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saude do idoso conceito de geriatria e gerontologia

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Conceitos básicos em Geriatria e Gerontologia
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Gerontologia (1903)
Elie Metchnikoff
(1845-1916)
Geriatria
(1909)
Ignatz L.Nascher 
(1863-1944)
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Marjory W. Warren
(1897-1960)
Costa EFA, 1998
Década de 30
 
 delineou os primórdios da avaliação multidimensional e a importância da interdisciplinaridade
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O que é Gerontologia? E Geriatria?
GERONTOLOGIA
“É a ciência que estuda o envelhecimento” (REBOUL, 1973)
É o conjunto das disciplinas que intervêm no mesmo campo, o campo do envelhecimento” (DONFUT, 1973)
GERIATRIA
Se ocupa do aspecto médico do idoso, pode ser considerada como parte da gerontologia” (CARVALHO, 1984)
É a ciência médica que cuida das pessoas idosas (REBOUL, 1973)
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Objetivos da Gerontologia
Tratar dos aspectos biológicos, sociais, psíquicos e legais do envelhecimento, entre outros.
Promover pesquisas que possam esclarecer os fatores envolvidos no envelhecimento.
Gerontologia social
Gerontologia biomédica
geriatria
A Ciência do Envelhecimento
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Gerontologia social aspectos não orgânicos
	(antropológicos, psicológicos, legais, sociais, ambientais, econômicos, éticos e políticos de saúde).
Gerontologia Biomédica estudo do fenômeno do envelhecimento
	(molecular e celular, estudos populacionais e de prevenção de doenças associadas). (COMO e POR QUE envelhecemos?) 
Geriatria
	Relação estreita com disciplinas da área médica – subespecialidades.
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ENVELHECIMENTO
“fase de um continuum que é a vida, começando com a concepção e terminando com a morte. Ao longo deste continuum é possível observar fases de desenvolvimento, puberdade e maturidade, entre as quais podem ser identificados marcadores biofisiológicos, que representam limites de transição entre as mesmas”
“processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte” (Papaléo Neto, 1996)
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	ENVELHECIMENTO NORMATIVO
	Primário: universal, presente em todas as pessoas, geneticamente determinado ou pré-programado.
 Secundário: resultante da interação entre as influências externas e o indivíduo. É variável entre indivíduos em diferentes meios (decorrente de fatores geográficos, cronológicos e culturais). 	
	SENESCÊNCIA X SENILIDADE
 Senescência ou senectude: resultante do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas próprias do envelhecimento normal. 
Senilidade: modificações determinadas por afecções que freqüentemente afetam o idoso.
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 Envelhecimento usual ou comum: processo inerente ao envelhecimento + hábitos de vida “insalubres”.
São não patológicos, mas de alto risco.
 Envelhecimento saudável ou bem-sucedido: os fatores extrínsecos (estilo de vida) → preservação da saúde nesta fase da vida.
São de baixo risco e alta função.
 
Envelhecimento: Comum x Saudável
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Idoso saudável:
baixo risco de doenças e de incapacidades funcionais
bom funcionamento físico e mental
vida ativa
Idoso frágil:
	Pertence a um grupo de idosos com múltiplas doenças crônicas e com importantes limitações nas Atividades da Vida Diária.
Idoso saudável x idoso frágil
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Projeto EPIDOSO – 1667 pessoas  65 anos
 94% tinham ao menos 1 doença crônica
 33,2 % referiram 5 ou + doenças crônicas 
 34% sem dificuldades em AVD ( atividade vida diária )
 33,7% 1 a 3 dificuldades em AVD
 16% 4 a 6 dificuldade em AVD
 16% 7 ou mais dificuldades
 
