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Lesão corporal – art 129,cp 
Ocorre quando uma pessoa ofende a integridade física da outra.Para configuração do tipo é preciso que a vítima sofre algum dano ao seu corpo, alterando se interna ou externamente.
Vitima menor de 14 anos e maior de 60 anos a pena é aumentada em 1/3.
Violência domestica > lesão corporal qualificada > em razão de relações especiais que o autor tem com a vitima.
Lesão corporal leve: é aquela que não há qualquer causa que a agrave, por exclusão as outras.
Lesão corporal grave : 
Incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias.
Debilidade permanente de membro, sentido ou função.
Lesão corporal gravíssima:
Incapacidade permanente para o trabalho.
Perda ou inutilização de membro, sentido, ou função. (Permanente não é vitalícia, apenas basta ser prolongada.)
OBS: Dedo não é membro, pois faz parte da mão ou do pé.
 Omissão de socorro art. 135,cp
 Só existe omissão de socorro dolosa.
 Omissão própria – dolo , risco pessoal, pedido de auxilio = supletivo = não inclui necessidade de socorro direto ,evitabilidade.
Quando a morte é inevitável, nesse caso não há omissão de socorro, pois o resultado da morte era inevitável.
Maus tratos art 136,cp / Tortura L 9455/97 lei de tortura
Maus tratos :
Crime próprio 
Aquele que exerce a função de poder ( dever de vigilância : responsáveis): pais, tutores, curadores, professores.
Privação de alimentos ou cuidados indispensáveis 
Sujeição a trabalho excessivo ou inadequado 
Abuso nos meios de correção ou de disciplina 
Animus corrigendi vel disciplindo = ter a intenção de corrigir 
Para uma parte da doutrina o que diferencia a tortura dos maus tratos é a presença do animus corrigendi (corrigir), pois quando o agente quer ver vitima sofrer é tortura.
A outra parte da doutrina diz que a diferença é a intensidade do sofrimento – extraordinais – tortura / ordinário – maus tratos (independente do animus corrigendi)
Lei da palmada não caracteriza maus tratos.
Os maus tratos são aqueles que não são socialmente aceitos 
resultado de lesão grave > crime preterdoloso
Resultado morte > crime preterdoloso 
Art 137,cp RIXA
Rixa é uma briga desorganizada, onde não se consegue definir uma organização rival (ex: briga de torcida). Zona/ bagunça durante uma briga se chama RIXA. Para ocorrer uma rixa precisa que se tenha no mínimo 3 pessoas. 
Existe punir quem participou, mas na qual não se dá para identificar o que o agente fez.
Crimes contra a honra 
Honra objetiva (externa): Calúnia, difamação. (Quando a ofensa proferida chega ao ouvido de terceiros, chega ao conhecimento de no mínimo uma pessoa fora o autor e vítima) 
Honra subjetiva (interna): Injuria (Amor próprio, sentimento íntimo)
Na injuria terceiros não precisam saber para que a vítima tome conhecimento.
Para sofrer por honra subjetiva o indivíduo precisa ser capaz de entender o teor da ofensa.
Todo e qualquer crime contra honra pressupõe a intensão de ofender > animus injuriandi vel diffamandi
Quando há intenção de fazer uma brincadeira > animus tocandi (não há crime)
Intensão de expor de forma objetiva um fato(noticiar) > animus narrandi ( o simples fato de noticiar um fato não é criminoso)
Crítica literária , profissional > animus criticandi > não é criminoso, o pensamento crítico não será até passar dos limites e atingir a honra. Liberdade de expressão.
Calunia = imputação falsa de fato (fato definido como crime)
Ex: Roubou um carro (falsidade da imputação)
 Difamação = imputação de outro fato ofensivo a reputação (não admite a exceção da verdade como regra geral)
 Ex: dono de jogo do bicho
 Injuria = a veracidade não afasta o crime e sim intensifica. Não cabe é impossível a prova da verdade. 
 ex: xingamentos 
Injuria Real : violência , vias de fato. 
Injuria por preconceito é diferente de injuria racial. 
Crimes contra a liberdade individual
Constrangimento ilegal art 146,cp. 
Violência> vis corporis
 vis compulsiva – ataque relevante a um bem juridico
Grave ameaça> vis compulsiva /
 \ ameaça crível 
Redução da capacidade de resistência 
Constrangimento ilegal – exige contrapartida comportamental
Ameaça – ela não comporta qualquer tipo de exigência comportamental, ameaça deve ser injusta.
Sequestro ou cárcere privado
Sequestro – a vítima possui maior liberdade de locomoção.
ex: ficar detida em uma fazenda onde ela pode circular pela propriedade.
Cárcere privado - a vítima quase não tem como se locomover, sua liberdade é mais restrita.
ex: fica confinada em um quarto ou em um armário.
Violação de domicilio 
A inviolabilidade de domicílio é garantia constitucional prevista na CF/88, art. 5º, X, que estabelece que a casa seja asilo inviolável do indivíduo e ninguém pode nela penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro ou, durante o dia, por determinação judicial.
Não se constituem casa: hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta; e taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
O consentimento da vítima exclui o delito.
É atípica a violação de casa desabitada. A casa deve ser alheia e desabitada, a eventual ausência do morador não impede a configuração do delito.
Crimes contra o patrimônio 
Furto - Furtar significa apoderar-se ou assenhorear-se de coisa pertencente a outrem,ou seja, tornar-se senhor ou dono daquilo que, juridicamente, não lhe pertence. Subtrair significa tirar a coisa do poder de fato de alguém, para submetê-la ao seu próprio poder de disposição.
O consentimento do lesado, desde que anterior à ação exclui o delito
Os imóveis não podem ser objeto de furto.
O corpo humano de pessoa viva não pode ser objeto de furto, porque não integra a esfera jurídica do patrimônio. 
Serão objetos de furto somente os cadáveres destinado a pesquisas cientificas, pois nesse particular adquire caráter patrimonial.
