Buscar

Prática Trabalhista 2º semestre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 49 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO DE PRÁTICA TRABALHISTA – 2º SEMESTRE
RECURSO ORDINÁRIO
 	O recurso ordinário é cabível, no prazo de oito dias, para impugnar sentenças definitivas (de mérito) e terminativas, proferidas pelas Varas do Trabalho ou Juízo de Direito no exercício da jurisdição trabalhista, nos termos do artigo 895, inciso I, da CLT. 
 	É um meio de impugnação da sentença não transitada em julgado, conferindo a parte o prolongamento da ação (art. 895 CLT).
 	É cabível nas seguintes situações:
Decisões definitivas ou terminativas do juiz do trabalho e do juiz de direito.
Decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária (tanto para os dissídios individuais, como coletivos).
Decisões interlocutórias, de caráter terminativo do feito (ex: aquela que acolhe a exceção de incompetência em razão da matéria).
Indeferimento da petição inicial - seja por inépcia ou qualquer outro vício.
Arquivamento dos autos em razão do não-comparecimento do reclamante à audiência.
Paralisação do processo por mais de um ano, em razão da negligência das partes, gerando o arquivamento do feito.
Pelo abandono da causa por mais de 30 dias.
Verificando o juiz a ausência dos pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo.
Se o juiz acolher a alegação de litispendência ou de coisa julgada.
Se o processo for extinto por carência de ação, por não estarem presentes a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir, ou a legitimidade da parte.
Pela desistência da ação.
Se ocorrer confusão entre autor e réu.
Decisão que aplica pena ao empregado de não poder reclamar por seis meses (perempção temporária).
Nos casos em que o juiz extinguir o processo sem julgamento de mérito por falta de pedido certo ou determinado e de indicação do valor correspondente no procedimento sumaríssimo.
Obs.: não cabe Recurso Ordinário da decisão que homologa acordo entre as partes, pois tal decisão é irrecorrível, bem como não cabe Recurso Ordinário no rito sumário (exceção: O INSS pode recorrer de acordo se entender que o acordo deve estar acompanhado das contribuições previdenciárias, independente do rito). 
 	Como se sabe, os recursos são elaborados em duas peças, sendo a primeira de interposição (endereçada ao juiz da causa), enquanto a segunda, embora anexada à primeira, é endereçada ao juízo ad quem.
 	Além do preparo, temos os pressupostos para cabimento de qualquer recurso, distribuídos da seguinte forma:
Pressupostos subjetivos: legitimidade para recorrer.
Pressupostos objetivos: existência de efetivo prejuízo, sucumbência, tempestividade, depósito recursal e pagamento das custas processuais.
 	Previsto no art. 895 da CLT, o Recurso Ordinário é cabível nas seguintes hipóteses:
Das decisões terminativas ou definitivas proferidas pelas Varas do Trabalho e juízes (1° grau). Nesta hipótese, o Recurso Ordinário será remetido ao Tribunal Regional do Trabalho;
Das decisões definitivas dos Tribunais Regionais do Trabalho, em processos de sua competência originária, tanto para dissídios individuais, como coletivos, ação rescisória e mandado de segurança. Neste caso, a competência será do Tribunal Superior do Trabalho (vide Súmula n°: 158 do TST).
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; 
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário
 I - (VETADO). 
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; 
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.
SÚMULA Nº 158 - AÇÃO RESCISÓRIA - Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista.
Obs.: É cabível, também, a interposição de Recurso Ordinário das decisões que encerram relação processual sem o julgamento de mérito.
Para se interpor o Recurso Ordinário, o valor da causa não deve ser inferior a 02 salários mínimos. Caso contrário, a competência é exclusiva da Vara do Trabalho, exceto se houver violação da Constituição Federal (vide art. 2°, § 4°, Lei n°: 5.584/70).
O prazo para a interposição do Recurso Ordinário e oferecimento das razões é de 08 (oito) dias, a contar da intimação da decisão. Interposto o Recurso, o juiz poderá recebê-lo ou denegá-lo.
Recebido o recurso, o juiz abre vista dos autos ao recorrido, pelo prazo de 08 (oito) dias para o oferecimento das Contra-Razões ao Recurso Ordinário. Poderá, também, recebê-lo e julgá-lo deserto, se o recorrente não tiver procedido ao recolhimento das custas, ou a empresa não tiver recolhido, ainda, o depósito recursal, conforme tabela acima.
De acordo com o art. 899 da CLT o Recurso Ordinário poderá ser interposto mediante simples petição e terá efeito meramente devolutivo, possibilitando a execução provisória através da extração de carta de sentença.
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.        
§ 1º Sendo a condenação de valor até 10 (dez) vêzes o salário-mínimo regional, nos dissídios individuais, só será admitido o recurso inclusive o extraordinário, mediante prévio depósito da respectiva importância. Transitada em julgado a decisão recorrida, ordenar-se-á o levantamento imediato da importância de depósito, em favor da parte vencedora, por simples despacho do juiz.        
§ 2º Tratando-se de condenação de valor indeterminado, o depósito corresponderá ao que fôr arbitrado, para efeito de custas, pela Junta ou Juízo de Direito, até o limite de 10 (dez) vêzes o salário-mínimo da região.
§ 3º - REVOGADO
§ 4º - O depósito de que trata o § 1º far-se-á na conta vinculada do empregado a que se refere o art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa Lei observado, quanto ao respectivo levantamento, o disposto no § 1º. 
§ 5º - Se o empregado ainda não tiver conta vinculada aberta em seu nome, nos termos do art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, a empresa procederá à respectiva abertura, para efeito do disposto no § 2º.  
§ 6º - Quando o valor da condenação, ou o arbitrado para fins de custas, exceder o limite de 10 (dez) vêzes o salário-mínimo da região, o depósito para fins de recursos será limitado a este valor. 
§ 7o  No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.
§ 8o Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7o deste artigo.          
Obs.: Não esquecerde verificar o que deve ser postulado no recurso: se é a reforma, a reforma parcial ou a nulidade do julgado.
- A reforma parcial ocorrerá quando as partes foram vencidas reciprocamente e se uma delas recorrer, nesse caso o aluno deverá requerer o provimento do recurso para o fim de ser reformada parcialmente a sentença ou acórdão.
- Já a nulidade da sentença ocorrerá quando houver vício capaz de invalidar a sentença, sendo o caso do cerceamento de defesa das partes, ou seja, mesmo requerendo a nulidade, há necessidade de argumentar que, caso assim não entendam os magistrados, que ao menos reformem o julgado, diminuindo a condenação.
O julgamento do recurso é de competência do TRT.
 → Se a decisão da Vara do Trabalho reconhece a incompetência da Justiça do Trabalho, remetendo os autos a outro ramo do Poder Judiciário, também se entende cabível o recurso, no caso, ordinário. 
→ O recurso ordinário é interposto perante o juízo a quo, de primeiro grau, no caso, a Vara do Trabalho. 
Art. 1.010. CPC. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
→ Nesse sentido, interposto o recurso ordinário, o juiz deve dar vista ao recorrido para responder, isto é, para apresentar contrarrazões.
Art. 1.010. CPC. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
→ Se o recorrido interpuser recurso ordinário adesivo, o juiz deve intimar o recorrente para apresentar contrarrazões:
Art. 1.010. CPC. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões.
→ Mesmo com a subida dos autos ao TRT, os pressupostos recursais são examinados pelo juiz ad quem, que conhece ou não do recurso ordinário. 
→ O artigo 1.010, § 3º do CPC determina que, após as formalidades previstas nos §§1º e 2º do mesmo dispositivo legal, os autos devem ser remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. Assim, não cabe mais ao juízo de primeiro grau examinar os pressupostos recursais da apelação, nem negar-lhe seguimento
Art. 1.010. CPC. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
→ O recurso ordinário devolve ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, o recurso ordinário devolve ao tribunal o conhecimento dos demais. 
 → Cabe recurso ordinário nas seguintes situações:
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:
I - (VETADO).
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.
 	Assim, quando a parte não se conforma com a decisão proferida pelo juiz de primeiro grau que lhe foi desfavorável no todo, ou em parte, pode recorrer desta decisão ao juízo de segundo grau, o remédio jurídico é denominado no processo do trabalho de recurso ordinário, equivalente à apelação do processo cível. 
 	O referido recurso é interposto perante o juiz de primeiro grau, com as razões de recurso em anexo, devendo conter o pedido de encaminhamento à superior instância para que se proceda o reexame da decisão. o Juiz a quo faz o primeiro exame do preenchimento dos pressupostos de admissibilidade.
 	O recurso ordinário interposto tem por objetivo promover o reexame do julgamento proferido pelo juiz de primeiro grau, devolvendo ao tribunal a apreciação de toda a matéria impugnada.
 	Pode ser interposto das decisões que põem fim ao processo, apreciando, ou não, o mérito da causa, são chamadas, respectivamente, definitivas e terminativas.
 	Têm efeito meramente devolutivo, podendo ser interposto por simples petição (art. 899 da CLT), entretanto, a expressão "simples petição" contida no artigo citado não significa que a parte recorrente não necessite declinar especificadamente quais partes da sentença impugna e por quais motivos, isto em atendimento ao princípio do contraditório e ampla defesa, tendo em vista que a parte contrária tem o direito de saber o motivo do inconformismo do recorrente e os pontos impugnados da decisão, posto que, a parte da decisão que não for objeto de impugnação transitará em julgado, a exemplo se o reclamante formula em sua petição inicial os pedidos de alíneas "a, b, c, d" e o juiz julga procedente somente o pedido de alínea "a", caso o reclamante recorra somente do indeferimento do pedido de alínea "b", os pedido de alíneas "c, d" transitarão em julgado. 
