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curso 3858 aula 04

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Aula 04
Curso: Noções de Arquivologia p/ MTE - Agente Administrativo
Professor: Felipe Petrachini
Noções de Arquivologia para Agente Administrativo 
Ministério do Trabalho e Emprego 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 
 
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AULA 04 – Legislação Arquivística Aplicável aos Arquivos 
Públicos 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
 
�—ž”‹‘�
5. Legislação Aplicável aos Arquivos Públicos ................................................ 1�
5.1. Constituição Federal ............................................................................. 1�
5.2. Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro de 2002 ...... 3�
5.3. Decreto 4.915/2003 (Executivo Federal) ............................................... 9�
5.4 Decreto 4.073/2002 (Executivo Federal).............................................. 13�
5.5. Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e Resolução 
CONARQ nº 10 ..................................................................................................... 16�
5.6. Decreto 4553/2002 ............................................................................. 23�
5.7. Lei 12.527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação) .............................. 23�
Despedida ..................................................................................................... 26�
Questões Comentadas – Resoluções CONARQ........................................... 26�
 
5. Legislação Aplicável aos Arquivos Públicos 
5.1. Constituição Federal 
Sim meus caros, nossa vasta e quase interminável Carta Magna disse uma 
palavrinha ou duas que o estudante de arquivologia deve também ouvir falar. 
Já aviso logo que não foi exatamente dos arquivos que a Constituição 
Federal falou em seu texto, mas de algo muito caro às Democracias: a informação. 
Informação, como quero acreditar que os Senhores ainda se recordam :P, é a 
parte intangível do documento. É a ideia fixada em suporte. 
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Noções de Arquivologia para Agente Administrativo 
Ministério do Trabalho e Emprego 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 34 
E quais artigos devemos conhecer? Eu ficaria com estes aqui: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
[...] 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas 
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado 
Olha o lendário artigo 5º aqui, diretamente das suas aulas de Direito 
Constitucional. 
De uma só vez, esta nação deixa claro que todos têm direito a receber 
informações dos órgãos públicos, mas também qualifica algumas informações que, 
por sua importância, não devem ser franqueadas a este mesmo público. Neste 
segundo caso, está presente a ideia de sigilo, já conhecida por vocês. 
Caso seu professor de Constitucional não tenha sido suficientemente enfático 
(porque tenho certeza de que ele falou o que direi agora), o direito à informação diz 
respeito ao seu próprio nariz, ou àquilo que for da conta de todo mundo :P. 
Você tem direito de obter informações que digam respeito a você, e àquelas 
que digam respeito ao interesse coletivo ou geral. A princípio, você NÃO tem 
direito a informações de interesses de terceiros, Salvo casos específicos, que 
não dizem respeito ao nosso estudo aqui. 
O segundo artigo que considero importante está perdido quase lá no fim da 
Constituição Federal, e mesmo assim, não é todo ele que nos interessa: 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza 
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de 
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 
 
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referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da 
sociedade brasileira, nos quais se incluem: 
[...] 
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da 
documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a 
quantos dela necessitem. 
Fui obrigado a transcrever o artigo 216, mas o que realmente nos importa 
aqui é o parágrafo 2º daquele artigo. Nesta parte, a Constituição prevê a criação de 
um diploma legal que discipline a gestão de documentos dentro dos órgãos 
públicos. 
Com esta deixa, passamos ao capítulo seguinte, que possui a lei mais 
importante do nosso curso. 
5.2. Lei 8.159 de Janeiro de 1991 e Decreto 4.073 de Janeiro 
de 2002 
Meu caro, se seu tempo estiver curto e você só puder ler uma lei, leia a Lei 
8.159/1991. Ela é, de longe, a lei mais importante do curso, sendo o alfa e o ômega 
de tudo, tudo, tudo mesmo que aprendemos sobre arquivologia e arquivística ao 
longo do curso. 
A versão completa da lei tem 28 artigos, dos quais três deles encontram-se 
revogados pela Lei 12.527/2011 (artigos 22 a 24). 
O link dela está aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12527.htm 
Fiquei aqui pensando em como passar o conteúdo sem ser maçante. 
Cheguei a duas conclusões: não vou reproduzir integralmente a legislação, para não 
tornar o PDF cansativo, e, como recebi inúmeras críticas positivas quanto ao uso e 
abuso da palheta de cores do Microsoft Word, vou “colorir” a legislação, nas partes 
em que vocês devem ter mais atenção. 
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Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 
 
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Olha só como não é difícil. 
Conforme o próprio preâmbulo da lei, esta “Dispõe sobre a política 
nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências.” 
A razão de estarmos aqui portanto :P. 
Vamos aos principais artigos: 
 Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de 
documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de 
caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de 
atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte 
da informação ou a natureza dos documentos. 
Olha só meu filho, tudo que eu venho repetindo, constantemente, aula após 
aula. Seu querido professor não infernizou você este tempo todo inutilmente. O 
artigo 2º define, em todo seu esplendor e glória, o que é um arquivo. 
E o próximo artigo é ainda melhor: 
“Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos 
e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e 
arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou 
recolhimento para guarda permanente.” 
O tio não só já comentou esse artigo, como escreveu um capítulo inteiro 
sobre ele. Pode conferir a aula 02 de novo, que está lá, com as mesmas cores e 
detalhes. E cai em prova. Direto! 