Coisas perdidas (res desperdita) não podem ser objeto de furto, pois há tipo específico para esse caso, trata-se de apropriação
Não há crime se a intenção do agente é somente usar passageiramente a coisa, seguindo-se a reposição desta, intacta, sob o poder de disposição do dono.
FURTO NOTURNO 
 A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime é praticado durante o repouso noturno. Configura-se quando a subtração é praticada durante o repouso noturno ,ou seja, em casa habitada cujos moradores estejam repousando. Para tanto, devem ser analisados os costumes locais, relativos à hora em que a população se recolhe e desperta.
 O STJ, sobre o tema, tem decidido que, para configurar a majorante, basta que seja realizado no período do repouso noturno, por conta da maior vulnerabilidade para residências, lojas e veículos. É irrelevante o fato de se tratar de estabelecimento comercial ou de residência, habitada ou desabitada, bem como a vítima estar ou não efetivamente dormindo.
FURTO PRIVILEGIADO 
Se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. Esta redução não fica ao arbítrio do juiz, pois se presentes as circunstâncias previstas em lei constitui direito público subjetivo do agente. Convencionou-se que por pequeno valor, deve ser entendido até um saláriomínimo
vigente na época do crime. Segundo a jurisprudência do STF e do STJ, para o reconhecimento da incidência desse princípio, devem ser levados em consideração os seguintes requisitos: 
1º inexpressividade da lesão jurídica; 
2º mínima ofensividade da conduta do agente; 
3º ausência de periculosidade social; 
4º reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
FURTO QUALIFICADO
A pena é de reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, se o crime é cometido:I . Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa: Trata-se de violência contra a coisa, é preciso que o dano seja causado a um objeto, ao empecilho para se chegar à coisa. Ex.: Furtar um cofre;
II . Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza: abuso de confiança significa que há uma relação especial de confiança entre autor e vítima. Fraude consiste em meios ardiosos para enganar a vitima, mediante escalada (ingresso por vias não destinadas normalmente ao trânsito de pessoas, servindo-se o agente de meios artificiais ou de sua própria agilidade) ou destreza (subtração praticada mediante habilidade, ou dissimulação) reclama esforço e habilidade incomum ou aparelhamento para a prática da subtração. É o crime típico do ladrão profissional, que tem maior habilidade e por isso é mais temido;
III. Com emprego de chave falsa : chave falsa é, com ou sem forma de chave, de que se utilize o ladrão para fazer funcionar,no lugar da chave verdadeira, utilizada por quem de direito, o mecanismo de uma fechadura ou instrumento análogo, possibilitando a execução do furto. Considera-se que só há qualificadora da chave falsa, no caso de furto de veículos se esta for usada para abrir o veículo. Se for para ligar o motor não há a qualificadora;
IV. mediante concurso de duas ou mais pessoas: basta que duas pessoas
concorram para o furto, uma como mandante outra como executora para que
ocorra a forma qualificada.
FURTO DE VEICULO AUTOMOTOR
A pena é de reclusão de 3 a 8 anos, se a subtração for de veículo automotor, que venha a ser efetivamente transportado para outro Estado ou para o exterior.
FURTO DE USO
Caracterização do furto de uso: o objetivo de uso momentâneo do bem móvel e a devolução espontânea e em sua integralidade do objeto do furto de uso. Assim, pode-se dizer que o furto de uso é aquele em que um agente utiliza-se de um bem móvel de outra pessoa momentaneamente e por livre e espontânea vontade o devolve em sua integralidade, não sendo considerada uma conduta típica e, por tal motivo, não penalizada criminalmente.
Ex: é o da utilização, pelo agente, de um carro pertencente a terceiro para um simples passeio, devolvendo-o no mesmo local, com a mesma quantidade de combustível.
Desta forma, o furto de uso não se enquadra na conduta típica do art. 155 do CP (crime de furto), pois o crime de furto exige a finalidade de tornar a coisa subtraída de outro sua ou de terceiro de forma definitiva. Se no exemplo, o agente não devolvesse o carro por espontânea vontade ou repasse o mesmo a terceiro, ficaria caracterizado o crime de furto.Como a conduta do furto de uso não se enquadra no que determina o art. 155 do Código Penal, o ato é considerado atípico e não passível de pena na esfera criminal.
 ROUBO
Pode atingir não só o patrimônio da vítima, mas também a sua integridade física. O roubo é um furto qualificado pelo emprego de violência ou grave ameaça, com a finalidade de impedir ou vencer a resistência da vítima, ou daquele que detém a posse ou vigilância da coisa, de modo a vencer esta possível e natural resistência.
A ação em si é a mesma do furto, ou seja, a subtração de coisa alheia móvel, mas a execução deve se dar por meio diferente daquele exercido no furto, ou seja, mediante violência à pessoa, grave ameaça (violência moral), ou qualquer outro meio que reduza a capacidade de resistência da vítima (ex.: narcóticos, soníferos, anestésicos, hipnose, superioridade numérica ou considerável superioridade física). São meios empregados para a prática do roubo: violência ou força física, desde as vias de fato até a morte, ou ameaça (promessa de mal sério).
No caso de empurrão para praticar a subtração (trombadinha), há divergência na jurisprudência se ocorre furto ou roubo.
Na hipótese de o agente roubar várias pessoas de uma só vez, com no caso de roubo em ônibus, há decisões jurisprudenciais sustentando ser: Concurso formal, que acabou se consolidando como o predominante, já que se considera que o agente pratica roubos contra várias pessoas com o emprego de uma só ameaça.
Roubo próprio: consumação e tentativa
Está consumado o roubo próprio quando o agente tiver retirado a coisa da esfera de disponibilidade da vítima, ficando em poder tranquilo do agente. Haverá tentativa quando o agente, depois de ter praticado a violência ou grave ameaça, não consegue, por circunstâncias alheias à sua vontade, obter a posse tranquila da coisa, ainda que por pouco tempo. Por outro lado, a perda da coisa implica a consumação do crime, porque a objetividade jurídica é a inviolabilidade patrimonial, e não a vantagem pretendida pelo agente.