Conceito de Saúde (OMS)		
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	Capacidade funcional (CF): um novo conceito de saúde para o idoso
	É a habilidade de executar atividades em um padrão considerado como normal, de acordo com comportamentos socialmente construídos (NAGI, 1993)
Resultante da interação multi-dimensional entre:
 saúde física
 saúde mental
 independência na vida diária
 integração social
 suporte familiar 
 independência econômica
Psico-social
Suporte social
Físico-ambiental
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Atividades de vida diária (AVD)
Deitar/levantar da cama
Pentear cabelo
Vestir-se
Andar no plano
Ir ao banheiro em tempo
Subir escadas
Comer
Atividades de vida prática (AVP )
Medicar-se na hora
Andar perto de casa
Fazer compras
Preparar refeições
Cortar unha dos pés
Sair de condução
Fazer a limpeza da casa
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Classificação dos idosos quanto a CF
Perda de capacidade funcional em idosos: Importante marcador de institucionalização e morte.
Força muscular
encurtamentos musculares
postura
marcha
equilíbrio
controle motor
riscos de quedas
dispositivos de auxílio à marcha
avaliação ambiental
Diagnóstico
Funcional
Idosos dependentes
Idosos independentes
mobilidade
transferências
AVD e AIVD
LIMITAÇÃO
FUNCIONAL
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Avaliar os graus de dependência e de autonomia
Dependência: É um estado no qual o indivíduo acredita ser dependente de outros ou de equipamentos que lhe permitam adaptação.
Independência: É a capacidade do indivíduo sobreviver sem ajuda de outros.
	