 	O recurso ordinário tanto pode ser interposto das decisões do juiz de primeiro grau, quanto das decisões proferidas pelo Tribunal Regional do Trabalho, em processos da sua competência originária, tais como: mandado de segurança, dissídio coletivo, ação rescisória.
Objetivo do recurso ordinário:
 	É de se notar que o objetivo do recurso é atender ao princípio do duplo grau de jurisdição, não tendo a princípio, o objetivo de reformar ou anular a sentença, e sim proceder ao reexame da decisão. Vale destacar que além do recurso voluntário da parte, também há a figura do recurso por imperativo legal, ou seja, em caso de decisão proferida em desfavor da União, Estados, Municípios e respectivas autarquias, nos termos do que dispõe o Decreto-lei nº 779/69 e art. 475 do CPC, a decisão, obrigatoriamente, será submetida ao duplo grau de jurisdição, devendo o juiz recorrer de ofício em caso de omissão do ente público, quando a condenação for em valor superior a sessenta salários mínimos (art. 475, § 2º do CPC).
Pessupostos do recurso ordinário:
- Subjetivo: 
 	está diretamente ligado à legitimidade da parte para recorrer. O art. 499 do CPC dispõe: "o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público". Assim, o vencedor da demanda, por motivos óbvios, não poderá recorrer por lhe faltar interesse de agir. Assim, a legitimidade para recorrer é conferida à parte totalmente ou parcialmente vencida.
 	A sentença que julga parcialmente procedente a demanda, comporta recurso das duas partes. O art. 505 do CPC, estabelece que a sentença poderá ser impugnada no todo ou em parte, desta forma, embora vencida totalmente na demanda, a parte poderá optar por recorrer de apenas uma determinada parte da sentença, se conformando com os demais tópicos.
 	Também possui legitimidade para recorrer o terceiro prejudicado,assim compreendido aquele que, embora não tenha participado da relação jurídico-processual, venha a sofrer prejuízo por conta da decisão proferida no processo. Para que haja a legitimidade do terceiro em recorrer é necessário que haja uma ligação entre o seu interesse e a relação jurídica submetida à apreciação judicial, devendo haver uma situação de dependência entre um e outro.
 	O Ministério Público é legitimado a recorrer, tanto nas ações em que tenha figurado como parte como naquelas em que funcionou como fiscal da lei (art. 499, §2º do CPC).
 	A União, na condição de parte, poderá recorrer das decisões homologatórias de conciliação, no atinente às contribuições previdenciárias (art. 832, §4º da CLT).
- Objetivo: 
 	Existência de sucumbência; decisão recorrível; cumprimento do prazo recursal; efetivação do depósito recursal, se cabível e, pagamento das custas processuais, se não dispensadas.
Prazo para interposição do recurso: 8 dias, em dobro para a fazenda pública.
Efeitos do recurso ordinário:
- Devolutivo:
 	Consiste no reexame pelo Tribunal, da decisão recorrida e que foi objeto do recurso, devolve toda a matéria arguida no primeiro grau ao juízo ad quem.
- Suspensivo:
 	Consiste na suspensão da eficácia executiva da sentença.
 No processo do Trabalho os recursos têm efeito meramente devolutivo, tornando cabível a execução provisória. Todavia, o recurso ordinário interposto pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, nos dissídios coletivos, poderão ser recebidos no efeito suspensivo (Lei 5.584/70, art. 8º).
Preparo: 
- Custas: para o reclamante, se recorrer (e não for beneficiário de justiça gratuita) e para a reclamada.
- Depósito Recursal: apenas para a reclamada e no caso de decisão de natureza condenatória. 
Depósito recursal e pagamento das custas processuais:
 	Quando a condenação prevê a obrigação de pagar, para a admissibilidade do recurso ordinário, faz-se necessário que a parte efetue o depósito recursal na conta vinculada do reclamante. O depósito será o valor da condenação obedecido ao teto de R$ 6.598,21 (teto atual em 1º.08.2012), o valor do teto é revisado anualmente pelo TST, entrando em vigor em 1º de agosto.
Ritos:
- Procedimento Sumário – Não cabe recurso ordinário (Até 2 salários mínimos). 
- Procedimento Sumaríssimo – Comporta recurso ordinário (Até 40 salários mínimos).
- Procedimento Ordinário – Comporta recurso ordinário (exclusão das características dos demais).
Nulidades:
- Decorrente de sentença extra, ultra ou infra petita. 
- Negativa de prestação jurisdicional.
- Sentença omissa que negativa.
- Proferida por juiz incompetente. 
- Sem atribuição ao valor da causa.
- Forma da sentença (inexistência de dispositivo, fundamentação, relatório, etc).
Pressupostos de juízo de admissibilidade: O juízo “a quo” e o “ad quem” exerce a função jurisdicional e averiguam se o recurso possui todos os pressupostos, para então optar por apreciar ou denegar (trancar) o recurso. 
- Previsão legal.
- Tempestividade (impossibilidade de apresentar o recurso antes ou depois do prazo).
- Adequação a situação especifica.
- Preparo.
- Sucumbência. 
ESQUELETO DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ORDINÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ____ VARA DO TRABALHO DE ____.
OU
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE
______.
OU
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA _____ TURMA DO EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA _____ REGIÃO. (Quando se tratar de Recurso Ordinário das decisões definitivas dos Tribunais Regionais do Trabalho, em processos de sua competência originária).
Processo nº: ___________
(nome do recorrente), já qualificado nos autos do processo em epígrafe, que lhe move ____, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a r. sentença proferida, interpor, tempestivamente,
RECURSO ORDINÁRIO
com fundamento no art. 895, inciso ____ da CLT e razões anexas à presente. 
Requer, assim, a juntada das anexas guias comprobatórias do recolhimento do depósito recursal e custas processuais, bem como o recebimento e processamento do presente recurso, sendo, após, remetido ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região OU ao Egrégio Tribunal Superior do Trabalho (no caso de RO de decisão definitiva dos TRT's em processo de sua competência originária - vide Súmula n°: 158 do TST- ação rescisória).
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e Data.
(nome do advogado – número da OAB)
ESQUELO DE RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
RECORRENTE:
RECORRIDO:
ORIGEM:
PROCESSO N°:
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA TURMA
EMÉRITOS JULGADORES
 	Em que pese o notável saber jurídico do MM. Juiz “a quo”, a r. sentença não pode prevalecer, impondo-se a sua reforma, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I-DOS FATOS:
O Recorrente – transcrever com suas palavras o enunciado – não acrescentar informações.
II-DAS RAZÕES:
(Fazer a defesa com introdução, desenvolvimento e conclusão - razão pela qual deve ser modificada a sentença).
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, reformando a r. sentença, como medida de JUSTIÇA!
Local e Data.
(nome do advogado – número de OAB)
RECURSO DE REVISTA
 	 O Recurso de Revista é a peça processual cabível em face de acórdãos prolatados pelos Tribunais Regionais do Trabalho (em recurso ordinário e agravo de petição) e possibilita a prestação jurisdicional do Tribunal Superior do Trabalho, que analisará a medida na hipótese de preenchimento dos pressupostos extrínsecos (tempestividade, preparo e representação processual), bem como dos pressupostos intrínsecos previstos no artigo 896 da CLT.
 	O remédio processual em destaque é cabível nas hipóteses previstas no artigo 896 da CLT.
 Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. 
§ 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo.
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: 
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; 
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; 
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.
§ 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.
§ 3o Os Tribunais Regionais do Trabalhoprocederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). 
§ 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência.
§ 5o A providência a que se refere o § 4o deverá ser determinada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, ao emitir juízo de admissibilidade sobre o recurso de revista, ou pelo Ministro Relator, mediante decisões irrecorríveis.
§ 6o Após o julgamento do incidente a que se refere o § 3o, unicamente a súmula regional ou a tese jurídica prevalecente no Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho servirá como paradigma para viabilizar o conhecimento do recurso de revista, por divergência.
§ 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011.
§ 11.  Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito.
§ 12.  Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
§ 13.  Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3o poderá ser afeto ao Tribunal Pleno.
 	O Recurso de Revista é um recurso de caráter extraordinário, admitido contra acórdãos proferidos em sede de Recurso Ordinário e Agravo de Petição e tem por objetivo a uniformização da jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho, não podendo ser utilizado para discutir matérias de fato, sendo admissível inclusive nas ações submetidas ao Rito Sumaríssimo.
 	Conforme mencionado, está previsto no artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o qual apresenta um rol taxativo para o seu cabimento, ou seja, somente será admitido nas seguintes hipóteses:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.