4.3.8.3 Roubo Impróprio
No roubo impróprio, o autor da subtração conseguiu a coisa sem valer-se dos típicos instrumentos para dobrar a resistência da vítima, mas é levado a empregar a violência ou grave ameaça após ter o bem em suas mãos, tendo por finalidade assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa definitivamente
(art. 157, § 1º).
4.3.8.4 Tentativa no roubo impróprio
Há duas posições a respeito:
a) Pode haver tentativa de roubo impróprio, quando o agente, apesar de ter conseguido a subtração, é detido por terceiros no instante em que pretendia usar violência ou grave ameaça;
b) Não é cabível, pois ou agente utiliza a violência ou grave ameaça após a subtração, estando o crime consumado, ou então ele não a usa e o crime não será roubo impróprio, mas furto consumado, ou tentado.
A jurisprudência é majoritária no sentido de não admitir tentativa de roubo impróprio, estando consumado o delito com o uso da violência.
 
ROUBO MAJORADO
Necessita de além do emprego de arma, que o agente aporte a arma para a vitima ou a engatilhe. Não exige somente o porte de arma e que todos tenham ciência do emprego da arma.
Arma é instrumento que se destina a vulnerar a integridade física, tanto no sentido próprio (arma de fogo: pistolas, revólveres; arma branca: estilete, explosivo, bombas), como impróprio (instrumentos que não foram criados especificamente para este fim, mas são capazes de ofender a integridade física: facão, faca de cozinha, canivete, machado, barra de ferro). Porém, a arma deve ser real, não bastando chave de fenda, pedaço de pau, corda e arame.
Outra hipótese que majora o roubo é o concurso de duas ou mais pessoas,em razão da maior lesividade.
EXTORSÃO ART. 158
Na extorsão o ofendido colabora ativamente com o autor da infração penal. Diferente do roubo que o agente atua sem a participação da vitima. Também é um crime patrimonial e violência ou grave ameaça. O constrangimento deve ser feito com grave ameaça ou violência e para ser caracterizado a vítima deve : fazer, tolerar que se faça , deixar de fazer.
Aumento de pena : concurso de duas ou mais pessoas ou com emprego de arma : aumento da pena de 1/3 até 1/2 (art. 158, § 1º).
Extorsão qualificada (art. 158, § 2º)
Se da violência empregada na extorsão resulta lesão corporal grave, gravíssima ou morte, o crime se torna qualificado. Tratando-se de extorsão qualificada. pela morte, o crime é hediondo (art. 1º, III, da Lei nº 8.072/90).
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO
Sequestrar significa tirar a liberdade, isolar, reter a pessoa. Tal fato constitui crime autônomo (art. 148, CP), quando a finalidade do agente é, realmente, insular a vítima, por exemplo, para fins libidinosos. Entretanto, havendo finalidade específica, consistente na obtenção de vantagem patrimonial, torna-se modalidade de extorsão. Bem jurídico: o patrimônio e a liberdade da pessoa. 
Qualificadora: Quando a privação da liberdade da vítima tiver prazo superior a 24 horas, o delito torna-se qualificado, tendo em vista o maior perigo gerado para o ofendido, inclusive à sua saúde, diante do estresse enfrentado.
Tipo Qualificado : No caso de morte, a pena é maior: 24 a 30 anos, uma vez que existe crime contra o patrimônio, a liberdade individual e a vida. Isso não ocorre somente em razão da violência, como no latrocínio. Abrange também a grave ameaça. A morte pode decorrer de maus-tratoscontra a vítima ou pelo não pagamento do preço.
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO AGRAVADA 
Se o crime for cometido contra pessoa não maior de 14 anos, alienada, débil mental ou que não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência e o agente conhecia a circunstância, a pena é acrescida de metade.
DELAÇÃO PREMIADA 
Se o coautor ou partícipe denunciar o crime à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3. Trata-se de causa de diminuição de pena obrigatória. A delação deve facilitar a libertação do sequestrado e ser voluntária, mas não necessariamente espontânea. A lei nº 9.807/99 permite o perdãojudicial ao acusado que tenha colaborado com a investigação e com o processo criminal (art. 13). Aplica-se a qualquer tipo de delito.
 
Apropriação indébita 
Quem tem a posse ou detenção lícita da coisa. Se for funcionário público, no exercício de sua função, o crime será o de peculato (art. 312). Consuma-se quando o agente, dolosamente, inverte o título da posse sobre a coisa. Em regra, só fica evidenciada a consumação do crime com a prática de ato de disposição ou quando o agente se recusa a devolver o objeto material. A tentativa é hipoteticamente admissível na apropriação indébita propriamente dita (por comportamento comissivo), mas inadmissível no caso de negativa de restituição. Contudo, na prática, a tentativa é sempre de difícil ocorrência.
ESTELIONATO (ART171)
No Capítulo VI, do Título II, da Parte Especial, cuida-se de delitos perpetrados por intermédio da astúcia, do engodo, do embuste, da trapaça, objetivando, pois, induzir ou manter alguém em erro, visando a obtenção de indevida vantagem econômica.
Bem jurídico : Patrimônio da vítima e sua boa fé. 
Obter patrimônio por meio de fraude. Fraude é qualquer ação ou omissão humana apta a enganar outrem, levando-o a uma situação de erro ou falsa representação da realidade.Outro meio fraudulento se refere a tudo o que puder ser empregado para ludibriar a vítima, semelhante ao artifício ou ardil, tipificará o
estelionato. Exemplo: o silêncio fraudulento.
Induzir ou manter alguém em erro significa que, quanto a induzir, o agente conduz o lesado a errar, leva-o à falsa representação da realidade. Já manter exige que o erro preexista ao estelionatário, que, na verdade, dele se aproveita não o desfazendo o equívoco alheio. No que se refere à vantagem ilícita, diversamente do furto ou da apropriação indébita, que aludem à “coisa alheia”, ao estelionato basta a “vantagem ilícita”, vale dizer, qualquer benefício de caráter econômico (patrimonial).