Seguindo. Lembra do nosso artigo 5º, inciso XXXIII? Embora ele tenha sido já 
bastante enfático, a Lei 8159 não perdeu a oportunidade de reproduzi-lo.A 
informação do artigo 4º desta lei corresponde à mesma ideia daquele inciso. Veja 
só: 
Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, contidas em 
documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
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responsabilidade, ressalvadas aquelas cujos sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da 
intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. 
Novidade: A Lei trata de documentos, e assim sendo, é normal que 
adequasse a redação do inciso ao objeto que busca regulamentar. Também 
especificou as hipóteses de sigilo com um pouco mais de detalhamento, mas, de 
resto, é a mesma coisa :P. 
Depois deste, temos alguns artigos menos nobres, que dispensarei a 
reprodução :P. 
Seguindo em frente. 
Art. 7º - Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos 
produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos 
de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de 
suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. Regulamento 
 § 1º - São também públicos os conjuntos de documentos produzidos 
e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas 
encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. 
 § 2º - A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter 
público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística 
pública ou a sua transferência à instituição sucessora. 
O artigo 7º, de novo, é a consagração de todo o nosso curso. Arquivo, 
qualquer que seja, é o conjunto de documentos produzidos e recebidos no 
exercício das atividades de determinada entidade. Assim sendo, arquivo 
público é o conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos 
públicos. Simples assim :P. 
O parágrafo 1º chama a atenção a uma particularidade já cobrada em prova: 
documentos de instituições privadas podem também compor o que se chama de 
arquivo público, nas hipóteses nele previstas. 
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E o parágrafo 2º também já foi cobrado em prova. Ele trata de uma situação 
específica de encerramento de atividades de determinada instituição pública. 
Só para ficar bem claro: 
A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público 
Implica 
recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública 
ou 
sua transferência à instituição sucessora 
 
E como saberemos qual dos dois procedimentos tomar? A existência de uma 
instituição sucessora, que venha a exercer as atividades da entidade original. 
Aliás, este caso é particularmente curioso. De acordo com o princípio da 
proveniência, dois fundos de arquivo diferentes não podem ser misturados, e este é 
o princípio mais importante da arquivística. Ainda assim, em caso de sucessão, 
pode ser que a instituição sucessora se veja servida agora dos documentos do 
fundo que sucedeu, e com o seu acervo próprio. O que fazer? Vou dizer a vocês o 
que NÃO FAZER: estes fundos não devem ser misturados. São dois fundos de 
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arquivo totalmente independentes, que deverão ser mantidos pela instituição 
exatamente desta forma. 
Olha outro artigo já amplamente estudado na Aula 02: 
Art. 8º - Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários 
e permanentes. 
 § 1º - Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, 
mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas freqüentes. 
 § 2º - Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo 
de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, 
aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. 
 § 3º - Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor 
histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. 
 (grifos nossos, o Planalto não costuma utilizar cores nos diplomas legais :P) 
Não preciso repetir o que foi dito em aula né? Espero que não :P 
Passando adiante, temos o querido artigo 10º: 
 Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e 
imprescritíveis. 
Todos termos familiares ao Direito Civil. Lembre-se que os documentos de 
valor permanente jamais perdem esta característica. Nós já falamos disso, e caso 
você não se lembre: 
07. CESPE 2012 – ANATEL - Os documentos de valor permanente, 
consoante legislação, não devem ser eliminados ou alienados. 
Comentários: Item correto. Os documentos permanentes nunca podem ser 
eliminados, nem alienados (vendidos). É o que nos diz o art. 10º da lei art. 8.159/91: 
Art. 10º - Os documentos de valor permanente são inalienáveis e 
imprescritíveis. 
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Lembre-se que os documentos permanentes possuem valor histórico, não 
sendo mais “propriedade” (tecnicamente, não estão mais sob a custódia) da 
instituição de origem, constituindo patrimônio histórico da nação. 
O artigo 12 é bom que vocês apenas conheçam, pois é fonte inesgotável de 
cascas de banana para concurseiros incautos: 
 Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder 
Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados como 
conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento científico 
nacional. 
Antes de adentrarmos às disposições finais da lei, temos os artigos 18, 19 e 
20 da Lei 8159: 
 Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento dos 
documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem como 
preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e 
implementar a política nacional de arquivos. 
 Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo 
Nacional poderá criar unidades regionais. 
 Art. 19 - Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a gestão 
e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo 
Federal no exercício das suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos 
documentos sob sua guarda. 
 Art. 20 - Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão e 
o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário 
Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e 
secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua 
guarda. 
Preste atenção (nunca se sabe quando poderá ser cobrado :P) que o 
Executivo Federal tem um órgão próprio para cuidar dos documentos por ele 
produzidos e recebidos no desempenho de suas atividades: o Arquivo Nacional. 
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Quanto aos demais poderes, a lei cuida apenas de conceder-lhes 
competência para gerir seus documentos da maneira que melhor lhes aprouver. 
Pois bem, o próximo passo da aula seria falar dos artigos 23, 24 e 25. 
Felizmente, seu professor, como o bacharel em direito e advogado recusado pela 
OAB, em virtude do artigo 28, inciso VII da Lei 8906 de 1994, sabe que estes artigos 
foram revogados. 
A parte interessante deles tratava sobre sigilo de documentos. Tudo isso será 
visto quando falarmos da Lei 12.527 de 2011, na parte que nos interessar. 
