Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 04 Curso: Noções de Arquivologia p/ MTE - Agente Administrativo Professor: Felipe Petrachini Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 34 AULA 04 – Legislação Arquivística Aplicável aos Arquivos Públicos SUMÁRIO PÁGINA �� 5. Legislação Aplicável aos Arquivos Públicos ................................................ 1� 5.1. Constituição Federal ............................................................................. 1� 5.2. Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002 ...... 3� 5.3. Decreto 4.915/2003 (Executivo Federal) ............................................... 9� 5.4 Decreto 4.073/2002 (Executivo Federal).............................................. 13� 5.5. Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resolução CONARQ nº 10 ..................................................................................................... 16� 5.6. Decreto 4553/2002 ............................................................................. 23� 5.7. Lei 12.527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação) .............................. 23� Despedida ..................................................................................................... 26� Questões Comentadas – Resoluções CONARQ........................................... 26� 5. Legislação Aplicável aos Arquivos Públicos 5.1. Constituição Federal Sim meus caros, nossa vasta e quase interminável Carta Magna disse uma palavrinha ou duas que o estudante de arquivologia deve também ouvir falar. Já aviso logo que não foi exatamente dos arquivos que a Constituição Federal falou em seu texto, mas de algo muito caro às Democracias: a informação. Informação, como quero acreditar que os Senhores ainda se recordam :P, é a parte intangível do documento. É a ideia fixada em suporte. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 34 E quais artigos devemos conhecer? Eu ficaria com estes aqui: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado Olha o lendário artigo 5º aqui, diretamente das suas aulas de Direito Constitucional. De uma só vez, esta nação deixa claro que todos têm direito a receber informações dos órgãos públicos, mas também qualifica algumas informações que, por sua importância, não devem ser franqueadas a este mesmo público. Neste segundo caso, está presente a ideia de sigilo, já conhecida por vocês. Caso seu professor de Constitucional não tenha sido suficientemente enfático (porque tenho certeza de que ele falou o que direi agora), o direito à informação diz respeito ao seu próprio nariz, ou àquilo que for da conta de todo mundo :P. Você tem direito de obter informações que digam respeito a você, e àquelas que digam respeito ao interesse coletivo ou geral. A princípio, você NÃO tem direito a informações de interesses de terceiros, Salvo casos específicos, que não dizem respeito ao nosso estudo aqui. O segundo artigo que considero importante está perdido quase lá no fim da Constituição Federal, e mesmo assim, não é todo ele que nos interessa: Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 34 referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: [...] § 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. Fui obrigado a transcrever o artigo 216, mas o que realmente nos importa aqui é o parágrafo 2º daquele artigo. Nesta parte, a Constituição prevê a criação de um diploma legal que discipline a gestão de documentos dentro dos órgãos públicos. Com esta deixa, passamos ao capítulo seguinte, que possui a lei mais importante do nosso curso. 5.2. Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002 Meu caro, se seu tempo estiver curto e você só puder ler uma lei, leia a Lei 8.159/1991. Ela é, de longe, a lei mais importante do curso, sendo o alfa e o ômega de tudo, tudo, tudo mesmo que aprendemos sobre arquivologia e arquivística ao longo do curso. A versão completa da lei tem 28 artigos, dos quais três deles encontram-se revogados pela Lei 12.527/2011 (artigos 22 a 24). O link dela está aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2011/lei/l12527.htm Fiquei aqui pensando em como passar o conteúdo sem ser maçante. Cheguei a duas conclusões: não vou reproduzir integralmente a legislação, para não tornar o PDF cansativo, e, como recebi inúmeras críticas positivas quanto ao uso e abuso da palheta de cores do Microsoft Word, vou “colorir” a legislação, nas partes em que vocês devem ter mais atenção. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 34 Olha só como não é difícil. Conforme o próprio preâmbulo da lei, esta “Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências.” A razão de estarmos aqui portanto :P. Vamos aos principais artigos: Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Olha só meu filho, tudo que eu venho repetindo, constantemente, aula após aula. Seu querido professor não infernizou você este tempo todo inutilmente. O artigo 2º define, em todo seu esplendor e glória, o que é um arquivo. E o próximo artigo é ainda melhor: “Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.” O tio não só já comentou esse artigo, como escreveu um capítulo inteiro sobre ele. Pode conferir a aula 02 de novo, que está lá, com as mesmas cores e detalhes. E cai em prova. Direto! Seguindo. Lembra do nosso artigo 5º, inciso XXXIII? Embora ele tenha sido já bastante enfático, a Lei 8159 não perdeu a oportunidade de reproduzi-lo.A informação do artigo 4º desta lei corresponde à mesma ideia daquele inciso. Veja só: Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 34 responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Novidade: A Lei trata de documentos, e assim sendo, é normal que adequasse a redação do inciso ao objeto que busca regulamentar. Também especificou as hipóteses de sigilo com um pouco mais de detalhamento, mas, de resto, é a mesma coisa :P. Depois deste, temos alguns artigos menos nobres, que dispensarei a reprodução :P. Seguindo em frente. Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Regulamento § 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. § 2º - A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora. O artigo 7º, de novo, é a consagração de todo o nosso curso. Arquivo, qualquer que seja, é o conjunto de documentos produzidos e recebidos no exercício das atividades de determinada entidade. Assim sendo, arquivo público é o conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos. Simples assim :P. O parágrafo 1º chama a atenção a uma particularidade já cobrada em prova: documentos de instituições privadas podem também compor o que se chama de arquivo público, nas hipóteses nele previstas. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 34 E o parágrafo 2º também já foi cobrado em prova. Ele trata de uma situação específica de encerramento de atividades de determinada instituição pública. Só para ficar bem claro: A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público Implica recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou sua transferência à instituição sucessora E como saberemos qual dos dois procedimentos tomar? A existência de uma instituição sucessora, que venha a exercer as atividades da entidade original. Aliás, este caso é particularmente curioso. De acordo com o princípio da proveniência, dois fundos de arquivo diferentes não podem ser misturados, e este é o princípio mais importante da arquivística. Ainda assim, em caso de sucessão, pode ser que a instituição sucessora se veja servida agora dos documentos do fundo que sucedeu, e com o seu acervo próprio. O que fazer? Vou dizer a vocês o que NÃO FAZER: estes fundos não devem ser misturados. São dois fundos de 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 34 arquivo totalmente independentes, que deverão ser mantidos pela instituição exatamente desta forma. Olha outro artigo já amplamente estudado na Aula 02: Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes. § 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas freqüentes. § 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. (grifos nossos, o Planalto não costuma utilizar cores nos diplomas legais :P) Não preciso repetir o que foi dito em aula né? Espero que não :P Passando adiante, temos o querido artigo 10º: Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. Todos termos familiares ao Direito Civil. Lembre-se que os documentos de valor permanente jamais perdem esta característica. Nós já falamos disso, e caso você não se lembre: 07. CESPE 2012 – ANATEL - Os documentos de valor permanente, consoante legislação, não devem ser eliminados ou alienados. Comentários: Item correto. Os documentos permanentes nunca podem ser eliminados, nem alienados (vendidos). É o que nos diz o art. 10º da lei art. 8.159/91: Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 34 Lembre-se que os documentos permanentes possuem valor histórico, não sendo mais “propriedade” (tecnicamente, não estão mais sob a custódia) da instituição de origem, constituindo patrimônio histórico da nação. O artigo 12 é bom que vocês apenas conheçam, pois é fonte inesgotável de cascas de banana para concurseiros incautos: Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico nacional. Antes de adentrarmos às disposições finais da lei, temos os artigos 18, 19 e 20 da Lei 8159: Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Nacional poderá criar unidades regionais. Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo Federal no exercício das suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda. Preste atenção (nunca se sabe quando poderá ser cobrado :P) que o Executivo Federal tem um órgão próprio para cuidar dos documentos por ele produzidos e recebidos no desempenho de suas atividades: o Arquivo Nacional. 21111228310Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 34 Quanto aos demais poderes, a lei cuida apenas de conceder-lhes competência para gerir seus documentos da maneira que melhor lhes aprouver. Pois bem, o próximo passo da aula seria falar dos artigos 23, 24 e 25. Felizmente, seu professor, como o bacharel em direito e advogado recusado pela OAB, em virtude do artigo 28, inciso VII da Lei 8906 de 1994, sabe que estes artigos foram revogados. A parte interessante deles tratava sobre sigilo de documentos. Tudo isso será visto quando falarmos da Lei 12.527 de 2011, na parte que nos interessar. E para terminar: Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). O CONARQ está inserido dentro de um sistema maior, chamado SINAR. Cabe ao SINAR implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade do ciclo documental, sendo o CONARQ seu órgão central. 