	
  como	
  agir.	
  Isso	
  
determina	
  a	
  precariedade	
  da	
  razão.	
  
2.  A	
  razão	
  é	
  falível.	
  É	
  um	
  cálculo	
  feito	
  por	
  homens.	
  A	
  solução	
  é	
  
submeter	
  o	
  cálculo	
  de	
  todos	
  a	
  um	
  único	
  cálculo	
  do	
  juiz.	
  
3.  Os	
  requisitos	
  da	
  razão	
  só	
  obrigam	
  de	
  fato	
  se	
  o	
  requisito	
  da	
  
segurança	
  é	
  cumprido,	
  ou	
  seja,	
  se	
  há	
  garan8a	
  de	
  que	
  todos	
  
cumprirão	
  os	
  ditames	
  da	
  razão.	
  
Isso	
  significa	
  que	
  os	
  homens	
  possuem	
  o	
  dever	
  de	
  
obedecer	
  a	
  toda	
  e	
  qualquer	
  lei	
  civil?	
  	
  
•  Hobbes	
  afirma	
  que	
  o	
  direito	
  de	
  autodefesa	
  não	
  pode	
  ser	
  
alienado.	
  
•  Admite	
  jus8fica8vas	
  para	
  a	
  desobediência	
  civil	
  (ameaça	
  de	
  morte	
  
ou	
  dano	
  msico).	
  
“A	
  obrigação	
  dos	
  súditos	
  para	
  com	
  o	
  soberano	
  dura	
  apenas	
  
enquanto	
  dura	
  o	
  poder	
  mediante	
  o	
  qual	
  ele	
  é	
  capaz	
  de	
  protegê-­‐
los.”	
  
“A	
  afirmação	
  de	
  que	
  em	
  caso	
  de	
  ameaça	
  de	
  morte	
  e	
  dano	
  msico	
  o	
  
súdito	
  tem	
  o	
  direito	
  de	
  resis8r	
  não	
  implica	
  que	
  o	
  soberano	
  não	
  
tenha	
  o	
  direito	
  de	
  matá-­‐lo	
  ou	
  de	
  promover	
  a	
  sua	
  morte.”	
  
Por	
  fim,	
  Hobbes	
  é	
  um	
  posi8vista	
  ou	
  um	
  jusnaturalista?	
  
Direitos	
  e	
  deveres	
  em	
  Hobbes	
  
•  A	
  existência	
  de	
  um	
  direito	
  natural	
  não	
  implica	
  na	
  
existência	
  de	
  um	
  dever	
  natural	
  correspondente.	
  
Deveres	
  apenas	
  existem	
  uma	
  vez	
  ins8tuídos	
  pela	
  lei	
  
civil.	
  	
  
•  Não	
  há	
  garan8a	
  de	
  que	
  o	
  Estado	
  irá	
  preservar	
  a	
  
segurança	
  de	
  todos	
  pela	
  manutenção	
  da	
  paz	
  interna	
  e	
  
externamente.	
  Mas	
  viver	
  sob	
  o	
  poder	
  absoluto	
  do	
  
soberano	
  é	
  a	
  melhor	
  aposta	
  racional	
  para	
  a	
  busca	
  dos	
  
benemcios	
  individuais	
  de	
  autopreservação.

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