E para terminar: 
 Art. 26 - Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), órgão 
vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de arquivos, 
como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). 
O CONARQ está inserido dentro de um sistema maior, chamado SINAR. 
Cabe ao SINAR implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de forma 
a garantir a integridade do ciclo documental, sendo o CONARQ seu órgão central. 
5.3. Decreto 4.915/2003 (Executivo Federal) 
Meu amigo, você está indo para o Executivo Federal. Posso dizer, por 
experiência própria, que este é o poder que mais adora editar decretos, instruções 
normativas e ordens de serviço interpretando e regulamentando a legislação 
existente. 
Este Decreto, que normalmente não é visto em outros cursos, tem bastante 
chance de ser exigido na sua prova. Através do Decreto 4915/2013, conforme seu 
próprio preâmbulo, buscou-se regulamentar o “disposto no art. 30 do Decreto-Lei 
200, de 25 de fevereiro de 1967, no art. 18 da Lei 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e 
no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002”. 
Pela ordem: 
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- O Decreto-Lei 200 dispõe sobre a Administração Pública Federal e existe 
desde os tempos em que o tio Hely Lopes Meireles ainda era vivo. É 
frequentemente estudado em Direito Administrativo e Administração Pública, e só 
apareceu no texto da lei porque é uma lei que dispõe sobre procedimentos a serem 
adotados dentro do Executivo Federal. 
 O Decreto 4.073 trata especificamente do CONARQ. Já falamos dele, e 
falaremos do Decreto em breve. 
E por fim, o art. 18 da Lei 8.159, trata da Gestão de Documentos dentro do 
Executivo Federal, e de certo modo, é a principal razão de ser do Decreto. 
O que você precisa saber? Acompanhe: 
Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominação 
de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, as atividades de 
gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da administração pública 
federal. 
O SIGA é um sistema dedicado à Gestão de Documentos na Administração 
Pública Federal. Ele não é exatamente uma entidade, mas é composto por diversos 
órgãos, entre os quais velhos conhecidos, como o CONARQ. Já chegaremos lá. 
O SIGA, como tudo que é criado no serviço público, seja um órgão, entidade, 
ou mesmo um simples sistema, existe para atender a uma finalidade: 
Art. 2o O SIGA tem por finalidade: 
 I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração 
pública federal, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às 
informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições 
administrativas ou legais; 
 II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de 
arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; 
 III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de arquivo; 
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IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; 
V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem da 
documentação arquivística pública; 
 VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da administração 
pública federal; 
 VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou 
indiretamente na gestão da informação pública federal. 
Não tem muito segredo aqui. Tudo que o SIGA busca fazer é aquilo que 
vimos durante a aula, objetivos a serem alcançados pelo gestor do arquivo. Há tanto 
preocupação com a disseminação da informação (mandamento de ordem 
constitucional), como preocupações mais “mundanas”, como a tentativa de 
racionalização da produção de documentos e custos. 
Art. 3o Integram o SIGA: 
 I - como órgão central, o Arquivo Nacional; 
 II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela 
coordenação das atividades de gestão de documentos de arquivo nos 
Ministérios e órgãos equivalentes; 
 III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios 
e órgãos equivalentes. 
Vamos ver se dá para facilitar a visualização: 
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No seu caso, a unidade dentro do seu órgão responsável pela gestão de 
documentos é o Órgão Setorial, e você provavelmente trabalhará em um dos 
inúmeros Órgãos Seccionais (que seriam as outras unidades). 
Dê uma lida descompromissada nos artigos 4º a 7º do Decreto. Você precisa 
memorizar? NÃO!!! Tenha em mente uma coisa antes de começar: Quanto mais alto 
na hierarquia, menos trabalho braçal e mais atribuições de supervisão e orientação. 
Quem carrega caixa na repartição é você, não seu chefe :P. Ele é quem diz onde a 
caixa deve ser posta, e o chefe dele tem o conhecimento do porquê a caixa deve 
ser posta onde foi posta :P. 
Com este exemplo esdrúxulo e ligeiramente confuso, acredito que você 
pescará a ideia. 
Uma última particularidade, um tanto óbvia, mas que seria a cara do CESPE 
cobrar na sua prova: 
Art. 9o Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central para 
os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem prejuízo da subordinação ou 
vinculação administrativa decorrente de sua posição na estrutura organizacional dos 
órgãos e entidades da administração pública federal. 
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Em outras palavras, a estrutura administrativa de todos os órgãos da 
Administração Pública Federal continua a mesma, mas, em matéria de gestão de 
documentos, é o Arquivo Nacional quem deve dar a última palavra. Assim sendo, a 
hierarquia existente tendo o Arquivo Nacional no ápice só é válida quando o assunto 
for gestão de documentos, e mais nada! 
Qualquer afirmação que tenda a dizer o contrário está incorreta. 
5.4 Decreto 4.073/2002(Executivo Federal) 
O Decreto 4.073/2002 trata tanto do CONARQ como do SINAR. Como seu 
edital não pediu especificamente o decreto, não precisaremos ir muito fundo nele. 