Estelionato privilegiado 
O dispositivo contido no art. 171, § 1º, assemelha-se ao furto privilegiado, mas com algumas ressalvas. Ao invés de se reportar ao pequeno valor da coisa, o tipo alude ao pequeno o valor do prejuízo.
Causa de aumento de pena : No caso, a lesão incide sobre o patrimônio público, justificando a incidência da benefícios previdenciários fraudulentos, ou seja, “mês a mês”, o entendimento jurisprudencial
prevalente é de que, para o beneficiário, o estelionato é encarado como crime permanente. No entanto, para aquele que habilita fraudulentamente (geralmente um funcionário do INSS), mercê de vantagem indevida, a conduta é instantânea. Causa de aumento de 1/3.
ESTELIONATO CONTRA IDOSO
Idoso, para fins de reconhecimento da majorante, é aquele com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, conforme o Estatuto do Idoso. Para aplicar essa majorante precisa provas da idade da vítima e que o autor saiba que a vítima é idosa.
Modalidades especiais (Art. 171, § 2º)
Disposição de coisa alheia como própria
O agente vende, como próprio, a terceiro de boa-fé, coisa obtida, fraudulentamente, vez que age com inequívoco ardil, logrando induzir a vítima em erro e dela obtendo vantagem indevida. 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria (inalienável)
É o silêncio do vendedor, do permutante ou do devedor a respeito dos ônus ou encargos que pesam sobre a coisa ou sobre a anterior promessa de venda de imóvel feita a outra pessoa, mediante pagamento em prestações.
Defraudação de penhor
Caracteriza-se a defraudação de penhor pela pretensão de obter vantagem ilícita, decorrente diretamente da violação do direito do credor pela venda, permuta, dação, locação, dissipação ou escondimento do bem dado em garantia.
Fraude na entrega da coisa
O tipo pressupõe a defraudação de substância, qualidade ou quantidade de coisa que o sujeito ativo tem a obrigação de entregar a outrem. Exemplo: entrega de ouro de 18 quilates ao invés de 24 quilates.
Fraude para o recebimento de indenização ou valor de seguro.
Trata-se, igualmente, de crime próprio, admitindo-se, porém, a coautoria ou participação. A figura se desdobra em várias condutas: 1ª destruir total ou parcialmente coisa própria; 2ª ocultar coisa própria; 3ª lesar o próprio corpo ou a saúde (autolesão) que, no caso, é punível porque afeta o patrimônio de outrem;
e 4ª agravar lesão ou doença já existente. Observa-se, ainda, que o “recebimento da indenização ou do valor do seguro” representa mero exaurimento da atividade criminosa.
Fraude no pagamento por meio de cheque.
A vontade consciente de empregar fraude no pagamento por meio de cheque. O comportamento culposo, como, por exemplo, um descontrole das finanças não caracteriza o ilícito penal.
Crimes sexuais
Lei n°11.106/2005 \ REFORMAS
Lei n° 12.015/2009/
Após a reforma passou a se chamar :crimes contra dignidade sexual, antes chamado como crime contra os costumes.
Abolição do conceito de mulher honesta >Mulher honesta era mulher sexualmente honesta
Seduzir mulher virgem aproveitando de sua inexperiência ou de sua justificável confiança com ela mantendo a conjunção carnal.
Crime de rapto consensual que consistia em retirar a mulher honesta de sua casa com a concordância dela para fins sexuais.
Outro crime que foi abolido e este não era considerado um crime sexual mas sim um crime contra a família, embora sempre tenha sido interpretado num contexto dos crimes sexuais, foi o crime de adultério, antigo artigo 240 do CP, também foi abolido, também deixou de existir.
Estupro antes da lei 12015 (6 a 10 anos)
Estupro a vítima era sempre mulher. 
Era sempre com conjunção carnal.
Constrangimento 
Atentado violento ao pudor : poderia ser qualquer pessoa, qualquer ato libidinoso diverso da conjunção carnal e constrangimento.
 
Estupro depois da lei (6 a 10 anos)
Estupro transformou seu conteúdo em crime autônomo. 
Foi transportado para o estupro o art 214.
Qualquer ato libidinoso hoje é caracterizado como estupro.
Estupro só pode ser praticado com violência ou grave ameaça.
Violência presumida (ficta) não existe mais, tem que ser uma violência real.
Estupro de vulnerável (217-a ) ; 8 a 15 anos.
Estupro (art 213)
Se o sujeito ativo for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II).
Bem jurídico: a liberdade sexual da pessoa humana.
Pune-se o ato de libidinagem violento, coagido, obrigado, forçado, buscando o agente constrange a vítima à conjunção carnal (cópula entre pênis e vagina) ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso (coito anal, oral, beijo lascivo, cópula entre os seios etc.). O meio de execução é violência ou a grave ameaça. A violência deve ser material, que significa o emprego de força física suficiente para impedir que a vítima reaja. Já a grave ameaça se refere à violência moral, direta, justa ou injusta, em que a vítima não tem como evitar a prática do ato sexual. A gravidade da ameaça somente pode ser avaliada no caso concreto. Para caracterização do estupro, não é necessário que ocorra contato físico entre o autor e a vítima, cometendo o crime o agente que, por exemplo, para satisfazer a sua lascívia.
Ex : Autor manda vitima introduzir uma garrafa de vidro noânus para se satisfazer.
Tipo subjetivo; Doloso, consistente na vontade de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Não necessidade de nenhuma finalidade específica.
Consumação e tentativa 
O crime se consuma com a prática de ato de libidinagem, independentemente da ejaculação ou satisfação efetiva do prazer sexual. É possível a tentativa, quando, iniciada a execução, o ato sexual deixar de se consumar por motivos alheios à vontade do agente. É de difícil comprovação a tentativa, todavia, por já estar consumado o crime com a prática de qualquer ato libidinoso.