 	Também é aceito nas ações submetidas ao Rito Sumaríssimo, nos termos do 6º do artigo em comento, mas somente nas hipóteses de contrariedade a súmulas de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violação direta a Constituição Federal.
 	Tal recurso deverá ser apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão (art. 896, 1 da CLT)
→ Efeitos:
 	Terá efeito meramente devolutivo e não será admitido contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal (art. 896, 2º da CLT).
→ Objetivo:
 	O recurso de revista tem o objetivo precípuo de possibilitar ao Tribunal Superior do Trabalho a garantia à ordem constitucional e legal, visto que através do julgamento do recurso obteremos o entendimento da mais alta corte trabalhista nacional, acerca da ocorrência ou não de infração constitucional ou legal (alínea “c” do artigo 896 da CLT), ou ainda obteremos uma uniformização jurisprudencial (alíneas “a” e “b” do artigo 896 da CLT).
→ Técnicas:
 	Se o enunciado expõe a necessidade de buscar do Estado uma solução para o litígio, indicando a existência de julgamento anterior – decisão colegiada – e não há indícios de omissão, obscuridade, contradição ou manifesto equívoco na análise dos pressupostos extrínsecos (hipóteses de Embargos de Declaração), certo é que estaremos diante de um enunciado que sugere a redação de um Recurso de Revista.
 	Tendo identificado o cabimento de recurso de revista, será necessário verificar qual a tese a ser utilizada, ou seja, quais serão os fundamentos jurídicos que possibilitarão a análise do TST e resultarão na modificação do julgado recorrido.
 	A identificação da tese decorre da interpretação do enunciado do problema e do conhecimento em relação ao direito material trabalhista, visto que será necessário identificar a situação jurídica controvertida e aplicar as razões de direito que fundamentam o pedido.
 	Não se pode olvidar que de acordo com o disposto na Súmula nº: 126 do Tribunal Superior do Trabalho, o recurso de revista não pode ser interposto com a finalidade de reapreciação de provas, visto que não é esta a função jurisdicional daquele órgão.
Súmula nº 126 do TST: Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.
 	Com efeito, é importante ressaltar que a tese do recurso de revista deve ser limitada aos pressupostos intrínsecos previstos nas alíneas do artigo 896 da CLT, o que implica dizer que os argumentos utilizados não podem ser fundamentados nas provas produzidas nos autos do processo, ou mesmo em fatos e situações que poderiam ensejar entendimento diverso.
 	É indispensável que a tese seja clara e inequívoca acerca da infração constitucional ou legal, demonstrando de que forma e em que ponto do acórdão recorrido está contido aquela infração que fundamentará o recurso de revista interposto.
 	Nas razões do recurso, não se pode esquecer de mencionar:
Prequestionamento da matéria: deverá registrar que a matéria objeto do recurso já foi devidamente prequestionada na instância ordinária, tal como determina a Súmula 297 do TST;
Súmula nº 297 do TST: 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito.
II. Incumbe à parte interessada, desdeque a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.
Pressupostos extrínsecos do recurso: deverá demonstrar que o recorrente atende à Instrução Normativa nº: 23/03 do TST, com a indicação das folhas onde se encontram as peças processuais necessárias, descritas na referida instrução;
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23 DO TST
Dispõe sobre petições de recurso de revista.
Considerando a necessidade de racionalizar o funcionamento da Corte, para fazer frente à crescente demanda recursal, e de otimizar a utilização dos recursos da informática, visando à celeridade da prestação jurisdicional, anseio do jurisdicionado;
Considerando a natureza extraordinária do recurso de revista e a exigência legal de observância de seus pressupostos de admissibilidade;
Considerando que a elaboração do recurso de maneira adequada atende aos interesses do próprio recorrente, principalmente na viabilização da prestação jurisdicional;
Considerando que o advogado desempenha papel essencial à administração da Justiça, colaborando como partícipe direto no esforço de aperfeiçoamento da atividade jurisdicional, merecendo assim atenção especial na definição dos parâmetros técnicos que racionalizam e objetivam seu trabalho;
Considerando que facilita o exame do recurso a circunstância de o recorrente indicar as folhas em que se encontra a prova da observância dos pressupostos extrínsecos do recurso;
Considerando que, embora a indicação dessas folhas não seja requisito legal para conhecimento do recurso, é recomendável que o recorrente o faça; 
RESOLVE , quanto às petições de recurso de revista:
I - Recomendar sejam destacados os tópicos do recurso e, ao demonstrar o preenchimento dos seus pressupostos extrínsecos, sejam indicadas as folhas dos autos em que se encontram:
a) a procuração e, no caso de elevado número de procuradores, a posição em que se encontra(m) o(s) nome(s) do(s) subscritor(es) do recurso;
b) a ata de audiência em que o causídico atuou, no caso de mandato tácito; 
c) o depósito recursal e as custas, caso já satisfeitos na instância ordinária;
d) os documentos que comprovam a tempestividade do recurso (indicando o início e o termo do prazo, com referência aos documentos que o demonstram).
II - Explicitar que é ônus processual da parte demonstrar o preenchimento dos pressupostos intrínsecos do recurso de revista, indicando:
a) qual o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia trazida no recurso;
b) qual o dispositivo de lei, súmula, orientação jurisprudencial do TST ou ementa (com todos os dados que permitam identificá-la) que atrita com a decisão regional.
III - Reiterar que, para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente:
a) junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou repositório em que foi publicado;
b) transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando os conflitos de teses que justifiquem o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso.
IV - Aplica-se às contra-razões o disposto nesta Instrução, no que couber.
Transcendência do recurso: deverá registrar que o recurso oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica, tal como exige o artigo 896-A da CLT.
Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.
 	Em cada um desses tópicos deve-se discorrer sobre as normas legais que não foram respeitadas pelo acórdão recorrido, demonstrando ao TST, de que forma ocorreram tais infrações constitucionais ou legais. Ainda em tópicos, caso seja a hipótese do enunciado, demonstrar a infração à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do TST, ou a divergência jurisprudencial verificada.
 	Ainda no mesmo tópico, é interessante o requerimento de reforma do julgado, especificamente naquele determinado pedido específico.
ESQUELETO DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE REVISTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA _____ REGIÃO.
Processo nº: _________
(nome do recorrente), já qualificada nos autos do processo em epígrafe, que lhe move ____, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve, inconformada com o v. acórdão proferido pela _____ Turma deste Tribunal, interpor, tempestivamente,
RECURSO DE REVISTA
com fundamento nas alíneas “__” e “__” do artigo 896 da CLT e razões anexas à presente.
Requer, assim, a juntada das anexas guias comprobatórias do recolhimento do depósito recursal e custas processuais, bem como o acolhimento e processamento do presente recurso, sendo, após, remetido ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e Data.
(nome do advogado – número da OAB)
ESQUELETO DE RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA
RECORRENTE:
RECORRIDO:
ORIGEM:
PROCESSO N°:
COLENDO TRIBUNAL
DOUTA TURMA
EMÉRITOS JULGADORES
 O r. acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho, apesar da boa lavra, merece reforma, eis que não se observou a legislação em vigor.
I-PREQUESTIONAMENTO:
 A matéria objeto do presente recurso foi devidamente prequestionada no Tribunal Regional do Trabalho, tendo sido atendida, portanto, a Súmula nº: 297 do TST.
II-PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE:
O presente recurso de revista apresenta os pressupostos recursais como passam a ser demonstrados:
O presente recurso de revista é tempestivo, tendo em vista que a notificação do acórdão recorrido ocorreu no dia ______ (fls. ___), enquanto a interposição se deu dentro dos 08 (oito) dias seguintes;
 b) As custas estão pagas e ora são comprovadas;
 c) A complementação do depósito recursal foi feita, o que é nesse ato comprovado; e
 d) A procuração e os substabelecimentos entranhados aos autos às fls. ____.
Portanto, foi observada integralmente a Instrução Normativa nº: 23/03 do TST.
III-TRANSCENDÊNCIA:
O presente recurso oferece transcendência com efeitos jurídicos, sendo observado o artigo 896-A da CLT.
A ____ Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____ Região entendeu não ser aplicável o referido dispositivo legal, pois ... (comentar o acórdão recorrido, se este viola artigo de lei ou contraria súmula).
Ocorre que, a legislação em vigor tem entendido a questão de maneira diversa, como se verifica através do artigo _____ abaixo transcrito.
Assim, é necessária a reforma do julgado para excluir da condenação __________.
Diante do exposto. requer seja conhecido e provido o presente recurso, para reformar o r. acórdão recorrido, como medida de JUSTIÇA!
Local e Data.
(nome do advogado – número da OAB)
EMBARGOS À EXECUÇÃO
 	O artigo 884 da CLT (clique aqui) prevê a possibilidade do executado defender-se na execução trabalhista em face do credor por meio da interposição de Embargos à Execução em 5 dias.
 Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.  
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida.
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.
