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16/05/2017 1 CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO ITPAC-2017 Ricardo Yamashita INTRODUÇÃO Pó de vidro e ionômero que contém ácido carboxílico. São derivados dos cimentos de silicato e policarboxilato. Introdução Um dos objetivos da odontologia restauradora é a preservação dos tecidos dentários sadios assim como a recomposição do tecido perdido buscando, através do emprego de materiais adequados e técnicas bem conduzidas, evitar recidivas ou mesmo aparecimento de novas cáries. O QUE SÃO OS CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO? Material empregado para restauração, proteção da dentina (material de base) e cimentação, desenvolvido em 1972, na Inglaterra, por Wilson e Kent, que une a capacidade de adesão química à estrutura dentária dos cimentos de policarboxilato de zinco e a liberação de flúor dos cimentos de silicato. O desdobramento do termo usado faz com que se entenda a razão. ION porque é um material com atividade iônica, ou seja, capaz de promover trocas eletrostáticas com esmalte e dentina e VIDRO pelo material apresentar reforço de partículas de vidro. Os ionômeros de vidro surgiram dos estudos pioneiros de Wilson & Kent no início da década de 70 (1971), e foram introduzidos no mercado em 1975, passando depois por sucessivas modificações, tais como a incorporação de resina para atender necessidades clínicas individuais, melhorando suas propriedades físicas, resistência e longevidade. IONÔMERO DE VIDRO • Cimentos convencionais Na atualidade, o líquido pode consistir de uma solução aquosa de ácido acrílico ou de co-polímeros do ácido acrílico/maleíco. 16/05/2017 2 Os elementos constituintes do pó são responsáveis pelas características de resistência, rigidez e liberação de flúor. O ácido tartárico é adicionado ao líquido com o intuito de aumentar o tempo de endurecimento do material, e o ácido itacônico é incorporado a fim de impedir ou retardar a reação química dos ácidos, quando armazenado. A composição química dos cimentos de ionômero de vidro Ionômero de vidro Vantagens Desvantagens Inerente adesão Pouca contração Liberação de flúor Biocompatível Solúvel Não é radiopaco Desgaste Sensível à água Presa lenta Tipo I :para cimentação Tipo II :para restauração Tipo III:para forramento Tipo IV: ionômeros híbridos (restaurador definitivo e para núcleos) CLASSIFICAÇÃO Ionômero tipo I apresenta menor quantidade de carga de vidro porque necessita de maior escoamento para não interferir no ajuste das restaurações que serão cimentadas. Une-se a todos os tipos de metais, não o fazendo apenas em relação ao ouro, platina, mas também em porcelana. CLASSIFICAÇÃO Liberação de flúor - ocorre com maior intensidade nas primeiras 24-48 horas, e continua com menor intensidade por um longo período. Isso ocorre porque a presa do cimento se dá de maneira lenta, deslocando uma quantidade grande de elementos ionicamente ativos (incluindo flúor) nas primeiras etapas da geleificação. Propriedades INDICAÇÕES Selamento de fóssulas e fissuras Proteção da dentina Substituição da dentina (Dentina artificial) Restauração de áreas submetidas a baixo ou nenhum esforço mastigatório Restaurações em dentes decíduos Cimentação de coroas, bandas ortodônticas e pinos 16/05/2017 3 Amálgama-adesivo Reparos de margens de coroas Cimentação de bráquetes Núcleos de preenchimento Restaurações temporárias Selamento em massa de cavidades durante a adequação do meio bucal Restaurações atraumáticas INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES Restauração de áreas de esforço oclusal. Restaurações que implicam em grande recuperação estética. MANIPULAÇÃO A manipulação do material deve ser feita em placa de vidro ou bloco de papel impermeável, se possível à temperatura de 23oC (placa de vidro resfriada). As instruções dadas pelo fabricante, especificadas para cada produto comercial devem ser rigorosamente seguidas, pois ocorre uma variância entre os diferentes tipos de cimento entre as diferentes marcas comerciais existentes. A aglutinação (mistura) do pó ao líquido deve ser feita de forma mais rápida e completa possível. Uma massa ideal deve ter como aspecto final uma substância cremosa, de aspecto vítreo e úmido. MANIPULAÇÃO O tempo de manipulação deve ser no máximo de 30 segundos. Para se prolongar o tempo de presa do material , deve-se diminuir a temperatura da placa de vidro a valor não inferior à condensação do vapor de água e, jamais alterar a proporção pó X líquido (1:1) sob risco de alterar significativamente as propriedades mecânicas do cimento. MANIPULAÇÃO A espátula deve ser de ágata, nylon ou plástico,devido ao risco que as espátulas metálicas oferecem quanto à alteração de cor, pelo fato de liberarem íons metálicos. MANIPULAÇÃO 16/05/2017 4 O ionômero também tem sido apresentado em cápsulas pré- dosadas, as quais devem ser manipuladas em aparelhos semelhantes a um amalgamador, obtendo-se excelente mistura. MANIPULAÇÃO MANIPULAÇÃO MANIPULAÇÃO CONSISTÊNCIA CIV RESTAURADOR Note a formação de um fio de 1 cm. CIV CIMENTAÇÃO Note a formação de um fio de 3 a 4 cm. CIV FORRADOR Note a formação de um fio de 1 a 2 cm. 16/05/2017 5 Criança do sexo masculino com presença de lesão cariosa; Selamento da cavidade com Maxxion R 3M™ Vitrebond™ Após a abertura olcusal a cárie foi removida com curetas. No fundo da cavidade nota-se dentina escurecida. 3M™ Vitrebond™ Inserção do Vitrebond com seringa e a base concluída após a fotopolimerização. Logo a seguir foi realizado o condicionamento ácido. 3M™ Vitrebond™ Restauração concluída com resina composta.
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