Mas, os próximos dois artigos devem ser conhecidos por você (sem neura 
:P): 
Art. 2o Compete ao CONARQ: 
 I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional 
de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos documentos 
de arquivos; 
 II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e privados 
com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades arquivísticas; 
 III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais necessárias 
ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de arquivos públicos e 
privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência 
 IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e 
legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; 
 V - estimular programas de gestão e de preservação de 
documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, 
produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e 
judiciária; 
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Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini – Aula 04 
 
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 VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, 
sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e privados; 
 VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e nos 
Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; 
 VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e 
privados; 
 IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social, nos 
termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991; 
 X - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de 
Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos privados; 
(Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência 
 XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que 
desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR; 
 XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos 
lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados; 
 XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos públicos 
e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; 
 XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e instituições, 
cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e 
receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações; 
 XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores de 
políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia, informação e 
informática. 
[...] 
Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR: 
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 I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e 
aos documentos na sua esfera de competência, em conformidade com as diretrizes 
e normas emanadas do órgão central; 
 II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas 
estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo seu cumprimento; 
 III - implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de 
forma a garantir a integridade do ciclo documental; 
 IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor 
permanente; 
 V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do SINAR; 
 VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ; 
 VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de 
dispositivos legais necessários ao aperfeiçoamento e à implementação da política 
nacional de arquivos públicos e privados; 
 VIII - promover a integração e a modernização dos arquivos em sua 
esfera de atuação; 
 IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser 
considerados de interesse público e social; 
 X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos lesivos 
ao patrimônio arquivístico nacional; 
 XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos públicos e 
privados, bem como no desenvolvimento de atividades censitárias referentes a 
arquivos; 
 XII - possibilitar a participação de especialistas nas câmaras técnicas, 
câmaras setoriais e comissões especiais constituídas pelo CONARQ; 
 XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da 
área de arquivo, garantindo constante atualização. 
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Tudo aquilo que está colorido merece uma atenção especial, mas como eu 
disse, sem pânico (eu disse neura, mas você entendeu a ideia). Estou apenas 
apresentando as estruturas que compõem o maravilhoso mundo da gestão de 
documentos na Administração Pública Federal. Você não precisa conhecê-las a 
fundo, apenas ter ciência de seu papel no grande quadro. 
5.5. Lei 5.433 de 1968, Decreto Federal 1.799 de 1996 e 
Resolução CONARQ nº 10 
Agora você sabe por que não apaguei o capítulo de microfilmagem das aulas 
de vocês. Os diplomas legais acima tratam justamente do suporte de microfilme, em 
um nível de detalhamento que nos deixaria durante horas estudando o tema. 
Para variar, seu estimado professor já semeou a matéria na cabeça de vocês 
ao longo das aulas (neste caso, da Aula 03). 
Vou ser bem honesto com vocês: a Lei 5.433 é muito chata :P. Até aí tudo 
bem, mas o verdadeiro ponto do argumento é que o que vocês precisam, mesmo, 
saber para a prova está no Decreto Federal que regulamenta esta lei, no caso, o 
Decreto Federal 1.799/1996. 
Este sim precisa ser estudado com cuidado. Recomendação do seu 
professor: leia a Lei 5.433 sem stress, apenas para não derrapar em pegadinhas 
óbvias, e vá com sangue nos olhos quando for ler o Decreto Federal. 
Veja uma pegadinha óbvia, que a mera leitura descompromissada da Lei 
5.433 já te garantiria o ponto: 
§ 2º Os documentos microfilmados poderão, a critério da autoridade 
competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica ou por outro 
processo adequado que assegure a sua desintegração. 
Isso mesmo meu caro, podemos mandar documentos para a grande fornalha, 
desde que tenham sido microfilmados anteriormente. EXCETO: 
Art 2º Os documentos de valor histórico não deverão ser eliminados, 
podendo ser arquivados em local diverso da repartição detentora dos mesmos. 
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Tudo isso só batendo o olho na legislação. Então, não deixe de ler :P 
Passando ao Decreto, vamos direto ao ponto: 
Art. 3° Entende-se por microfilme,para fins deste Decreto, o resultado do 
processo de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios 
fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. 
Já vimos em aula este artigo, estou apenas refrescando sua memória. 
Agora o negócio vai ficar pesado: 
Art. 7° Na microfilmagem de documentos, cada série será precedida de 
imagem de abertura, com os seguintes elementos: 
 I - identificação do detentor dos documentos, a serem microfilmados; 
 II - número do microfilme, se for o caso; 
 III - local e data da microfilmagem; 
 IV - registro no Ministério da Justiça; 
 V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a serem 
microfilmados; 
 VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a 
serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior; 
 VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmadora e 
do grau de redução; 
 VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e 
assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados; 
 IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do 
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. 
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 Art. 8º No final da microfilmagem de cada série,será reproduzida a 
imagem de encerramento, imediatamente após o último documento, com os 
seguintes elementos: 
 I - identificação do detentor dos documentos microfilmados; 
 II - informações complementares relativas ao inciso V do artigo 
anterior; 
 III - termo de encerramento atestando a fiel observância às 
disposições deste Decreto; 
 IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos 
microfilmados continua em microfilme posterior; 
 V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do 
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. 
Os artigos acima discriminam tudo que deve conter as imagens de abertura e 
encerramento de um microfilme. 
Se você tentar memorizar isto, vai enlouquecer. Vamos tentar um outro 
caminho. Seu querido professor, nos tempos em que era Assistente Técnico lá na 
Receita Federal (e confesso que até hoje), a fim de complementar sua renda, fazia 
edições de vídeo de casamento para poder levar a namorada ao cinema :P. 