 
Formas Qualificadas
Se o crime for cometido contra vítima maior de 14 anos e menor de 18 anos.Ressalte-se que o estupro contra menor de 14 anos é regulado pelo artigo 217-A, estupro de vulnerável. Se a conduta do agente, praticada com violência ou grave ameaça, resultar lesão corporal de natureza grave (hipóteses previstas no art. 129, §§1º e 2º, do CP) para a vítima, a pena será de 8 a 12 anos de reclusão. O delito qualificado deverá apresentar dolo em relação ao antecedente (violência sexual) e dolo ou culpa em relação ao resultado qualificador (lesão grave). Por fim, se da conduta exercida com violência ou grave ameaça sobrevier resultado morte, a pena deverá ser de reclusão, de 12 a 30 anos.
Violação sexual mediante fraude (art 215)
Caso o sujeito ativo seja ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II).
Tipo objetivo:
Pune-se o chamado estelionato sexual, no qual o agente, sem emprego de qualquer forma de violência física ou moral, pratica com a vítima ato de libidinagem (conjunção carnal ou qualquer outro), usando de fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima.
Ex: mulher, que, num baile de máscara, após se separar do marido momentaneamente, dirige-se a outra pessoa, pensando se tratar de seu cônjuge, e, pretendendo agradá-lo, convida-o para irem a um motel. A terceira pessoa, então, aproveitando- se da situação, não só aceita o convite como sugere que o ato sexual seja praticado na penumbra e com as máscaras.
É bom frisar que, para que o crime se configure, a fraude deve ser capaz de iludir a vítima, não só pelo meio empregado como pelas condições pessoais do ofendido.
Tipo subjetivo: É o dolo, consistente na vontade consciente de praticar ato de libidinagem com alguém mediante o emprego de meio fraudulento ou outro que impeça ou dificulte a livre manifestação da vítima.
Formas Qualificadas: A pena é acrescida de multa, caso o crime seja cometido com o fim de obter vantagem econômica.
Assédio sexual (art 216-A)
Bem jurídico: A liberdade sexual do indivíduo e também liberdade de exercício do trabalho e o direito de não ser discriminado.
Sujeito ativo:Trata-se de crime próprio, pois só pode ser praticado por pessoa que seja superior ou tenha ascendência em relação de emprego, cargo ou função. Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II). O aumento não deve ser aplicado quando preceptor ou empregador da vítima, circunstâncias já elementares do tipo, configurando bis in idem.
 
Sujeito passivo: O subordinado ou o empregado na relação de emprego, cargo ou função. Nada impede que autor e vítima sejam do mesmo sexo.
Tipo objetivo: A ação típica consiste em constranger alguém com o intuito de obter vantagem sexual, prevalecendo-se o autor de sua condição de superior hierárquico ou ascendência, inerentes ao emprego, cargo ou função. É a insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada, que usa dessa vantagem para obter favores sexuais do subalterno.
Causa de aumento: Eleva-se a pena de um terço a pena se a vítima é menor de 18 anos e maior de
14 anos.
Estupro de vulnerável 
Bem jurídico: a proteção da dignidade sexual do vulnerável. 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa (crime comum).
Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II).
Sujeito passivo: Pessoa vulnerável, que é o menor de 14 anos (caput) ou portador de enfermidade ou deficiência mental ou incapaz de discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra, sem condições de oferecer resistência (§ 1º).
 Pune-se o agente que tem conjunção carnal (cópula entre pênis e vagina) ou qualquer outro ato libidinoso com menor de 14 anos, com alguém enfermo (doente) ou deficiente (portador de retardo ou insuficiência) mental, que não possua o necessário discernimento (capacidade de entender o que se passa), bem como com alguém que, por outra razão, não possa oferecer resistência. Vale dizer que é irrelevante se a incapacidade de resistir foi ou não causada pelo agente. A relação sexual vulnerável pode não envolver violência ou grave ameaça real. Todavia, é vedada a prática de ato sexual com tais pessoas, por força da falta de discernimento suficiente, o que redunda na ausência de capacidade para a autorização do ato. Há, pois, uma presunção de violência em tais atos.
 O crime é punível a título de dolo, devendo o agente ter ciência de que age em face da pessoa vulnerável. No caso de enfermidade ou de deficiência mental, tal característica da vítima deve ser aparente, reconhecível por qualquer leigo em psiquiatria.
Formas qualificadas: Se da conduta do agente, exercida com violência ou grave ameaça, resultar lesão corporal de natureza grave para a vítima, a pena será de reclusão, de dez a vinte anos (art. 217-A, § 3º).
Por outro lado, se a conduta do autor, praticada com violência ou grave ameaça resultar em morte da vítima, a pena será de reclusão, de 12 a 30 anos.
Mediação de vulnerável para servir à lascívia de outrem
(art. 218)
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, isolada ou associada a outrem (crime comum). Como se trata de espécie de lenocínio, o autor é conhecido como lenão.
Sujeito Passivo: Menor de 14 anos destinado a satisfazer a lascívia de outrem. Frise-se que, em realidade, há três intervenientes no crime em questão: lenão, vítima e destinatário da atividade criminosa do primeiro. Este não pode ser considerado responsável pelo crime, pois a lei exige fim de satisfazer a lascívia de terceiro.
 O crime se verifica toda vez que o agente induzir (aliciar, persuadir) menor de 14 anos a satisfazer a lascívia (prazer sexual) de outrem. A conduta deve recair sobre pessoa determinada, pois se o agente induz a vítima a satisfazer a lascívia de um número indeterminado de pessoas, o crime a ser configurado será o de favorecimento da prostituição (art. 218-B, CP).
Consumação: Consuma-se o crime com a prática de ato de natureza sexual com menor de 14 anos, independentemente de o destinatário se sentir satisfeito sexualmente.
Satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente (art. 218-A)
 Sujeito ativo : Qualquer pessoa (crime comum). Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II).
Sujeito passivo: a vítima tem que ser menor de 14 anos, não importando o sexo.