5.3. Decreto 4.915/2003 (Executivo Federal) Meu amigo, você está indo para o Executivo Federal. Posso dizer, por experiência própria, que este é o poder que mais adora editar decretos, instruções normativas e ordens de serviço interpretando e regulamentando a legislação existente. Este Decreto, que normalmente não é visto em outros cursos, tem bastante chance de ser exigido na sua prova. Através do Decreto 4915/2013, conforme seu próprio preâmbulo, buscou-se regulamentar o “disposto no art. 30 do Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, no art. 18 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002”. Pela ordem: 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 34 - O Decreto-Lei 200 dispõe sobre a Administração Pública Federal e existe desde os tempos em que o tio Hely Lopes Meireles ainda era vivo. É frequentemente estudado em Direito Administrativo e Administração Pública, e só apareceu no texto da lei porque é uma lei que dispõe sobre procedimentos a serem adotados dentro do Executivo Federal. O Decreto 4.073 trata especificamente do CONARQ. Já falamos dele, e falaremos do Decreto em breve. E por fim, o art. 18 da Lei 8.159, trata da Gestão de Documentos dentro do Executivo Federal, e de certo modo, é a principal razão de ser do Decreto. O que você precisa saber? Acompanhe: Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominação de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, as atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública federal. O SIGA é um sistema dedicado à Gestão de Documentos na Administração Pública Federal. Ele não é exatamente uma entidade, mas é composto por diversos órgãos, entre os quais velhos conhecidos, como o CONARQ. Já chegaremos lá. O SIGA, como tudo que é criado no serviço público, seja um órgão, entidade, ou mesmo um simples sistema, existe para atender a uma finalidade: Art. 2o O SIGA tem por finalidade: I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições administrativas ou legais; II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo; 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 34 IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da documentação arquivística pública; VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração pública federal; VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da informação pública federal. Não tem muito segredo aqui. Tudo que o SIGA busca fazer é aquilo que vimos durante a aula, objetivos a serem alcançados pelo gestor do arquivo. Há tanto preocupação com a disseminação da informação (mandamento de ordem constitucional), como preocupações mais “mundanas”, como a tentativa de racionalização da produção de documentos e custos. Art. 3o Integram o SIGA: I - como órgão central, o Arquivo Nacional; II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de documentos de arquivo nos Ministérios e órgãos equivalentes; III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios e órgãos equivalentes. Vamos ver se dá para facilitar a visualização: 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 34 No seu caso, a unidade dentro do seu órgão responsável pela gestão de documentos é o Órgão Setorial, e você provavelmente trabalhará em um dos inúmeros Órgãos Seccionais (que seriam as outras unidades). Dê uma lida descompromissada nos artigos 4º a 7º do Decreto. Você precisa memorizar? NÃO!!! Tenha em mente uma coisa antes de começar: Quanto mais alto na hierarquia, menos trabalho braçal e mais atribuições de supervisão e orientação. Quem carrega caixa na repartição é você, não seu chefe :P. Ele é quem diz onde a caixa deve ser posta, e o chefe dele tem o conhecimento do porquê a caixa deve ser posta onde foi posta :P. Com este exemplo esdrúxulo e ligeiramente confuso, acredito que você pescará a ideia. Uma última particularidade, um tanto óbvia, mas que seria a cara do CESPE cobrar na sua prova: Art. 9o Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central para os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem prejuízo da subordinação ou vinculação administrativa decorrente de sua posição na estrutura organizacional dos órgãos e entidades da administração pública federal. �ƌƋƵŝǀŽ� EĂĐŝŽŶĂů� MƌŐĆŽƐ�^ĞƚŽƌŝĂŝƐ� ;DŝŶŝƐƚĠƌŝŽƐͿ� MƌŐĆŽ�^ĞĐĐŝŽŶĂů� MƌŐĆŽ�^ĞĐĐŝŽŶĂů� MƌŐĆŽƐ�^ĞƚŽƌŝĂŝƐ� ;MƌŐĆŽƐ� �ƋƵŝǀĂůĞŶƚĞƐͿ� MƌŐĆŽ�^ĞĐĐŝŽŶĂů� 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 34 Em outras palavras, a estrutura administrativa de todos os órgãos da Administração Pública Federal continua a mesma, mas, em matéria de gestão de documentos, é o Arquivo Nacional quem deve dar a última palavra. Assim sendo, a hierarquia existente tendo o Arquivo Nacional no ápice só é válida quando o assunto for gestão de documentos, e mais nada! Qualquer afirmação que tenda a dizer o contrário está incorreta. 5.4 Decreto 4.073/2002(Executivo Federal) O Decreto 4.073/2002 trata tanto do CONARQ como do SINAR. Como seu edital não pediu especificamente o decreto, não precisaremos ir muito fundo nele. Mas, os próximos dois artigos devem ser conhecidos por você (sem neura :P): Art. 2o Compete ao CONARQ: I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos de arquivos; II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas; III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e judiciária; 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 34 VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados; VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e privados; IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991; X - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR; XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados; XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações; XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e informática. [...] Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR: 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 34 I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos documentos na sua esfera de competência, em conformidade com as diretrizes e normas emanadas do órgão central; II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo seu cumprimento; III - implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma a garantir a integridade do ciclo documental; IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor permanente; V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR; VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ; VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de dispositivos legais necessários ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e privados; VIII - promover a integração e a modernização dos arquivos em sua esfera de atuação; IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser considerados de interesse público e social; X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos lesivos ao patrimônio arquivístico nacional; XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e privados, bem como no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a arquivos; XII - possibilitar a participação de especialistas nas câmaras técnicas, câmaras setoriais e comissões especiais constituídas pelo CONARQ; XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da área de arquivo, garantindo constante atualização. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 34 Tudo aquilo que está colorido merece uma atenção especial, mas como eu disse, sem pânico (eu disse neura, mas você entendeu a ideia). Estou apenas apresentando as estruturas que compõem o maravilhoso mundo da gestão de documentos na Administração Pública Federal. Você não precisa conhecê-las a fundo, apenas ter ciência de seu papel no grande quadro. 5.5. Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resolução CONARQ nº 10 Agora você sabe por que não apaguei o capítulo de microfilmagem das aulas de vocês. Os diplomas legais acima tratam justamente do suporte de microfilme, em um nível de detalhamento que nos deixaria durante horas estudando o tema. Para variar, seu estimado professor já semeou a matéria na cabeça de vocês ao longo das aulas (neste caso, da Aula 03). Vou ser bem honesto com vocês: a Lei 5.433 é muito chata :P. Até aí tudo bem, mas o verdadeiro ponto do argumento é que o que vocês precisam, mesmo, saber para a prova está no Decreto Federal que regulamenta esta lei, no caso, o Decreto Federal 1.799/1996. Este sim precisa ser estudado com cuidado. Recomendação do seu professor: leia a Lei 5.433 sem stress, apenas para não derrapar em pegadinhas óbvias, e vá com sangue nos olhos quando for ler o Decreto Federal. Veja uma pegadinha óbvia, que a mera leitura descompromissada da Lei 5.433 já te garantiria o ponto: § 2º Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro processo adequado que assegure a sua desintegração. Isso mesmo meu caro, podemos mandar documentos para a grande fornalha, desde que tenham sido microfilmados anteriormente. EXCETO: Art 2º Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados, podendo ser arquivados em local diverso da repartição detentora dos mesmos. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 34 Tudo isso só batendo o olho na legislação. Então, não deixe de ler :P Passando ao Decreto, vamos direto ao ponto: Art. 3° Entende-se por microfilme,para fins deste Decreto, o resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. Já vimos em aula este artigo, estou apenas refrescando sua memória. Agora o negócio vai ficar pesado: Art. 7° Na microfilmagem de documentos, cada série será precedida de imagem de abertura, com os seguintes elementos: I - identificação do detentor dos documentos, a serem microfilmados; II - número do microfilme, se for o caso; III - local e data da microfilmagem; IV - registro no Ministério da Justiça; V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a serem microfilmados; VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior; VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmadora e do grau de redução; VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados; IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 34 Art. 8º No final da microfilmagem de cada série,será reproduzida a imagem de encerramento, imediatamente após o último documento, com os seguintes elementos: I - identificação do detentor dos documentos microfilmados; II - informações complementares relativas ao inciso V do artigo anterior; III - termo de encerramento atestando a fiel observância às disposições deste Decreto; IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos microfilmados continua em microfilme posterior; V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. Os artigos acima discriminam tudo que deve conter as imagens de abertura e encerramento de um microfilme. Se