Não que isso em si seja importante, mas o método que eu utilizava para 
identificar as fitas é o mesmo que você vê em alguns rolos de filme antigos. É 
necessário, logo no começo da fita (ou no nosso caso, microfilme), identificar que 
negócio é aquele. 
Agora pense um pouco: o que você gostaria de ver logo de cara que te 
ajudasse a identificar o que exatamente é aquele microfilme? 
O que é isto: I - identificação do detentor dos documentos, a serem 
microfilmados; II - número do microfilme, se for o caso; IV - registro no Ministério 
da Justiça; 
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Onde e quando foi feito isto: III - local e data da microfilmagem; 
Quem será que fez isto: VIII - nome por extenso, qualificação funcional, 
se for o caso, e assinatura do detentor dos documentos a serem 
microfilmados; IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do 
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem. 
Como isto foi feito: VII - identificação do equipamento utilizado, da 
unidade filmadora e do grau de redução; 
E o meu favorito, quando as edições de vídeo continham mais de uma fita: 
Onde raios isso começa? V - ordenação, identificação e resumo da série 
de documentos a serem microfilmados; VI - menção, quando for o caso, de que a 
série de documentos a serem microfilmados é continuação da série contida 
em microfilme anterior; 
E quando o microfilme termina, é quase a mesma coisa, só que não 
precisamos de tantos detalhes, embora algumas informações devam ser repetidas: 
O que é isto?: I - identificação do detentor dos documentos 
microfilmados; 
Isto foi feito certo? III - termo de encerramento atestando a fiel 
observância às disposições deste Decreto; 
Quem será que fez isto: V - nome por extenso, qualificação funcional e 
assinatura do responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da 
microfilmagem. 
E será que raios isto terminou? II - informações complementares 
relativas ao inciso V do artigo anterior; IV - menção, quando for o caso, de que a 
série de documentos microfilmados continua em microfilme posterior; 
Quer ver algo legal agora? Olha só: 
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Art 1º É autorizada, em todo o território nacional, a microfilmagem de 
documentos particulares e oficiais arquivados, êstes de órgãos federais, estaduais e 
municipais. 
§ 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões, os 
traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes produzirão os 
mesmos efeitos legais dos documentos originais em juízo ou fora dêle. 
Significa que um documento microfilmado tem o mesmo valor legal 
que o documento que tenha servido de base à sua confecção. Agora, que 
fique bem claro: o mesmo valor legal. Nada mais que isto! 
Vá olhar para sua coleção de figurinhas. Veja aquela figurinha 
brilhante do Ronaldo nos tempos em que ele conseguia correr de uma 
ponto a outra do campo sem bufar. Caso eu microfilmasse sua coleção de 
figurinhas, você iria aceitar que eu as incinerasse logo em seguida, já que, 
basicamente, toda a informação contida na figurinha está no microfilme? 
Quero eu acreditar que não :P. 
Por quê? Porque embora o microfilme tenha valor legal, ele não tem 
o mesmo valor histórico que o documento original. 
Pensando nisso, temos o artigo 13: 
Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda 
permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser 
recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio 
órgão detentor. 
Viu como tudo se encaixa com perfeição? :P 
Tem mais um artigo que já foi cobrado em prova, legal pacas: 
 Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópias resultantes de 
microfilmagem de documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à 
prestação de contas, deverão ser mantidos pelos prazos de prescrição a que 
estariam sujeitos os seus respectivos originais. 
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Aqui ajuda bastante pensar: o microfilme tem valor de documento original. 
Apresentar o documento microfilmado é quase como se fosse apresentar o original 
mesmo. Assim, já que ele está ali, representando tal como se fosse o documento 
que buscávamos, ele deve ser armazenado pelo mesmo tempo e pelos mesmos 
motivos pelos quais armazenaríamos os originais. Simples assim. 
Até aquiestava tudo indo bem. Mas não falei ainda da Resolução 10 do 
CONARQ. Pelo amor de Deus, não se desespere. 
Primeiro passo: 
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/legisla/anexos_da_resoluo_n_10.pdf 
Este link direcionará você à resolução. Estou apontando por curiosidade 
apenas, e caso você tenha tempo de ler, poderá passar o olho por lá. 
O que você deve memorizar: desenhos :P. Veja aqui: 
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Estes “desenhos” são o que chamamos de “sinaléticas”. Consistem em 
símbolos de significado padronizado. Quem vê estes desenhos sabe, de pronto, o 
que eles significam, razão pela qual seu conhecimento é necessário em algumas 
questões sobre microfilmagem. 
Meu caro, aqui não tem segredo. Essa imagem saiu direto da resolução. 
Você terá de aprender a fazer relações entre o desenho e o significado (Aliás, os 
desenhos foram criados justamente para facilitar essa assimilação). 
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5.6. Decreto 4553/2002 
REVOGADO!!!!! :P. 
Se o material de vocês for um pouco mais antigo, apenas pule esta parte. 
Conforme artigo 60 do Decreto 7845 de 2012 
Art. 60. Ficam revogados: 
I - o Decreto no 4.553, de 27 de dezembro de 2002; e 
II - o Decreto no 5.301, de 9 de dezembro de 2004. 
ESQUEÇA! 