Tipo objetivo:
O crime admite duas modalidades:
a) Praticar, na presença da vítima, conjunção carnal ou outro ato libidinoso,querendo ou aceitando ser observado. Nesta hipótese, o agente não interfere na vontade do menor, mas se aproveita da sua presença pararealizar o ato sexual, visando satisfazer a própria lascívia ou de terceiros;
b) Induzir a vítima a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso. Neste caso, deve ter feito surgir a ideia de presenciar ato libidinoso. Aqui, entende-se que são cabíveis as condutas de instigar e auxiliar, além da de induzir. Trata-se, pois, de tipo misto alternativo, composto de duas condutas possíveis.
A realização de ambas as condutas perfaz um único delito, desde que no mesmo lugar com a mesma vítima. O autor do crime não pode ter contato físico com a vítima, sob pena de configurar a figura de estupro de vulnerável (art. 217-A).
Tipo subjetivo : É o dolo, com a finalidade especial de satisfazer a lascívia própria ou de outrem.
A idade da vítima deve ser conhecida pelo agente. Caso contrário, haverá erro de tipo (art. 20, CP).
Consumação e tentativa:
No caso da primeira conduta, consuma-se com a visualização, pelo menor de 14 anos, da prática de ato libidinoso. Já na modalidade de induzir, o delito se caracteriza com realização do núcleo, independentemente da consumação do ato de libidinagem. Admite-se a tentativa.
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração
sexual de vulnerável (art. 218-B)
A ideia de exploração sexual diz respeito a dominação e abuso sexual de crianças e adolescentes, por mercadores sexuais, organizados ou não, em redes de comercialização local ou internacional, ou por pais ou responsáveis.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa (crime comum). Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II).
Vítima: Pessoa menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para prática do ato libidinoso, seja homem ou mulher. A lei não diferencia o já corrompido daquele que conta com sua moral intacta. A prostituta será vítima sempre que for impedida de deixar a prostituição.
Objetivo : Seis são as ações incriminadas: submeter, induzir, atrair a vítima à prostituição ou outra de facilitar a exploração sexual, facilitá-la ou impedir ou dificultar que alguém a abandone. O favorecimento pode ocorrer por ação ou por omissão, na hipótese em que o agente tenha o dever jurídico de impedir que a vítima ingresse na prostituição e nada faz para impedi-lo. Se o crime for cometido com violência, grave ameaça ou fraude, diferentemente do art. 228, CP, tais circunstâncias qualificarão o crime, mas poderá haver concurso de crimes. São figuras equiparadas (§ 2º):
a) Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com pessoa menor de 18 anos ou maior de 14 anos na situação descrita no caput do art. 218-B;
b) O proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável, constituindo efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização (§ 3º).
E doloso e consiste em facilitar, induzir ou atrair alguém para a prostituição ou até impedir que seja abandonada a prostituição. Há necessidade de que seja com fim de obter vantagem econômica.
Consumação e tentativa: Nas modalidades submeter, induzir, atrair ou facilitar, consuma-se o delito no momento em que a vítima passa a se dedicar à prostituição. 
 Na modalidade impedir ou dificultar o abandono da prostituição, o crime se consuma no momento em que a vítima delibera por deixar a atividade e o agente obstaculiza. A consumação se prolonga enquanto durante durar o impedimento. A tentativa é admissível nas formas impedir e dificultar. Não cabe tentativa nas formas submeter, atrair, induzir ou facilitar, pois é crime condicionado. A simples atração, sem chegar à prostituição é fato penalmente irrelevante.
Mediação para servir a lascívia de outrem (art. 227)
Pune-se o favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, porém, agora, a vítima já não é criança ou adolescente. A ação incriminada é induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem (o prazer sexual de alguém). É doloso e tem fim de satisfazer o desejo sexual de terceiro.
Consumação: Quando houver a satisfação da lascívia.
Figuras Qualificadas: 
A pena será de reclusão, de 2 a 5 anos, em duas hipóteses (art. 227, § 1º, CP): a) Sendo a vítima menor de 18 anos e maior de 14 anos, aplica-se mais severamente a pena. Se menor de 14 anos, haverá estupro de vulnerável (art.217-A, CP);
b) Se o agente for ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa que cuide da educação, tratamento ou guarda da vítima, torna-se mais grave a punição, uma vez que não se admitiria tal postura daqueles que deveriam zelar pela integridade moral da pessoa sob sua proteção.
Além disso, a pena será de reclusão, de 2 a 8 anos, além da pena correspondente à violência, se o crime for cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude (art. 227, § 2º, CP). Ação penal é pública e incondicionada. 
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual (art. 228)
Prostituição = qualquer forma de exercício da sexualidade, com parceiros indeterminados, habitualidade (sempre habitual) e com obtenção de vantagem financeira.
Sujeito passivo: Qualquer pessoa não menor de 18 anos, homem ou mulher, capaz de entender o ato que pratica, no momento da ação praticada. (A prostituta só será vítima nesse crime, caso queira deixar a prostituição e seja impedida). É o dolo, com o fim de satisfazer a luxúria ou o prazer sexual de terceiro.
Consumação
Nas modalidades induzir, atrair e facilitar, o delito se consuma no momento em que a vítima passa a se dedicar à prostituição ou outra forma de exploração sexual, colocando-se, de forma constante, à disposição dos clientes. Já na modalidade de impedir ou dificultar o abandono da exploração sexual,o crime se consuma no momento em que a vítima delibera por deixar a atividade e o agente obsta esse intento, protraindo a consumação durante todo o período.
Qualificadoras: A pena será de reclusão, de 3 a 8 anos, se o agente for ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge ou companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Além disso, a pena será de reclusão, de 4 a 10 anos, além da pena correspondente à violência, se o crime for cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude. Uma particularidade: se o crime for cometido com intuito de lucro, aplicasse também a pena de multa (§ 3º). Ação penal é pública e incondicionada.
Casa de prostituição (art. 229)
A legislação brasileira pune prostibulo onde haja exploração sexual.