você tentar memorizar isto, vai enlouquecer. Vamos tentar um outro caminho. Seu querido professor, nos tempos em que era Assistente Técnico lá na Receita Federal (e confesso que até hoje), a fim de complementar sua renda, fazia edições de vídeo de casamento para poder levar a namorada ao cinema :P. Não que isso em si seja importante, mas o método que eu utilizava para identificar as fitas é o mesmo que você vê em alguns rolos de filme antigos. É necessário, logo no começo da fita (ou no nosso caso, microfilme), identificar que negócio é aquele. Agora pense um pouco: o que você gostaria de ver logo de cara que te ajudasse a identificar o que exatamente é aquele microfilme? O que é isto: I - identificação do detentor dos documentos, a serem microfilmados; II - número do microfilme, se for o caso; IV - registro no Ministério da Justiça; 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 34 Onde e quando foi feito isto: III - local e data da microfilmagem; Quem será que fez isto: VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados; IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. Como isto foi feito: VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmadora e do grau de redução; E o meu favorito, quando as edições de vídeo continham mais de uma fita: Onde raios isso começa? V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a serem microfilmados; VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior; E quando o microfilme termina, é quase a mesma coisa, só que não precisamos de tantos detalhes, embora algumas informações devam ser repetidas: O que é isto?: I - identificação do detentor dos documentos microfilmados; Isto foi feito certo? III - termo de encerramento atestando a fiel observância às disposições deste Decreto; Quem será que fez isto: V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. E será que raios isto terminou? II - informações complementares relativas ao inciso V do artigo anterior; IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos microfilmados continua em microfilme posterior; Quer ver algo legal agora? Olha só: 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 34 Art 1º É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de documentos particulares e oficiais arquivados, êstes de órgãos federais, estaduais e municipais. § 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dêle. Significa que um documento microfilmado tem o mesmo valor legal que o documento que tenha servido de base à sua confecção. Agora, que fique bem claro: o mesmo valor legal. Nada mais que isto! Vá olhar para sua coleção de figurinhas. Veja aquela figurinha brilhante do Ronaldo nos tempos em que ele conseguia correr de uma ponto a outra do campo sem bufar. Caso eu microfilmasse sua coleção de figurinhas, você iria aceitar que eu as incinerasse logo em seguida, já que, basicamente, toda a informação contida na figurinha está no microfilme? Quero eu acreditar que não :P. Por quê? Porque embora o microfilme tenha valor legal, ele não tem o mesmo valor histórico que o documento original. Pensando nisso, temos o artigo 13: Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor. Viu como tudo se encaixa com perfeição? :P Tem mais um artigo que já foi cobrado em prova, legal pacas: Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópias resultantes de microfilmagem de documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à prestação de contas, deverão ser mantidos pelos prazos de prescrição a que estariam sujeitos os seus respectivos originais. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 34 Aqui ajuda bastante pensar: o microfilme tem valor de documento original. Apresentar o documento microfilmado é quase como se fosse apresentar o original mesmo. Assim, já que ele está ali, representando tal como se fosse o documento que buscávamos, ele deve ser armazenado pelo mesmo tempo e pelos mesmos motivos pelos quais armazenaríamos os originais. Simples assim. Até aquiestava tudo indo bem. Mas não falei ainda da Resolução 10 do CONARQ. Pelo amor de Deus, não se desespere. Primeiro passo: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/legisla/anexos_da_resoluo_n_10.pdf Este link direcionará você à resolução. Estou apontando por curiosidade apenas, e caso você tenha tempo de ler, poderá passar o olho por lá. O que você deve memorizar: desenhos :P. Veja aqui: 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 34 Estes “desenhos” são o que chamamos de “sinaléticas”. Consistem em símbolos de significado padronizado. Quem vê estes desenhos sabe, de pronto, o que eles significam, razão pela qual seu conhecimento é necessário em algumas questões sobre microfilmagem. Meu caro, aqui não tem segredo. Essa imagem saiu direto da resolução. Você terá de aprender a fazer relações entre o desenho e o significado (Aliás, os desenhos foram criados justamente para facilitar essa assimilação). 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 34 5.6. Decreto 4553/2002 REVOGADO!!!!! :P. Se o material de vocês for um pouco mais antigo, apenas pule esta parte. Conforme artigo 60 do Decreto 7845 de 2012 Art. 60. Ficam revogados: I - o Decreto no 4.553, de 27 de dezembro de 2002; e II - o Decreto no 5.301, de 9 de dezembro de 2004. ESQUEÇA! 