5.7. Lei 12.527 de 2011 (Lei de Acesso à Informação) 
Também conhecida como o mais recente recurso de pesquisa à 
remuneração dos servidores de todo o Brasil ou então, parte do programa “quanto 
ganha o meu professor?” :P. (Só pra constar, caso alguém vá procurar nos sistemas 
da Prefeitura, aquele é o BRUTO!!!!) 
A despeito da minha opinião sobre o referido diploma, é fato que tal lei veio 
regulamentar o inciso XXXIII do artigo 5º da Constituição Federal, bem como 
parágrafo 2º do artigo 216. “Por acaso”, ambos já foram vistos nesta aula. 
Veja o artigo 1º: 
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a 
informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 
216 da Constituição Federal. 
Assim o sendo, coloque em sua cabeça que este diploma tem um único tema 
em todos os seus artigos: permitir o acesso a informações que se encontrem em 
poder da Administração Pública. 
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A Lei 12527 de 2011 não é um diploma que trata especificamente sobre 
regras de arquivologia, documentos ou qualquer outra coisa que possam te dizer 
nos enunciados, mas trata de informações. 
E o que você, caro aluno, tem com isso? A Lei 12527 alterou toda a disciplina 
referente ao sigilo de documentos, que antes era estudada no Decreto 4533/2002. 
Então, fora recomendar que você leia a lei de maneira atenta, mas não 
paranoica, reproduzirei os dois artigos que reputo interessantes para o seu estudo: 
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou 
do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação 
ou acesso irrestrito possam: 
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do 
território nacional; 
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações 
internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por 
outros Estados e organismos internacionais; 
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; 
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou 
monetária do País; 
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das 
Forças Armadas; 
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento 
científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de 
interesse estratégico nacional; 
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades 
nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou 
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VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação 
ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de 
infrações. 
Queria dizer a vocês que estes verbos fazem alguma diferença, mas, 
francamente, duvido que alguma questão do CESPE vá trocar “por em risco” por 
“prejudicar” nas questões. E mesmo que faça isso, você vai ver que a alternativa 
fica esquisita. 
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado 
o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do 
Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. 
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme 
a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os 
seguintes: 
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; 
II - secreta: 15 (quinze) anos; e 
III - reservada: 5 (cinco) anos. 
§ 2o As informações que puderem colocar em risco a segurança do 
Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão 
classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em 
exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. 
§ 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser estabelecida 
como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, 
desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. 
§ 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que 
defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso 
público. 
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§ 5o Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, 
deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos 
restritivo possível, considerados: 
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; 
e 
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu 
termo final. 
Se você puxar bem na memória, vai lembrar que elaborei uma tabela na Aula 
01 simplificando tudo isto. Foi daqui que eu tirei as informações. 
Despedida 
Agora sim terminou. Eu sei que não foi muito divertido, mas agora você pode 
dizer, sem dúvida alguma, que conhece todos os assuntos que serão cobrados na 
prova. Foi um enorme prazer tê-lo como meu aluno e só posso desejar que alcance 
os seus objetivos pretendidos. 
Lembre-se: você só precisa fazer uma prova direito. E mais nada. Mas com o 
esforço adequado,talvez você só precise fazer esta prova, e mais nenhuma :P 
Estarei disponível no fórum para dúvidas, até o dia da prova. Aceito 
sugestões de melhoramentos no curso, afinal, o maior interessado na aprovação é 
você. Se algum tema foi sacrificado em demasia em prol da didática (isto pode 
acontecer), ou se você acredita que falei uma bobagem monumental, ou deixei de 
dizer algo crucial para a aprovação dos alunos, por favor, me passe um email que 
corrigimos isso para ontem. 
Aos exercícios agora. Forte abraço. 
Questões Comentadas – Resoluções CONARQ 
Diferentemente das questões de outras aulas, estas aqui tem intuito teórico, e 
não de treino. Significa que estas questões fazem parte da nossa aula teórica :P. 
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A maior parte delas versará sobre resoluções do CONARQ, que pela 
infinidade de assuntos tratados por elas, fica impossível colocar tudo em um único 
capítulo. Disponibilizo o link ao lado de cada resolução, para quem se interessar em 
lê-las por inteiro (não se assuste, que não são documentos muito longos). 
Mãos a obra 
1 - CESPE – ABIN – 2010 - Os documentos passíveis de recolhimento às 
instituições arquivísticas públicas devem ser higienizados e acondicionados. 
Comentário: Dê graças aos céus quando seu examinador te der um 
presente destes. A alternativa é cópia descarada do disposto no artigo 1º da 
Resolução 2 do CONARQ: 
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=
53&sid=46): 
Art. 1º Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos às 
instituições arquivísticas públicas, pelos órgãos e entidades do Poder 
Público, deverão estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados e 
acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e controle. 
E faz todo o sentido. Imagine você, servidor público responsável pela gestão 
do arquivo, receber um documento todo desmontado e infestado de traças. Parece 
razoável? Lógico que não, razão pela qual a Resolução do CONARQ simplesmente 
reproduz o bom senso. 
2 - CESPE – ABIN – 2010 Na transferência ou no recolhimento, os acervos 
devem ser acompanhados de um instrumento descritivo que permita sua 
identificação e controle. 
Comentários: A questão foi dada!!!! 