§ 3º - Somente nos embargosà penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.
§ 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário.
§ 5o  Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. 
 	Os embargos à execução têm natureza de ação do executado, com o objetivo de extinguir a execução, mais especificamente de desconstituir o titulo executivo, declarar a inexigibilidade da obrigação ou mesmo a nulidade da execução. 
 	No direito processual do trabalho, pode-se dizer que os embargos são incidentes ao processo existente, não dando origem a processo autônomo. Na Justiça do Trabalho, os embargos não são autuados em apartado, mas nos próprios autos principais, justamente porque não dão origem a processo diverso.
 	Os embargos à execução devem ser distribuídos por dependência.
Art. 914.  O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
§ 1o Os embargos à execução serão distribuídos por dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.
§ 2o Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.
 	Quanto a competência, por se tratar de ação incidente ao processo de execução, em regra, os embargos à execução devem ser ajuizados perante o próprio juízo da execução, nos termos do artigo 877 da CLT. 
Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio.
 	O prazo para a oposição dos embargos à execução deve ser contado da intimação da penhora (art. 774 da CLT), ou do depósito pelo executado para a garantia da execução (art. 884 da CLT). De acordo com o artigo 884, caput, da CLT, uma vez garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. 	
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
 Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.  
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida.
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias.
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.
§ 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário.
§ 5o  Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. 
 	Entendendo-se que o prazo de embargos à execução no processo do trabalho permanece sendo, em regra, de 5 dias, estes mesmos prazos são aplicados à defesa nos embargos à execução. 
 	Por se tratar de ação, o embargado (exequente) deve ser notificado para apresentar resposta aos embargos à execução. Não sendo apresentada essa contestação no prazo, o embargado é considerado revel. 
 	Entretanto, nem sempre ocorrerá o efeito da revelia, relativo à presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor, pois essa presunção por ser elidida em razão de outros elementos já constantes dos autos. 
 	Defende-se que, no processo do trabalho, para a admissão dos embargos à execução, ainda há necessidade de garantia do juízo, na forma do art. 884, da CLT. 
 	O juiz deve rejeitar liminarmente os embargos quando:
I - quando intempestivos;
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
III - manifestamente protelatórios.
 	Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios.
 	O artigo 3º, inciso XXII, da Instrução Normativa 39/2016 do TST prevê que se aplicam ao processo do trabalho, diante de omissão e de compatibilidade, o artigo 918 e parágrafo único do CPC de 2015, sobre rejeição liminar dos embargos à execução.
Art. 918.  O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando intempestivos;
II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
III - manifestamente protelatórios.
Parágrafo único.  Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios.
 	A matéria que pode ser alegada nos embargos, nos termos do artigo 884 da CLT, restringe-se às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida. Entende-se que essa regra é aplicável apenas na execução de título executivo judicial. 
 	É certo que existe a possibilidade de transação perante a Comissão de Conciliação Prévia (art. 625-E da CLT), mas ela só pode ser alegada, como matéria de defesa, na contestação, isto é, na fase de conhecimento, e não na de execução. 
 	O artigo 919 do CPC de 2015 prevê que os embargos à execução não terão efeito suspensivo. Entretanto, o juiz pode, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela antecipada, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, por depósito ou caução suficientes. A decisão relativa aos efeitos dos embargos pode, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, cessando as circunstâncias que a motivaram. 
 	Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, está prosseguirá quanto á parte restante. A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspende a execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante. A concessão de efeito suspensivo não impede a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou redução da penhora e de avaliação dos bens. 
Art. 919.  Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
§ 2o Cessando as circunstâncias que a motivaram, a decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
§ 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, estaprosseguirá quanto à parte restante.
§ 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram quando o respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
§ 5o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos de substituição, de reforço ou de redução da penhora e de avaliação dos bens.
ESQUELETO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DO FORO DE ___
Processo nº: _
____, com sede no endereço à Rua/Av. _, vem a nobre presença de Vossa Excelência, nos autos da EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL, interposta por _, opor EMBARGOS A EXECUÇÃO, com fulcro no art. 915 e seguintes, do Código de Processo Civil, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
PRELIMINARES
I – ____
II - DOS FATOS
______
III – DO PEDIDO DE BLOQUEIO DE VALORES
_______
 	Dessa forma, resta demonstrado que o pedido de bloqueio de valores feito pela Exequente, não possui embasamentos fáticos ou jurídicos, não podendo o mesmo ser deferido, pois tal medida iria contra a sentença proferida nos autos da ação movida pela Executada, devendo a mesma ser declarada nula, nos termos do disposto no art. 917, I do CPC.
Art. 917do CPC - Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação.
 	Conforme dispõem o artigo citado, no caso em comento, é inexigível a obrigação pelo pagamento pretendido pela Exequente, nos termos do que restou demonstrado pela Executada nos autos.
 	Portanto, diante dos fatos aqui narrados e, considerando-se também a ação de indenização por danos materiais e morais propostos pela Executada, na qual, ressalta-se, já foi proferida sentença, não pode este MM. Juízo autorizar o bloqueio de valores nas contas da Executada, tendo em vista a flagrante ilegalidade de tal medida, ferindo de morte os direitos da ora Executada.
 	Por derradeiro, deve a Exequente ser condenada por litigância de má-fé, nos termos do art. 79 do CPC, bem como condenada ao pagamento de todas as custas e despesas processuais que envolvam a presente lide, inclusive ao pagamento de honorários advocatícios.
IV – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Executada, que se digne V. Exa.:
a) preliminarmente, indeferir o pedido de bloqueio de valores solicitado pela Exequente
b) declarar a nulidade da presente execução
c) a condenação da Exequente por litigância de má-fé e ao pagamento de todas as custas, despesas processuais e honorários advocatícios.
Termos em que
Pede Deferimento.
Cidade, data
___________________
Advogado/OAB
DIREITO MATERIAL DO TRABALHO
→ DO CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA
 	Na Justiça do Trabalho o número de formalismos existentes tende a ser menor do que na maioria das outras áreas do Direito. Porém, muitas vezes, na busca da celeridade, pode ocorrer o suprimento de determinados atos necessários, e assim, gerar cerceamento do direito de defesa das partes.
 	Aos litigantes no Poder Judiciário, o direito de produzir provas é fundamental. Inclusive, a garantia do contraditório e da ampla defesa, com seus meios e recursos, estão previstos na Carta Magna de 1988 (artigo 5º, inciso LV). 
 	Provar é convencer alguém sobre alguma coisa. Provar é convencer o juiz sobre os fatos da causa. No processo, a prova tem por objeto os fatos da causa. Sua finalidade é a formação da convicção do juiz a respeito dos fatos da causa. A prova é uma reconstituição dos fatos perante o juiz, que é o destinatário da prova. Fato não provado é fato inexistente.
 	Não é raro ocorrer nas audiências trabalhistas cerceamento do direito de defesa pelo indeferimento da produção de provas, mais especificamente pelo impedimento da produção da prova testemunhal.
ARTIGOS
28/10/10
O impedimento da produção de prova oral na justiça trabalhista: nulidade por cerceamento de defesa
Cinthia Klug Costa - OAB/SC 25.039, pós-graduada em Direito Tributário
Introdução
Na Justiça do Trabalho o número de formalismos existentes tende a ser menor do que na maioria das outras áreas do Direito. Porém, muitas vezes, na busca da celeridade, pode ocorrer o suprimento de determinados atos necessários, e assim, gerar cerceamento do direito de defesa das partes.
Aos litigantes no Poder Judiciário, o direito de produzir provas é fundamental. Inclusive, a garantia do contraditório e da ampla defesa, com seus meios e recursos, estão previstos na Carta Magna de 1988 (artigo 5º, inciso LV).    
O autor Sergio Pinto Martins (2010, p. 313) fala sobre a importância da prova:
“Provar é convencer alguém sobre alguma coisa. Provar é convencer o juiz sobre os fatos da causa. No processo, a prova tem por objeto os fatos da causa. Sua finalidade é a formação da convicção do juiz a respeito dos fatos da causa. A prova é uma reconstituição dos fatos perante o juiz, que é o destinatário da prova. Fato não provado é fato inexistente.”
Não é raro ocorrer nas audiências trabalhistas cerceamento do direito de defesa pelo indeferimento da produção de provas, mais especificamente pelo impedimento da produção da prova testemunhal.
 