A exploração sexual pode ser definida como uma dominação e abuso do corpode crianças, adolescentes e adultos (oferta), por exploradores sexuais (mercadores), organizados, muitas vezes, em rede de comercialização local e global(mercado), ou por pais ou responsáveis, e por consumidores de serviços sexuais pagos (demanda), admitindo quatro modalidades:
a) Prostituição –atos sexuais são negociados em troca de pagamento, não apenas monetário;
b) Turismo sexual – é o comércio sexual, bem articulado, em cidades turísticas, envolvendo turistas nacionais e estrangeiros e principalmente mulheres jovens, de setores excluídos de Países de Terceiro Mundo;
c) Pornografia – produção, exibição, distribuição, venda, compra, posse e utilização de material pornográfico, presente também na literatura, cinema, propaganda, entre outros;
d) Tráfico para fins sexuais – movimento clandestino e ilícito de pessoas através de fronteiras nacionais, com o objetivo de forçar mulheres e adolescentes a entrar em situações sexualmente opressoras e exploradoras, para lucro dos aliciadores, traficantes.
Em resumo: o que está reprovado não é o sexo (a libidinagem), sim, a exploração.
Bem jurídico: amoralidade sexual e os bons costumes.
A conduta consiste em manter, por conta própria ou de terceiros, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja ou não intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente. Ao invés de casa de prostituição (local onde comumente se encontram as prostitutas à espera de clientes) ou lugar destinado encontros libidinosos, a lei vigente faz referência a qualquer estabelecimento que sirva à exploração sexual, como hotéis, motéis e hospedarias, que se destinem à exploração sexual.
 Consumação: trata se de crime habitual, por conta disso não admite tentativa. 
Ação penal: publica e incondicionada.
Rufianismo (art. 230)
Pessoas que praticam a prostituição e são exploradas através disso.
Bem jurídico: moralidade sexual.
Vítima: aquela que exerce prostituição secundariamente ou coletivamente.
As condutas proibidas são: tirar proveito e fazer-se sustentar, no todo ou em parte, pela prostituição alheia. Ex: esposa se sustenta por meio da prostituição do marido, mesmo sendo apta para trabalhar.
Rufianismo ativo: vantagem diretamente dos lucros obtidos pela prostituta, embora deles não necessite para seu sustento. EX: Cafetão.
Rufianismo passivo: o agente participa indiretamente do proveito da prostituição, vivendo às custas da meretriz, recebendo dinheiro, alimentação, vestuário, moradia e outros benefícios de que necessita para a sua manutenção.
A vantagem obtida é sempre da prostituição alheia. Ação penal: publica e incondicionada.
Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual (art. 231)
Noção do que é trafico de pessoas: no mínimo, a exploração da prostituição de outrem e outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares é escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos.
Bem jurídico: moralidade sexual e a liberdade sexual.
As condutas proibidas são: promover, que significa executar ou efetuar diretamente, e facilitar, que tem o sentido de ajudar, auxiliar, tomar as medidas necessárias para promover a entrada e saída de pessoas. Já o § 1º estabelece que incorrem nas mesmas penas aquele que agenciar (servir de agente ou intermediário), aliciar (atrair) ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo o conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. Não se trata de crime habitual, bastando apenas um ato por parte do agente para que se configure o ilícito penal. Também não se exige pluralidade de vítimas, embora esta seja a regra geral. O consentimento por parte do ofendido não afasta a prática de crime, pois a dignidade sexual é bem jurídico indisponível. A pena será aumentada à metade se houver emprego de violência, grave ameaça ou fraude (§ 2º, IV).
 É doloso, consistente na vontade de praticar os núcleos do tipo, com a finalidade especial por parte do Sujeito ativo de promover a prostituição da pessoa que fez ingressar ou sair do país.
Ação penal é pública e incondicionada.
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual (art.231-A)
Tráfico deixa de ser internacional e passa a ser interno. A pena deste crime, após o advento da Lei nº
12.015/2009, passou a ser menos grave (2 a 6 anos) que é aquela referente ao tráfico internacional.
Bem jurídico: A moralidade sexual e a liberdade sexual.
 As condutas proibidas são: promover, que significa executar ou efetuar diretamente, e facilitar, que tem o sentido de ajudar, auxiliar, tomar as medidas necessárias para promover o deslocamento de pessoa dentro do território para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual. A pena pode ser aumentada da metade se a vítima for menor de 18 anos; se a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para a prática do ato; se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigado de cuidado, proteção e vigilância. Ação penal pública e incondicionada.
Ato obsceno (art. 233)
Bem jurídico: os crimes referentes ao ultraje público ao pudor, aqui se pretende proteger o pudor público.
Sujeito passivo: a coletividade.
Para caracterização do crime, exige-se o tipo que a conduta seja perpetrada em lugar público ou aberto ou exposto ao público. Ato obsceno constitui uma conduta positiva do agente, com conteúdo sexual, atentatória ao pudor público, suscitando repugnância. Ação penal é pública e incondicionada.
Escrito ou objeto obsceno (art. 234)
Bem jurídico: A proteção do pudor público.
Sujeito passivo: a coletividade.
O núcleo do tipo consiste em fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno. Da mesma maneira, responderá aquele que vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos acima. Ainda, quem realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter. É doloso e o elemento subjetivo do injusto, nas condutas descritas, representado pelo fim de comércio, distribuição ou exposição pública. Ação penal pública e incondicionada.
INFORMAÇÕES GERAIS: Aumento de pena (art. 234-A)
O art. 234-A estabelece que, nos crimes previstos neste Título, a pena é aumentada de metade, se do crime resultar gravidez; e de um sexto até a metade, se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. Quanto ao aumento de pena por conta da gravidez, preocupou-se o legislador, sobretudo, com o delito de estupro, passível de gerar a concepção e o possível aborto decorrente. A transmissão de doença sexualmente transmissível também gera aumento de pena.