	Autonomia: É a capacidade de tomar decisões, 	livre 	escolha, autogoverno.
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Classificação de Incapacidades (ICDH- Classificação internacional de deficiências, incapacidades e desvantagens)
Deficiência (impairment): perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Ex.: deficiência sensorial, física, orgânica e mental. 
Incapacidade(disability): restrição, resultante da deficiência, da habilidade para desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Ex.: incapacidade de ...
Desvantagem (handicap): prejuízo para o indivíduo resultante de uma deficiência ou incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais. Ex.: desvantagem na orientação, na mobilidade, na integração social, nas AVDs, etc.
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Intervenção ser humano / ambiente fatores intrínsecos e extrínsecos modificáveis e não-modificáveis
Individual
Coletivo 
Grupo
Patologias
Faixa etária
etc...
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Serviços de Atenção ao Idoso
Serviços de inclusão social
Serviços de proteção social
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Serviços de Inclusão Social
	Objetivo: 
	prevenir o isolamento e assegurar a participação social dos indivíduos na sociedade.
Centros de convivência
	Espaço onde são desenvolvidas atividades de promoção da sociabilidade, do lúdico, de participação e usufruto de bens culturais.
Oficinas de Trabalho
	Espaço destinado ao desenvolvimento de atividades produtivas, visando aumento da renda.
Universidades Abertas
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Inserção da Fisioterapia nos Serviços de Inclusão Social
Programas de promoção de saúde: grupos de atividade física com enfoque na capacidade funcional
Grupos de educação em saúde: orientações sobre patologias (medidas preventivas e curativas, auto-cuidado)
Inserção em atividades culturais e de lazer
Orientações de dispositivos de auxílio à locomoção 
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Serviços de Proteção
Centro dia
República
Casa lar
Instituições de longa permanência
Centro de Referência do Idoso
Hospital dia
Assistência Domiciliária
Conjunto de ações que envolvem inclusão social e proteção na comunidade.
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Centro dia
	programa de atenção integral às pessoas cujas carências familiares ou funcionais as impede de permanecer no domicílio durante certo período do dia.
Atividades desenvolvidas
atendimento das necessidades básicas (alimentação, higiene, cuidados de enfermagem)
atividades terapêuticas (equipe interdisciplinar)
atividades sócio-culturais
	Usuários: idosos com algum grau de dependência e que necessitam de cuidados médicos e sociais.
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República
	Alternativa de residência para idosos independentes organizada conforme o número de usuários, mantida principalmente pelos próprios usuários
Atividades: de acordo
com o interesse dos moradores. 
Casa Lar
	Alternativa de residência para idosos com renda insuficiente para a sobrevivência: mantida por órgãos públicos e ONGs.
Atividades: planejadas de acordo com as necessidades biopsicossociais e a rede de suporte social local.
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Centro de Referência
	Espaço de múltiplas funções: assistência, pesquisa, encaminhamento, orientação. Vinculado a uma instituição de ensino, de modo a garantir o trabalho de pesquisa.
Atividades: atendimento médico/odontológico; serviço social; atividades de lazer; reabilitação; fornecimento de medicação; orientação jurídica; atendimento domiciliar.
	Usuário: indivíduos acima de 60 anos.
Ambulatório de Gerontologia
Triagem
Centro de reabilitação
Consultas e atendimentos terapêuticos.
	Usuários: idosos estáveis clinicamente, em acompanhamento médico ou terapêutico. 
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Hospital-dia
	Local para tratamento médico, especialmente de manutenção e reabilitação, devendo sempre contar com a participação de equipe multiprofissional e pessoal de apoio.
Usuário: pacientes cujas condições clínicas requeiram serviços hospitalares sem necessidade de atenção noturna e que não têm indicação para assistência domiciliária.
Enfermaria Geriátrica
Equipe interdisciplinar preocupada em recuperação ou manutenção da capacidade funcional
Preocupação com a fragilidade dos pacientes x tempo de internação
Condições clínicas associadas x ambiente
Usuários: idosos em episódios agudos, instabilidade clínica, investigação diagnóstica.
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Instituições de Longa Permanência
	Estabelecimento em regime de internato, equipados para o atendimento integral. Pública ou particular.
Atividades
	Usuários: idosos dependentes físico, cognitivo ou socialmente.
Assistência Domiciliária
	Atendimento público ou privado realizado no domicílio por equipe multi ou interprofissional.
	Usuários: idosos frágeis e incapacitados.
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Programa individualizado de melhora da capacidade funcional
Tratamento dos episódios agudos ou crônicos com dor e incapacidade através de meios físicos e cinesioterapia
Trabalho em grupos para manutenção do quadro funcional após alta do tratamento individualizado
Discussão dos casos em equipe de forma periódica e sistematizada levando-se em conta o potencial de reabilitação e o prognóstico funcional do paciente
Grupos de educação em saúde 
Grupos de prevenção de quedas e atividade física 
Inserção da Enfermagem e Fisioterapia nos Serviços de Proteção e Inclusão Social
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 Formas de Atuação Terapêutica
cuidador
paciente
ENFERMEIRO
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Focos de Atuação do ENFERMEIRO 
Idosos dependentes e restritos ao leito
posicionamento, transferências e manuseio correto.
Prevenção de imobilidade e suas conseqüências.
Atenção à condição respiratória.
Identificação dos meios de locomoção e prescrição, se necessário.
Adequação ambiental favorecendo a prestação de ajuda.
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Idosos dependentes, porém com capacidade de deambulação
 Facilitação da marcha
 Indicação de dispositivos de auxílio à marcha e calçados adequados.
 Treinamento de equilíbrio, força muscular e mobilidade geral.
 Orientação de transferências
 Adequação ambiental favorecendo a aquisição de padrões motores.
 Adaptação a perdas funcionais com novas estratégias de movimento.
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Idosos independentes, porém vulneráveis
 Prevenção de perdas funcionais
 Treino de marcha, equilíbrio, força e resistência muscular.
 Identificação e eliminação do fatores de risco para quedas.
 Treinamento do idoso em ambientes que coloquem demandas de requisitos motores compatíveis com a complexidade de tarefas do dia-a-dia.
 Manutenção do condicionamento e da tolerância ao exercício.
 Adequação de dispositivos de auxílio à marcha.
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	Laurence (1964)- “Anjo de Pedra” (Hagar recorda os anos passados no fim de sua vida):
 
	“Sentimentos de Hagar durante uma consulta com seu médico, acompanhada por sua nora Doris: 
	Finalmente chamam meu nome. Dóris entra também no consultório e fala com o DR. Corby como se eu estivesse ficado em casa. Seu intestino não melhorou nem um pouco... outro dia ela vomitou... _ E assim por diante, por que ela não deixa que eu fale? Afinal, de quem são os sintomas?”
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	Reação de Hagar como paciente em hospital: 
	
	“Deve haver 30 ou mais leitos nesta enfermaria. Parece um manicômio. Estou aqui deitada nessa prancha de cama, com o lençol puxado até o queixo, a barriga parecendo uma gelatina debaixo dos cobertores, que se mexe um pouco a cada respiração. Meus pés estão voltados para cima para evitar cãibras. Pareço uma peça de exibição de museu. Qualquer pessoa pode passar à vontade e parar para me olhar, sem pagar entrada!”

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