Do limite de testemunhas
 	O Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho afirma, em seu artigo 825, que as testemunhas deverão comparecer a audiência independentemente de notificação ou intimação.
 	Cada parte do processo pode indicar até três testemunhas, exceto quando tratar-se de inquérito, quando poderá indicar até seis testemunhas (artigo 821, CLT).
 	O autor e o réu da ação trabalhista comparecerão à audiência levando suas testemunhas e apresentando, nessa oportunidade, as demais provas (Art. 845, CLT).
 	No Direito Processual do Trabalho não há rol de testemunhas, uma vez que, segundo os artigos da Consolidação das Leis Trabalhistas acima mencionados, as partes devem comparecer à audiência acompanhadas de suas testemunhas, e estas comparecerão independente de notificação ou intimação.
 	Da lei extrai-se entendimento de que, basta que a parte leve a sua testemunha no dia da audiência para que esta seja ouvida.
Do não comparecimento das testemunhas à audiência trabalhista
 	As testemunhas que não comparecerem espontaneamente serão intimadas, sujeitando-se a condução coercitiva. Não comparecendo a testemunha, mesmo após ser intimada, além de ser conduzida coercitivamente, fica sujeita a pena de multa, conforme previsão do artigo 730 da CLT.
 	O referido artigo celetista está assim expresso: “Aqueles que se recusarem a depor como testemunhas, sem motivo justificado, incorrerão na multa de Cr$ 50,00 (cinqüenta cruzeiros) a Cr$ 500,00 (quinhentos cruzeiros).”
 	O artigo 7º da Lei nº 6.986 de 13 de abril de 1982 determina que as multas por infração às normas da CLT deverão ser elevadas em dez vezes o seu valor.
 	Importante salientar que a multa de que trata o texto legal é para as testemunhas que se recusarem a comparecer sem motivo justificado.
 	Havendo necessidade de intimar a testemunha, esta intimação poderá ser feita pelo correio, sob registro ou com entrega em mãos próprias, no caso de a testemunha possuir residência certa. Quando já tiver sido intimada e não tiver comparecido, a testemunha será intimada por oficial de justiça, comparecendo de baixo de vara.
 	Quando a testemunha estiver doente, ou por motivo relevante não puder comparecer à audiência, o juiz designará dia, hora e local para inquiri-la (parágrafo único do art. 336 do CPC). 
 	O artigo 825 da CLT prevê: “As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.”
 	E o artigo 845 da CLT diz que: “O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas,apresentando, nessa ocasião, as demais provas.”
Da ausência de rol de testemunhas e da substituição de testemunhas
 	Assim como no Direito Processual do Trabalho não há rol de testemunhas, não cabe a aplicação do artigo 408 do Código de Processo Civil, que trata da substituição de testemunhas. Desse modo, a parte pode realizar a substituição de suas testemunhas sem consentimento da parte contrária, sendo necessário apenas que as testemunhas escolhidas estejam presentes na data da audiência, acompanhando a parte.
 	A lei nº 5.869 de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo Civil, prevê a apresentação do rol de testemunhas em cartório, antes da audiência: “Art. 407. Incumbe às partes, no prazo que o juiz fixará ao designar a data da audiência, depositar em cartório o rol de testemunhas, precisando-lhes o nome, profissão, residência e o local de trabalho; omitindo-se o juiz, o rol será apresentado até 10 (dez) dias antes da audiência”.
 	No Processo Civil, uma vez apresentado o rol, somente é possível a substituição de determinada testemunha quando a mesma falecer, não estiver em condições de depor devido à enfermidade, ou quando não tenha sido encontrada por oficial de justiça, em razão de mudança de endereço (art. 408 e seus incisos I, II e III, do CPC).
 	A determinação de apresentação do rol de testemunhas não é aplicada na Justiça especializada do Trabalho, e dessa forma, conclui-se que, uma vez que não é necessário depositar o rol, não há que se falar em substituição do referido rol.
→ Da nulidade gerada pelo cerceamento de defesa:
 	As formas dos atos processuais são relevantes para a segurança jurídica, para que as partes possam saber, antecipadamente, como o processo terá o seu curso, e como os atos devem ser praticados. 
 	A violação das formas processuais acarreta uma sanção, qual seja, a nulidade do ato processual, tendo, como consequência, a ausência de produção de seus efeitos típicos. Exemplificando, se o recurso for apresentado em desacordo com a forma exigida em lei, o ato processual em questão, sendo nulo, não terá o seu efeito reconhecido. 
 	Portanto, a nulidade é a sanção decorrente do descumprimento da forma processual. 
 	A nulidade absoluta ocorre quando a forma é prevista por norma de ordem pública, ou seja, quando envolve interesse público. Em razão disso, cabe ao juiz declarar a nulidade processual de oficio, isto é, independentemente de requerimento das partes, as quais não têm como dispor a respeito. 
 	A nulidade relativa decorre do descumprimento de norma voltada ao interesse da parte, de modo que o vicio é considerado sanável. Ainda assim, as partes não tem como dispor a seu respeito, pois a previsão se dá por meio de norma cogente. 
 	Cerceamento de defesa pode ser conceituado como todo impedimento oposto pelo juiz ao uso dos recursos de defesa previstos ou admitidos em lei, por quem quer que seja parte em um processo de qualquer natureza. Qualquer restrição em matéria de provas, prazos, recursos processuais e direito de peticionar em geral, é cerceamento de defesa. Qualquer negativa do juiz para injustificadamente deixar de satisfazer pedido legítimo das partes é cerceamento. Parte aqui deve entender-se em sentido amplo: todo aquele que faz um pedido em juízo, e não no sentido estritamente processual. E o cerceamento não se exerce apenas contra o titular do direito, mas também na pessoa do seu defensor: há os direitos de defesa da parte e os direitos do advogado ou do Ministério Público.
 	Assim, é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica
 	É direito da parte que sejam ouvidas as testemunhas que a acompanharem quando do comparecimento à audiência designada.
 	Se a parte for privada dessa prerrogativa, está-se diante de um cerceamento de direito de defesa, situação que gera nulidade. 
 	A Consolidação das Leis Trabalhistas trata sobre as nulidades na Justiça do Trabalho. Do artigo 794 tem-se que: “Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes”. E do artigo seguinte: “Art. 795. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos”.
 	A primeira vez que a parte tiver de falar, alegará a nulidade sob pena de preclusão (o CPC é semelhante à CLT), o legislador evita assim não só o esforço inútil dos atos que mais tarde seriam anulados como, principalmente, a procura de irregularidades insinceras com a finalidade de atacar a sentença que contraria a pretensão da parte; a reação desta deve ser imediata ao conhecimento do ato que lhe parece ilegal e prejudicial, sem aguardar momentos especiais ou específicos. Há, entretanto, quem entenda haver momento apropriado: as razões finais ou quando for aberta vista dos autos.
	As nulidades, para serem assim reconhecidas, exigem pronunciamento judicial. Vale dizer, a ineficácia do ato processual, decorrente de sua nulidade, necessidade de decisão que assim reconheça. Portanto, até que ocorra o pronunciamento judicial da nulidade, o ato processual produz efeitos. 
→ Principio da transcendência ou do prejuízo: 
 	O principio da transcendência ou prejuízo estabelece que a nulidade do ato processual apenas deve ser decretada se houver prejuízo às partes. 
 	Por consequência, o ato não deve ser repetido, nem a sua falta suprida, quando não prejudicar a parte (art. 282, § 1º, do CPC).
 	Da mesma forma, quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveita a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará, nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta (art. 282, § 2º do CPC).
 	O artigo 794 da CLT confirma que nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
 	Há entendimento no sentido de que esse principio apenas é aplicável quanto à nulidade relativa e a à anulabilidade, uma vez que, tratando-se de nulidade absoluta, o prejuízo seria presumido de forma absoluta. 
→ Principio da convalidação ou da preclusão. 
 	O principio da convalidação ou da preclusão indica que, se o ato for nulo, mas a parte interessada não arguir essa nulidade no prazo assim previsto, o ato se convalida. 
 	Efetivamente, de acordo com o artigo 278 do CPC, a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
 	O art. 795, caput, da CLT confirma que as nulidades devem ser declaradas mediante provocação das partes, as quais devem argui-las na primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