Segredo de justiça (art. 234-B)
O art. 234-B estabelece que processos envolvendo crimes sexuais devam correr em segredo de justiça, para resguardar a dignidade do agente e da vítima. Somente o juiz, o órgão acusatório e a defesa terão acesso aos autos. O segredo se inicia na fase de inquérito policial, embora no dispositivo somente se faça referência aos processos.
Crimes contra a Família
Bigamia (art. 235)
Bem jurídico
Com o crime de bigamia, iniciam-se, no Código Penal, os crimes contra o casamento. O que se pretende proteger, nesse delito, é a organização da família.
Sujeito ativo: A pessoa que, casada, contrai novo matrimônio, ou que, solteira, viúva ou divorciada, se casa com pessoa que sabe ser casada.
Sujeito passivo: O Estado, o cônjuge do primeiro casamento e o contraente do segundo.
Contrair alguém, sendo casado, novo casamento. É pressuposto do delito a existência formal de casamento anterior. Se anulados, por qualquer motivo, o matrimônio anterior ou posterior – este por razão diversa da bigamia – inexiste o delito. É doloso e se consuma com a celebração de novo casamento. Ação penal pública e incondicionada.
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (art. 236)
Bem jurídico
A regular formação da família, especialmente a ordem matrimonial.
Sujeito ativo
Qualquer um dos cônjuges.
Sujeito passivo
O Estado e o cônjuge enganado.
Tipo objetivo
Contrair casamento, induzindo, aliciando, persuadindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior. É doloso e se consuma com a celebração do novo casamento. É inadmissível a tentativa, em razão da exigência de condição de procedibilidade. Ação pública e incondicionada
Simulação de autoridade para celebração de casamento (art. 238)
Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento. O matrimônio realizado perante autoridade incompetente é nulo. Porém, a nulidade, quando não alegada, considera-se sanada em dois anos, o que não obsta a configuração do delito. Trata-se de delito expressamente subsidiário, excluído se o fato constituir crime mais grave.Registro de nascimento inexistente (art. 241)
Bem jurídico
O estado de filiação.
Sujeito passivo
O Estado e todas as pessoas eventualmente prejudicadas pelo registro.
 
 Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente. Trata-se de registro de nascimento inexistente, isto é, de nascimento que não ocorreu ou de nascimento de natimorto. O delito de falsidade é absorvido pelo registro de nascimento inexistente. Se consuma com a efetiva inscrição, no Registro Civil, de nascimento inexistente. Ação penal é pública e incondicionada.
Parto suposto, supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido (art. 242)
Bem jurídico
O estado de filiação.
Sujeito ativo
Na modalidade dar parto alheio como próprio, apenas a mulher (crime próprio); nas demais modalidades, qualquer pessoa.
Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil. Ocorre a primeira modalidade quando a agente cria situação em que a gravidez e o parto são simulados e, depois, apresenta recém-nascido alheio como se fosse próprio, ou quando, embora tenha havido o parto, o natimorto foi substituído por filho alheio. Desnecessária a inscrição no Registro Civil.
Tipo subjetivo
O dolo e, nas modalidades ocultar recém-nascido ou substituí-lo, também o elemento subjetivo do injusto consubstanciado no especial fim de agir para suprimir ou alterar direito inerente ao estado civil.
Consumação e tentativa
Consuma-se com a situação que altera o estado de filiação; com o efetivo registro.
Sonegação de estado de filiação (art. 243)
Bem jurídico
O estado de filiação.
Sujeito passivo
O Estado e, em particular, a criança prejudicada em seu estado de filiação.
 Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil. Abandonada a criança em local distinto daqueles descritos no tipo, é possível a caracterização dos delitos previstos nos
arts. 133 ou 134, CP. Consuma-se com o efetivo abandono nos locais alternativamente previstos, acompanhado da ocultação da filiação ou da atribuição de outra. Ação penal pública incondicionada.
Abandono material (art. 244)
Bem jurídico
Crimes contra a assistência familiar, esse ilícito protege o organismo familiar.
Sujeito ativo
Os cônjuges, ascendentes ou descendentes. 
Sujeito passivo
O cônjuge, o filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, o ascendente inválido ou valetudinário, o descendente ou ascendente gravemente enfermo.
 Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo. Também incorre no mesmo delito o devedor que, embora solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. 
 Consuma-se com a recusa do agente em proporcionar os recursos necessários à subsistência da vítima, com a falta de pagamento da pensão ou com a não-prestação do socorro, já que se trata de crime permanente. Ação penal Pública incondicionada.
Entrega de filho menor a pessoa inidônea (art. 245)
Bem jurídico
A assistência familiar.
Sujeito ativo
Os pais, legítimos, naturais ou adotivos.
Sujeito passivo
O filho menor de 18 anos.
 Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral (cáften, prostituta etc.) ou materialmente (ébrio contumaz, portador de moléstia grave etc.) em perigo. Se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior, a pena é de reclusão, de 1 a 4 anos, conforme o § 1º. Nessa pena, incorra também quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado a o envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro.
Tipo subjetivo
O dolo e, nas modalidades previstas nos §§ 1º e 2º, também o fim de obter lucro.
 Consuma-se com a efetiva entrega do menor a pessoa inidônea ou com a prestação de auxílio. Ação pública incondicionada.
Abandono intelectual (art. 246)
Bem jurídico
A educação primária das crianças.
Sujeito ativo
Os pais, legítimos, naturais ou adotivos.
Sujeito passivo
O filho, natural ou adotivo, em idade escolar. Se anteriormente a idade escolar se estendia dos 7 aos 14 anos, a Lei nº 9.394/1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, fixou em 6 anos a idade mínima para o ensino fundamental obrigatório.
 Deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária de filho em idade escolar. É crime omissivo próprio. Não se configura o delito a educação é ministrada em casa, em razão das características do local em que se encontra. É doloso e se consuma quando, por tempo juridicamente relevante, o agente não providencia a instrução primária do filho em idade escolar (crime permanente). (Exceto em caso de justa causa. Ex: criança tem que andar 40km para o colégio, pois não tem condução escolar disponível).

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