Novamente, uma cópia fiel e deslavada, sem qualquer traço de rubor nas 
faces de seu examinador, do artigo 1º da Resolução 2 do CONARQ de 1998 
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=53&sid
=46): 
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Art. 1º Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos às 
instituições arquivísticas públicas, pelos órgãos e entidades do Poder 
Público, deverão estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados 
e acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e controle. 
3 - CESPE – ABIN – 2010 Os órgãos que não tenham elaborado suas 
próprias tabelas de temporalidade podem eliminar documentos desde que 
constituam comissões de avaliação e submetam a proposta à instituição arquivística 
pública. 
Comentários: Esta questão utiliza uma resolução um pouco menos 
conhecida do CONARQ. Mas ainda bem que você está aqui comigo :D. 
Veja o que diz o artigo 5º da Resolução 7 do CONARQ 
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=58&sid
=46): 
Art. 5º Os órgãos e entidades que ainda não elaboraram suas tabelas de 
temporalidade e pretendem proceder à eliminação de documentos deverão 
constituir suas Comissões Permanentes de Avaliação, responsáveis pela 
análise dos documentos e pelo encaminhamento das propostas à instituição 
arquivística pública, na sua específica esfera de competência, para aprovação. 
Você talvez se incomode com o verbo "podem" no enunciado, enquanto o 
artigo 5º utiliza o verbo "deverão". Mas a ideia é bem simples: qualquer órgão que 
pretenda eliminar documentos e não tenha produzido uma tabela de temporalidade 
deverá constituir uma Comissão Permanente de Avaliação. A partir da existência 
dessa comissão, este mesmo órgão passa a ter a faculdade de eliminar os 
documentos que desejar, desde que passem pelo crivo da comissão. 
4 - CESPE – ABIN – 2010 Considerando o código de classificação e a tabela 
de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem 
adotados como modelo para os arquivos dos órgãos e entidades integrantes do 
Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir. 
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As classes do Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a 
Administração Pública relativas às atividades fim são as de número 100 a 800. 
Comentários: Questãozinha bastante específica, criada a partir da 
Resolução 14 do CONARQ. Aliás, tecnicamente, a resposta pode ser encontrada 
diretamente no anexo da Resolução, cujo link fica aqui 
registrado: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/Media/resolucao_14.pdf 
E nem tem muito o que inventar, o texto da Resolução é bem claro: 
"O Código de classificação de documentos de arquivo para a administração 
pública: atividades-meio, possui duas classes comuns a todos os seus órgãos: a 
classe 000, referente aos assuntos de ADMINISTRAÇÃO GERAL e a classe 900, 
correspondente a ASSUNTOS DIVERSOS. As demais classes (100 a 800) 
destinam-se aos assuntos relativos às atividadesfim do órgão. Estas classes 
não são comuns, cabendo aos respectivos órgãos sua elaboração, seguindo 
orientações da instituição arquivística na sua esfera específica de competência". 
5 - CESPE – ABIN – 2010 Considerando o código de classificação e a tabela 
de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem 
adotados como modelo para os arquivos dos órgãos e entidades integrantes do 
Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir. 
As adaptações necessárias para a correta aplicação da tabela de 
temporalidade aos conjuntos documentais produzidos e recebidos nos órgãos e 
entidades do Poder Executivo federal deve ser feita pelo órgão central do Sistema 
Nacional de Arquivos. 
Comentários: Mais uma questão construída com base na Resolução 14 do 
CONARQ. Mas esta poderia ser respondida sem nem mesmo conhecermos o 
assunto. Do início, caro colega: 
 Art. 2º Aprovar os prazos de guarda e a destinação dos documentos 
estabelecidos na versão revista e ampliada da Tabela Básica de Temporalidade e 
Destinação de Documentos de Arquivos Relativos às Atividades-Meio da 
Administração Pública. 
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 § 1º Caberá aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela proceder às 
adaptações necessárias para sua correta aplicação aos conjuntos 
documentais produzidos e recebidos em decorrência de suas atividades, 
mantendo-se os prazos de guarda e a destinação nela definidos. 
Mas professor,como é que eu poderia saber esta resposta sem conhecer o 
assunto? Bom, veja que a tarefa de adaptar um instrumento a usos específicos só 
faz sentido em um caso: aquele no qual um órgão com mais poder edita um 
instrumento geral, que precisa ser adaptado pelos destinatários, a fim de que 
atenda às suas necessidades específicas. Por qual razão um órgão central 
deveria adaptar qualquer instrumento se é justamenteo órgão central quem o cria, e 
assim, teria a chance moldá-lo originalmente às suas necessidades? 
Viu? Nem precisava ter lido a Resolução :P. 
6 - CESPE – ABIN – 2010 Considerando o código de classificação e a tabela 
de temporalidade de documentos das atividades-fim e atividades-meio a serem 
adotados como modelo para os arquivos dos órgãos e entidades integrantes do 
Sistema Nacional de Arquivos, julgue o item a seguir. 
As classes do código de classificação relacionadas às atividades-fim do 
órgão ou entidade do Poder Executivo federal devem ser aprovadas pelo Arquivo 
Nacional. 
Comentários: Essa questão já é bem mais interessante. Não bastava 
memorizar os dispositivos legais, mas interpretá-los em conjunto. Vejamos: 
Resolução CONARQ 14: 
 Art. 1º APROVAR a versão revista e ampliada do Código de Classificação de 
Documentos de Arquivo para a Administração Pública : Atividades-Meio, como um 
modelo a ser adotado nos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de 
Arquivos - SINAR. 