 	O momento adequado de a parte falar sobre eventual nulidade é em audiência ou por ocasião das razões finais (art. 850 da CLT). Se for dada vista à parte em cartório, esse seria o momento adequado de arguir a nulidade. Em segundo grau, o momento adequado é em preliminar de recurso. 
 	Entretanto, parte da jurisprudência exige que a parte alegue a nulidade imediatamente, no momento de sua ocorrência, por meio de protestos, os quais devem constar na ata de audiência ou dos autos, sob pena de incorrer em preclusão. 
 	Trata-se de principio aplicável apenas quanto à nulidade relativa e à anulabilidade. Tanto é assim que, conforme o § único do art. 278 do CPC, não se aplica a referida disposição, relativa à preclusão, às nulidades que o juiz deva decretar de oficio, nem prevalece a preclusão provando a parte legitimo impedimento (Súmula 33 do STJ). 
→ Prescrição da nulidade:
 	O artigo 796, a da CLT dispõe que a nulidade não deverá ser pronunciada se possível a reparação da falta ou a repetição do ato, em virtude da economia processual. Por exemplo, a fim de não ter o processo tido por nulo, sendo extinto sem julgamento de mérito, o menor de 18 anos poderá suprir sua incapacidade trazendo em uma próximaaudiência o responsável legal para acompanhá-lo em juízo.
 	A alínea b do artigo 796 da CLT, por sua vez, prescreve que a nulidade não poderá ser pronunciada quando arguida por quem lhe tiver dado causa. Sendo assim, caso a parte tenha dado origem a uma suspeição, por exemplo, não poderá requerer aplicação de tal nulidade, posto que estaria se beneficiando de sua própria torpeza.
 	O artigo 797 da CLT institui que "o juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende". Desta forma, resta claro que os atos não afetados pela nulidade deverão ser aproveitados, em virtude da economia processual. Sendo assim, cabe ao juiz indicar, no despacho ou na decisão, o número das folhas do processo em que restaram considerados nulos os atos praticados.
 	Por fim, o artigo 798 da CLT decreta que "a nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência". Com isso, fica demonstrado que tal artigo se assenta no princípio da utilidade, pois prevê que os atos válidos praticados depois do ato nulo, desde que com ele não guarde relação, deverão ser considerados. 
→ Exemplos de preliminares de nulidade por cerceamento de defesa:
PRELIMINARMENTE
I – Do Cerceamento de Defesa
1. Argúi a Recorrente cerceamento de defesa em face do indeferimento, pelo Magistrado a quo, do pedido de adiamento da audiência uma vez que suas testemunhas estavam ausentes por impossibilidade médica, fato superveniente à vontade de ambas, restando prejudicada a prova da sobrejornada. Tempestivamente, a Recorrente consignou seus protestos em ata, às fls. 87. Vale ressaltar que às fls. 58 a Recorrida obteve a chance de adiamento da referida audiência por ausência injustificada de suas testemunhas. Naquela oportunidade, especificamente, uma semana anterior, a Recorrente estava regular em audiência, com a prova da sua sobrejornada resguardada, ante o escorreito comparecimento de suas duas testemunhas.
2. A prova tem por finalidade precípua a formação da convicção do Julgador, seu principal destinatário, como bem elucida o insigne juslaboralista Manoel Antônio Teixeira Filho, em obra sobre o assunto. A admissibilidade encontra-se na esfera discricionária do Juiz, que vai averiguar da necessidade e conveniência de sua produção, em busca da verdade real.
3. A iniciativa da prova cabe às partes, e ao Juiz compete selecioná-la. O d. Juízo Monocrático não poderia indeferir pleito para redesignação de nova data para oitiva de testemunhas quando, de forma inexorável, baseia-se seu julgado única e exclusivamente, nos depoimentos colhidos em audiência e, desconsiderando a alegação de jornada diferenciada pela Recorrida, o que lhe atraiu o ônus de provar que a verídica jornada laboral era cumprida. Desconsiderou toda a farta e verídica documentação trazida aos autos pela Autora.
4. Vale ponderar que a prova testemunhal, ainda que mal interpretada, constituiria único meio de prova de que a Recorrente dispõe para confirmar a verdadeira jornada exercida no contrato havido entre as partes. Os seus cartões de ponto não foram colacionados aos autos por inexistentes, de acordo com a defesa da Recorrida, desrespeitando a norma cogente do art. 74, parágrafo 2º. Consolidado. Ressalte-se que, in casu, a discussão se concentra efetivamente em torno da sobrejornada, o que torna fundamental a produção da prova requerida.
5. Outrossim, a Lex Fundamentalis, em seu art. 5°, LV, assegura aos litigantes o direito ao contraditório e à ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Dentre propalados meios está incluída a produção de provas. O indeferimento à solicitação da Recorrente de redesignação da audiência para a oitiva de testemunhas que seria essencial para esclarecer o ponto crucial sobre a existência da excessiva sobrejornada, impõe derradeira a nulidade do processado, por cerceamento de defesa.
6. Sua redesignação e consequente oitiva foi preterida acerca de adventício interpretativo cujo perfeito desenrolar do processo restou atingido. Nesse estado das coisas, a preclusão do direito da Recorrente só poderia ter sido levada a efeito quando esgotados todos os meios de prova em direito admitidos, eis que desigual a deferência do d. Juízo monocrático para com Recorrente e Recorrida. Basta a verificação as atas de fls. 58 e 87, constante dos autos, para verificação dos prejuízos exarcebados da Autora.
7. Tais motivos são nulificadores do ato em apreciação, à conta do que dispõem dispositivos legais pertinentes, com respaldo indecomponível da iterativa jurisprudência de nossos Pretórios.
8. Assim, o desacerto que contamina a decisão impugnada provém da interpretação meramente exegética, ainda que propiciada pela sempre elogiado Magistrado a quo, cujo entendimento esposado, infelizmente, incidiu em equívoco. Pelo que é a presente para requerer a reabertura da instrução processual nos autos, designado-se nova audiência, com a escorreita oitiva das partes e testemunhas, sendo declarada a nulidade de todos os atos praticados até o presente, para que seja restabelecido os elementos necessários para firmar o convencimento, bem como base legal em que se fundará novo julgamento. 
2.0) PRELIMINARMENTE
2.1) DO CERCEAMENTO DE DEFESA. INDEFERIMENTO DE OITIVA DE TESTEMUNHA IMPRESCINDÍVEL AO PROCESSO.
O Douto Juízo “a quo” indeferiu testemunha de essencial importância à defesa da recorrente, cerceando seu direito à ampla defesa e contraditório, por isso, na ocasião da audiência a recorrente manifestou sua insatisfação através do protesto.
Conforme observamos no artigo 5º LV da CF, é assegurado aos litigantes de processo administrativo e judicial, o direito à ampla defesa e contraditório, o que foi cerceado na audiência do presente processo.
O indeferimento da oitiva da testemunha do recorrente causou-lhe imenso prejuízo, já que não conseguiu provar os fatos sem a referida testemunha. Ademais, o artigo 794 e 795 da CLT tratam justamente dos casos de nulidade processual, como é o caso em tela, tendo em vista que houve imenso prejuízo à recorrente o indeferimento da testemunha em questão.
Com isso, podemos observar que o indeferimento causa nulidade relativa quando há prejuízo à parte que foi o que ocorreu com o recorrente.
Conforme se evidenciou, o flagrante prejuízo ao recorrente em razão do indeferimento de sua testemunha pelo Juízo “a quo”, conforme dispõe o artigo 795 parágrafo 2º da CLT, requer o retorno do processo à sua vara de origem a fim de sanar o vício cometido. Caso não seja acatada a preliminar supra exposta, passemos à análise do mérito.
01.	DO CERCEAMENTO DE DEFESA
O Juízo a quo, acolhendo a defesa da Recorrida, julgou improcedente todos os pedidos do Recorrente, sem qualquer dilação probatória. (Fatos)
A sentença é nula, uma vez que o processo não foi regularmente instruído. Destaca-se que houve violação ao Princípio Constitucional do Contraditório e Ampla Defesa, garantido pelo artigo 5º, LV da CF, posto que a decisão foi proferida sem qualquer dilação probatória. Não foi oportunizado ao Recorrente a regular instrução quanto às horas extras, tampouco quanto ao adicional de periculosidade. Ademais, não foi observada a determinação do artigo 195, §2º da CLT, segundo o qual a perícia é obrigatória quando suscitado em juízo o pedido de adicional de periculosidade. (Fundamentos)
Diante do exposto, com fulcro no artigo 794 da CLT, requer seja decretada a nulidade da sentença, bem como sejam remetidos os autos para o Juízo a quo, a fim de reabrir a instrução processual. Sucessivamente, caso não seja acolhida a Preliminar, requer a análise do mérito. (Pedido)
→ Entendimentos jurisprudenciais: 
"Sentença - quando é nula - Não basta que a sentença traga sua conclusão sobre os fatos objeto de controvérsia. É imprescindível que esclareça os motivos informadores de sua convicção (art. 131, CPC)" (TRT-RO-4193/80 - 3a. Reg. Rel. Alfio Amaury dos Santos - DJ/MG 10.12.81)
 