5.7. Lei 12.527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação) Também conhecida como o mais recente recurso de pesquisa à remuneração dos servidores de todo o Brasil ou então, parte do programa “quanto ganha o meu professor?” :P. (Só pra constar, caso alguém vá procurar nos sistemas da Prefeitura, aquele é o BRUTO!!!!) A despeito da minha opinião sobre o referido diploma, é fato que tal lei veio regulamentar o inciso XXXIII do artigo 5º da Constituição Federal, bem como parágrafo 2º do artigo 216. “Por acaso”, ambos já foram vistos nesta aula. Veja o artigo 1º: Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. Assim o sendo, coloque em sua cabeça que este diploma tem um único tema em todos os seus artigos: permitir o acesso a informações que se encontrem em poder da Administração Pública. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 34 A Lei 12527 de 2011 não é um diploma que trata especificamente sobre regras de arquivologia, documentos ou qualquer outra coisa que possam te dizer nos enunciados, mas trata de informações. E o que você, caro aluno, tem com isso? A Lei 12527 alterou toda a disciplina referente ao sigilo de documentos, que antes era estudada no Decreto 4533/2002. Então, fora recomendar que você leia a lei de maneira atenta, mas não paranoica, reproduzirei os dois artigos que reputo interessantes para o seu estudo: Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 34 VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. Queria dizer a vocês que estes verbos fazem alguma diferença, mas, francamente, duvido que alguma questão do CESPE vá trocar “por em risco” por “prejudicar” nas questões. E mesmo que faça isso, você vai ver que a alternativa fica esquisita. Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. § 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes: I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos. § 2o As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. § 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. § 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 34 § 5o Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo possível, considerados: I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. Se você puxar bem na memória, vai lembrar que elaborei uma tabela na Aula 01 simplificando tudo isto. Foi daqui que eu tirei as informações. Despedida Agora sim terminou. Eu sei que não foi muito divertido, mas agora você pode dizer, sem dúvida alguma, que conhece todos os assuntos que serão cobrados na prova. Foi um enorme prazer tê-lo como meu aluno e só posso desejar que alcance os seus objetivos pretendidos. Lembre-se: você só precisa fazer uma prova direito. E mais nada. Mas com o esforço adequado,talvez você só precise fazer esta prova, e mais nenhuma :P Estarei disponível no fórum para dúvidas, até o dia da prova. Aceito sugestões de melhoramentos no curso, afinal, o maior interessado na aprovação é você. Se algum tema foi sacrificado em demasia em prol da didática (isto pode acontecer), ou se você acredita que falei uma bobagem monumental, ou deixei de dizer algo crucial para a aprovação dos alunos, por favor, me passe um email que corrigimos isso para ontem. Aos exercícios agora. Forte abraço. Questões Comentadas – Resoluções CONARQ Diferentemente das questões de outras aulas, estas aqui tem intuito teórico, e não de treino. Significa que estas questões fazem parte da nossa aula teórica :P. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 34 A maior parte delas versará sobre resoluções do CONARQ, que pela infinidade de assuntos tratados por elas, fica impossível colocar tudo em um único capítulo. Disponibilizo o link ao lado de cada resolução, para quem se interessar em lê-las por inteiro (não se assuste, que não são documentos muito longos). Mãos a obra 1 - CESPE – ABIN – 2010 - Os documentos passíveis de recolhimento às instituições arquivísticas públicas devem ser higienizados e acondicionados. Comentário: Dê graças aos céus quando seu examinador te der um presente destes. A alternativa é cópia descarada do disposto no artigo 1º da Resolução 2 do CONARQ: (http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid= 53&sid=46): Art. 1º Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos às instituições arquivísticas públicas, pelos órgãos e entidades do Poder Público, deverão estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados e acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e controle. E faz todo o sentido. Imagine você, servidor público responsável pela gestão do arquivo, receber um documento todo desmontado e infestado de traças. Parece razoável? Lógico que não, razão pela qual a Resolução do CONARQ simplesmente reproduz o bom senso. 2 - CESPE – ABIN – 2010 Na transferência ou no recolhimento, os acervos devem ser acompanhados de um instrumento descritivo que permita sua identificação e controle. Comentários: A questão foi dada!!!! Novamente, uma cópia fiel e deslavada, sem qualquer traço de rubor nas faces de seu examinador, do artigo 1º da Resolução 2 do CONARQ de 1998 (http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=53&sid =46): 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 34 Art. 1º Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos às instituições arquivísticas públicas, pelos órgãos e entidades do Poder Público, deverão estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados e acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e controle. 