 § 1º Caberá aos órgãos e entidades que adotarem o Código proceder ao 
desenvolvimento das classes relativas às suas atividades específicas ou atividades-
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fim, as quais deverão ser aprovadas pela instituição arquivística pública na 
sua específica esfera de competência. 
Ok, já sabemos que quem deve aprovar o Código de Classificação é a 
instituição específica. E quem seria esta no caso do Executivo Federal? Hora de ver 
o artigo 18 da Lei 8.159/1991: 
 Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o 
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo 
Federal, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, 
e acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. 
Com estes dois dispositivos em conjunto, chegamos à conclusão de que é o 
Arquivo Nacional, instituição arquivística pública na esfera do Poder Executivo 
Federal quem deve aprovar o Código de Classificação relacionados às atividades-
fim do órgão deste poder. Legal né? :P 
7 - CESPE CESPE – ABIN – 2010 Na listagem descritiva para transferência 
ou recolhimento de documentos digitais de arquivo, dispensam-se as informações 
relacionadas às eliminações realizadas. 
Comentários: Outro presente do CESPE, diretamente para você. Vejamos o 
que nos diz a Resolução CONARQ 24 
(http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=75&sid
=46&tpl=printerview), responsável justamente por estabelecer diretrizes para a 
transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais para instituições 
arquivísticas públicas: 
ANEXO I 
 Elementos essenciais para a elaboração da listagem descritiva para 
transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais 
 [...] 
g) registro das eliminações realizadas; 
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 Nem tem o que inventar. O ANEXO I da Resolução CONARQ 24 é claro 
quanto a necessidade deste elemento nas listagens. 
8- CESPE – ABIN – 2010 A presunção da autenticidade dos documentos 
digitais transferidos ou recolhidos à instituição arquivística pública é feita a partir de 
informações, principalmente dos metadados relacionados aos documentos digitais, 
tais como: nome do autor, nome do destinatário, assunto, data de produção, entre 
outros. 
Comentários: Presunção de autenticidade diz respeito ao juízo que a 
instituição arquivística pública deverá fazer no sentido de tomar aquele documento 
digital que lhe é apresentado como autêntico sem precisar que este fato lhe seja 
provado. Sempre é bom lembrar o sentido que é dado pela doutrina para este 
termo: 
Autenticidade – Os documentos são produzidos, recebidos, armazenados 
e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser 
comprovados. Um documento autêntico é aquele quepossui o mesmo 
conteúdo do documento original. 
Como esta presunção não demandará prova (é da natureza da presunção 
que não se exija prova daquele fato), é importante que siga um rigoroso sistema 
procedimental, a fim de que se não se dê fé a um documento não autêntico. 
Agora que não restam dúvidas sobre aquilo que estamos falando, vejamos o 
que a Resolução CONARQ 24 tem a dizer sobre o assunto: 
Art. 4º A instituição arquivística pública procederá à presunção de 
autenticidade dos documentos arquivísticos digitais recolhidos com base nos 
metadados relacionados a esses documentos, conforme especificado no anexo II, e 
com base na listagem descritiva apresentada pelo órgão ou entidade responsável 
pela transferência ou pelo recolhimento. 
Ou seja, é o anexo II da referida resolução quem aponta os requisitos 
necessários para que a presunção de autenticidade possa se aplicar ao caso. 
Vejamos o que ali consta: 
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ANEXO II 
Informações para apoiar a presunção de autenticidade 
[...] 
I - Metadados 
Os metadados relacionados aos documentos arquivísticos digitais, que 
costumam estar registrados nos sistemas de gestão de documentos, devem 
acompanhar o documento digital no momento da transferência ou recolhimento. São 
eles: 
 a) nome do autor; 
 b) nome do destinatário; 
 c) assunto; 
 d) data de produção; 
 Outros itens que também estão no Anexo II da Resolução: e) data da 
transmissão; f) data do recebimento;g) data da captura ou arquivamento; h) código 
de classificação; i) indicação de anexo; j) nome do setor responsável pela execução 
da ação contida no documento; k) indicação de anotação; l) registro das migrações 
e data em que ocorreram; e m) restrição de acesso. 
9 - CESPE – ABIN – 2010 O documento digital pode ser transferido ou 
recolhido em qualquer formato à instituição arquivística pública. 
Comentários: Acredito que você consegue imaginar a zona que seria se a 
proposição do enunciado realmente fosse verdadeira. Formatos de documentos 
demandam programas específicos para serem abertos, e quanto mais formatos, 
mais programas serão necessários. Outro problema está na (in)compatibilidade 
entre plataformas, que podem não ser completamente integráveis, gerando 
ineficiência nas operações apontadas. Só para simplificar este cenário caótico, tente 
abrir um documento de texto do BR Office no Microsoft Word e você terá um mero 
vislumbe do que estou tentando dizer aqui :P. 
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Por estas razões, a Resolução CONARQ 24 foi bem enfática ao tratar sobre 
a maneira pela qual os documentos digitais deverão ser recolhidos ou transferidos: 
Art. 1º Os documentos arquivísticos digitais a serem transferidos ou 
recolhidos às instituições arquivísticas públicas, deverão: 
[...] 
f) estar no(s) formato(s) de arquivo digital previsto(s) pelas normas da 
instituição arquivística responsável pela sua custódia. 
 
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