"Cerceamento de defesa - Ocorre quando a parte é impedida de produzir prova que a ela compete e, depois,tem contra si uma decisão fundamentada justamente nessa falta de prova." (TRT-RO-5068/80 - 3a. Reg. - Rel. J. Carlos Jr. -MG 20.01.82, pag. 13)
 
"Nulidade. Cerceamento de defesa. Ocorre cerceamento de defesa quando, a final, vem a ser vencida na demanda a parte que teve obstruida pela Junta a possibilidade processual de fazer a prova."(TRT-RO-1315/82 - 10a. Reg. Rel. Bertholdo Satyro e Souza - DJU 25.05.83, pag. 7371)
"Constitui cerceio à defesa da parte o indeferimento de produção de prova, se a decisão final lhe é contrária." (TRT-RO-0570/83 - 10a. Reg. - Rel. João Rosa - DJU 11.06.84, pag. 9431)
 
 
"Cerceamento de Defesa. constitui cerceio à defesa da parte, o indeferimento de produção de prova requerida na inicial, sobretudo se a decisão lhe é contrária." (TRT-RO-0982/84 - 10a. Reg. - Rel. Heráclito Pena Junior - DJU 21.01.85, pag. 262)
 
 "Nulidade - Ausência de Fundamentação - É imperativo legal constar da decisão os fundamentos que a motivaram, pois esta prática identifica a origem do direito e evita arbitrariedade na entrega da prestação jurisdicional. Inteligência do art. 832, da Consolidação das Leis do Trabalho e 458, II, do Código de Processo Civil" (TST-RR-4190/83  - 1a. T. Rel., Min. Marco Aurélio - DJU 28.06.85, pag. 10730)
 