3 - CESPE – ABIN – 2010 Os órgãos que não tenham elaborado suas próprias tabelas de temporalidade podem eliminar documentos desde que constituam comissões de avaliação e submetam a proposta à instituição arquivística pública. Comentários: Esta questão utiliza uma resolução um pouco menos conhecida do CONARQ. Mas ainda bem que você está aqui comigo :D. Veja o que diz o artigo 5º da Resolução 7 do CONARQ (http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=58&sid =46): Art. 5º Os órgãos e entidades que ainda não elaboraram suas tabelas de temporalidade e pretendem proceder à eliminação de documentos deverão constituir suas Comissões Permanentes de Avaliação, responsáveis pela análise dos documentos e pelo encaminhamento das propostas à instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência, para aprovação. Você talvez se incomode com o verbo "podem" no enunciado, enquanto o artigo 5º utiliza o verbo "deverão". Mas a ideia é bem simples: qualquer órgão que pretenda eliminar documentos e não tenha produzido uma tabela de temporalidade deverá constituir uma Comissão Permanente de Avaliação. A partir da existência dessa comissão, este mesmo órgão passa a ter a faculdade de eliminar os documentos que desejar, desde que passem pelo crivo da comissão. 4 - CESPE – ABIN – 2010 Considerando o código de classificação e a tabela de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem adotados como modelo para os arquivos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 34 As classes do Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública relativas às atividades fim são as de número 100 a 800. Comentários: Questãozinha bastante específica, criada a partir da Resolução 14 do CONARQ. Aliás, tecnicamente, a resposta pode ser encontrada diretamente no anexo da Resolução, cujo link fica aqui registrado: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/resolucao_14.pdf E nem tem muito o que inventar, o texto da Resolução é bem claro: "O Código de classificação de documentos de arquivo para a administração pública: atividades-meio, possui duas classes comuns a todos os seus órgãos: a classe 000, referente aos assuntos de ADMINISTRAÇÃO GERAL e a classe 900, correspondente a ASSUNTOS DIVERSOS. As demais classes (100 a 800) destinam-se aos assuntos relativos às atividadesfim do órgão. Estas classes não são comuns, cabendo aos respectivos órgãos sua elaboração, seguindo orientações da instituição arquivística na sua esfera específica de competência". 5 - CESPE – ABIN – 2010 Considerando o código de classificação e a tabela de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem adotados como modelo para os arquivos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir. As adaptações necessárias para a correta aplicação da tabela de temporalidade aos conjuntos documentais produzidos e recebidos nos órgãos e entidades do Poder Executivo federal deve ser feita pelo órgão central do Sistema Nacional de Arquivos. Comentários: Mais uma questão construída com base na Resolução 14 do CONARQ. Mas esta poderia ser respondida sem nem mesmo conhecermos o assunto. Do início, caro colega: Art. 2º Aprovar os prazos de guarda e a destinação dos documentos estabelecidos na versão revista e ampliada da Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivos Relativos às Atividades-Meio da Administração Pública. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 34 § 1º Caberá aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela proceder às adaptações necessárias para sua correta aplicação aos conjuntos documentais produzidos e recebidos em decorrência de suas atividades, mantendo-se os prazos de guarda e a destinação nela definidos. Mas professor,como é que eu poderia saber esta resposta sem conhecer o assunto? Bom, veja que a tarefa de adaptar um instrumento a usos específicos só faz sentido em um caso: aquele no qual um órgão com mais poder edita um instrumento geral, que precisa ser adaptado pelos destinatários, a fim de que atenda às suas necessidades específicas. Por qual razão um órgão central deveria adaptar qualquer instrumento se é justamenteo órgão central quem o cria, e assim, teria a chance moldá-lo originalmente às suas necessidades? Viu? Nem precisava ter lido a Resolução :P. 6 - CESPE – ABIN – 2010 Considerando o código de classificação e a tabela de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem adotados como modelo para os arquivos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir. As classes do código de classificação relacionadas às atividades-fim do órgão ou entidade do Poder Executivo federal devem ser aprovadas pelo Arquivo Nacional. Comentários: Essa questão já é bem mais interessante. Não bastava memorizar os dispositivos legais, mas interpretá-los em conjunto. Vejamos: Resolução CONARQ 14: Art. 1º APROVAR a versão revista e ampliada do Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública : Atividades-Meio, como um modelo a ser adotado nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. § 1º Caberá aos órgãos e entidades que adotarem o Código proceder ao desenvolvimento das classes relativas às suas atividades específicas ou atividades- 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 34 fim, as quais deverão ser aprovadas pela instituição arquivística