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AS EXIGÊNGIAS DA JUSTIÇA(amartya sen)

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AS EXIGÊNGIAS DA JUSTIÇA
-RAZÃO E OBJETIVIDADE E CRÍTICA DA TRADIÇÃO ILUMINISTA- A frase escrita por Ludwig Wittgentein, na
carta remetida a Paul Elgelmann, “eu trabalho com muita diligencia e desejaria ser melhor e mais inteligente,
que são a mesma coisa” é uma síntese desse primeiro capitulo, pois demonstra que estar bem é também
fazer boas escolhas para sí e para os outros. Algumas das maldades que são feitas só ocorrem por falta de
conhecimento, visto que a falta de sapiência facilita a ilusão, de uma maneira ou de outra, sobre o assunto
em questão; contudo, Wittgentein talvez estivesse dizendo que quanto maior a inteligência mais claras serão
nossa metas e objetivos. Ser mais inteligente pode também nos ajudar na compreensão das nossas escolhas
na vida dos outros. A teoria da escolha racional, desenvolvida por economistas, diz que a escolha racional
consiste apenas na promoção inteligente do autointeresse. 
-AKBAR E A NECESSIDADE DA RAZÃO- Neste ponto o autor traz um reforço a sua opinião de importância da
razão para as decisões de natureza humana “As reflexões a respeito da natureza humana e da possibilidade
de uma mudança arrazoada nem sempre são tão pessimistas e céticas quanto as de Nietzsche (ou de
Glover)”, diz Sem.Com isso Amartya argumenta a importância da busca da razão, ao invés de “o terreno
pantanoso da tradição” para resolver os problemas difíceis relativos ao bom comportamento e a construção
de uma sociedade mais justa. 
-OBJETIVIDADE ÉTICA E ANÁLISE ARRAZOADA - O uso da razão demandado por juízos éticos é
provavelmente o argumento mais eficiente para análise de tais juízos. Mesmo que haja outros procedimentos
além da razão, este possui maior probabilidade de ser eficiente. Decidimos basear as questões de justiça e
injustiça em razões objetivas, devemos ver a objetividade ética não nos preocupando com sua descrição, mas
as verdadeiras questões da ética são práticas. A análise da justiça deve incluir imparcialidade e estabelecer
uma estrutura pública do pensamento que seja o suficiente para basear na razão os conceitos de juízo. 
-ADAM SMITH E O ESPECTADOR IMPARCIAL- Na busca acerca do ideal de justiça, neste ponto, o
enfoque é dado a concepção de justiça por John Rawls. Para Rawls a justiça é identidade como
equidade aonde essa reside exatamente no igualitarismo num estado inicial do contrato social. Faz-
se também, um contra ponto com a teoria do "Espectador imparcial" de Adam Smith e a importância
desta teoria na busca de juízos justos. 
-O ALCANCE DA RAZÃO- A argumentação surge como a fonte mais confiável para se chegar ao raciocínio mais
adequado , é pela argumentação que podemos raciocinar sobre nossas reações e atitudes e questionar se
realmente estamos tendo as atitudes corretas. A razão surge como nossa aliada para realizar a analise critica
de nosso comportamento.
-A RAZÃO,OS SENTIMENTOS E O ILUMINISMO-Nessa parte do capítulo, fala da importância dos sentimentos
instintivos e dos cálculos frios (razão). Sentimentos instintivos tais como a tendência à responder às pessoas
com respeito, a empatia e a repugnância à crueldade dispensam, em geral, a necessidade de conflitos com o
bom uso da razão. Ao contrário, a razão é complementarmente útil para a utilização precisa de tais
sentimentos. Para David Hume, a razão e a emoção estão interligadas – assim como para Adam Smith,
entretanto, de formas diferentes das mencionadas por Hume. Após o desenvolvimento e diversas
comparações entre, principalmente, Smith e Hume, Amartya Sen conclui citando o que Akbar chama de
“caminho da razão”: é essencial valorizar as informações que nossas reações instintivas nos dão, mas não tê-
las como palavra final sem antes racionalizá-las, assim como não é bom levarmos os cálculos frios como
respostas definitivas, sem antes considerar nossas percepções instintivas.

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