 "Sentença - Nulidade - Nula é a sentença que não expõe, com clareza, os fundamentos em que se analisaram as questões de fato e de direito envolvidas pela litiscontestação." (TRT-RO-2007/85 - 3a. Reg. Rel. Edson A. F. Gouthier - DJ/MG 27.09.85, pag. 54)
 
 "Embargos Declaratórios - As partes têm direito à entrega da prestação jurisdicional de forma completa e, tanto, quanto possível convincente." (TST-ED-RO-MS-0296/86.1 -Tribunal Pleno - Rel. Min. Marco Aurélio - DJU 30.04.87, pag. 7786)
 
 "Nulidade. O acórdão que, julgando embargos declaratórios, não esclarece contradição plenamente demonstrada, não faz entrega da prestação jurisdicional, em sua inteireza e fere o Artigo 535 do CPC. Revista a que dá provimento." (TST-RR-5451/86.9 - 2a. T. Rel. Min. José Ajuricaba - DJU 29.05.87, pag. 10594)
 
 "Prequestionamento - Oportunidade - Configuração - Diz-se prequestionada determinada matéria quando o órgão prolator da decisão impugnada haja adotado, EXPLICITAMENTE, tese a respeito e, portanto, emitido juízo." (TST-E-RR-7635/85.8 - Tribunal Pleno - Rel. Min. Marco Aurélio - DJU 12.06.87, pag. 11928)
 
 "Recurso de revista - Se de um lado adota-se rigor na pesquisa sobre o atendimento aos pressupostos da recorribilidade, de outro não pode ser parcimonioso quanto à entrega da prestação jurisdicional pelo órgão a quo. Deixando o Regional, mesmo diante da interposição de declaratórios, de analisar determinada matéria, impõe-se o provimento do recurso de revista interposto, para que novo acórdão seja proferido com a observância da ordem jurídica."  (TST-AG-E-RR-0687/86.7 - Tribunal Pleno - Rel. Min. Marco Aurélio - DJU 12.06.87, pag. 11929)
 
 "Tem jus o jurisdicionado ao exame, de per se, de cada dispositivo legal apontado em seu recurso, como afrontado. entendimento que se coaduna com a exigência contida no Enunciado 184/TST, sob pena de denegação da prestação jurisdicional. Embargos Declaratórios acolhidos para sanar a omissão apontada." (TST-E-AI-2440/86.4 - 1a. T. Rel. Min. Vieira de Mello - DJU 18.12.87, pag. 29250)
 
 "Nulidade por omissão. É nula a decisão que deixa de analisar as questões arguidas pelas partes." (TST-E-RR-4644/81 - Tribunal Pleno - Rel. Min. José Ajuricaba - DJU 19.02.88, pag. 2525)
 
 "Cerceamento de Defesa - Nulidade. Importa em cerceio de defesa indeferimento do pedido de esclarecimento ao perito, visto que é um direito inquestionável da parte ante o termos da nova Carta Política, que consagra a prevalência do contraditório com os meios a ele pertinentes." (TRT-RO-5075/89 - 3a. Reg. - 2a. T. - Rel. Paulino F. Monteiro - DJ/MG 03.08.90, pag. 79)
 
"Cerceamento de defesa - Indeferimento de perguntas sobre a matéria controvertida - Questão debatida no momento oportuno - Artigo 795 da CLT - Caracterização. Havendo interesse da parte, inclusive tendo o ônus de provar fato constitutivo de seu direito, sendo-lhe lícito cuidar para o êxito da demanda, o indeferimento de perguntas acerca da matéria controvertida, sem qualquer justificativa plausível, importa num flagrante cerceamento de defesa aliado ao fato de que protestou e argui a nulidade em razões finais. - art. 765 da CLT" (TRT-15ª Reg., 5a. T. - Proc. RO-20001/95-3, julg: 05.08.97; Rel. Juiz Luís Carlos Sotero, In "Repertório de Jurisprudência Trabalhista - Volume 7 - João de Lima Teixeira Filho -  verbete 3283, pag. 925)
 
"CERCEAMENTO DE DEFESA - INEXISTÊNCIA DE PROTESTO - Não há falar-se em cerceamento de defesa, se a parte deixou de consignar, no momento oportuno, o respectivo protesto contra os atos, dos quais se queixa, ensejando, assim, a preclusão da matéria. (TRT/RO-3784/97 - 3a. Reg. - 5a. T. - Rel. Roberto Marcos Calvo - DJ/MG 04.10.97, pag. 9)
 
"CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO OITIVA DAS TESTEMUNHAS. Se a recorrente alegou a existência da justa causa, para a dispensa do empregado, cabia-lhe o ônus da prova da alegação, porque se cuidava de fato extintivo do direito do autor - sendo que a oitiva das testemunhas auxiliá-la-ia na demonstração dos fatos alegados na contestação. O seu indeferimento constitui cerceamento de defesa - razão pela qual a v. sentença deve ser anulada, para que seja reaberta a instrução processual, possibilitando à reclamada apresentar a sua prova testemunhal." (TRT/RO-5426/97 - 3a. Reg. - 1a. T. - Rel. Manuel Candido Rodrigues - DJ/MG 07.11.97)
 
"RO - NULIDADE - CERCEAMENTO DE DEFESA. Constitui claro cerceamento de defesa o indeferimento de perguntas ao Reclamante, em depoimento pessoal, sob o fundamento de que a prova compete à Reclamada. Depoimento pessoal é meio de prova e as perguntas indeferidas inteiramente pertinentes. Nulidade declarada." (TRT/RO-12073/97 (CR03-73/97) - 3a. Reg. - 1a. T. - Rel. Fernando Procopio de Lima Netto - DJ/MG 20.03.98)
  
"PROVA - CERCEAMENTO. O indeferimento da produção de prova e a subseqüente decisão contra a parte que a requereu e que tinha não só o ônus de provar fato impeditivo, mas também o direito à contraprova, configuram flagrante cerceio, implicando na anulação do julgado." (TRT/RO-7106/98 (MC02-382/98) - 3a. Reg. - 5a. T. - Rel. Luiz Philippe V.de Mello Filho - DJ/MG 23.01.99)
 
"REVELIA - CASSAÇÃO NULIDADE VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL - Os princípios do contraditório e do devido processo legal devem ser prestigiados sempre que possível, conferindo à prestação jurisdicional o selo da legitimidade. O processo não é um fim em si mesmo, não se podendo pautar pelo excesso de rigor na sua condução." (TRT/RO-7918/98 (BH14-374/98) - 3a. Reg. - 1a. T. - Rel. Ricardo Antonio Mohallem - DJ/MG 29.01.99)
 
 
"DIREITO DE PRODUÇÃO DE PROVA. CERCEAMENTO DE DEFESA. - O fato de a parte não ter comparecido à audiência de instrução, não lhe retira o direito de produção de prova testemunhal, oportunamente apresentada em Juízo. Por isso, o indeferimento desta prova, sob aquele pretexto, configura autêntico cerceio do direito de defesa." (TRT/RO-4892/98 (BH11-1496/97) - 3a. Reg. - 5a. T. - Redator: Manuel Candido Rodrigues - DJ/MG 12.02.99)
 
"NULIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. Se a reclamada alega que dispensou o empregado por justa causa e que os horários de intervalo registrados nos cartões não correspondem à realidade, o ônus da prova é todo seu, a teor dos artigos 818 da CLT e 333, II, do CPC. Assim sendo, configura cerceio de defesa o indeferimento de pedido de oitiva de testemunhas levadas à audiência, já que, desta forma, impede-se a empresa de se desincumbir de uma obrigação que a lei lhe atribui." (TRT/RO-18562/98 (BH02-1445/98) - 3a. Reg. - 3a. T. - Rel. Maria Laura F. Lima de Faria - DJ/MG 20.07.99)
 
 "NULIDADE - CERCEAMENTO DE DEFESA - Pelo dispositivo contido no art. 130/CPC, o juiz que preside a instrução processual deve dirigi-la com bom

Continue navegando