pública na sua específica esfera de competência. Ok, já sabemos que quem deve aprovar o Código de Classificação é a instituição específica. E quem seria esta no caso do Executivo Federal? Hora de ver o artigo 18 da Lei 8.159/1991: Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Com estes dois dispositivos em conjunto, chegamos à conclusão de que é o Arquivo Nacional, instituição arquivística pública na esfera do Poder Executivo Federal quem deve aprovar o Código de Classificação relacionados às atividades- fim do órgão deste poder. Legal né? :P 7 - CESPE CESPE – ABIN – 2010 Na listagem descritiva para transferência ou recolhimento de documentos digitais de arquivo, dispensam-se as informações relacionadas às eliminações realizadas. Comentários: Outro presente do CESPE, diretamente para você. Vejamos o que nos diz a Resolução CONARQ 24 (http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=75&sid =46&tpl=printerview), responsável justamente por estabelecer diretrizes para a transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais para instituições arquivísticas públicas: ANEXO I Elementos essenciais para a elaboração da listagem descritiva para transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais [...] g) registro das eliminações realizadas; 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 34 Nem tem o que inventar. O ANEXO I da Resolução CONARQ 24 é claro quanto a necessidade deste elemento nas listagens. 8- CESPE – ABIN – 2010 A presunção da autenticidade dos documentos digitais transferidos ou recolhidos à instituição arquivística pública é feita a partir de informações, principalmente dos metadados relacionados aos documentos digitais, tais como: nome do autor, nome do destinatário, assunto, data de produção, entre outros. Comentários: Presunção de autenticidade diz respeito ao juízo que a instituição arquivística pública deverá fazer no sentido de tomar aquele documento digital que lhe é apresentado como autêntico sem precisar que este fato lhe seja provado. Sempre é bom lembrar o sentido que é dado pela doutrina para este termo: Autenticidade – Os documentos são produzidos, recebidos, armazenados e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprovados. Um documento autêntico é aquele quepossui o mesmo conteúdo do documento original. Como esta presunção não demandará prova (é da natureza da presunção que não se exija prova daquele fato), é importante que siga um rigoroso sistema procedimental, a fim de que se não se dê fé a um documento não autêntico. Agora que não restam dúvidas sobre aquilo que estamos falando, vejamos o que a Resolução CONARQ 24 tem a dizer sobre o assunto: Art. 4º A instituição arquivística pública procederá à presunção de autenticidade dos documentos arquivísticos digitais recolhidos com base nos metadados relacionados a esses documentos, conforme especificado no anexo II, e com base na listagem descritiva apresentada pelo órgão ou entidade responsável pela transferência ou pelo recolhimento. Ou seja, é o anexo II da referida resolução quem aponta os requisitos necessários para que a presunção de autenticidade possa se aplicar ao caso. Vejamos o que ali consta: 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 34 ANEXO II Informações para apoiar a presunção de autenticidade [...] I - Metadados Os metadados relacionados aos documentos arquivísticos digitais, que costumam estar registrados nos sistemas de gestão de documentos, devem acompanhar o documento digital no momento da transferência ou recolhimento. São eles: a) nome do autor; b) nome do destinatário; c) assunto; d) data de produção; Outros itens que também estão no Anexo II da Resolução: e) data da transmissão; f) data do recebimento;g) data da captura ou arquivamento; h) código de classificação; i) indicação de anexo; j) nome do setor responsável pela execução da ação contida no documento; k) indicação de anotação; l) registro das migrações e data em que ocorreram; e m) restrição de acesso. 9 - CESPE – ABIN – 2010 O documento digital pode ser transferido ou recolhido em qualquer formato à instituição arquivística pública. Comentários: Acredito que você consegue imaginar a zona que seria se a proposição do enunciado realmente fosse verdadeira. Formatos de documentos demandam programas específicos para serem abertos, e quanto mais formatos, mais programas serão necessários. Outro problema está na (in)compatibilidade entre plataformas, que podem não ser completamente integráveis, gerando ineficiência nas operações apontadas. Só para simplificar este cenário caótico, tente abrir um documento de texto do BR Office no Microsoft Word e você terá um mero vislumbe do que estou tentando dizer aqui :P. 21111228310 Noções de Arquivologia para Agente Administrativo Ministério do Trabalho e Emprego Teoria e exercícios comentados Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.brPágina 34 de 34 Por estas razões, a Resolução CONARQ 24 foi bem enfática ao tratar sobre a maneira pela qual os documentos digitais deverão ser recolhidos ou transferidos: Art. 1º Os documentos arquivísticos digitais a serem transferidos ou recolhidos às instituições arquivísticas públicas, deverão: [...] f) estar no(s) formato(s) de arquivo digital previsto(s) pelas normas da instituição arquivística responsável pela sua custódia. 21111228310
Compartilhar